quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Muito tempo atrás, na época que no interior de Minas Gerais se ainda era o lugar de extrair diamante para a coroa portuguesa, foi lá por aquelas bandas que Tadeu viveu

 Muito tempo atrás, na época que no interior de Minas Gerais se ainda era o lugar de extrair diamante para a coroa portuguesa, foi lá por aquelas bandas que Tadeu viveu


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Muito tempo atrás, na época que no interior de Minas Gerais se ainda era o lugar de extrair diamante para a coroa portuguesa, foi lá por aquelas bandas que Tadeu viveu.
Tadeu não tinha nem pai nem mãe, ficará órfão com pouco mais de quinze anos.
Naquela época não se entendia muito de saúde e as pessoas morriam com facilidade, nem se tem certeza qual foi a doença que cometeu os dois, mas o povo costumava dizer que tinha sido morte por febre.
Mas não pensem que Tadeu ficou desamparado, tinha a casa só para ele e era uma casa até bonita, tinha também as vaquinhas e as cabras da qual ele poderia tirar leite para vender e também fazer queijo.
Devia ser assim a vida de Tadeu, ser homem matuto do Campo.
Porém a natureza de cada pessoa ás vezes não bate com o que o destino lhe oferece, Tadeu queria aventura na vida.
Havia na aldeia um grande comerciante de diamantes e pedras preciosas chamado Almerindo, e ele usava de mão de obra escrava na extração das pedras, os coitados dos escravizados nasciam e morriam dentro dos túneis das montanhas mineiras.
Mais o que acontecia era que na hora de levar os carregamentos de pedra preciosa até o porto do Rio de Janeiro, Almerindo preferia que os homens que fossem fazer o trajeto não fossem escravos, afinal de contas uma pessoa escravizada não iria proteger nada de seu senhor, ele então pagava em dinheiro para homens fortes fazerem a jornada.
Tadeu quando completou seus vinte anos se animou muito e foi até Almerindo pedir trabalho, mas Almerindo riu demais pois Tadeu era um nanico de um metro e meio de altura pesando tanto quanto um cabrito manco, o rapaz se imaginava como um homem forte mas qualquer um que olhasse para ele via era um farrapo de gente.
Só que Tadeu não gostou nada de ser ridicularizado, então passado alguns meses quando estava na vendinha da Aldeia negociando os seus queijos ele ouviu uma conversa de duas velhas fofoqueiras que ali na beira do balcão comentavam com o dono da venda que haviam encontrado um galo preto muito grande morto na encruzilhada na entrada da Vila.
O dono da venda se espantou e as duas velhas arregalavam o olho e sacudinho as cabeças como quem entendem tudo, mas Tadeu não estava entendendo nada então perguntou do que se tratava, assim uma das velhas lhe contou:

👵🏼— Não sabia, menino? É naquela Encruzilhada que o povo vai fazer trato com os sete peles... um espírito muito estranho e diabólico que de tão diabólico na verdade dizem que é o próprio diabo. As pessoas vão lá na calada da noite para ganhar do diabo um ovo que é botado por um galo, e não me pergunte como é que aquele espírito faz um galo botar um ovo porque eu não faço a menor ideia, mas o que acontece é que todo mundo que vai lá à noite aparece de dia trazendo um ovo na mão, e disse que daquele ovo nasce o filhote do diabo fruto do pacto de vender a alma para ele. Todo mundo que vende a alma para o diabo ganha muito dinheiro ou ganha qualquer coisa que pedir a ele, mas depois o diabo pega a alma da pessoa e leva para o inferno! O galo que apareceu morto parecia muito grande muito velho e com certeza era o galo do diabo, um galo todo preto com um bico tão vermelho que parecia que tinha sido banhado no sangue! E agora sem o galo graças a Deus o diabo não vai ter como enganar o povo com suas artimanhas.

E Tadeu ficou muito pensativo naquilo, nunca foi homem de ficar pensando nem em Deus nem nem o diabo porém quando ouviu a história de que o povo vendia a alma para conseguir alguma coisa em troca decidiu que ia fazer o mesmo.
A velha lhe contou que o povo que ia ter com o diabo ia de mãos abanando ou no máximo levava uma garrafa de cachaça e fumo de corda, mas Tadeu sabendo da história do galo olhou no galinheiro de sua casa e viu que havia lá um galo de campina de penas vermelhas que era pequeno por ser muito novo mas que já transbordava saúde.
Naquela mesma noite quando todo mundo Foi se recolher e a escuridão tomou conta do lugar, Tadeu pegou uma garrafa de Cachaça e um pacotinho de fumo, botou o galo dentro de um saco e foi para Encruzilhada.
Era um lugar muito escuro de Mata praticamente fechada, e quando chegou na encruzilhada ele não sabia muito bem o que fazer então simplesmente esperou pensando que o diabo iria chegar a qualquer momento.
Passou uma charrete com o boticário, passou uma carroça com freira e também passou a cavalo duas marafonas indo para algum cabaré.
Não demorou muito e ele logo se enfezou se sentindo muito bobo de ter acreditado naquilo, então pela estrada do lado oposto veio vindo um homem de paletó Preto parecendo um doutor, vinha de chapéu de aba abaixada cobrindo o rosto.
Quando passou perto de Tadeu o homem lhe disse boa noite e o aconselhou a sair dali porque aquele lugar era perigoso, já que era a rota dos diamantes e por isso sempre tinha algum bandido enfiado no meio do mato.
Tadeu o cumprimentou e agradeceu o conselho e já foi dando meia-volta indo embora, e foi aí que o homem parou e lhe fez a pergunta:
💀— Esse Galo dentro do saco é para mim?

Tadeu abriu a boca para falar mas então percebeu que o Galo estava quietinho dentro do saco e que não tinha como o homem saber que era um galo, ainda mais naquele lugar tão escuro.
Ele nunca havia pensado que iria sentir medo, mas do nada o corpo inteiro tremia.

🧑🏻— Esse Galo é para o diabo, o fumo e a bebida também.

💀— Ah que pena, achei que era para mim. Ando muito triste que meu galo morreu de velhice e ando mesmo atrás de um outro que seja jovem. Eu não sou o diabo, mas será que é ele mesmo que você anda procurando? Ou será que sou eu?

🧑🏻— E quem é o Senhor?

É aí que o homem levanta a cabeça e Tadeu conseguiu ver o rosto do outro jeito, um rosto que não tinha nem pele nem carne, era nada além de um crânio branco e liso com dois pontinhos vermelhos lá no fundo dos buracos que um dia deviam ter brigado olhos.
Foi aí que o joelhos de Tadeu começaram a bater um contra o outro de tanto que ele tremia.

💀— O povo por aí me chama de muita coisa, mas gostam mesmo é de me chamar de Caveira. Tem certeza que esse galo aí não é para mim?

E Tadeu sem dizer nada levantou o braço segurando o saco e entregou aquele homem.
O tal homem com cara de osso não se fez de rogado e abrindo o saco tirou o galo colocando em pé sobre o próprio ombro, então pegou também das mãos de Tadeu a garrafa de cachaça e o fumo e começou a beber e a fumar ali mesmo mesmo que quando tentava beber na cachaça o líquido escorresse pelo queixo vazado e molhasse todo o paletó.
O homem então perguntou o que é que Tadeu queria em troca daqueles bons presentes.

🧑🏻— Meu corpo não bate com a minha alma, sou pequeno e mirrado, muito fraco. Mas eu sou Valente e com muita fibra moral, então queria saber se o senhor podia fazer que a minha parte de fora seja igual a minha parte de dentro.

O tal caveira deu-lhe uma boa olhada nos pés à cabeça e depois disse que não tinha problema e que dava sim para torná-lo homem forte mais que para isso ia ter que mudar de nome pois ninguém ia acreditar que um grandalhão fortão seria Tadeu, como a cara ia continuar a mesma ele devia dizer que era primo de si mesmo para que o povo não desconfiasse, mandou então escolher o nome de Pedro e que fosse embora para casa pois no dia seguinte iria acordar forte.
Tadeu assentiu e já foi indo embora até com pressa em demasia, mas o Caveira pigarreou novamente ou fazendo parar, então por fim disse:

💀— Para aceitar este negócio tu tem que dizer em alto e bom som que aceita, mas tem que saber que nada nessa vida é dado de graça e não é galo e cachaça que paga o milagre. Se quiser ter o meu favor e ser homem grande e forte, assim tu será. Mas saiba que dentro de doze anos eu vou precisar que venha trabalhar do meu lado pois ando muito cansado e preciso de gente para me ajudar na lida. Saiba também que doze anos de força e grandeza na tua vida serão vinte vezes isso na hora de pagar a dívida. Se não quiser não tem problema é só ir embora que amanhã vai acordar do mesmo jeito, mas se quiser é só dizer em alto e bom som que aceita, mas sabendo que palavra dada não volta a atrás.

Tadeu pensou por um momento e por ser homem que não era bom de matemática não entendeu que doze vezes vinte eram um tanto de anos tão longos que que ele jamais haveria de ter aceitado se tivesse entendido.

🧑🏻— Pois eu firmo a minha palavra de que aceito meu senhor.

O Caveira bateu ali o maxilar várias vezes em aprovação e Tadeu foi-se embora ainda com o corpo tremendo.
No dia seguinte quando abriu os olhos sentiu-se mal e pensou que havia comido algo estragado e achou mesmo que tinha finalizado o dia Comendo algo de podre pois era a única explicação para ter tido um sonho tão maluco. Mas a coisa mais doida foi que quando levantou da cama e pôs os pés no chão, olhando para baixo viu pés muito grandes e quando olhou para as mãos viu mãos enormes com dedos fortes.
A casa só tinha um único espelho no antigo quarto que um dia fora de sua mãe, Tadeu correu até lá e quando viu a si mesmo refletido teve um surto que gritou assustado e deu uma pancada no vidro a ponto de estilhaçar tudo. Estava muito assustado porque agora ele era homem de mais de um metro e noventa e que tinha os braços cheios de músculos e as pernas longas e fortes, era homem de meter medo em qualquer um.
Não tinha mais roupa que lhe coubesse e acabou tendo que mexer nas coisas do Falecido pai pegando ali uma calça que era bem mais comprida que as suas habituais mas que agora mesmo vestindo ela o pano lhe dava só no meio da canela.
Vestiu-se daquele jeito com o que dava e foi para fora, e quando o povo da rua lhe viu logo se espantaram e perguntaram quem ele era, e ele prontamente disse que era Pedro primo de Tadeu, mentiu que Tadeu havia ido para a cidade cuidar da saúde e tinha pedido para ele ficar na casa para tomar conta das coisas.
O povo logo acreditou afinal de contas Tadeu era mirrado mas aquele grandalhão que eles viam era a cara do rapaz, tinha agora um maxilar quadrado e mais forte que um rosto bem mais masculino mas quem olhasse os olhos e o formato da boca jamais iria questionar que lembrava o jovem Tadeu.
E foi assim que ele passou o dia muito confuso sem ter certeza se era loucura de sua cabeça ou se estava num sonho.

Mas na manhã seguinte quando acordou e viu que de fato era aquela nova pessoa ele comemorou por dentro de si mesmo e sem pestanejar correu até Almerindo para pedir um emprego.
Ele Nem precisou pedir nada pois assim que chegou na porta da casa de Almerindo foi o velho que lhe propôs imediatamente um trabalho Pois nunca tinha visto o homem tão grande como aquele.
E Tadeu que a partir de agora era Pedro foi contratado como homem para fazer a segurança dos carregamentos de pedras preciosas que iam pela estrada até o porto.

Lhe deram de roupas novas e botas de couro, duas garruchas bem carregadas uma faca de caça e um facão, E lá foi ele protegendo as pedras preciosas montado numa alazão preto que ia na frente da comitiva de carruagens pela estrada.
Os demais seguranças olhavam para ele com admiração pois não havia nenhum que fosse tão grande tão forte.
Pedro era orgulhoso, não era como o Gentil Tadeu.

Trabalhou por longos meses até o momento que foi posto à prova. Certa vez assim que estavam chegando perto de Viçosa foram surpreendidos na estrada por mais de dez homens montados a cavalo e que já vinham todos armados para fazer o assalto.
Foi tiro pra todo lado e Pedro ali mostrou que era uma negação no que se tratava de usar tanto a arma quanto o facão, não tinha jeito, não tinha Mira e nem destreza para bater a lâmina, mas quando os bandidos pensaram que iriam levar a melhor, Pedro saltou de seu cavalo e caiu para cima deles com as mãos nuas. Aquilo era umas mãos verdadeiramente fortes de um homem de corpo muito rápido. No final o que tinha na estrada eram os cadáveres dos 10 meliantes que jaziam ali em posições estranhas. Almerindo que vinha em uma das carruagens correu para ver os mortos e examinando cada um ficou muito surpreso de que Pedro havia os eliminado sem usar de arma de fogo ou de arma branca, e ficou ainda mais surpreso porque cada vez que Pedro tinha agarrado um deles, na parte em que tocara os ossos do inimigo haviam sido partidos portanto ali no chão de terra estavam corpos que tinham seus pescoços e colunas totalmente quebrados bem como seus braços e pernas que haviam sido moídos na base do chutes e socos do grandão.
Mesmo que o espírito lá na encruzilhada tivesse dito que Tadeu devia se chamar Pedro, foi naquele dia que o patrão Almerindo o nomeou de quebra ossos.
Bom dizer que "Quebrar Ossos" é coisa nossa de querer falar correto pois no povo daquela época chamavam ele mesmo era de "Quebrôsso".
E o tal ficou famoso e cada vez mais orgulhoso mas não era muito de ser ganancioso por isso não teve muito dinheiro na vida apenas muita aventura.
E assim doze anos se passaram e pelas estradas e vilas de Minas Gerais muito homem sem caráter acabou sendo moído pelas mãos de Quebra Ossos.
No dia do aniversário do trato ele teve um sonho com aquele espírito de Caveira, no sonho se viu na mesma Encruzilhada de sempre.
O espírito lhe dizia que o pacto tinha terminado ali e que ele já não iria dar ao grandalhão o poder de ser grande de forma natural, não iria mantê-lo, mas ao mesmo tempo garantia que não iria prejudicá-lo. No sonho o tal Caveira alertava que ele era de um tipo de alma que é vento, e que da mesma força era que vinha a força bruta de Quebra Ossos. Foi dito então para ele que o oposto do vento era eu queria quebrar o feitiço e desfazer o pacto e que se ele ficasse longe do oposto do vento ele seria sempre forte mas que se um dia tocasse no oposto do vento seria o dia que ele se fundaria e teria que ir ter com caveira e cumprir a sua promessa.
O grande problema é que Quebra Ossos não entendeu o que era o oposto do vento e achou que na realidade o oposto do vento era quando batia uma brisa pela estrada e ele devia sempre virar o rosto para seguir o ritmo da brisa e jamais contrapor a direção do vento encanado.
Mas não era disso que se tratava.
O espiro Caveira podia ter explicado melhor? Podia. Mas o Caveira é homem esperto, fala coisa honestas mas que quase ninguém entende.
Para bem dizer a verdade um ano se passou mesmo com quebra ossos naquela agonia de ver toda vez que eu bati um vento virava para andar na mesma direção, e o povo a sua volta começava a achar que ele era meio doido pois mesmo na estrada acabava sempre galopando às vezes até de marcha ré Para não contrariar a ventania.
Mas foi numa noite onde ele parou junto com a sua comitiva em uma estalagem, que também fazia a vez de um bordel, e lá havia uma bela moça que ofereceu a ele o serviços que podia atender no quarto. Quebra Ossos ficou muito animado mas a moça percebendo que ele trazia consigo uma bolsinha cheia de moedas de ouro atada ao cinto, pediu que antes fossem dar uma volta no lado de fora pois a noite estava muito abafada e quem conhece as noites de Minas Gerais no verão sabe bem como é.
Quebra ossos foi com ela pois a rapariga era muito bela com seus cabelos loiros e olhos verdes. Ela trazia consigo uma garrafa de vinho e sempre bebericava até que então ofereceu a ele, e ele sem perceber que na realidade ela jamais havia bebido uma única gota e apenas fingia levar o gargalo da garrafa aos lábios acabou pegando dela e tomou fartas goladas da bebida envenenada.
Andavam por uma trilha no mato ouvindo o som do Rio que passava ao lado quando ele começou a ficar tonto.
A rapariga o olhava assustada pois com a quantidade de Veneno no vinho, com duas goladas qualquer homem já devia ter caído morto, mas a realidade é que ele apenas tonteava um pouco pois o corpo era tão forte que nem veneno o derrubava.
Ele então na intenção de dar outra golada na garrafa levou ela os lábios e finalmente sentiu o gosto amargo estranho e percebeu que aquela tonteira que lhe dava não era de bêbado, tinha coisa errada ali.
A moça não esperou para dar explicações, passou a mão na bolsinha de ouro na cintura dele e correu para dentro do Rio em uma parte onde a água era Rasa e ela podia realmente correr por dentro dela até a outra margem.
Quebra ossos correu atrás dela e entrou na água e com suas pernas Compridas agarrou-lhe pelos cabelos mas a coisa mais doida aconteceu, foi que quando a moça puxou a cabeça ele não teve força para segurá-la.
A miúda era magrinha e franzina, mas ele não conseguiu detê-la.
De repente caiu ajoelhado fazendo um tibum na água.
A moça olhou para trás e ouviu ali de olhos arregalados olhando para as próprias mãos percebendo que tinha coisa muito estranha.
E foi ali todo ensopado na água do rio que ainda corria é que ele realizou a situação de que o oposto do vento é água.
As coisas dos Espíritos das Encruzilhadas são feitas com fogo e vento e nunca com água, a água os corta enfraquece e hoje todos nós sabemos disso mas Quebra Ossos na época não fazia ideia.
A rapariga ali na frente dele tinha cara de sonsa, mais de sonsa não tinha nada, criada dentro do Cabaré com as mulheres da noite ela entendia muito bem o que era feitiço e o que era magia, era como se pudesse sentir um cheiro do sobrenatural nas pessoas.
Então percebendo que se ele saísse da água iria retomar a força iria fazer sabe Deus o quê com ela, a rapariga avançou sobre ele e colocou suas duas mãos pequenas e frágeis em volta daquele pescoço Grosso, e ela apertou.
E quebra ossos tentava se soltar do aperto dela e tentava acertar murros nela, e de fato acertou-lhe uns bons morros na cara e nas costelas mas a rapariga ria pois os golpes que lhe atingiam era tão fracos quanto os de um bebê.
E ela deitou-se por cima dele o afundando dentro da água.
E quebra ossos ali se afogando não teve alternativa se não se deixar morrer, e assim morreu.

Mais tarde lá estava ele na beira do rio olhando para o próprio corpo que jazia deitado de bruços na margem ao lado da Rapariga que sentada em uma pedra contava as moedas de ouro.
E sem nenhuma surpresa Quebra Ossos cumprimentou o tal Caveira que apareceu logo a seu lado abaixando a aba do Chapéu em saudação.
E Caveira veio cobrar a palavra dada.
E o tal quebrar ossos começou a trabalhar para ele fazendo o que ele mandava.
E foram muitos anos assim, mas hoje em dia os dois já tem muito entendimento e Quebra Ossos já não obedece mas infelizmente ainda permanece na situação de ser espírito.
Recentemente, a menos de cem anos nós começamos com a moda de chamar esses espíritos masculinos de Exu.
Sim eles já existiam muito antes de serem nomeados de Exu, mas aceitaram muito bem, o tal Caveira hoje é Exu Caveira e anda com toda a sua banda, e o Quebra Ossos hoje é Exu Quebra Ossos e também trabalha junta as entidades, porém existe apenas uma única diferença entre este Exu e os demais:
Ele não gosta de ser uma entidade.

Quebra ossos não vem em qualquer terreiro e tem muito religioso que nunca nem o viu pessoalmente, ele só vem nos lugares certos e nos momentos certos e só trabalha com as pessoas certas.
Mas a energia dele é tão contraditória e tão pesada que muitas vezes quando um medium o incorpora a pessoa fica até encurvada ou às vezes até meio manca, mas se lembrem bem que isso não significa que Quebra Ossos seja assim, ele não é deformado em coisa alguma. Mais do que acontece é que muitas vezes ele vem com uma energia tão aborrecida que não se importa em como vai chegar e simplesmente chega, e o corpo de seus médiuns não estão preparados para isso e por isso muitas vezes Quem olha para uma incorporação qualquer braços pensa que é uma coisa muito estranha, mas na verdade é ele apenas mostrando seu mau humor diante das coisas de espiritualidade.
Continua trabalhando na linha dos caveiras e ele mesmo às vezes se manifesta como um caveira, mas quem já viu sabe que ele é homem grande e forte e de muita beleza,, mas ao mesmo tempo é homem resmungão que conta com muita ansiedade que os anos passem para que ele possa ir embora e não mais voltar.
E para bem dizer é verdade faltam bem poucos anos para que isso aconteça.

Saravá o Exu Quebra Ossos!

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Arte e texto por Felipe Caprini
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Espero que tenham gostado!
Não copie o texto ou reposte a arte sem dar os créditos! Seja Honesto!
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