domingo, 1 de outubro de 2023

Ela não faz questão de se explicar ou de mentir para parecer melhor. Ela foi sim uma mulher muito má

 Ela não faz questão de se explicar ou de mentir para parecer melhor.
Ela foi sim uma mulher muito má


Pode ser uma ilustração de 1 pessoa e texto que diz "FELIPE CAPRINI ನ K"
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Ela não faz questão de se explicar ou de mentir para parecer melhor.
Ela foi sim uma mulher muito má.
Hoje é entidade porque precisa pagar pelos erros.
Mas a verdade é que ela entende, reconhece e não se nega a levar a culpa de nada.
Mas se ela arrependeu?
Não.
Ela é Maria Padilha, ela simplesmente não se importa se as pessoas vão gostar ou desgostar, ela é Maria Padilha Rainha do Cabaré e por isso ela apenas existe, e existe com a verdade e não com a mentira.
Gosta ainda de ser bonita, gosta ainda de aparecer para os rapazes com aparencia de mulher sensual.
Não se preocupem, não se arrepender não significa repetir os erros, ela aprendeu com eles.
Só ela sabe o preço que paga por esses erros.
Mas ela não foi dessas que cola asas de papel nas costas para fingir que é anjo.
Sabe, esses dias eu a vi, ela estava encostada em uma parede de um quarto enquanto uma medium dela penteava os cabelos.
A coisa que ela mais ama nas filhas é o cabelo, se for longo e escuro ela gosta ainda mais.
Ela se lembra do tempo que fazia ponto na rua, isso muitos anos antes de ter sido a grande Rainha do Cabaré que foi na maturidade.
Na juventude ela ficava parada nas esquinas e nos becos, e naquela época era proibido ser marafona, era contra a lei, então ela não podia ousar nas roupas.
Ficava lá na esquina, de vermelho dos pés a cabeça, mas não tinha decote fundo, não tinha perna a mostra, era saia até o pé e vestido de manga longa!
Mas... como os meninos saberiam que ela estava a venda?
Saberiam pelos cabelos.
Menina nova usava trança, as idosas o coque, as casadas o toucado. Mulher de respeito não usava cabelo solto nunca!
Mas Padilha usava.
Lá estava ela na esquina, iluminada pela lua, Seu cabelo longo e negro esvoaçante na brisa noturna.
Hoje se ela incorpora, nossa como odeia os malditos turbantes que tanto fazem questão que use!
Mas usa, se exigir ela não cria caso.
Mas se sua medium deixa os cabelos soltos... ela os balança como se fossem seus, e ri lembrando de si mesma.
Ela tem duas risada, uma bem gostosa que vem do fundo do pulmão, isso quando acha graça das coisas.
A segunda risada é direto da garganta, aguda e malvada, e ela ri assim quando está irritada.
Ah e quando trabalha com mediuns homens é um problema enorme, mas não porque não goste deles, ela gosta bastante porem se aproveita.
Quando foi viva foi mulher por inteiro, mas isso a fez ter que se calar muitas vezes, era tempo dificil para ser mulher.
Por isso quando se incorpora em homem ela se sente a vontade para falar muitas besteiras, e isso põe esses meninos em algumas confusões.
Mas sinceramente ela não liga, para ela o negocio é manter seu povo com saude no corpo, dinheiro no bolso e comida na mesa.
Uma vez vi ela se zangar com um menina dramatica e acabou bronqueando com ela dizendo "Não gosto do choro, se quer fazer manha vá chupar uma chupeta, eu não me importo com quem chora de barriga cheia".
E é verdade, ela não se importa mesmo, gosta é da vida garantida e nada mais.
Hoje em dia tenta ser humilde, e Maria Farrapo sempre fica lembrando ela "Maria, essa gente é sua pra cuidar, não pra render...".
Farrapo fala porque sabe, ela estava lá na epoca do cabaré e lembra que as moças da casa não podiam nem olhar nos olhos de Padilha, era cabeça baixa e silencio. E quantas das moças tinham as mãos inchadas pela colher de pau... Padilha batia, mas não marcava o corpo nem o rosto, os clientes reclamavam se levavam pra cama uma menina com vergão nas costas ou mancha nas pernas, Padilha então colocava atrás da almofada de sua poltrona aquela colher de pau, e se qualquer moça desse trabalho ela mandava ajoelhar na sua frente e esticar a mão.
Coitadas, sempre metendo as mão na agua morna com lavanda pra desinchar...
Ela tenta, jura que tenta, mas é muito comum do nada os médiuns dela sentirem vontade de meter nas coisas dela uma colher de pau.
Ela ri e diz a eles que é para mexer caldeirão de bruxa, mas não... a colher é pra bater neles.
E as vezes ela bate, e é sempre nas mãos.
Mas agora não é na mão de carne, é na mão da alma.
A mão é onde vem caminho pra dinheiro, e se o medium a zanga... ah a colher de pau estrala e ela ri.
Depois ela vem e conserta o que ela mesma fez e o medium ainda a agradece achando que consertou, mas só desfez o que ela mesma fez.
Mas porque essa indole de fazer isso com eles?
Porque eles não sabem, mas ela trabalha com muitos mediuns ao mesmo tempo pois todos, absolutamente todos são novas vidas, novos corpos das moças que no passado trabalharam no cabaré.
Por isso os mediuns dela tem vida honesta, mas sempre cara de quenga.
Ela trabalha com esses médiuns sem contar a eles que ela deve a eles mais do que eles a ela.
Omite?
omite.
Mas mentir ela não mente.
E como ela anda irritada com a tal farofa que dão a ela...
As vezes pensa que qualquer dia os mediuns vão por tambem frango a assado e maionese e levar ela para um bate volta na praia, porque de tanta farofa ela já se sente a propria farofeira.
sorte daquelas que dão a ela oferenda de senhora, oferenda que mulher fina come.
Mas no fim se der a farofa ela revira os olhos aborrecida e aceita, que remédio haveria?
E como gosta de perfume... nossa como gosta!
E de incenso tambem, mas não esses esquisitos. Odeia os tais "quebra damanda, abre caminho, sete ervas..."
Ela é mulher fina, gosta de incenso de perfume, ama Sandalo, Verbena, Rosa Branca ou Vermelha, Madresilva, Jasmim...
gosta de casa cheirosa, casa suja ela passa longe.
E é desumilde, vai nos terreiros e nas casas pobres, lá não fala delas mas fica com o olhar cumprido reparando nas coisas.
Vi uma vez uma moça sentar em uma cadeira velha em uma gira e a cadeira quebrar, o terreiro era simples e não tinha cadeiras novas.
Quando a coitada foi ao chão a Padilha gargalhou bem por uns dez minutos.
Coisa feia fazer isso, mas ria com tanto gosto que quando lembro dá vontade de rir junto.
Nessa mesma casa o sacerdote disse uma vez que entidade de fé não liga pra roupa, bebida ou cigarro e sim vem pra trabalhar na fé, e Padilha ao ouvir isso disse "por isso me vestiu de pano de saco e me deu vinagre pra beber?"
O sacerdote ficou vermelho de raiva e ela riu bebendo da Sidra morna que lhe davam pra beber.
Não pensem que ela não trabalhou naquela casa, ela trabalhou muito e o povo chegava fazer fila pra falar com ela, mudou a vida de muita gente ali.
Mas sempre alfinetava a casa e por isso o sacerdote assim que via a hora passar já cantava alto "Maria Padilha se despede e vai embora...".
Mas vou ter de dizer que gosto dela de verdade, mesmo que já tenha me falado uns desaforos.
Gosto dela porque não é falsa.
Podem chamar ela do que for, mas nunca de falsa.
Saravá Maria Padilha Rainha do Cabaré!

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Espero que tenham gostado!
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