As Iniciações Crísticas e as Demoníacas - (II)
Sem consciente sacrifício não há degraus de saída dessa roda, pois tudo aqui é mecânico. Essa roda está servindo a um propósito ao planeta, e o planeta tem um propósito não somente para desenvolver o humano, mas também para servir a um propósito ao cosmos como um todo. O planeta detém múltiplos propósitos, e para sua própria economia está perfeitamente satisfeito com ninguém conquistando iniciação, porque ele funciona como um órgão em um corpo chamado sistema solar. E para que o sistema solar possa operar, o planeta necessita transformar e transmitir certas energias numa escala cósmica. Não é necessário criar seres humanos que conquistem iniciações; ele, unicamente, necessita atingir essa economia de energia.
Essa é a nossa herança. Nosso ego é justamente o produto disso. Possuir um intelecto e compreender nosso objetivo de simplesmente transformar energia para a economia da Terra, pode realmente nos fazer sentir que a vida é um absurdo, sem significado. Isso acontece algumas vezes: alguém vê o mundo a um ângulo em que não reconhece qualquer sentido nisso. De fato, sem o espírito, sem iniciação, não há outro sentido; assim, se nada se conhece sobre iniciação, sob certa premissa aquele ponto de vista é lógico.
Não obstante, se não rejeitamos o espírito, então como realmente trabalhar com ele? Como chegar a mais alguma coisa? A fundação da iniciação é Castidade. O que isso significa?
Temos duas palavras: castidade e celibato. Normalmente são usadas inter-relacionadas. Mas podemos ter algum discernimento em ver a diferença entre elas. Castidade significa o uso apropriado da energia criativa sexual. Celibato refere-se a ter restrição de não unir-se sexualmente. Castidade significa usar a energia sexual da maneira correta, de modo apropriado. Se alguém faz um voto de castidade e sabe o que isso significa, essa pessoa pode ligar-se numa união sexual ou ter casado e ainda assim não quebrar o voto de castidade, uma vez que se conectar sexualmente e manter a castidade é realmente o caminho para conquistar a iniciação.
Contudo, isso soa como um tremendo sacrifício para muitos. Soa como insuportável peso e um absurdo rejeitar o orgasmo. Em nossa moderna cultura pensamos que esse é o ponto da completude do sexo. Mas precisamos ver que há várias funções. Funções no sentido de sexualmente produzir outros corpos (gerações), que se fixam à roda da evolução e involução, e a sexualidade também detém um propósito espiritual. Todos têm de fazer uma escolha do que querem desenvolver. Se querem usar conscientemente aquela energia para seu próprio desenvolvimento, desenvolver suas almas e conectarem-se com seus espíritos, então é isso que lhes é requerido.
Alternativamente, toda aquela energia estará descendo, não estará servindo aos seus espíritos. Quando pessoas se tornam acostumadas à castidade e transmutação, elas comprovam que é verdadeiro o caminho da paz e felicidade. Confundem-nos quais sejam as causas e condições da verdadeira felicidade. Acreditamos que a felicidade nos vem através da compensação do desejo, porém realmente essa é a causa do nosso sofrimento e ignorância na vida.
Contudo, há muitas doutrinas místicas, tipos de doutrinas tântricas, que não rejeitam o orgasmo. Elas não rejeitam a fornicação. Elas dizem que devemos ser bons, ser educados, realizarmos boas obras, que devemos desenvolver poderes, e falam de modo bastante delicado. Vestem as suas mensagens com muitas palavras bonitas e conceitos espirituais. Porém, quando chegam à cruz da matéria, dizem que não devemos conservar nossa energia sexual, que temos de fugir disso. Essas são doutrinas que tentam misturar a aspiração espiritual com a fornicação. Elas sempre conduzem as pessoas a estarem mais fortemente atadas na queda aos mundos infernais.
Samael Aun Weor escreveu que os tipos mais sutís de magia negra ou de doutrinas inferiores estão relacionadas com o mundo mental. Ele escreve:
“Quase todas as escolas espiritualistas ensinam como desenvolver a força mental; todas querem fortalecer a mente. Eis porque muitos acabam praticando a magia negra: a mente é um jumento sobre o qual devemos viajar a fim de entrar no céu de Jerusalém. A mente (manas, o homem) deve se submeter perante a majestade do íntimo. Devotos espiritualistas ignoram isso. Desse modo, o que eles sempre querem realizar são suas pessoais vontades egoístas e nunca a vontade do Pai. Essa é a terrível verdade de todas essas coisas”. – Samael Aun Weor, Os Maiores Mistérios.
“A maldade é tão boa no mundo da mente... A maldade é tão delicada e sutil no plano da compreensão cósmica que na verdade muita intuição é necessária no sentido de não sermos enganados pelos demônios do Mundo Mental. Os magos negros no Plano Mental são milhões de vezes mais delicados do que os magos negros do plano Astral”. – Samael Aun Weor, Tratado de Alquimia Sexual.
Hoje, podemos constatar muitos tipos de doutrinas. Algumas tornam muito óbvio que estão tentando desenvolver mais e mais o desejo, e certos tipos de pessoas estão atraídos para aquilo. Mas outros tipos realmente sentem uma aspiração espiritual e se tornam envolvidos por uma linguagem espiritual que lhes parece cativante, parecendo fazer todas as pessoas felizes, porém estão somente se engajando num caminho que está tentando fazer suas mentes serem mais poderosas. Estão [as doutrinas] tentando desenvolver poderes, mas não estão tentando reduzir egos.
Se praticarmos castidade, se exercitarmos o pranayama (que é um tipo de exercício respiratório), se praticarmos certos mantras, e estivermos fazendo coisas sinceras a nós próprios, um bom trabalho, então começamos a conservar nossa energia. Essas coisas não passam despercebidas nos mundos internos. É similar a acender um fogo numa escura área madeirada. Há tanta escuridão que se uma pessoa está conservando seu/sua energia, isso cria um tipo de luz que é facilmente notada. Daí atrai a atenção da Loja Branca, dos mestres despertos que estão procurando ajudar.
Então eles dizem; “Vamos ver se o aspirante está pronto para trabalhar nele mesmo, desejando tornar-se um inimigo de seu próprio eu”. Devido a esse trabalho, o verdadeiro inimigo é nosso eu, nosso próprio ego, o próprio eu-vontade. Se ficarmos temerosos de penetrar em nosso interior, em nossa própria imagem psicológica, se formos incapazes de ataca-la, se tivermos medo, então não há condição de obtermos progresso.
O Guardião do Umbral
A primeira prova, ou ordália, nesse sentido é a que chamamos o Guardião do Umbral. Isso é algo que ocorre nos mundos internos, nos mundos superiores, onde o aspirante tem de invocar seu/sua Guardião do Umbral e desafiá-lo, ou conjurar o Guardião sem guardar qualquer medo em seu coração. Uma imagem animalizada aparece e pode ser terrificante ao aspirante. Se ele se acovarda, então, obviamente, estará incapacitado de trabalhar-se a si próprio e terá falhado naquela prova. Se isso acontecer, então o aspirante precisará meditar mais acerca daquilo. Estar habilitado a passar naquela prova é estar habilitado a ver aquela imagem sem se amedrontar com ela; é passar por ela. Isso acontecendo significará que o aspirante estará habilitado a arregimentar-se contra seu próprio ego, a olhá-lo sem sentir medo, e será capaz de trabalhar-se a si próprio, mover-se para adiante. Esse é de fato o primeiro passo.
Outra possibilidade é que o aspirante (ele/ela) que está tentando trabalhar-se a si próprio, procurando seu desenvolvimento, venha interessar-se por várias doutrinas espirituais e enamorar-se de uma delas que realmente não trate de conduzir à iniciação. Escolas desse tipo falam sobre coisas espirituais, mas ao invés de o Guardião do Umbral ser o inimigo a se ultrapassar, eles pretendem que esse “guardião” seja o protetor do umbral, o nosso verdadeiro ser, e que o ego seja o verdadeiro espírito.
Assim, alguém envolvido em magia negra, em iniciação negra, está buscando integrar-se intimamente com o Guardião do Umbral. Esse, não é sempre exatamente chamado de o Guardião do Umbral; pode mesmo ser chamado de “nosso verdadeiro eu”. A doutrina pode falar em várias diferentes coisas, mas fundamentalmente, aqueles tipos de doutrina sempre apregoam contra a castidade. Sempre falam contra Cristo. Qualquer que seja a forma de linguagem utilizada por elas, tratam de rebaixar. Falam contra Cristo e falam contra a castidade porque é somente através da castidade que alguém pode, em verdade, arregimentar-se ou tomar das armas contra o seu próprio ego, contra o guardião. Sem combustível no motor não se vai a lugar algum.
Da mesma maneira, se não temos castidade não podemos fazer qualquer desses trabalhos; entretanto, as escolas de magia negra sempre falam belamente sobre como devemos reverenciar ao guardião e mesmo tentar nos integrarmos a ele. Dizem que o guardião é nosso protetor. Algumas escolas tratam-no como “O Sagrado Anjo Guardião”, contrariamente ao que nós, gnósticos, chamamos de Anjo Guardião. São meras palavras, porém eles o chamam de anjo guardião, nosso guardião, e dizem que nós queremos nos conectar com ele e proteger aquilo. Então, o que acontece nesse sentido é que se existe uma aspiração espiritual, mas o aspirante está numa escola de magia negra, ele, ao tentar integrar-se ao guardião, busca despertar e até observar-se de dentro do ego.
Qualquer um que esteja envolvido numa escola de magia negra estará tentando desenvolver sua mente, procurando despertar. Não será removendo qualquer desejo, mas se integrando àquele [principal] desejo. Eles estarão tentando despertar, se tornar conscientes daquela energia que detém egoísmo ou ódio, dizendo que podemos permanecer focalizados no ódio, no desejo: direcionarmo-nos ao desejo e não à libertação dos desejos. É assim que eles começam a despertar. Eles observam seus desejos e os reforçam, integrando-se intimamente, tentando alcançar um tipo de vínculo entre a alma e o ego.
Naturalmente, isso é um processo que, em última análise, causará muitas dores e sofrimento, uma vez que sob o ego e alma está a essência que pertence à sexta dimensão e vem do Absoluto. Então, eventualmente, aquelas coisas estarão sendo retiradas dali por um processo doloroso. Pode levar dias cósmicos, dependendo do nível de iniciação que a pessoa alcançou naquele particular.
Há diferentes tipos de magos negros. Em alguns casos, uma pessoa se desenvolveu em iniciações Crísticas, então constituiu corpos solares, veículos relacionados com mundos internos: eletrônicos, veículos Crísticos. Se aquela pessoa então cai, inverte o desenvolvimento, ou reforça o ego; então ela terá duas polaridades. Uma polaridade estará relacionada com a alma, que é decaída, e a outra polaridade estará relacionada com o espírito que tem desenvolvimento e pode ser um mestre. Esses tipos de magos negros são os piores. São, absolutamente, os piores porque são muito diabólicos e muito poderosos. Falamos sobre eles numa anterior palestra; são chamados hasnamussen. Hasnamussen é o plural, hasnamus é o indivíduo.
Há diferentes níveis de hasnamussen. Alguém com ego pode ser chamado um hasnamus, porém os hasnamussen reais são aqueles que alcançaram iniciações, desenvolveram corpos solares e então caíram por razões que temos discutidos noutras palestras. O único caminho para desenvolver aqueles corpos é através da castidade, assim, sob uma determinada visão, aquelas pessoas devem ter sido castos no sentido de conseguirem desenvolver aqueles corpos.
Contudo, pessoas que não tenham esses corpos podem ainda desenvolver poderes através da mente. Podem ainda dar poderes aos seus egos, mas não terão os corpos solares. Essas pessoas [a despeito de não terem os corpos solares] podem despertar e deter poderes, sendo capazes de manipular pessoas aqui neste mundo físico ou manipulá-las num sentido arguto. Elas podem ser capazes de colocar as pessoas para dormir, hipnotizarem-nas e as fazerem fascinadas com qualquer coisa que disserem. Podem dar presentes com maldições no intuito de ferir as pessoas por diversas razões. Podem fazer um jogo e controlá-lo plenamente.
As Quatro Ordálias
Assim temos esses dois lados do Guardião do Umbral. O iniciado branco ou iniciado Crístico estará indo tentar vencer o guardião, ao passo que o mago negro estará indo tentar dar poderes ao guardião e ele/ela verá o guardião como o seu próprio eu. Se vencermos o Guardião do Umbral, não estaremos realmente destruindo-o. Estaremos, exatamente, derrotando-o numa simples batalha. Passar nessa ordália é nada mais do que a primeira parte do processo de matar o guardião. Tendo sucesso na ordália, nos será dada a primeira das ordálias relacionada com os quatro elementos. Eis aqui a figura representativa das provas do fogo, ar, água e terra (de Atalanta fugiens, por Michael Maier)O iniciado ou o aspirante com suas armas está tentando vencer aquelas ordálias. Podemos ver que essa é a mesma pessoa; é a pessoa lutando com ela mesma. Isso é um trabalho alquímico; é um trabalho de auto desenvolvimento que simbolizamos através desses quatro elementos. Há vários tipos de ordálias.
A ordália do fogo é algo que nos deixa o sangue fervendo. Se alguém nos calunia, nos pragueja, nos envolve em fofocas ou nos critica, como manobrar com isso? Isso faz-nos o sangue ferver? Devolvemos isso com ódio? Estamos capacitados a beijar o látego do executor, como o Mestre estabelece? Estamos prontos a devolver o ódio com amor e serenidade? Não com falsa serenidade, porém com verdadeiro coração pacificado? Isso é transformar aquela experiência. Isso é ir-se através da ordália do fogo. A ordália do fogo, no entanto, pode não ser somente num único momento. Se for o caso de alguém nos estar caluniando repetidas vezes? Isso devora nosso coração, faz-nos sentir sofrimento?
Essas ordálias podem ocorrer fisicamente ou internamente. Se estivermos trabalhando com a nossa consciência, com a transmutação da energia sexual, então estaremos começando a despertar, através de pequenas experiências, coisas que parecem como sonhos, porém são diferentes. Elas são mais despertas, mais espirituais e mais poderosas. Essas são experiências despertas no plano astral. Podemos ter experiências em que somos queimados: postos para queimar. Isso é uma representação simbólica de penetrar através de uma ordália.
Podemos exatamente ser caluniados no plano astral como um teste para avaliar se conseguimos passar por aquela ordália. No plano astral acessamos nossas emoções sutis muito mais diretamente; não podemos nos esconder delas. Aqui no mundo físico podemos compartimentalizar nossas emoções. Podemos achar que não estamos zangados, embora, em realidade, estejamos muito zangados.
Pessoalmente, tive experiências no plano astral onde fiquei realmente zangado. Eu acordei e me dei conta de que uma pessoa estava me caluniando no plano astral. Não imaginei que ficaria tão zangado, mas realmente fiquei. Aquela experiência mostrava-me que eu não estava preparado para manobrar com aquela crítica. Obviamente, não passei naquela particular ordália. Aquela foi uma ordália do fogo. Aquilo significava que eu tinha de sentar-me e meditar. Precisava refletir sobre a situação, buscar mais fundo e ver o que eu estava acessando. O que significava?
Se não passamos na ordália, então haverá de nos ser dada novamente. É-nos repetida, provavelmente de modo mais rigoroso. Necessitamos aprender a lição: ter as consequências demonstradas mais claramente. Algumas vezes, precisamos levar seguidas pancadas na cabeça para que entendamos o que de fato realizar.
Ordálias do ar estão relacionadas à nossa mente porque o ar é o símbolo da mente. No sentido de passar nisso precisamos nos elevar acima das situações difíceis. Por exemplo: lembro-me de algo acontecido comigo no plano astral onde eu via nuvens sobre mim e elas eram muito poderosas. Pareciam de concreto. Uma fileira completa de densas e grossas nuvens veio da esquerda e outra fileira veio da direita. Elas terrificaram-me. Vieram de ambos os lados e bateram uma na outra pelo meio, diretamente sobre mim, explodindo e precipitando granizo. Eu não sabia o que fazer, porém, por sorte, encontrei um caminhão próximo a mim e nele protegi-me. O caminhão balançava enquanto era atingido e golpeado, porém eu estava a salvo. Mais adiante, o granizo parou e eu abri o caminhão olhando para cima, verificando que o céu estava belo. Essa experiência teve relação com uma ordália. É interessante observar a tese e a antítese em nossas mentes: duas teorias competitivas ou ideias que não sabemos como movimentá-las. Elas nos causam angústias. Num momento estamos pensando numa coisa e no momento seguinte estamos pensando noutra coisa. Assim, encontrar refúgio no veículo da Gnose é o caminho de adentrar nas batalhas da mente que suportamos.
Também experienciamos ordálias da água. A água tem a habilidade de mudar as circunstâncias facilmente; é capaz de fluir através de diferentes circunstâncias. A água se relaciona mais particularmente com nossa energia sexual e também com nossa habilidade de nos adaptarmos.
Ordálias da Terra podem estar relacionadas com nossa existência física na vida mundana. Devemos ser capazes de superar as tarefas mundanas diárias sem nos tornarmos por elas fascinados nem sermos arrastados. Ordálias da terra podem estar relacionadas com nossa preguiça, com a fascinação em ganhar dinheiro ou com gastarmos em coisas materiais que não tenham nada a ver com o espírito. Devemos ser capazes de superar tudo isso.
A terra está relacionada com os gnomos. Os gnomos são trabalhadores muito diligentes que trabalham para extrair ouro. Se passarmos pela ordália da terra, então somos iguais aos gnomos extraindo o ouro.
Assim, passamos por essas ordálias. Mas, na realidade, em cada ordália das quatro pelas quais passamos inicialmente, ou nas ordálias de qualquer iniciação menor ou maior, o progresso alcançado estará relacionado com um daqueles quatro elementos ou pelas suas combinações. Não imaginemos que haja somente dessas quatro ordálias e quando as tivermos completado teremos chegado às iniciações menores, e que as iniciações maiores nunca manobram de novo com os quatro elementos. Cada ordália está relacionada com seu elemento a um nível ou a outro. Continuamos a passar ordálias a níveis cada vez mais sutís.
Iniciações Menores e Maiores
Após essas quatro ordálias iniciais os candidatos são postos no caminho das iniciações menores: dos mistérios menores. Há nove mistérios menores. Qualquer um que esteja praticando em castidade pode alcançar isso. Os nove mistérios menores estão relacionados com as primeiras nove Sephiroth na árvore da vida. Passamos por elas trabalhando em castidade, através da meditação e através da transmutação. São-nos dadas ordálias, são-nos dadas certas experiências, e com ajuda começamos a aprender sobre nós mesmos, e somos testados. É sempre um processo de nos aprofundarmos em nós próprios e observarmos o que se externará.
Pensemos de um Alquimista pondo todos os elementos em ebulição e a observar o que se extrairá deles. Se os elementos não entram em ebulição não conseguimos seus extratos. Assim, nossas vidas nesses momentos precisam afundar em ebulição, a fim de que seja extraído o conhecimento consciente delas e abandonemos o restante. O que precisamos remover é o ego, destruí-lo, mas nosso ego detém nossa essência e nossa essência detém aquela experiência de estar no ego. Pelo aprendizado ganhamos sabedoria, ganhamos amor e compaixão. Ao aprendermos isso estaremos habilitados a extrairmo-nos a nós próprios daquele ego e destruí-lo.
Nesse prisma, passamos por nove iniciações dos mistérios menores e após estaremos colocados no caminho dos mistérios maiores. Contudo, no sentido de alcançar os mistérios maiores, necessitamos estar não somente castos, mas também em cooperação sexual. Os mistérios menores podem ser conquistados por qualquer pessoa, solteira ou casada, porém ele/ela precisa estar em castidade. Quando se alcança a nona iniciação dos mistérios menores podemos continuar a desenvolver por nós mesmos, a meditação e a transmutação, trabalhando para reduzir cada vez mais o ego.
Os mistérios maiores, contudo, requerem uma esposa para gerar mais energia. É através dos mistérios maiores que desenvolvemos os corpos solares. Daí em diante, outros tipos de iniciações acontecem. Há vários tipos de caminhos; há o caminho da espiral e o caminho direto. Há veículos relacionados com o topo do triângulo da Árvore da Vida. Mas tudo isso está relatado noutras palestras. Esta palestra é unicamente uma introdução que define iniciação.
Em resumo, devemos estar habilitados a discernir a diferença entre iniciações em direção a Cristo e iniciações em direção ao ego ou demônio. Não é porque uma escola pareça espiritual que signifique alguma coisa real. Temos de investigar internamente porque isso é muito subjetivo. Elas podem estar passando uma doutrina que pareça muito espiritual, mas não estando a falar sobre o uso da energia sexual no sentido de criar a alma não iremos ganhar muito com esse tipo de ensinamento.
Muitas escolas são meditativas. Há estúdios de yoga que fazem somente meditação no começo; isso é bom. Desenvolvem a observação e a prudência; isso também é bom. Mas quanto à luxúria e vaidade ostentadas enquanto engajados na prática? Podemos também desenvolver a atenção e concentração enquanto lavamos pratos. A concentração é necessária, mas se uma pessoa está gastando sua energia sexualmente como irá desenvolver a energia emocionalmente? Como será capaz de desenvolver um coração compassivo? Isso provém do centro sexual. Nossa energia sexual é a energia básica que cria tudo de nossas experiências espirituais. Começa com Yesod, a fundação. Eis porque estarmos sempre a falar sobre isso e não nos cansarmos de esclarecer que necessitamos trabalhar com a energia sexual.
Por um Instrutor Gnóstico
[Segue Parte III]
Por um Instrutor Gnóstico
[Segue Parte III]
Fonte: Beginning Here and Now: Christic and Demonic Initiation PDF.
Gnostic Teachings
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Gnostic Teachings
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
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