O que são os “Bandhas” do Yoga?
Bandhas ou bloqueios neuromusculares são como vitaminas em uma dieta humana.
Eles controlam os níveis hormonais no corpo, aplicando pressão nas glândulas.
O que são os “Bandhas” do Yoga?
Bandhas ou bloqueios neuromusculares são como vitaminas em uma dieta humana.
Eles controlam os níveis hormonais no corpo, aplicando pressão nas glândulas.
Equilibrar os hormônios tem um efeito imediato na pele de uma pessoa.
Bandha é o nome dado a um conjunto de técnicas usadas no Hatha Yoga com dois objetivos diferentes: um no plano sutil (energético) e outro no plano denso (físico).
Em sânscrito a palavra bandha significa “fecho”, “fixação” ou “contração”.
Essas técnicas foram descritas pela primeira vez no século XIV em um texto clássico do Yoga chamado “Hatha Yoga Pradipika, II: 46.” E aparecem também em outros tratados de Yoga como o “Gheranda Samhita” e “Goraksha Shataka”.
Os bandhas são contrações de determinadas áreas do corpo físico que estão relacionadas aos chakras (centros da energia vital) e que funcionam como canalizadores do fluxo energético.
Quatro são de maior importância:
1) jalandhara – contração da garganta
2) uddiyana – contração do abdômen
3) mula – contração do assoalho pélvico
4) jihva – contração da língua.
Além desses quatro, existem algumas combinações entre eles que recebem nomes diferentes, como bandha traya.
A “contração tríplice”, que consiste em fazer simultânea mente jalandhara, uddiyana e mula bandhas.
E maha bandha(a “grande contração”, que é a combinação das quatro acima mencionados).
Isso se faz durante a prática de certos pranayamas e em algumas meditações.
O Hatha Yoga dá tanta importância à prática destas contrações pois, em primeiro lugar, elas possibilitam uma prática segura do ponto de vista físico.
E na dimensão energética, os bandhas são usados para evitar a dispersão da força vital e conduzí-la pelo canal central da energia vital, possibilitando assim o despertar da energia sutil.
Enormes benefícios obtêm-se da prática sistemática dos bandhas, tanto em nível fisiológico quanto em nível psíquico.
É possível perceber melhoras no sistema endócrino, no funcionamento dos órgãos internos, no sistema nervoso, bem como no funcionamento da própria mente, que fica mais focada e torna-se assim mais apta para a concentração.
Os bandhas trabalham músculos como os abdominais.
o diafragma e os paravertebrais profundos (músculos mais intimamente conectados à coluna) atuando diretamente na postura.
Do mesmo modo, muitos outros músculos que auxiliam ou mesmo determinam importantes funções são exercitados nessas técnicas como os grupos musculares orofaringeanos (músculos da boca e da garganta) e do assoalho pélvico (músculos que delimitam inferiormente o quadril).
A sucção do abdome obtida no uddiyana bandha leva a um aumento da pressão intra-abdominal e, somando-se isso à contração do assoalho pélvico obtida pelo mula bandha.
Potencializa a sensação de uma força ascendente, que pode ser percebida como algo se irradiando para cima ao longo da coluna lombar.
Em nossa linguagem fisiológica clássica, podemos mencionar esses eventos como sensações interoceptivas e proprioceptivas (do próprio corpo) decorrentes de variações de pressão.
Estímulos circulatórios e sensibilização associados à concentração na região abdomino-pélvica.
Institutos de ensino e pesquisa no mundo todo avaliam as técnicas do yoga para validar sua prática junto a outros tratamentos médicos.
Como podemos observar na foto do Instituto de Yoga Kaivalyadhama na Índia fundado em 1924 ativo até os dias de hoje, onde o próprio fundador, o Swami Kuvalayananda observa a experiência com os bandhas.
Investigações científicas levaram a conclusões importantes sobre aplicações terapêuticas e preventivas dessas práticas. Na década de 1950 o ginecologista Arnold Kegel constatou que a fraqueza do feixe pubococcígeo.
Estava associada a casos de incontinência urinária em mulheres e aperfeiçoou essas técnicas originais criando um método de condicionamento muscular desta região.
Foi constatado paralelamente que esses exercícios também melhoravam as funções reprodutivas.
Principalmente com intensificação dos orgasmos e maiores níveis de excitação, além de serem excelentes preventivos contra prolapsos genitais pós-parto e impotência masculina.
Uma recomendação importante para começar a praticar o Uddiyana Bandha é realizá-lo com o estômago vazio.
Ele pode ser praticado sentado, de pé, deitado ou mesmo executando alguma postura.
Como a Adho Mukha Svanasana (cachorro olhando para baixo), por exemplo.
A expansão da caixa torácica sem a inalação, eleva e alonga o diafragma e suga as visceras e músculos abdominais para dentro.
O Uddiyana Bandha estimula os músculos cardíacos, tonifica os órgãos abdominais, favorece o peristaltismo.
Normaliza a secreção do suco gástrico e elimina toxinas e disfunções dos aparelhos digestivo e excretor.
Pratique esses bandhas com toda a sua intensidade para obter resultados surpreendentes.
Que devemos fazer para conectar com os bandhas?
O mais essencial é permanecer consciente e ser capaz de integrar mula e uḍḍīyanabandha não somente na prática de āsanas ou prāṇāyāma, mas igualmente ao longo do cotidiano.
Isso irá facilitar a manutenção de uma postura correta em todos os momentos do dia, independentemente da atividade.
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