Geburah é o Rigor, a Justiça mediante a Lei, é Budhi a Alma Espírito, a Alma Divina. Aqui encontram-se a Walquíria, a Bela Helena, etc. Geburah atua em concordância com o Leão da Lei que é solar, ou seja, com a consciência de Tiphereth
1.1 Elementos constitutivos ou relacionados
Sephirah: | Geburah, (Em hebraico, גבורה: Gimel, Beth, Vau, Resh, He – coragem, valentia) Cabalistas: Força, Severidade. | |
Coro, nome cristão: | 5 – Potestades | |
Nome divino (Atziluth): | Elohim Gibor אֱלוֹהִים גבור O Deus Poderoso | |
Arcanjo (Briah): | Khamael כמאל. | |
Coro Angélico (Yetzirah): | Seraphim שרפים, Serpentes de Fogo, Inflamadas. | |
Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: | Madim מאדים, Marte. | |
Inteligência Geomântica: | Zamael (זמאל) | |
Regente do planeta: | Samael (סמאל) | |
Títulos conferidos: | Din (justiça); Pachad (medo). | |
Imagem Mágica: | Um poderoso guerreiro em seu carro. | |
Símbolos/Armas mágicas: | O pentágono. A Rosa de Tudor de Cinco Pétalas. A espada. A lança. O açoite. A corrente. | |
Forma geométrica: | Pentágono | |
Localização na Árvore: | No centro do pilar da Severidade. | |
Relação/elementos: | Água da Água | |
Mundo do coro: | 2 – Briah, Mundo das Criações, Astral, mundo dos desejos, elem. Água | |
Correspondência no Microcosmo: | O braço direito. | |
Correspondência no Macrocosmo: | Os lugares de fogo e sangue, os fornos, os matadouros, as cruzes, os patíbulos, e os lugares onde se consumaram ruínas, carnificinas bélicas, execuções e outras coisas do estilo. | |
Signo: | Escorpião – segundo signo da Água. | |
Elemento zodiacal: | Fogo | |
Texto yetzirático: | O 5º Caminho é chamado de Inteligência Radical, porque se assemelha à Unidade. Emana de Binah (o Entendimento), e se une a esta, a qual, por sua vez, emana das profundezas de Hochmah, a Sabedoria primordial. | |
Experiência Espiritual: | Visão do poder. | |
Atributo: | Justiça, Severidade. | |
Virtude: | Energia, coragem. | |
Vício: | Crueldade, destruição, Ira. | |
Aspecto: | 90º Quadratura | |
Animais: | Animais: Basilisco, cavalo, mula, cabra, lobo, leopardo, asno selvagem, serpentes, mosquito, moscas, babuínos. Pássaros: Águia, falcão, gavião, mocho, coruja, garças. Peixes: Tubarão, lúcio, barbus, carneiro do mar, esturjão, glauco. | |
Plantas: | Absinto, Pimenta, Gengibre, Cardo, Urtiga, Manjericão, Limoeiro, Laranjeira, Cebola, Alho, semente de mostarda, Rabanete, Azevinho, mostarda, amoníaco. | |
Pedras: | Rubi, Granada, Pedra de Sangue (Hematita – deriva do óxido de ferro), diamante, magnetita (óxido de ferro cúbico), jaspe-sanguíneo. Metais: Ferro e bronze vermelho. | |
Drogas: | Os irritantes e os cáusticos | |
Cartas do Tarô: | Os quatro cincos: Cinco de Paus: conflito pelo poder; Cinco de Copas: perda no prazer, prazer turvado; Cinco de Espadas: derrota (do rigor); Cinco de Ouros: conflito terreno – vanguarda. | |
Cor em Atziluth: | Laranja. | |
Cor em Briah: | Vermelho-escarlate. | |
Cor em Yetzirah: | Escarlate-brilhante. | |
Cor em Assiah: | Vermelho, salpicado de negro. | |
Velas: | 3 Vermelhas | |
Incenso: | [sândalo, acácia, cipreste, absinto, balsamo e também a pimenta, a cebola] |
1.2 Disposições gerais
Geburah é o Rigor, a Justiça mediante a Lei, é Budhi a Alma Espírito, a Alma Divina. Aqui encontram-se a Walquíria, a Bela Helena, etc. Geburah atua em concordância com o Leão da Lei que é solar, ou seja, com a consciência de Tiphereth, então temos o rigor da Lei, mas também a nobreza do Leão. Isto implica que os Mestres do karma são Juízes da Consciência e estão além do bem e do mal.
O chefe dos Arcontes da Lei é o Mestre Anúbis (do raio de Binah), que a exerce seu tribunal com os seus 42 juízes. Quando oficiam usam uma máscara com a forma de cabeça de Chacal ou Lobo Emplumado, que simboliza a Verdade.
No Tribunal do Karma podemos negociar nossas faltas, excessos, de modo que aquele que tem com que pagar sai bem nos seus negócios, ou seja, é possível cancelar Karma com boas obras já que o karma não é uma lei mecânica e, sendo assim, pode ser perdoado com boas obras.
Em nossa psique há uma espécie de livro onde ficam anotados as boas e as más obras. Nossa consciência não deixa que nos enganemos pois não há como fugir de si mesmo. O Karma é visto como um remédio que nos é administrado contra os excessos.
Há determinados tipos de Karma que não podem ser modificados, são os chamados Karma duros a exemplo da cegueira, o amputado que já vem com uma enorme carga energética negativa de outras existências, atos e fatos praticados e que não há o que fazer, a natureza cobra tudo o que fazemos… Os karmas que estão em execução também não podem mais serem negociados, pois já estão sendo materializados.
Espécies de Karmas:
– Karma Individual De cada uma das pessoas
– Karma Familiar De uma família (reúne pessoas ligadas com dívidas entre si)
– Karma Coletivo De pessoas afetadas pela mesma dívida (acidentes, atentados)
– Karma Regional De uma determinada região geográfica (estiagem, secas, epidemias, terremotos etc.)
– Karma Nacional De qualquer país (guerra civil, ditaduras, etc.)
– Karma Continental Dos continentes (África, América, etc.)
– Karma Mundial De toda a humanidade (guerra mundial, epidemia mundial)
– Karma Planetário Do Planeta (transformações ambientais, colisões de cometas, etc.)
– Karma Saya Ligues Astrais entre homens e mulheres pelos coitos realizados, conjunção de Karmas pela troca de energias durante o ato sexual, quanto mais relações com pessoas diferentes mais karmas são conjugados.
– Karma Yoga Perda do cônjuge quando mais se necessita (causado pelo Karma saya)
– Karma Duro Karmas que não há como serem pagos seja porque são de grande gravidade, por estarem em execução (tetraplegia, amputações, cegueira, etc.) ou dívidas pelos delitos contra o Espírito Santo (dores e enfermidades)
– Karma Katância É o karma dos Deuses pelos seus erros. Determinados indivíduos por sua evolução conseguem se desvencilhar de algumas Leis do Universo. Sua consciência vibra em níveis mais acima, tais como iniciados, profetas, mestres, etc. Ocorre quando se desviam da Grande Obra ou infringem as Leis. O esoterismo destaca o caso do Arcanjo Sakaki, do Arqui-Físico-Químico-Cósmico-Comum Arcanjo Looisos, etc.
– Dharma Recompensa por boas obras.
1.3 Introdução Sephiróthica
Geburah é o segundo Centro do Mundo das Criações (Briah) e o quinto da Árvore. Faz parte da Coluna da Esquerda onde ocupa a segunda posição, no meio. Em Hesed apresentamos o Paraíso terrestre que produz tal estado de felicidade que o homem, neste ponto, não sente a necessidade de adquirir experiências nos mundos inferiores. Daí vem a atuação do o próximo passo na Árvore da Vida que é Geburah. Esta Sephirah é a encarregada de colocar ordem nos desmandos realizados sob o patrocínio de Hesed. Podemos dizer que é a polícia da Árvore, o que nos fará voltar ao trabalho depois do período de festa ou desfrute. É regido pelo planeta Marte.
Se em Hesed constitui-se o paraíso onde tudo é permitido o abuso destas liberalidades dão origem ao dique que se encarrega de conter os excessos e deste modo aparece Geburah, a sede do Rigor cujo atributo é a Justiça. Geburah situa-se na metade da coluna da esquerda logo abaixo de Binah e é o herdeiro do rigor celeste.
Entre as antigas regras de urbanidade ou etiqueta em algumas culturas consta aquela que ensinava as crianças a não comerem inteiramente um prato de alimentos, mas deixarem algo o que correspondia a parte do Sacrifício a Binah. Pois não se deve aproveitar das coisas ao seu limite extremo (Hesed), porque quando isso é feito entram em ação as funções do Rigor (Geburah) e a felicidade desaparece.
Geburah tem por missão de corrigir os erros, os excessos, restabelecer a Justiça. Ocorre que o homem se perde e se perverte diante dos infindáveis prazeres de Hesed e esquece-se que seu objetivo é adquirir experiência para converter-se em criador (a imagem e semelhança de Deus), e perece dedicando-se a apreciar a vida.
Quando isso acontece, entra em ação Geburah e se apressa a sanar o excesso do mesmo modo que o cirurgião extirpa o mal com o bisturi, ele impõe a Justiça, obriga o indivíduo a continuar o seu caminho, retomar seu curso. A manifestação de Geburah no universo material é Marte. É, pois, desse Centro de Vida que o homem recebe imposição para corrigir seus vícios, e o impulso violento que o fará lutar para que, nele e na sociedade, a Criação continue a sua marcha evolutiva.
A nível microcósmico Geburah atua sempre que temos abusado das energias, dos privilégios que nos oferece o paradisíaco Hesed. Assim, o Rigor de Geburah nos redimensiona de modo que cada centro de vida venha a funcionar de acordo com os ritmos Universais.
Deste modo cada vez que transgredimos a ordem universal com a nossa forma de agir, devemos apelar para nosso Geburah interior para que nos dê o valor de lidar com nossos defeitos, fraquezas para erradicá-los, eis que Geburah é o cirurgião que corta e estanca a ferida e é também, como foi dito, o Mar Vermelho das emoções sobre cujas águas devemos aprender a andar, assim, se não erradicarmos nossos erros por conta própria, nos encontraremos, em uma próxima existência, com a Árvore carregada de frutos ao lado de Geburah, com muitos planetas situados em torno dessa esfera, sinal de que o Rigor será uma força ativa, fecunda e produtora de eventos – trataremos mais sobre a astrologia cabalística em Malkuth.
1.4 Discorrendo sobre os elementos
Geburah significa Força Severidade, coragem, valentia e recebe também os títulos de Din (Justiça) e Pachad (Medo), Temor e a ela se atribui a Esfera do planeta Marte, chamado na Astrologia como maléfico.
Trata-se da Esfera mais discriminada por não ser compreendida em sua extensão e só não é tida por maléfica porque é chamada de Sagrada. Em Geburah nos deparamos com um rei guerreiro, que conduz o seu povo à guerra, mas também defende o reino dos inimigos, promove a conquista, pune o crime enquanto defende a Lei e aniquila os malfeitores. Seu contra polo Hesed é o rei sentado em seu trono, o pai de seu povo em tempos de paz, que conquista nosso amor. Em Geburah nos deparamos com o terror de amor a Lei, um amor por aquele que nos inspira o “temor ao Altíssimo” que como disse o Profeta – “é o início de toda sabedoria”.
Temos em Geburah o Cirurgião Celestial, no Brasil é representado por São Jorge, o cavaleiro com sua armadura brilhante que fere mortalmente o dragão. As iniciações relativas a Binah-Saturno, Geburah-Marte e a ilusionista Yesod-Lua são tão amargas quanto necessárias tanto quanto são as de Tiphereth tão relacionado ao uni direcionamento do Cristianismo, que fita tão somente a vida de Jesus e ignora as demais Sephirah. Cabe aqui esclarecer que o próprio fanatismo, em qualquer das ramificações Cristã ou religiosas, é o resultado de um karma pelos excessos, de modo que o próprio Ser interno do indivíduo procura um equilíbrio e é onde entra o rigor de Geburah, sua influência adstritiva, colocando-o em uma “Crença” mais estreita.
Geburah e Hesed, Justiça e Misericórdia devem andar equilibrando-se mutuamente pois é necessária uma equidade justa e sábia para que surja e se mantenha a felicidade, a saúde bem como compreensão de que sacrifícios são necessários para obtê-las. Caridade em excesso é obra de um louco e paciência em excesso precede o covarde.
Quando tratamos dos Mistérios percebemos que Geburah e o sacerdote sacrificial e começa desde o acender de uma vela ou incenso que serão consumidos, sacrificadas, quebradas suas moléculas para transformarem-se em Luz, no perfume da oração. De outro modo quando o carvão queima na fornalha para gerar a energia a vapor temos aí o sacrifício do carburante que muda sua forma energética para a cinética e movimenta a máquina.
Para que haja o sacrifício, não pode haver conflitos, arrependimentos, etc., pois agindo deste modo, sem conflitos, uma grande quantidade de energia psíquica é liberada para a utilização do centro de vida escolhido. Uma das coisas mais difíceis para o indivíduo é saber o que quer e, para o Mago, isto é uma condição de vida ou morte da energia trabalhada. Como exemplo, tomemos uma pessoa encurralada por uma situação qualquer na vida. Com certeza ela saberá o que quer, sem dúvidas nem conflitos e, daí, vemos pessoas que estavam no fundo do poço, sem saída e conseguiram se levantar vitoriosamente graças a Geburah que o ajudou a decidir-se e concentrar suas forças, livrar-se da autopiedade, das irresoluções. E assim se suceda na luta do “Bem” contra o “Mal”, pois quando Hesed torna-se extremamente permissivo, quando a paciência se torna fraqueza, levando a sociedade a degeneração eis que as forças de Geburah entram em ação para promover o equilíbrio. Se a Justiça humana se torna extremamente leniente a corrupção, ao delito, etc. talvez ocorra que a própria sociedade se ajuste pois se não o fizer Geburah poderá entrar em cena com seus exércitos promovendo um remédio amargo e cruel – tudo faz parte da Lei do Equilíbrio ou Karma. Vejamos que se não fosse assim, se não houvesse uma mão forte a serviço do Bem no mundo, o Mal se multiplicaria incontrolavelmente. Quanto maior for o descontrole, proporcionalmente será o remédio aplicado.
Geburah atua na Forma obsoleta, que sobreviveu a sua utilidade, seja uma forma de governo, de administração, educação, de Tribunais, etc. Um Tribunal que julga degenerando a sociedade, liberando criminosos, privilegiando a impunidade, extremamente leniente, com membros corruptos, está fadado a sua destruição de alguma forma pois já não tem mais utilidade e, assim, ocorre a destituição de seus membros ou uma Lei altera sua Forma. Eis portanto a atuação de Geburah para manter o conjunto das forças no Universo em harmonia, atuando, com sua espada, contra o egoísmo e a fraqueza. Seus agentes, seus sacerdotes gritam “Alto lá”, repreendem, expulsam o agressor sentindo em seu interior a Força constante da Quinta Sephirah e cumprem seu mister sem saber nem compreender como o fizeram.
Nesta polarização Geburah-Hesed nos deparamos com o ritmo e a estabilidade. O ritmo reza que tudo está em movimento, que a realidade se compõe de opostos que por sua vez movem-se em ciclos espiralados pois há evolução, assim, avançam e recuam, sobem e descem, entram e saem. A estabilidade assemelha-se a um homem na corda bamba que se equilibra entre duas quedas opostas onde pode cair para qualquer dos lados se não manter o equilíbrio por meio de impulsos contrários. Em qualquer mente grupal organizada nos deparamos com estas alternâncias, estes balanços rítmicos de um lado para o outro, dessarte, no disciplinamento se aperta ou afrouxam-se as rédeas conforme o comportamento dos indivíduos. Gedulah (Hesed) diz que no cansaço, no ferimento, afrouxam-se as cordas e Geburah aperta quando a insubordinação ou os limites foram extrapolados. Geburah atua nas nações quando a misericórdia é superestimada pelos deslizes humanos, então esta é abolida em favor de uma severidade que primará pelo o equilíbrio de uma justiça imparcial e colocará um dique ao mal, neste contesto o humanismo é tornado ridículo e tomado como débil, irreal; é, assim, colocado de lado pois Geburah perdeu a paciência. Em Geburah privilegia-se a meritocracia e descarta-se o incapaz pois assim está de acordo com a Grande Lei que é imparcial e Justa. Esta Sephirah não negocia quando está atuando, é como o soldado que toma pela força da espada, por isto o Karma em ação é inegociável.
Como Geburah e Gedulah atuam em consonância com o ritmo, o iniciado nos mistérios, sabe que as fases se sucedem na alternância, de modo que não toma qualquer fase muito seriamente ou se desespera achando que está vivendo no fim do mundo já que terminado o presente ciclo, um outro de polaridade oposta surgirá, como ocorre nas bolsas de valores – temos aqui mais um exemplo da chamada Lei do Pêndulo que atingindo seu pico de um lado reverte seu movimento no sentido oposto com o intuito de chegar ao centro da estabilidade. Algumas religiões como o Cristianismo equilibra-se em dualismos antagônicos como o conceito de Deus e Demônio ao invés de dualismos equilibrantes como Vishnu e Siva (Pai e Mãe, positivo e negativo) que podem resultar em equilíbrio quando as duas polaridades estão em harmonia. Afinal é das polarizações e de seu equilíbrio, que posteriormente é rompido, que advém o progresso eis que de outro modo tudo ficaria estático refém de um ideal unilateral.
Em Gedulah-Hesed nos deparamos com o idealismo, mas em Geburah está o realismo o elemento dinâmico da vida que impulsiona a vencer os obstáculos. A Justiça sozinha pode ser tirana, mas tempera-se com a Misericórdia e, esta, puramente sozinha é complacente com o delito. Ambas são necessárias para a manutenção do ritmo. O educando precisa ser contrariado para que entenda que há outra posição além da sua e, assim, encontre o equilíbrio; a ausência de competição resulta na negligência, no retrocesso, salvo àqueles poucos que possuem o impulso interior.
Esotericamente afirma-se que temos que aprender a “beijar a vara do verdugo”, i.é, compreendermos o valor das experiências forçadas, impositivas, do Karma. É então que vem a iniciação de Geburah. Aqui entra a passagem do evangelho que nos lembra o trigo que se encurva quando o vento passa e da rigidez da árvore que se rompe na mesma situação:
Mateus 16:25 “…porque aquele que quiser salvar a sua vida [alma] perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.”
Basta lembrar que os princípios espirituais são indestrutíveis e que se refazem, pois os arquétipos, portadores do DNA, a tudo reconstroem, sendo assim, não há porque se preocupar com a dissolução. De outro modo Geburah destrói apenas o que é temporal, é o destruidor da Forma que já está fadada ao desaparecimento desde o nascimento, mas não pode atacar as realidades eternas que são incorpóreas, portanto é amigo da verdade, da honestidade e, os que atuam contra a Lei, são seus inimigos que de pronto são desmascarados pelo figurativo do retorno.
A Lei do Ritmo reza que Gedulah-Hesed o Deus do Amor e Geburah o Senhor das Batalhas devem andar lado a lado, o pacifismo impraticável deve resguardar-se na espada no intuito de que pereça o Mal e prevaleça o Bem.
Como Geburah é a Sephirah mais dinâmica e violenta suas iniciações estão ligados a nossa disposição para com as forças marcianas, eis que, para dominar estas energias cumpre ser altamente disciplinado e controlado pois a força de recalque desta Sephirah pode nocautear os desavisados de modo que o iniciado de Geburah é uma pessoa severa mas também controlada, que não perde a paciência com facilidade já que esta fragilidade conduz ao fracasso. Também é um guerreiro feliz e equilibrado já que ultrapassou o grau de Tiphereth que o antecede na Árvore. Já não chuta quem está no chão, perdoa o fraco e ferido ao mesmo tempo em que observa a Lei, ou seja, usa a força comedidamente. De outro lado o que fracassa nas provas de Geburah terá que experimentar estas provas no mundo físico, pela experiência. Cabe lembrar, como é dito esotericamente, que esta Sephirah é o grande iniciador dos presunçosos.
Material/Planeta (Assiah) ou Chakra Cósmico: Madim מאדים, Marte.
Marte é o rosto visível de Geburah e o mais direto colaborador de Binah, onde aparece como segundo em sua coluna. Representa o retorno da Lei quando esta foi violada e, não raramente, se estabelece quando Júpiter reina em nossas vidas lenientemente. Assim, Marte entra em ação quando Júpiter concluiu as suas influências.
Como o homem tende a ser o criador do universo, precisa exercer um poder, de modo que em um ponto ou outro de sua existência terá seu Júpiter no horóscopo, sem entraves, que lhe permitirá organizar a vida em seu entorno de acordo com os seus sentimentos, seus pensamentos, sua maneira de ser. Quando isso ocorrer, Marte será o executor, seu filho, como foi Marte na mitologia, filho de Júpiter, e o homem disporá da força ativa que representa para construir seu microuniverso. Mas quando Júpiter se declina em seu horóscopo ocidental, em seu poente, então Marte e que será o rei. Marte se ocupara, então, de restituir a Lei quebrantada de Saturno de todo excesso que Júpiter tenha edificado que se verá demolido, então temos aí o karma em ação. Daí, supõe-se uma etapa dura, que se contemplada deste o exterior, o que acontece sob o reino de Marte parecerá arbitrário, porem as Leis do cosmos não podem ser permanentemente quebradas, e, dessarte, Marte age sem paliativos.
Quando em um horóscopo Júpiter e Marte aparecerem confrontando-se violentamente, será um sinal de existência de luta entre a intolerância e a permissividade, entre o rigor e o respeito à Lei que entrou na fase aguda e o indivíduo estará dividido entre se deixar levar pelas facilidades e gozos da vida e a disciplina aos princípios espirituais. O planeta melhor situado dos dois é que vencerá. Em contraste, quando Júpiter e Marte são aspectos positivos Marte faz o papel do filho dócil e submete-se a hierarquia superior jupteriana.
Marte gerencia os conteúdos de Áries e Escorpião. Em Áries, Marte é manifestado de forma positiva, projetando sua essência com força à cabeça zodiacal do indivíduo, de modo que o plano divino penetre. Por intermédio de Áries, Marte realiza funções de inseminador da espiritualidade, projetando em nosso cérebro a semente espiritual que nos permitirá compreender a Lei por dentro, de modo que esta será uma das armas manejadas por Marte para promover o regresso à Lei: sua compreensão desde o interior.
Pelas vias de Escorpião, Marte realiza a inseminação pelos órgãos sexuais, manifestando-se pela sua polaridade negativa, de modo que as forças marcianas são usadas pela energia de Escorpião para armar o membro masculino, tornando-se o canal de projeção da semente ao receptáculo da fêmea. Marte produz, as formas físicas que haverão de servir como suporte aos corpos espirituais e, por extensão, é o produtor de todas as formas materiais que cria o homem, graças ao seu trabalho.
Escorpião é o signo que rege a indústria que fabrica os objetos materiais. Assim, Marte e considerado o planeta do trabalho e, em um horóscopo, envolve a capacidade do indivíduo para um determinado trabalho.
As energias luciferianas estão relacionadas com os raios de Marte que as administra. No universo as forças são personificadas, nada é feito automaticamente. As energias luciferianas que trabalham no polo positivo das energias de Marte inseminam a mente através de Áries, e diferem das que atuam sobre o lado negativo, produzindo o sémen de glândulas sexuais. O modo como atuam através de nós depende apenas de nós mesmos. Se os impulsos da nossa vontade é ir para cima, para a espiritualização, teremos a nosso serviço as forças luciferianas trabalhando com Áries; se for para baixo, vamos operar com Escorpião.
Marte exerce, deste modo, as funções de Portador da Vida, uma vez que ele, através de Áries, introduz em nós os germes da vida divina e, também, de portador da morte porque através de Escorpião, nos facilita as formas físicas, que no estado atual estado de nossa evolução, só pode conter as energias espirituais por um tempo, de modo que estas formas devem morrer e serem renovada.
A posição de Marte em um horóscopo vai nos dizer além do mais: a) O trabalho a ser realizado pelo indivíduo. b) O ponto de partida do trabalho de regeneração da natureza corrompida. Há sempre algo corrupto em nós e a posição de Marte haverá de indicar-nos como procederá o indivíduo para extirpar esta corrupção. Em um horóscopo, se Marte está localizado acima da linha do horizonte, é uma indicação de que está trabalhando com as forças da vida; se ele está localizado abaixo do horizonte, é que ele está trabalhando para a criação e multiplicação de formas materiais.
Se os maus aspectos são de natureza amplificadoras, podem dar origem a um exagero das funções marcianas e obteremos, assim, uma pessoa obcecada pelo sexo ou um “iluminado” extravagante. No mais, resultará perturbatórios para o trabalho, seja no sentido de uma carência de participação (vadiagem), ou uma dedicação excessiva e violenta. No mais, os maus aspectos planetários sobre Marte irá perturbar as suas funções, começando com a inseminadora, que pode dar origem a indivíduos impotentes se eles se afetam ao polo negativo, ou loucos se eles se afetam ao polo positivo, já que a inseminação espiritual não se realizará em conformidade com as condições exigidas.
Palavras chaves:
(+) Inseminador, semente espiritual e física, trabalho, portador de vida e morte, regeneração
(-) Karma.
Quadrado mágico, sigilos do planeta, inteligência e espírito
Títulos conferidos: Os títulos atribuídos a Geburah são Força, Justiça, Severidade e Medo que precisam ser equilibradas com as forças de Gedulah-Hesed para que os excessos não promovam o dano.
Imagem Mágica: Refere-se a um guerreiro poderoso coroado e armado, em seu carro, o que indica a natureza dinâmica desta energia. O chakra marciano reforça esta ideia.
Símbolos/Armas mágicas: O pentágono. A Rosa de Tudor de Cinco Pétalas que se colocada sobre Tiphereth indicará as linhas de força que partem de Geburah-Marte até Netzah-Vênus bem como de Hesed-Júpiter a Hod-Mercúrio conforme indica o Texto Yetzirático que Hod tem sua raiz nos locais ocultos de Gedulah-Hesed, a quarta Sephirah.
A espada, a lança, o açoite, a corrente são armas características de Marte.
Forma geométrica: Como 5 é o número de Marte, por ser Geburah a quinta Sephirah, o Pentágono é a figura que deverá prevalecer nos talismãs, pentáculos, forma dos altares, construções bélicas, atribuídos a esta Sephirah.
Localização na Árvore: Geburah ocupa a posição central do Pilar da Severidade que representa o aspecto da severidade, catabólico ou destrutivo da força. O Bem é o Mal aqui não edifica nem destrói, mas coloca o Universo em equilíbrio diante de seus excessos. É por estas veias que percorre o sangue do Karma, os mistérios da Lei de Ação e Reação. Assim, por exemplo, uma doença que ocorre na vida, como um câncer, atua como um desinfetante na alma pois é o resultado de uma composição energética danosa que precisa ser ajustada. Bem e Mal aqui são considerados como estados da energia de modo que o Mal é simplesmente uma força que está fora de seu lugar, fora de seu tempo, de sua meta tornando-se inútil já que acaba por produzir uma manifestação equivocada. Assim, o fogo no fogão produz o alimento, mas se colocado criminosamente em uma floresta irá devastar a natureza e os bens humanos. Dessarte também funciona o Amor cujo excesso torna-se sentimentalismo e a sua falta nos torna cruéis e destrutivos, aí chegamos à conclusão que Geburah, o Senhor da Severidade e do Medo é tão necessário quanto Hesed com seu Amor ou mesmo como sua filha Netzah a Senhora da Beleza.
Experiência Espiritual: Refere-se a visão do poder e, a sua prova, implica em sua manipulação correta. Trata-se de uma das provas mais difíceis pois a probabilidade de abuso é sempre muito grande, basta ver que ao dar o poder às pessoas elas se transformam. O poder não se refere somente em relação aos demais, mas ao próprio abuso da autonomia, daí vem as lições de disciplina, controle e estabilidade. As virtudes do Super-Homem, implicam em aprender a utilizar o poder em vez de submeter-se a ele, ser o Senhor e não o servo destes de modo a utiliza-los para servir e não ser servido. Mesmo quanto tenha adquirido a autonomia de não ser mais responsável perante os seus, ainda o é, perante o Criador ao qual deverá render-lhe contas. De qualquer modo ao se desencadear as forças de Geburah deve-se estar preparado para cavalgar em seu turbilhão.
Virtude e Vício: A virtude refere-se a energia e a coragem marciana, mas quando são aplicados excessivamente tornam-se no vício da crueldade e destruição. A ira é uma manifestação em detrimento da contrariedade da Vontade ou desejo, sendo a primeira relacionada a Kether e a última ao ego. Sua manifestação, principalmente negativa, ocorre em Geburah pois é onde estão represados os sentimentos como He de seu mundo (Briah), de Binah e representante de Hochmah, deste modo, de sua sublimação surge o amor.
Aspecto: 90º Quadratura
A próxima parada no caminho dos aspectos é a quadratura, isto é, a separação de 90 graus entre dois planetas. Dissemos que este aspecto foi considerado como o pior dos maus, uma vez que une violentamente dois elementos inconciliáveis: o fogo com água ou com a terra; ou o ar com a água ou com a terra.
Esta reunião de elementos contrários se acrescenta a descarga energética de intensidade extraordinária, de modo que o indivíduo dispõe de muito mais energia que normalmente é necessário para realizar um ato convencional. Daí que a quadratura leva a desandar, tirar fora dos trilhos, impulsionando o indivíduo a atuar fora de sua norma e dando-lhe a capacidade de realizar atos desmesurados.
Em uma existência ordinária, uma quadratura resultará necessariamente perturbadora. Este é o segundo dos maus aspectos (a semiquadratura [45º] é o primeiro) e atua sobre a natureza emotiva do indivíduo. Se o sextil (60º) foi identificado com Júpiter, ou seja, a Sephirah Hesed, por sua posição na árvore, podemos identificar a quadratura com Geburah-Marte, cuja missão é ensinar aqueles que não são capazes de aprender pelos caminhos paradisíacos do Bem.
Como atua sobre as emoções haverá de impulsionar o indivíduo para uma conduta emotiva desordenada. Mas se o peso das convenções é muito forte na pessoa, se sua educação moral é muito rígida, então ocorrerá um violento conflito externo entre os impulsos antissociais provenientes do aspecto e seu sentido interior de moral ou de dever. Se este é quem ganha uma partida, a pessoa se encontrará com suas energias bloqueadas que não poderá exteriorizar, gerando um conflito energético interno, e ao fazê-lo, essas energias, no interior, alteram profundamente a marcha física do organismo, isto é, dará lugar ao aparecimento de enfermidade, sobretudo as do tipo nervoso, já que as energias parasitárias circulando pelo interior desequilibrarão os diversos centros que não poderão realizar suas funções normais. Esta enfermidade resultará da incapacidade do indivíduo em responder emotivamente os impulsos cósmicos. A resposta negativa a este impulso é a imoralidade, a dispersão sexual, traição, roubo, o crime, o atropelo generalizado. A resposta positiva seria abrir caminhos novos a ação cotidiana, fazer algo fora do comum, ser um grande ator em um determinado domínio.
É apenas em períodos de quadratura, ou oposição que disporemos de quantidades suficientes de energia para realizar façanhas extraordinárias embora a quadratura seja um mau aspecto, porque rompe com o ritmo cotidiano da vida. É sob a quadratura que tem lugar a transmutação alquímica que permite o indivíduo deixar os níveis ordinários para elevar-se aos mais altos cumes. Um tema que não contenha quadraturas ou oposições indica que aquela pessoa não está programada para o desmensurado, para ser um protagonista. Pode ser um fiel cumpridor de seus compromissos sociais, mas nunca um herói nem um personagem ovacionado qualquer seja para o bem ou para o mal.
Enquanto o sextil nos anuncia uma feliz concordância entre as intenções emocionais do indivíduo e as possibilidades exteriores de realizá-las, a quadratura nos anunciará a incompatibilidade entre o que o indivíduo quer e o que é possível obter do meio ambiente que ele cobiça. Daí que, ante a impossibilidade de fazer efetivos os seus desejos, a pessoa force as coisas, que exerça uma violenta pressão sobre elas, com a esperança de que seus desejos possam integrar-se a uma realidade hostil que o refute.
Mas essa violência, apesar de toda sua força devastadora, não produzirá um ato físico, uma vez que uma quadratura corresponde ao mundo cabalístico de criação, assim como o sextil. E o único que pode fazer, é deixar as coisas no ponto para que, quando a violência desça ao mundo de formação, em uma próxima etapa, não se expresse no mundo físico.
Se a quadratura de ida nos impulsiona à realização de um objetivo material e nos predispõe a matar, se for preciso para obtê-lo, a quadratura de retorno nos impede com a mesma força, à realização de um objetivo espiritual, quer dizer, nos impulsiona a nos desvincular de nossa carga de material para conquistar a sabedoria de que o envoltório físico encerra, ou seja, trata-se de viver a experiência da quadratura de ida ao reverso, de forma que, se pusemos um violento esforço para conseguir alguma coisa, agora seremos as vítimas desse violento empenho e sentiremos que algo se desmorona em nós, do mesmo modo que no inferno e, experimentamos a sensação de que nos arrancam a pedaços da pele ao infundirmos a consciência de nossas ações passadas.
Na quadratura de ida, o diretor de operações é a nossa personalidade mortal, mas na quadratura de retorno, o diretor do programa é o nosso Real Ser, e se na primeira operação Marte apresenta-nos a sua mão esquerda para golpear-nos sem piedade, na segunda Marte nos oferece sua direita para reintegrar-nos ao Paraíso que perdemos. Como acontece com a semiquadratura (45º), a quadratura é portadora de Karma. A de regresso, liberalizadora; na de ida criamos o Mal, no retorno esse mal nós somos reintegrados e a dor que experimentamos nos purifica.
Do ponto de vista convencional, esta segunda quadratura será a pior. Mas considerando as coisas com lógica, pior será a primeira, embora os efeitos da segunda (sobretudo quando se expressam através dela efeitos Kármicos) sejam os autênticos portadores de dor, visto que na primeira quadratura nós somos quem infligimos dor a nossos semelhantes.
Animais: O Basilisco , os belicosos, vorazes, corajosos e de mente clara, como o cavalo, a mula, a cabra, o cabrito, o lobo, o leopardo, o asno selvagem; as serpentes e os dragões cheios de ira e veneno; todos aqueles que são ofensivos aos homens, como mosquitos, moscas e o babuíno, por causa de sua ferocidade.
Pássaros: Os que são vorazes, que devoram carne, quebram ossos, como a águia, o falcão, o gavião, o abutre; e aqueles que se chamam de pássaros fatais, como o mocho e a coruja, psitacídeos, e aqueles que de tanta fome e voracidade fazem barulho ao engolir, como garças e a pega.
Peixes: E entre os peixes, o tubarão, o lúcio, o peixe que tem chifres como o carneiro (carneiro do mar), o esturjão, o glauco, todos grandes devoradores e vorazes.
Plantas: Entre as plantas e árvores estão o heléboro, alho, eufórbia, cartabana, amoníaco, rabanete, louro, acônito, escamônia; todas as plantas venenosas, por razão do calor excessivo; aquelas que provocam coceira ou incomodam a pele, como cardo, urtiga, botão-de-ouro; aquelas que se forem comidas provocam lacrimação, como cebola, ascolônia, alho-poró, semente de mostarda; todas as árvores espinhosas, como o limoeiro, a larangeira; as apimentadas como a pimenta, o Gengibre.
Pedras: Rubi, Granada, Pedra de Sangue (Hematita – deriva do óxido de ferro), diamante, magnetita (óxido de ferro cúbico), jaspe-sanguíneo.
Metais: Ferro e bronze vermelho e todas as coisas incandescentes, vermelhas e sulfurosas.
Incenso: Os perfumes de Marte são todas as madeiras odoríferas tais como: sândalo, acácia, cipreste, absinto, balsamo e também a pimenta, a cebola, etc.
1.5 Caminho 5º
O 5º Caminho é chamado de Inteligência Radical, porque se assemelha à Unidade. Emana de Binah (o Entendimento), e se une a esta, a qual, por sua vez, emana das profundezas de Hochmah, a Sabedoria primordial.
O texto afirma que o Quinto Caminho se chama Inteligência Radical porque se assemelha à Unidade que é um dos títulos atribuídos a Kether, o que significa que Geburah é correlata de Kether num arco inferior eis que ambos são participativos da Vontade, da iniciativa e transbordam energia por sua dinamicidade. Marte é o regente do primeiro signo do zodíaco cujo elemento é o fogo ao passo que em Kether, Fogo do Fogo, se localiza o signo de Áries na Árvore enquanto Geburah representa a Água da Água, o outro lado da mesma moeda.
Afirma ainda que “Emana de Binah”, oras, Binah é a própria Lei na qual se submetem todas as Formas e Geburah aquele que obriga o cumprimento da Lei e desintegra a Forma quando cumpriu sua missão, perdeu sua utilidade. Estas duas Sephiroth estão unidas em seus objetivos já que ambas atuam na Forma. De outro modo esta União pode ser constatada na Astrologia em seus respectivos chakra cósmico Saturno e Marte que são tidos como os Maléficos Maior e Menor.
Binah torna a Força primordial estática encerrando-a na Forma e profetiza a sua morte desde o seu nascimento ao passo que Geburah com sua energia desagregadora é o Destruidor das Formas sempre que as influências protetoras e preservativas de Hesed estejam ausentes já que o caminho entre Binah e Geburah passa por Hesed. Sem a força de Geburah, Binah prenderia toda a criação na rigidez.
Há ainda o aspecto em que Binah emana das profundezas de Hochmah que é de onde provêm as energias que serão aprisionadas a Forma denunciando mais uma vez que as fontes se originam umas das outras, em manifestações organizadas, conforme indica o Relâmpago Brilhante que denotam as fazes nos caminhos.
É o Caminho de Geburah. Quer dizer, ao peregrino que se aventura por este ponto, as coisas se radicalizam à Kether, de forma que tudo seja igual a como são no mundo de cima, passando de Binah (Pai de Geburah) a Hochmah (Sabedoria primordial) e por fim subindo a Suprema Unidade de Kether.
Por trata-se de um caminho marciano, as forças ativas clareiam por assim dizer a via para os que trabalham nele. Tudo o alterado e disforme sai de lá reto e sem mancha. A Inteligência Radical nos redimensiona. De acordo com o texto Yetzirático Geburah por um lado é o Yod de Binah (Pai de Geburah), ou seja, o potencial do Rigor, a artilharia pesada do Destino ou Fatalidade, e por outro é o He de Hesed, a contraparte negativa da imagem paradisíaca desse Sephirah. Positivo em rigor, negativo em Graça, faz com que a força geradora seja a primeira. Rigor e graça são igualados na operação, restituindo ao obreiro que trabalha nesse Caminho sua inocência primordial de modo que possa prosseguir o seu caminho livre de erros após passar pelas lições de Geburah.
A nível humano, o trabalho nesse Caminho nos convida a nos retificarmos constantemente, com a ajuda desse líquido chamado VITRIOL ou V.I.T.R.I.O.L. que é a sigla da expressão, do latim “Visita Interiorem Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem”, o que quer dizer: Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta (ou Filosofal). A Pedra Oculta refere-se aos trabalhos com a Magia Sexual sem a perda das energias seminais por isto os alquimistas falavam também de um líquido milagroso, mas de outro lado tratava-se também da retificação de nossa terra interior e outra tradução para VITRIOL é aceita: “Visita o Interior da sua Terra e a Retifica, então você Encontrará o Caminho”. Cabe ressaltar que o VITRIOL estará sempre presente em Geburah a exemplo do 5º Gênio 1->5: MAHASIAH e está relacionado ao branqueamento interno, a morte do ego.
A Cada dia o Rigor deve devolver-nos a graça de uma criança. Devemos ser exigentes conosco mesmos, com os nossos pontos fracos, morrendo dia-a-dia a fim de que não se acumulem demais os trabalhos de autoaperfeiçoamento. Ao se trabalhar no 5º Caminho o branqueamento se faz mais rapidamente.
O caminho 5º é regido pela Potência 36 5->5: MENADEL.
1.6 Cartas do Tarô
Os quatro cincos: Cinco de Paus: conflito pelo poder; Cinco de Copas: perda no prazer, prazer turvado; Cinco de Espadas: derrota (do rigor); Cinco de Ouros: conflito terreno – vanguarda.
Os cinco em conjunto representam os reajustes, a Justiça, a correção dos erros. Separadamente o nome divino, יהוה – “Yod-He-Vô-He”, se dividirá da seguinte forma: o cinco de paus é o Yod; o cinco de copas o He; o cinco de espadas o Vô e o cinco de ouros o segundo He. Geburah se encontrará particularmente identificado com cinco de copas.
Os quatro cincos dos arcanos menores são consideradas cartas maléficas ligadas de algum modo a litigiosidade, cada uma de acordo com o elemento.
Estamos aqui diante da natureza emocional do indivíduo que o impulsiona a fazer compatível os seus desejos com as leis universais. Trata-se, pois, de uma domesticação da força-desejo e está sujeição só pode ser levada a cabo exercendo-o. Nos cincos, o processo de interiorização He é muito forte, eis que o inconsciente se enche de imagens dramáticas, que nos processos naturais de uma vida vem a se exteriorizar, tornando-se sem circunstâncias sobre as quais o desejo aprende a respeitar a lei.
1.6.1 Cinco de paus
Recebe o título de Senhor do conflito pelo poder. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição de Marte transitando pelo segundo decanato de Leão onde Geburah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Tiphereth-Sol que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Marte.
Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Geburah que trata dos reajustes, da Justiça, da correção dos erros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Tiphereth, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O Cinco de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos cincos, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Geburah no plano espiritual (Geburah em Yod).
Aqui as forças de Geburah mesclam-se com as forças Hesed, por intermédio desta força ígnea, já que esta Sephirah é o “Yod” do segundo ciclo e em razão da união com Kether que também é “Yod”, mas no primeiro ciclo. E como Geburah é o “He” de seu ciclo, funde-se ainda com Hesed como o “Yod” do segundo ciclo – ciclo este em que é o “He” de Hochmah e o segundo “He” do triângulo logoico.
Assim, o rigor de Geburah se unirá a bondade de Hesed fazendo com que o bem e o mal trabalhem juntos impulsionados pela vontade de obrar que, como resultado, tenderá a abrir caminhos. Temos, então, o fogo e a Água trabalhando unidos, contudo, ainda não há grande harmonia já que estes dois elementos estão se conhecendo em fase de aprendizado e por isto promoverão vitórias e derrotas medianas. Refere-se a um período de grandes lutas, pelo poder e domínio, já que os dois elementos são antagônicos, com golpes baixos na busca dos objetivos. Nesta carta Hesed é mais ativo do que Geburah e inibe o afã de pureza desta energia. O resultado desta disputa é equilibrado, não vai nem para direita e nem para a esquerda, mas anda sobre o fio da navalha, produz, portanto, uma confusão de valores sem que as duas Sephiroth se complementem. No modo externo, a nível de macrocosmos haverá uma luta contínua contra o concorrente; mas o nível interno será marcado pelo descontentamento qualquer que seja o resultado da disputa exterior.
Palavras chaves: 5♣ Senhor do Conflito pelo poder – Bem e mal juntos (Hesed e Geburah), lutas, golpes baixos com vistas a altos objetivos.
(Reta) Processo, disputas, contrariedades, luta contra instituições, fio da navalha;
(Invertida) Remorso, infidelidade, injustiça, triunfo aborrecido, sabotagem.
1.6.2 Cinco de copas
Recebe o título de Senhor do Prazer Turvado. Refere-se ao elemento Água e astrologicamente corresponde a posição de Marte transitando pelo segundo decanato de Escorpião onde Geburah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Geburah-Marte que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Marte.
Neste ponto o Amor-sabedoria de Hochmah expressa-se por intermédio de Geburah que trata dos reajustes, da Justiça, da correção dos erros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Geburah, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O Cinco de Copas é o He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos cincos, deste modo, possui uma relação com Hochmah o supremo representante do amor e refere-se à influência de Geburah no plano astral (Geburah em He).
Em Hochmah tudo é amor, providência e restauração, da harmonia violada, através da graça, portanto uma recuperação de forma positiva. Já em Geburah essas qualidades são expressas de forma negativa, pela dor, mas a sua manifestação é episódica, limitada ao tempo em que é necessário para reparar o erro. Portanto, quando se nota que o mal se manifesta a uma pessoa, cumpre não nos identificar com este mal, uma vez que ele desaparecerá dela quando esta tenha cumprido os seus objetivos, equilibrado suas energias. Os nossos julgamentos são baseados em um mal aparente e resulta equivocado quando contrastado com a verdade universal.
Aqui o cinco pretende, pôr fim, perturbar ao que seria um prazer malévolo e considerado sem limites posto pelo quatro do mesmo naipe. O cinco (Água da Água) atua sobre os sentimentos (Água) administrados por Hochmah que sob influência de Geburah podem ir da paixão mórbida ao amor pelo disforme, e pode, inclusive, ocasionar a impotência, frigidez.
Os lados mais espiritualizados destas forças referem-se aos indivíduos que descem aos campos infortunados dos enfermos no intuito de aportar-lhes caridade. No aspecto negativo sugere deleite ao disforme ou ao que for inferior e também aos trabalhos difíceis, heroicos e arriscados em que se maneja a água, a faca, etc.
Geburah (Água da Água) o gestor dos sentimentos que administra o Karma e é por estes sentimentos que o indivíduo permanece atado ao passado, portanto, o sentimento é o grande produtor de Karma ao passo que a Vontade, regida por Kether, nos projeta para o futuro. Neste sentido, esta carta indica que a pessoa está influenciada pelo passado.
Se a carta é equilibrada (seu lado bom aqui é invertido) indica que esta ligação se expressa fisicamente pelas pessoas da família, amigos, amores, etc., de outro lado se esta carta se apresenta na posição para cima então refere-se a antigos inimigos.
Palavras chaves: 5♥ Senhor do Prazer turvado – privação de amor, prazer, impotência, frigidez, amor ao disforme.
(Reta) Trabalhos difíceis, heroicos, dívida kármicas, testamento;
(Invertida) Consanguinidade, amigos de infância, velho amor, pátria, linhagem.
1.6.3 Cinco de espadas
Recebe o título de Senhor da derrota. Refere-se ao elemento Ar e astrologicamente corresponde a posição de Marte transitando pelo segundo decanato de Aquário onde Geburah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Binah-Saturno que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Marte.
Neste ponto as restrições de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem, expressa-se por intermédio de Geburah que trata dos reajustes, da Justiça, da correção dos erros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Binah, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O Cinco de Espadas é o Vô (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos cincos, deste modo, possui uma relação com Binah a inteligência ativa e refere-se à influência de Geburah no plano mental (Geburah em Vô).
Aqui as forças de Geburah são consideradas derrotadas em razão da entrada das forças de Tiphereth já que, esta, por estar a um passo a adiante nas realizações materiais, e tem características equilibrante, eis que aqui Binah se expressa por Tiphereth em razão deste ser o “Vô” do segundo ciclo, então o que se vê derrotado aqui seria o rigor no caminho de sua materialização, como se fosse o cinco na sexta posição. Este equilíbrio destrói, assim, a parte danosa, o mal. O Ar-pensamento de Binah neutraliza as forças dos sentimentos constantes do Mundo de Briah e do “He” que representa Geburah e promove a liberação das emoções que atavam o indivíduo ao passado.
Esta posição marca quando da travessia do mar vermelho, depois do deslocamento, onde de um lado estão os vitoriosos eleitos e de outro os derrotados – as vítimas. O umbral da terra prometida e o vasto porvir. Assim, neste ponto, teremos que escolher entre estar com o passado, cultuando seus cadáveres ou nos identificarmos com os ganhadores e seguirmos adiante em novos propósitos rumo a terra prometida. Significa a perda daquilo que se ama, dos apegos para entrar em um novo mundo.
Refere-se a liberação das emoções que atavam o indivíduo ao passado e a liberação das culpas resultantes destas emoções. A pessoa se encontra livre e sem compromissos após pagar seus sacrifícios (que deverá passar conforme narrado, em uma realidade que vai a pique), trata-se de uma carta de rigor. Na posição da carta invertida o que deveria ser uma tomada de consciência pelos dramas externos converte-se em um prenuncio de desgraça familiar.
Palavras chaves: 5♠ S Derrota (do rigor) – mar vermelho – mundo vai a pique, tomada de consciência.
(Reta) Perda, destruição, avareza, decadência, ruína, latrocino, recomeço do zero, algo que vai a pique;
(Invertida) Duelo, funeral, penas da alma, abatimento, exumação, sepultura.
Entre as suas palavras-chaves da carta invertida surge o termo sepultura, assim como ocorre no quatro de espadas, mas enquanto este refere-se mais a sociedade, mais afastado do indivíduo, no cinco de espadas o termo funeral (carta invertida) é de caráter mais pessoal, familiar.
1.6.4 Cinco de Ouros
Recebe o título de Senhor do conflito terreno. Refere-se ao elemento Terra e astrologicamente corresponde a posição de Marte transitando pelo Segundo decanato de Touro onde Geburah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Netzah-Vênus que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Marte.
Neste ponto Hesed com o seu poder espiritual realizador das bondades, expressa-se por intermédio de Geburah que trata dos reajustes, da Justiça, da correção dos erros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Netzah, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O cinco de Ouros é o 2º He (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos cincos, deste modo, possui uma relação com Hesed o instrumentador do Paraíso e refere-se à influência de Geburah no plano físico (Geburah no 2º He). As energias de Geburah estão diretamente associadas a Malkuth, que representa a personalidade física em Assiah.
Aqui as forças de Geburah (sentimentais) contatam as de Netzah (mentais), responsável por estruturar um mundo feliz, harmônico e, então, a mente e os sentimentos trabalham em unidos. Porém como estamos tratando dos cinco a intromissão de Netzah significara a ingerência do futuro ideal em um presente que está longe de ser o que será (o que se deseja que venha a ser), quando estas forças possam configurá-la. Há, portanto, uma situação de utopia que haverá de instaurar um conflito entre o possível e o desejável, entre as forças do futuro que se deseja para o presente é o que efetivamente se tem. O indivíduo, haverá de trabalhar em algo de vanguarda, próprio de uma época avançada.
Em termos negativos (carta invertida), o indivíduo está envolvido em empresas que não lhe darão apoio, falharão com o mesmo, por não encontrar o marco adequado ao tempo em que suas mentes se encontram, e terá os problemas inerentes a essas falhas (falta de apoio).
Em termos positivos, será aquele que organizará a infraestrutura do mundo futuro, sem esperar reconhecimento ou mesmo que se lhe entendam. Por outro lado, estará na busca de uma felicidade antecipada, quando ainda não se esgotaram as energias da esfera da dor relativo ao presente em que vive. Trata-se de uma tentativa de escapar do karma.
A Astrologia sempre se refere a Marte como masculino e Vênus como feminino, de modo que esta busca pela felicidade antecipada pressupõe uma interação sexual, de alguma forma pelo matrimônio. Contudo esta união efetuada pelo cinco de ouros não está necessariamente associada ao amor, mas principalmente a interesses, e assim também o é com as relações profissionais aqui relacionadas.
Palavras chaves: 5♦ Conflito terreno, trabalho vanguarda, infraestrutura do futuro.
(Reta) Amantes, amor interessado, moda, acompanhante, organizador de festas
(Invertida) Vanguarda não aceita, desordem, caos, ruína, desarmonia.
1.1 Evocação para o dia de quinta-feira – Dia de Marte
Eu vos invoco, vos conjuro e me cofio a vós, Anjos fortes e santos de Deus, pelos nomes de Ya , Ya , Ya , He , He, He , Va, Hy, Ha, Ha, Ha, Va, Va, Va, An, An, An, Aie , Aie , Aie , El , Ay, Elohim, Elohim, Elohim, TETRAGRAMMATON e em nome do Deus Altíssimo, que fez o mar e a terra seca, e por seu verbo criou as árvores e pós seu selo sobre os planetas, com o seu precioso, honrado, reverenciado e sagrado nome, e pelo nome dos anjos que regem na quinta região, que estão postos as ordens do Grande anjo Acimoy, que é forte , poderoso e honrado, e pelo nome da sua estrela que é Marte, Eu vos invoco em nome de Elohim Gibor e apelo a ti, Samael, pelos nomes acima mencionados, o grandíssimo anjo que preside o dia de Marte, e pelo nome de Adonai, o Deus vivo e verdadeiro.
Vos conjuro em nome do santo e misterioso TETRAGRAMMATON a vir até aqui para assistir-me neste trabalho, que venhais em meu auxílio e realizeis todas as minhas vontades. AMEM.