Ela olha para a guerra,
Para o campo de batalha.
Encarapitada sobre
O galho mais alto de uma árvore
Ela observa com atenção.
É guerra! Guerra!
Ela olha para a guerra,
Para o campo de batalha.Encarapitada sobre
O galho mais alto de uma árvore
Ela observa com atenção.
É guerra! Guerra!
A terra antes amarronzada
Agora é vermelha.
Há dentro de si dois impulsos,
Um de por um fim naquilo
E o outro de que nunca acabe.
Ela salta para o chão
E caminha decidida,
Seus passos lentos se tornam
Rapidos e ela corre.
Os inimigos ouvem o grito
Agudo da mulher,
Grito de excitação,
Viram para tras e o que vêem
É uma figura pequena,
Quiçá patética no âmbito da guerra,
Então riem dela.
"Que uma donzela quer cá no fervor da batalha?"
Mas o riso e o deboche
Param quando
Ela cai para cima com
O peso de mil homens.
Entra no meio deles e o
Que se vê são os movimentos
Rapidos dourado ouro,
Som de metal contra metal
E o som "bleach" da carne
Cortada por lâminas de espada.
Um olha atonito o cotoco
De um braço cujo a mão
Jaz morta caida no chão,
Outro cobre com aflição
O buraco onde antes havia
Um olho.
Opará não para,
Ela é invicta na guerra.
Grita novamente, voz aguda,
E os machos altos e musculosos
passam a correr dela,
Correm desabalados largando
Pelo caminho espada e escudo.
Ela os vê fugir,
E eles crentes que
Se forem ligeiros vão se salvar,
Mas ela não tem em seus costumes
Deixar o inimigo voltar
Para casa.
Quem vem peleja
Ou sai vitorioso ou tomba,
E ela quer ver tombar.
Eles gritam desesparados
Ao correr pela floresta,
Por entre as árvores,
Gritam pois quando olham
Para trás vêem o brilho ouro,
Sinal que a algoz vem.
E ela vem,
Atira o escudo e atinge
As costas de um valentão,
Ele cai, ela sobe sobre as costas
De puro músculos e crava
Ali a espada até sentir romper
As fibras internar.
Continua então o extermínio
dos inimigos, e eu a um
Faz cair.
Então um som corta seu
Foco, é um som de berrante,
Corneta de chifre de boi.
É som que anúncia
A vitoria.
Ela volta cansada para
O ponto de partida
E lá encontra Ogun,
Que é seu igual.
"Calma Opará, não ha necessidade de ser assim"
Mas ela discorda,
A necessidade da guerra
nasceu com ela, é ela.
Para casa Opará,
Para casa se lavar,
Afiar a espada e
Descansar essa noite.
Amanhã outra guerra
Se inicia, amanhã
é dia de ser novamente
Oxum Opará.
Ela vai, e na roda de amigos
Senta ao lado de Oyá e Obaluayê,
Com eles come inhame e pimenta,
Ri e bebe até que o sono
A leve em nocaute.
Mas de manhã ela já esta
De pé selando o cavalo.
Monta e galopa a toda
Levantando a poeira na estrada,
Ansiosa para chegar ao
Lugar de alfétena
E por no solo um rio vermelho.
Calma Opará,
Não se esqueça que sou amigo.
Calma Opará,
Que sua espada jamais
Veja bainha em meu ventre.
Calma Opará,
És tu quem admiro e temo.
Felipe Caprini, louvação aos Orixás
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