sábado, 14 de maio de 2022

COMPORTAMENTO NO TERREIRO: RESGUARDO. Dando continuidade a nossa série, abordarei hoje o problema do resguardo que, embora seja pertinente ao período anterior ao terreiro, reflete-se nele as suas consequências.

 COMPORTAMENTO NO TERREIRO: RESGUARDO.
Dando continuidade a nossa série, abordarei hoje o problema do resguardo que, embora seja pertinente ao período anterior ao terreiro, reflete-se nele as suas consequências.


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Dando continuidade a nossa série, abordarei hoje o problema do resguardo que, embora seja pertinente ao período anterior ao terreiro, reflete-se nele as suas consequências.

Praticamente, uma das primeiras coisas que os médiuns novatos aprendem é sobre o resguardo, suas razões e efeitos. Ainda assim, contudo, boa parte dos médiuns sentem dificuldade em cumpri-lo, seja por que se acham acima de suas razões ou mesmo imune às suas consequências ou por que simplesmente ainda não estão maduros o suficiente para cumprirem uma determinação espiritual sem que alguém esteja dependurado em suas orelhas falando o tempo todo sobre isso...

Seja como for, todo médium sério compreende a razão do resguardo, suas implicações e consequências e procura sempre o seguir à risca ou tanto quanto lhe seja possível, conforme a ocasião.

Ao contrário do que se pensa, porém, a falta do resguardo não impedirá a incorporação, apenas permitirá que ela se dê de forma insatisfatória, dificultando o domínio da entidade sobre o corpo do médium e, por consequência, dificultando a comunicação.

É preciso recordar, ainda, que lidamos com vidas em um terreiro e que muitos consulentes levam seriamente aquilo que as entidades dizem e seria um pena se, por falta de resguardo e, portanto, devido a uma “conexão deficitária”, saísse pela boca do médium um “sim” quando a entidade quisesse dizer um “não”.

Tente imaginar as consequências disso e tenha esta certeza: a culpa recairá sobre o médium que, cedo ou tarde, enfrentará as consequências de seus atos (ou da falta deles) e responderá perante a espiritualidade por toda negligência que houver operado em suas tarefas mediúnicas: nada fica impune!

No que se refere ao dirigente, é muito importante que entenda muito bem a diferença entre orientar e controlar, pois esta diferença delimita claramente o seu papel: cabe-lhe orientar, explicar, demonstrar, exemplificar, dirimir dúvidas sobre os princípios fundamentais da religião, entre eles, o resguardo. Contudo, não cabe ao dirigente controlar ou fiscalizar os médiuns para saber se estão ou não cumprindo com o mesmo: isso é da alçada da consciência de cada um!

Nunca devemos esquecer que médium é responsável pela própria vida, assim como sobre seu próprio corpo e, inclusive, sobre a própria mediunidade. Se o médium decide não fazer o resguardo ou fazê-lo como se diz aqui no interior “nas coxas”, isto é um problema exclusivamente dele e embora seja uma irresponsabilidade que afetará não apenas ele, como toda a corrente, é preciso deixar que cada um trilhe o caminho escolhido.

O médium que tende a não seguir corretamente o resguardo fica sempre em dúvida sobre a própria mediunidade ou termina a gira com dor de cabeça, com ânsia de vômito, sentindo uma estranha angústia, enfim, ele mesmo colhe o que planta, sofrendo as consequências dos seus atos: é a lei de causa e efeito...

Lidar com energias e, principalmente, com a energia suja das pessoas não é tarefa fácil e se torna assaz penosa quando o médium é rebelde o suficiente para não se preparar convenientemente.

Leonardo Montes