As mães são fortes.
Yewa, uma mulher jovem
Sozinha no mundo
Criando dois filhos.
As mães são fortes.
Yewa, uma mulher jovemSozinha no mundo
Criando dois filhos.
Quando se é pobre
A esperança é a única coisa que se tem.
Todos os dias Yewa saia
Em busca de seu sustento,
Caminhada pela floresta
Junto com as crianças
Apanhando galhos e gravetos
Para fazer fardos
E vender na feira como lenha
E conseguir alimentar as crianças.
Todo dia aquele esforço,
E Yewa preservava
Pois tinha muita fé de que
Se mantendo firme iria conseguir
Criar seus filhos.
Um dia ela e as crianças
Percorreram toda a parte
Conhecida da floresta
Mas não encontraram lenha.
— Mamãe, lá deve ter, nos nunca fomos até lá.
Uma das crianças apontou para
Uma parte densa de mata fechada
Onde Yewa nunca havia pisado.
Então a decisão era entre
Voltar para casa sem nada
Ou ir se arriscar na mata fechada.
Yewa decidiu se arriscar,
Os tres entraram na floresta
E logo acharam muita lenha,
Fizeram grandes fardos
E ficaram muito felizes pois
Aquilo iria render um bom dinheiro.
Mas na hora de ir embora
Yewa olhou em volta
E nao conseguiu lembrar
Por onde tinha vindo,
Olhava para todos os lados
E tudo era igual.
Começaram a andar em busca
De encontrar o retorno,
Andaram por horas
Mas pareciam estar
Caminhando em círculos
Sem chegar a lugar nenhum.
No fim do dia escureceu
E as crianças reclamaram
De sentir fome e principalmente sede.
Yewa já estava exausta
E continuava caminhando
Agora em busca de um riacho
Ou de um lago para poder
Matar a sede dos filhos.
Nada, não havia nada
Alem de árvores e mais arvores.
Ficaram tanto tempo perdidos
Que as crianças mal se aguentavam,
E no fim pediram para Yewa parar,
A sede era tanta que
Elas só queriam deitar e morrer.
Yewa deitou com os filhos
Em uma pequena clareira
E enquanto observava as crianças
Sofrendo pela sede
Rezou para Olodumare
Desejando ser feita de água
Para poder aplacar o sofrimento
Daqueles pequenos.
E Olodumare ouviu esse pedido
Pois Yewa pedia do fundo do coração.
De manhã quando as crianças acordaram
Deram por falta da mãe
E então perceberam
Uma poça de água no exato lugar
Onde Yewa estava deitada.
Sim, a mãe virou água
E eles entenderam isso.
Beberam dela e quando
Já estavam satisfeitos
Observaram a água transbordar a poça
E ir abrindo caminho na terra
Formando um pequeno riacho.
Eles entenderam o que significava aquilo
E seguiram a água,
Ela os guiou para fora da floresta
Formado um grande rio
Que seguiu por quilometros.
As crianças puderam voltar para casa
E tiveram uma boa vida
E nunca se sentiram sozinhas
Pois junto deles sempre estava
O espírito da mãe,
A mãe que havia se tornado
Orixá Yewa.
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Espero que tenham gostado!
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