AS SETE LINHAS BRANCAS DE UMBANDA
Na Linha Branca de Umbanda e Demanda, dentro do escopo doutrinário da nossa amada Tenda, compreendemos por "Sete Linhas Brancas" uma organização das falanges no espaço, que se agremiam formando legiões, congregados por afinidade, em torno de um Patrono e a objetivos caritativos que se realizam na Tenda e no espaço.
Portanto, as Sete Linhas Brancas estão no espaço, organizadas seguindo uma hierarquia, sendo: a Linha de Oxalá a primeira tendo como Patrono Nosso Senhor Jesus Cristo, a Linha de Ogum é a segunda, tendo como Patrono São Jorge, a Linha de Euxoce é a terceira, tendo como Patrono São Sebastião, a Linha de Xangô é a quarta, tendo como Patrono São Jerônimo, a Linha de Iansã é a quinta, tendo como Patrona Santa Bárbara, a Linha de Amanjar é a sexta, tendo como Patrona Nossa Senhora, a Virgem Maria em sua invocação como Senhora da Conceição, e a Linha de Santo (Almas), é a sétima, e não possui um Patrono, pois ela se encosta as outras seis.
Há uma hierarquia interna em cada uma das Sete Linhas Brancas, onde compreende-se que abaixo do Patrono da Linha, fulguram-se mais vinte Orixás, que são Padroeiros, espíritos de uma hierarquia altamente superior que chefiam as missões das falanges, inspecionam os grupamentos, e de quando, lideram pessoalmente trabalhos nas próprias Tendas, como o foi o Orixá Mallet (pronuncia-se Malé). Abaixo dos vinte e um Orixás, estão os Pretos e Caboclos, que seguindo uma ordem de hierarquia evolucionária, chefiam e/ou participam dos grupamentos e falanges que descem às Tendas.
Cada Linha possui um ponto riscado emblemático, que quando firmados, convoca as falanges ao serviço e predispõe aos Pretos e Caboclos fluídos benfazejos à realização de seus trabalhos. A reunião desses pontos em uma sessão chama-se "Mesa de Umbanda". Compreendamos por "reunião dos Pontos", os supracitados riscados no chão por pemba, sendo em seguida firmados com velas, flores, ponteiros e bebidas próprias a cada Linha. A cada ponto, sua firmeza pressupõe a utilização de uma vela, um copo com a bebida própria, um ou mais ponteiros com cruzeta na empunhadura adornado com fitas que corresponderá à Linha. Sua firmeza é orientada única e exclusivamente pelo Guia Chefe da Sessão. Fornece-se por meio da "Mesa de Umbanda" todo um valiosíssimo arsenal prático que, não será comentado aqui.
As Sete Linhas Brancas, estão presentes de maneira anímica na Coroa do médium, de forma que, uma ligação fluídica tênue existe entre o servidor da Umbanda e as falanges que a egregam. Esta ligação é renovada e fortalecida pelo Amací anual, que desobstrui o canal da faculdade, limpando a Coroa, e promovendo maior contato com a espiritualidade, possibilitando forças para o ano vindouro.