ARQUEÔMETRO
Este instrumento é um círculo dividido em zonas concêntricas e em triângulos, onde letras do hebraico, do sânscrito e do Vattan, números, notas musicais, cores, sinais astrológicos; formavam combinações que permitiam aos músicos, pintores, arquitetos, poetas, fazerem criações exprimindo o ideal perfeito da humanidade.
O vocábulo Arqueômetro é originário do védico e do sânscrito: ARKA-METRA.
A palavra ARKA (que significa Sol) pode ser subdividida em AR e KA. AR representa a Roda Radiante da Palavra Divina (a Temura principal de AR é RA); e KA recorda a mathesis primordial.
Este saber universal (Characteristica Universalis para Leibniz), que se constitui no fundamento de todas as artes, religiões e ciências, une o Espírito, a Alma e o Corpo da Verdade, demonstrando, assim, na observação pela experiência, a Unidade de sua Universalidade no duplo Universo e em seu triplo estado social (ordem econômica, ordem jurídica e ordem universitária).
ARK, em outra dimensão, significa a potência da manifestação e seu festejo pela PALAVRA. A inversão de ARK produz KRA, KAR e KRI, que, basicamente, significam cumprir uma obra, conservando e continuando uma Criação.
MATRA é a medida-mãe por excelência, expressando a unidade em todas as coisas. MAeTRA é, também, o sinal métrico do Dom Divino, o da Substância em todos os graus proporcionais de suas equivalências.
No grau psíquico universal – AMaTh do AThMa e AThMa do AMaTh e sua MaThA – simbolizam a bondade maternal e o amor (AHBH) feminino de Deus para com toda a criação. Criar é amar.
Toda a Sabedoria Arqueométrica está inscrita em um círculo de 360º, dividido em triângulos de 12 seções de 30º cada. Para a mais criteriosa compreensão, deve ser observado que as reflexões que se seguirão estão relacionadas com alguns dos seguintes aspectos ou planos: realista, idealista ou puramente divino ou espiritual.
No Arqueômetro de Saint-Yves, o mesmo círculo de 360º apresenta uma dupla escala de números e inclui as relações de cores e de formas, como também contém as notas musicais e as Letras dos antigos Alfabetos Sagrados, tudo perfeitamente relacionado e harmonicamente distribuído.
Nele Saint Yves explicou a forma de realizar a estrutura musical de uma catedral ou a arquitetura falante de um canto. Esta obra que o consagrou era precedida de uma androgonia, a história da formação do homem, foi publicada em 1911. Saint Yves obteve a patente de invenção do Arqueômetro em 26 de junho de 1903.
O Arqueômetro pode ser assim resumidamente descrito:
1º) um duplo círculo de 360º evoluindo cada qual em sentido inverso, de tal sorte que: 3 representa o Verbum, 6 o Espírito Santo e 360 o Universo;
2º) uma zona dodecagonal fixa denominada Zodíaco das Letras Modais, que está dividida em partes iguais, cada uma de 30º. Cada duodécimo encerra sua Letra morfológica e o número tradicional desta Letra em uma moldura desenhada com uma cor específica (arqueométrica) correspondente;
3º) uma área mobilizável denominada Planetário das Letras formada por XII Ângulos, IV Triângulos Equiláteros, XII Letras, XII Números, XII Cores e XII Notas. O Triângulo formado pelas Letras IShO é o Triângulo do Verbum (IPhO);
4º) uma faixa zodiacal fixa (rosa) contendo os doze signos derivados das XII Letras zodiacais;
5º) uma coroa azulada planetária astral mobilizável com seus VII signos diatônicos astrais (cinco destes signos são repetidos).
Os (VII + V) signos são:
Saturno (345/15),
Lua (165/195),
Vênus noturno (75/285),
Marte noturno (255/105),
Saturno diurno (315/45),
Sol (135/225),
Júpiter diurno (15/345),
Mercúrio noturno (195/165),
Marte diurno (45/315),
Vênus diurno (225/135),
Júpiter noturno (28/75) e
Mercúrio diurno (105/255).
Os estudantes de Astrologia observarão discrepâncias em seis domicílios. Logo, adverte-se: a Astrologia Arqueométrica não é exotérica. Mais adiante, será observado, também, que a divisão das XXII Letras não segue exatamente a tradição hebraica.
6º) uma pequena área formada por XII Ângulos de IV Triângulos Equiláteros, que se cruzam regularmente sob o Triângulo Gerador e Metrológico; e
7º) um círculo central (Centro Solar) que encerra um Pentagrama Musical, uma Nota (Mi) no centro comum, uma Letra Adâmica Ressurgente em forma de semicírculo (que preside todo centro luminoso e crístico: I-NRI, I-Na-Ra e I-Na-Ra-Ya), V Linhas e XII Raios Brancos que formam VI Diâmetros Brancos que passam pelo Centro, todos a 30º um do outro sobre o círculo (30º x 12 = 360º). O Raio Branco horizontal forma (representa) a Letra Adâmica (morfológica) A (—) equivalente, por transliteração,ao ALeF hebraico.
Podemos expressar várias elaborações a partir deste instrumento, por exemplo, se utilizarmos a arte conjugada com a ciência, obteremos a harmonia das formas, o belo, podemos também relacionar as notas musicais com a geometria arquitetônica, imprimindo sonoridade à forma. Na religiosidade, a arte é litúrgica e teurgica, associando indefinidos elementos simbólicos aos rituais, ainda dentro do contexto da religiosidade, a arte aparece na harmonia das formas, na cosmogonia da liturgia e chaves matemáticas de formatações dos templos.
Por isso que é um instrumento maravilhoso, meio de indefinidas formas de expressar ao mundo a sagrada condição do ser humano e suas mais sublimes ideações. Ao observá-lo, logo percebemos que existem outras vertentes, enfim, o Arqueômetro é um instrumento a ser explorado, pois é a síntese de todas as escolas dos saberes, não somente da antiguidade, pois trata-se de fundamento, isto significa que é atemporal.
Deve-se ter sempre presente que o Alfabeto arqueométrico é o vattan, uma das mais antigas línguas que compõem as Línguas da Cidade ou Civilização Divina: Devanagari. Onde terá se inspirado o bondoso Santo Agostinho escrever A Cidade de Deus?
Logo, ainda que as transliterações sejam plausíveis, e, efetivamente, tenham acontecido ao longo do tempo, os valores numéricos totais das Letras-mães, duplas e simples do Alfabeto Hebraico, não coincidem com os das Letras Construtivas (ou Constitutivas), Evolutivas e Involutivas do Arqueômetro, isto porque os três grupos de 3, 7 e 12 Letras não são iguais. Por isso, da mesma maneira, a Astrologia Arqueométrica difere da astrologia veiculada publicamente.
Os Patriarcas da Antiguidade detinham uma Sabedoria (ShOPhIa) que continua, de certa forma, preservada e oculta da mera curiosidade distraída e mesquinha dos profanos e dos desmerecedores. É por isso, por exemplo, que os segredos e mistérios que envolvem a (construção da) Pirâmide de Kheops, ainda estão por ser desvendados.
Esta Pirâmide, construída no Planalto de Gizé, em nenhum momento serviu de jazigo para qualquer faraó de nenhuma dinastia. Era, realmente, um sítio iniciático, cujo Local de Sagração era a Câmara do Rei.
O Sarcófago que lá ainda se encontra simboliza a Matriz da Natureza (o princípio feminino) e a ressurreição iniciática ou regeneração. Foi naquele local sagrado (tornado santo pela santidade do acontecimento e pela conduta dos que ali se encontravam) que José recebeu sua Iniciação derradeira e se tornou JHESU – o DIVINO AMeN, a Rosa Cósmica da Era de Peixes. Agora, o que há de simbólico em tudo isso é uma tarefa que só poderá ser compreendida e realizada individualmente.
Por outro lado, confundir Astrologia com astromancia é um engano insidioso. Nesse sentido, Platão não pode ser simplesmente lido ou interpretado. Deve ser compreendido. Foi, como advertiu Raymond Bernard, um Transmissor Divino no sentido mais sagrado do termo. Na realidade, como explicitou Helena Blavatsky na sua Doutrina Secreta, a Humanidade e as Estrelas estão indissoluvelmente unidas entre si, em razão das ‘Inteligências’ que governam estas últimas. Veladamente, em A República e em obras subsequentes, Platão fez a mesma advertência.
Fica ainda a pergunta: será o Zodíaco contemporâneo o mesmo dos antigos? Os sacerdotes egípcios da Antiguidade (e os hindus modernos) possuíam e utilizavam o Zodíaco Asura-Maya atlante. Logo, à pergunta anteriormente formulada só se pode responder negativamente;
O Arqueômetro é comum a muitas civilizações, pois outros instrumentos semelhantes foram encontrados nos sítios arqueológicos de diversas culturas. O que diferencia o Arqueômetro contido no livro de Saint Yves D´Alveydre, no início do século XX é a exposição de algumas significativas decomposições deste selo universal, principalmente por revelar uma parte do lado oculto desta engrenagem.
O alfabeto era morfológico, ou seja, falava através de suas formas, delineadas pelo ponto,a linha, o ângulo, o quadrado e o círculo, a partir desta premissa e da astrologia iniciaremos os estudos deste maravilhoso selo sagrado.Observe o giro, veja o ponto se transformar em uma reta, a reta ganha ângulo, este ângulo gira e vira um quadrado e finalmente um círculo que se comprime até retornar ao ponto.Todas as formas geométricas no Arqueômetro ganham forma no movimento de uma para outra, abstrai-se e veja o movimento da forma. Isso é muito importante, pois reforça os sentidos e a intuição.
Primeiramente temos que entender que o Arqueômetro está disposto em uma mandala astrológica, que exprime, a partir de seu centro, a criação do Universo, a manifestação divina, o big bang, este centro tem uma representação mínima de formas, pois exprime o Uno, as três letras iniciais são representações diferentes da mesma coisa, o ponto. Estende-se a um segundo plano, representado pelo entrecruzamento de dois triângulos equiláteros tendo o Sol ao centro, em cada ponta dos triângulos um planeta da antiga astrologia e a Lua, portanto não aparecem Netuno e Urano, finalizando encontramos um último entrecruzamento, de quatro triângulos equiláteros, que na astrologia representam os signos e os quatro elementos da natureza. Repare que chamei o Arqueômetro de selo, isto se deve ao fato que é um registro, um momento de como se encontrava o céu quando os nossos ancestrais registraram o evento em um oráculo sagrado.
Entenda que, no Arqueômetro, tudo tem um princípio geométrico em movimento, portanto, o ponto gera a reta que se movimenta e forma o triângulo que se movimenta e forma o quadrado que finaliza a forma no círculo, todas as letras arqueométricas são produto do movimento que gera a nova forma, esteja atento, pois é um passo importante para entender como Saint Yves dispôs esses símbolos. É um alfabeto de 22 letras, morfológico, ou seja, fala através de suas formas.
Veja um exemplo de desmembramento de cores, planetas e astros:
Finalizando estas primeiras considerações, tomo emprestadas as palavras de Saint Yves d’Alveydre ao destacar o dia da revelação do selo sagrado, arqueométrico, afirmando:
“Quando os primeiros Mestres da Humanidade, os patriarcas, na flor da virgindade psíquica, chegaram à confirmação do Verbo pelo seu caráter exotérico, sentiram no coração o choque do Deus vivo. Até na mais profunda solidão, sentiram que essa emoção não vinha só deles, mas que era dupla, compartilhada e, ao mesmo tempo, recíproca, com uma doçura de atenção e de energia, ao mesmo tempo humana e sobre humana”.
O Ser é o contínuo Ser, como disse Parmênides.
"Na contemplação das coisas, se o homem começa com certezas, terminará na dúvida. Mas, se ele se contenta em principiar com dúvidas conquistará a CERTEZA". (Francis Bacon)
Sugiro, para aqueles que desejam se aprofundar no estudo, o site decifrandooarqueometro.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html onde poderão ser encontrados capítulos detalhados a respeito do assunto.