O CARRO – ZAIN
1.1 Elementos constitutivos ou relacionados
Sephirah: | Netzah no primeiro ciclo | |
Signo do sendeiro: | Gêmeos | |
Elemento zodiacal: | Ar | |
Trilogia elem. sephirótico: | Fogo do Ar no primeiro ciclo | |
Planeta do sendeiro: | Mercúrio. | |
Arcanjo do signo: | Ambriel (אמבריאל) | |
Velas: | 3 laranjas | |
Incenso: | [Canela, sementes de louro, jasmim, benjoim, casca de limão, maçã] | |
Letras: | ZAIN-Yod-Num | |
Gemátria: | 7+10+50 = 67 = 6+7 = 13 = 1+3 = 4 67 = Yebamaiah, Anjo do quarto quinquídio de Câncer. | |
Valor numérico: | 7 | |
Armas mágicas: | O tripé. | |
Poder mágico ou oculto: | O Poder de estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo, e da Profecia | |
Forças em ação: | A força de Binah que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Tiphereth pelas vias de Gêmeos. | |
Sendero: | 17, que une Binah a Tiphereth. | |
Texto yetzirático: | O 17º caminho é denominado a Inteligência Dispositiva ou Ordenadora que dá Fé aos Justos; este caminho dispõe aos piedosos à fidelidade e por esta os faz aptos a receber o Espírito Santo, por isto e denominado também o Fundamento da Perfeição no estado das coisas superiores. | |
Cor em Atziluth: | Laranja | |
Cor em Briah: | Roxo claro | |
Cor em Yetzirah: | Verde oliva quente | |
Cor em Assiah: | Cinza avermelhado tendendo para roxo |
1.2 Caminho 17º
O Carro = A Compreensão e a produção da Harmonia e da Soberania pelas vias da exteriorização das ideias. Saturno atuando através de Gêmeos sobre o Sol. Binah, o construtor do universo atuando através de Gêmeos sobre Tiphereth o centro produtor de consciência, vontade executiva a nível prático, harmonia; “Vô” do Mundo de Atziluth atuando através de Gêmeos sobre o “Vô” do Mundo de Briah, Ar do Fogo atuando através de Gêmeos sobre o Ar da Água.
O 17º caminho é denominado a Inteligência Dispositiva ou Ordenadora que dá Fé aos Justos; este caminho dispõe aos piedosos à fidelidade e por esta os faz aptos a receber o Espírito Santo, por isto e denominado também o Fundamento da Perfeição no estado das coisas superiores.
Em Binah ocorre a manifestação da tríade (Pai, Filho e Espírito Santo) e no 17º caminho a manifestação é projetada sobre a consciência (Tiphereth) pelas vias de Gêmeos. Como em Binah se encontra o princípio da manifestação podemos concluir que é a porta de origem da Fé – a Divina Mãe da Fé. O arcano 7 é representado por uma flecha que dispara para todos os lados o que implica que esta Fé desce em todas as direções e para todos os fins e, neste caminho de nº 17, é projetado diretamente para a consciência (Tiphereth) de modo que esta energia não se perca por insondáveis cantos e venha a se tornar um norte que não gere karma.
A Inteligência de Binah se projeta sobre a Vontade humana representada por Tiphereth (a Vontade divina está representada por Kether, embora cumpre ao Filho fazer a Vontade do Pai de modo que as Vontades de Kether e Tiphereth são unas) e a impregna de sujeição, fidelidade a Lei. Deste modo a Vontade humana (não confundir com os desejos) recebe pelas vias do Espirito Santo o conhecimento inconsciente de como obrar; a Luz negra de Binah fornece uma espiritualidade negativa (Luz obscurecida), interiorizada em forma de Fé, pelas vias da Lei.
O texto trata ainda dos “Justos” que vem a ser aqueles que realizam a Vontade de seu Real Ser, do Pai interno, aquele que representa nossa verdadeira identidade na ausência do ego animal e de todos os defeitos psicológicos, então a Fé segue um canal com vistas a consciência. Por este caminho direcionado, eleito com vistas à consciência, a Fé é dada aos Justos (que refletem a divindade, os desígnios cósmicos em si) pelo Espírito Santo (Binah) e, em consequência, desce até nós, desde dos Céus da Consciência Cósmica, a figura do Anjo Guardião – uma das muitas partes que compõe nosso Ser e tem por missão nos auxiliar em nossa evolução. Não se refere apenas em uma Fé na divindade, mas a tudo que esteja vocacionado em nossa existência e que nos auxilie a vencer os obstáculos.
Cumpre esclarecer que o Anjo da Guarda possui sua sede na consciência, detém poderes terríveis, mágicos, e pode nos orientar no dia-a-dia. Basta fazer uma súplica e vocalizar o mantra AOM por 3 ou 7 vezes, lembrando sempre que para cada atitude nos céus deve haver uma contrapartida na Terra ou seja: A Deus orando e com o ferro malhando.
Por estar a Fé diretamente ligada ao Espirito Santo sempre se recomenda antes dos trabalhos pedir o auxílio a Divina Mãe ligada a Binah, aliás, sugere-se pedir autorização ao Pai e auxílios da Divina Mãe e do Anjo Guardião.
Esclarecendo mais, existem a anjos guardiões em toda parte, há o individual, o de uma região, de uma mata, de uma cidade, de um país, de um planeta, sistema solar, galáxia, etc. Conta a história que antes de invadir uma cidade Cesar fazia rituais aos guardiões para que não perturbassem em sua vitória – isto pode ser bastante esclarecedor o porquê de certos empreendimentos não darem certo em alguns lugares.
O trabalho humano aqui consiste em ser fiel às Leis que nos venham do alto, caso não possua ainda meios intelectuais para compreende-las, eis que, a compreensão vira a posteriori e, enquanto não venha, as normas divinas nos farão aptos a revelação.
Observamos aqui que Tiphereth é o segundo da coluna do meio, portanto, o “He” de Kether de modo que a Vontade primeira é depositada materialmente em Tiphereth-Sol iniciando aí a sua manifestação como produtor de vida. No sendeiro 12º de Kether – Binah, e produzido por este a cristalização do desígnio divino, a Vontade primeira ao passo que no caminho 17º a Vontade positiva Ketheriana, o desígnio de realização, é projetada e engendrada em sua forma feminina (“He” Tiphereth) como meio de realizar ou Vontade negativa. Assim toda virtude tem seu polo positivo (macho) e negativo (fêmea ). É da união dos dois que se realiza a obra – lembrando que é no três que a criação se manifesta. Então o meio corresponde à Vontade negativa e o desígnio de realização a Vontade positiva.
Neste sentido importa compreender a necessidade da junção das duas Vontades, o desígnio e o meio para a consecução da obra a fim de dispormos dos meios materiais e psíquicos para cristalizarmos a obra que nossa Vontade superior nos inspire. Dessarte, temos que ajustar o que queremos a esta Vontade suprema, seguir o que está no mais profundo de nosso interior, nossa vocação, sem se preocupar com ganhos externos para que os meios, pelas vias de afinidade vibratória, se adequem a Vontade.
Este sendeiro e ativado pelos Tronos (Binah) e pelas Virtudes (Tiphereth) conjuntamente. O caminho de ida pela árvore é regido pelo Trono o 21 3->6: NELKHAEL e o caminho de volta pela Virtude 42 6->3: MIKAEL.
Os aspectos entre Saturno e Sol, tais como quadratura, conjunção ou oposição, no mapa natal são indícios de que o indivíduo está trabalhando neste sendeiro.
1.3 Letra-força ז
ZAIN é a sétima letra força – é uma letra simples. Na tabela das letras hebraicas o ZAIN (7) se situa abaixo de Daleth (4) que representava os frutos de Aleph (1), portanto, ZAIN representa a exteriorização dos frutos de Aleph.
A letra força ZAIN expressa hieroglificamente uma flecha que atira para todos os lados tal é a sua abundância energética, mas denota também a ideia de arma como instrumento utilizado para conquistar e vencer.
1.4 Imagem, figura
Um trono móvel, um dossel, sustentado por quatro colunas e coberto por um manto estrelado na cor celeste arrastado por duas esfinges sendo uma branca e a outra negra que simbolizam a dualidade das forças astrais – as esfinges (princípios ativo e passivo) olham ou avançam cada uma para um lado oposto a outra. Sobre o carro avança um rei poderoso coroado com um círculo. Em algumas cartas há três pentagramas de ouro na coroa.
Há uma semelhança entre esta carta e as de nº 01 e 22, eis que as quatro colunas na primeira carta esta simbolizada pelos quatro elementos com os instrumentos da arte e a segunda simboliza os quatro elementos com os quatro animais
O triunfal comandante ocupa o centro dos quatro elementos simbolizando sua vitória sobre as forças elementares, vitória está confirmada pela pedra cubica trabalhada que forma a carruagem e é indicada pelos pentagramas da coroa.
Leva sobre seus ombros o “urim” e o “thumin” (Jakin e Boas; Apolo e Diana, as duas colunas do templo da sabedoria mediados pela coluna central onde se esconde o grande arcano Daath) figurado por dois crescentes que se referem ao peitoral usado pelo sumo sacerdote sacrificador. Podemos observar ainda o cetro terminado por um quadrado, um globo e um triângulo que demonstram as forças espirituais sobre a matéria.
Na frente do carro pode ser constatada a esfera alada ou voadora que representa RA, mais o Cristo Cósmico (as asas), Osíris, nossa Mônada, o Logos com seus três aspectos (Pai, Filho e Espírito Santo). A Mônada, embora seja omnisciente, precisa se auto realizar para ter poderes sobre o Fogo, a Água, o Ar e a Terra, para poder atuar neste mundo precisa que os 7 corpos tenham sido fabricados.
No taro egípcio o Íntimo (Hesed) aparece triunfante, com a espada flamejante (sêmen transmutado) na mão direita (pilar direito da árvore – destruição, justiça) e o báculo na esquerda (pilar esquerdo da árvore – criação, misericórdia), posicionado no centro do carro é puxado pelas forças masculinas e femininas (esfinges). A pedra cúbica está trabalhada. Importa que é preciso saber utilizar o báculo e a espada para se obter a vitória. A espada flamejante representa a vitória sobre os sete pecados capitais e a aquisição das sete virtudes simbolizadas pelos antigo como os sete planetas em seu aspecto positivo ou negativo.
1.5 Arcano menor: Cavaleiro de Espadas
Localização na Arvore da vida: Yesod (Vô)
No zodíaco o domicílio do Cavaleiro de Espadas é Gêmeos.
Arcanos que governa: Sete de Espadas, Oito de Espadas e Nove de Espadas
O cavaleiro de espadas tem os atributos de Yesod, a Sephirah que realiza funções Vô no mundo da formação (Yetzirah). Os cavaleiros são igualmente elementos Vô, então podemos concluir que dos quatro cavaleiros, o de espadas é o mais positivo, dado o sincronismo de sua função no zodíaco e nas Sephiroth, ambos Vô.
O cavaleiro de espadas, representa o homem de leis e de combate. Não é o poderoso legislador representado pelo rei de espadas, mas o que aplica a lei e o que a defende com a espada na mão, ou com o código sob seu braço, endossando o uniforme de soldado ou do togado. Se o cavaleiro de copas aportava confusão a algo perfeitamente ordenado, o de espadas será, pelo contrário, portador de ordem e clareza, sabendo traduzi-los em imagens eloquentes.
A sua aparição no nosso jogo, significa que haveremos de nos confrontar com as leis ou com a polícia através de um de seus representantes. Sua posição no jogo nos dirá se o teremos a nosso favor ou contra nós.
Palavras chaves: J♠ Cavaleiro de espadas, Homem de Leis e combate, aplicador das leis, soldado, advogado, portador de ordem, claridade.
(Reta) Togado, militar, homem de armas, combatente, valentia.
(Invertida) Inimizade, ódio, ressentimento, inimigo, oposição, imprudência, ridicularização.
1.6 Elemento, ciclo zodiacal, planeta
Na ordem dos elementos, ZAIN corresponde ao Fogo do Ar em Netzah, o primeiro Sephirah de Yetzirah.
Na trilogia dos elementos: Netzah está relacionado com o signo de Libra.
No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, equivale ao signo de Peixes (o terceiro signo da Água).
No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao signo de Gêmeos o terceiro signo do Ar (Ar do Ar).
Nome divino (Atziluth): | YVHH יוהה | |
Arcanjo (Briah): | Ambriel אמבריאל | |
Coro Angélico (Yetzirah): | Sarayel םראיאל | |
Anjo regente da casa correspondente (Assiah): | Giel גיאל | |
Planeta regente: | Mercúrio | |
Elem. Signo/Sephirótico: | Ar/Ar do Ar וו | |
Apóstolo: | Mateus | |
Tribo: | Manasseh | |
Cartas do Tarô: | Cavaleiro de Espadas וו que rege Sete, Oito e Nove espadas. | |
Hora planetária e astrol.: | 4 às 6 horas da saída do Sol; de 61º a 90º no zodíaco. | |
Região do corpo: | Pulmões, sistema branquial, braços e ombros |
No processo criativo cabalístico, Gêmeos é regido por Yesod. No zodíaco é regido por Mercúrio. Gêmeos pertence o mundo cabalístico de formação por ser o terceiro signo de seu elemento. É o signo mutável de ar, o Vô de seu elemento e o Vô dos signos mutáveis.
Em Libra temos a porta de entrada das forças mentais, em aquário sua interiorização e em Gêmeos a exteriorização destas forças. O trabalho dos Gêmeos consiste em projetar ao mundo exterior a Lei Divina e assim torna-lo um paraíso. Mas se em Aquário não foi feita a interiorização é evidente que Gêmeos não podem exteriorizar o que não tem.
Gêmeos representa o estado de exteriorização das ideias, realizando as mesmas funções, em seu elemento que Sagitário em relação ao fogo, peixes em relação a água e Virgem no elemento terra. Em Gêmeos a mente (depois de Aquário ter preenchido o seu espaço humano interior, induzindo o indivíduo a funcionar de acordo com suas Leis) salta ao exterior e induz o indivíduo a estruturar o mundo de acordo com a lei do pensamento.
O Geminiano elevado é um portador de liberdade, de ordem de transcendência. Quando fala, quando escreve, os que o ouvem, os que o leem, sentem que cada órgão, no seu interior se põe no seu lugar, que tudo funciona normalmente, que a saúde se restabelece, que brota a alegria. Na mitologia, tem-se considerado Hércules como o ilustrador do homem geminiano, em sua história vemos como restabelece a ordem por toda a parte, embora seus 12 trabalhos impliquem ao plano zodiacal de Hochmah-Urano.
O Geminiano é o exteriorizador do verbo e projeta ao mundo o que o Aquário guardava para si, de modo que, se Aquário é um especialista na justificação de seus estados passionais, Gêmeos que voa mais baixo será o pregador, que dará à sociedade razões “científicas” que lhe permitem errar sem ser consciente de estar fazendo mal.
Como o impulso que recebe do signo o leva a convencer os demais, é natural que Gêmeos utilize os meios de comunicação social e que se encontre frequentemente na imprensa, na rádio, na televisão. A profissão de jornalista é tipicamente geminiana, como a de publicitário e representante de comércio, que usa a palavra para convencer.
Os maus aspectos planetários sobre Gêmeos dificultarão o Processo digestivo das ideias, ou seja, a sua exteriorização. Renderá falso testemunho de si mesmo e, portanto, será conhecido por alguém que na realidade não é. O indivíduo não conseguirá traduzir para a realidade a sua verdade interna.
Quando um excesso de planetas se localiza em Gêmeos, o indivíduo irá por todas as vias. Se não é um fora de série, será o indivíduo que intervém sem conhecer a fundo aquilo em que toca: será o jornalista que escreve ao mesmo de finanças, direito, leis, cinema, esporte, assuntos mundanos, filosofia, arte, sem saber uma palavra sobre as ciências, técnicas e artes que escreve. Sentirá que nada lhe é estranho, que tudo lhe incumbe e que em todo momento e em todo lugar deve colocar a marca de seu pensamento.
Palavras chaves:
(+) Exteriorizador de ideias, portador de liberdade, de ordem, convencimento, imprensa, comércio.
(-) Inverdades, irrealidade.
CASA III: É a Casa Vô e por conseguinte, estruturadora da realidade. As forças redutoras de Binah trabalham nela impondo sua lei implacável.
A Casa III é aquela através da qual expressamos os atributos de Gêmeos. Ao estudar este signo temos visto que através dele se liberam as ideias, o pensamento que temos construído e alimentado em nosso interior e que constitui a base lógica de nossas ações. Esta lógica nos aproxima de tudo o que há de semelhante na terra, começando pelo que se localiza em nosso ambiente. Assim, a Casa III representa em astrologia: o que nos rodeia, a vida cotidiana, as oportunidades, as gestões. Por isto, no domínio humano representa os que estão perto de nós, por laços de sangue, os irmãos por circunstâncias da vida, os vizinhos, aqueles com que nos relacionamos diariamente. Gêmeos é um signo de ar e, como tal, sua personalidade se expressa pelo pensamento.
Tal como temos visto, as forças mentais, nascem em Libra, se interiorizam em Aquário e se libertam em Gêmeos, mas seguem também o percurso inverso, já que Gêmeos é o signo mais próximo ao ciclo da terra, que se inicia com Capricórnio. Gêmeos, é o que recolhe a informação proveniente do mundo material e a projeta para acima. Deste modo a Casa III será, também, a porta de saída das opiniões que dará forma ao nosso pensamento. Constitui ainda o ponto de encontro das ideias elaboradas por nosso Ser interno com a informação que nos chega de “baixo”, das experiências práticas. Dessarte teremos que a Casa III é a que produz o marco material em que se encontra o pensamento e a possibilidade prática de realizá-lo segundo sejam as circunstâncias provenientes de “baixo”. “Todo processo exteriorizador se traduz por um deslocamento na vida ordinária: daí que a Casa III seja também anunciadora de viagens. Viagens curtas, já que não é preciso ir muito longe para encontrar aquilo que é semelhante a nós mesmos. Viemos ao mundo em um contexto lógico, integrados em uma unidade de vida, que contém todo o que precisamos para a nossa evolução, de modo que uma curta viagem bastará para descobrir o semelhante, se é que não o encontramos na esquina da rua em que vivemos.
Por último, uma casa III regerá os intercâmbios escritos, falados, e, neste sentido, é significativo observar que quando Mercúrio, planeta que rege a Casa III, se localiza em movimento retrógrado, quase sempre há greve ou problemas nos serviços de entrega principalmente postais.
Os maus aspectos planetários sobre a Casa III, perturbarão o desenvolvimento lógico do indivíduo; lhe darão irmãos que só o são de nome, dificultarão seu acesso à companhia de pessoas semelhantes a si e, sentir-se-á como um estranho entre estranhos, e os meios de expressão a seu alcance não serão os adequados para manifestar seu potencial intelectual.
Tampouco assimilará adequadamente as informações provenientes do mundo material, de modo que será o indivíduo que “não aprende” com as experiências e tropeça duas vezes ou mais na mesma pedra. Dificuldade, pois, em encontrar o seu universo lógico, dificuldade de expressão, mesmo física, gagueira, preguiça na pronúncia de certas letras, arritmia que dificultam a compreensão de suas palavras, etc. Dificuldade de integração na vida cotidiana, pois o indivíduo não encontra o seu lugar.
Um excessivo número de planetas na Casa III dará um indivíduo voltado para o exterior, fora de si, que passará o dia com os vizinhos, com os irmãos, de sangue ou de ideias, correndo daqui para ali em busca de algo. Falará incontinentemente e escreverá ainda mais, sendo muito difícil conter seu discurso.
Palavras chaves:
(+) Ideias, pensamentos, lógica, escrita, fala, informação, oportunidades, gestões, vizinhos, irmãos de sangue ou circunstanciais, viagens curtas, comunicação, correio.
(-) lógica e expressão ruins, solidão, falastrão.
Na ordem planetário representa a Mercúrio em razão deste planeta ser o regente de Gêmeos o governador do 17º caminho.
Na ordem dos fenômenos naturais o ZAIN significa a exteriorização do ar, da ideia, da razão. Difusão. As vibrações – massa imóvel, espiritualizada para refletir o Ruach (a mente) (trovão). A terceira fase do ar, de exteriorização dos conteúdos da mente.
1.7 Discípulo: Mateus (Levi)
Mateus foi eleito por André (aquariano). Era expert em propaganda e sua presença atraia uma multidão de almas desanimadas, desenveredadas, excluídas. Traços eminentemente Geminiano.
Mateus é considerado esotericamente como o Mestre da ciência pura do Ser.
1.8 Tribo: Manasseh
Gênesis 49:22 José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.
As as duas metades das tribos de Efraim e de Manasseh, foram formadas da tribo de José e eram consideradas mais rudimentares que as demais, por descender dos netos de Jacob. Portanto refere-se à tribo de José, e seus dois filhos Ephraim e Manasseh, cabeças de duas meias-tribos. Manasses vem do hebraico, significando “faz esquecer”. Menasses foi o filho mais velho de José. Seu irmão era Efraim. Manassés formou também a casa de José.
1.9 11º Trabalho de Hercules: Buscar os pomos de ouro do Jardim das Hespérides
As maçãs de ouro ficavam num jardim desconhecido e Hércules vagou o mundo atrás delas. Desconhecendo o caminho, primeiro procurou Nereu, que tudo sabe. E depois, na África, enfrentou em luta corpo a corpo, o espantoso gigante Anteu, filho de Posêido. Também se relaciona esta viagem a liberação de Prometeu-Lúcifer, matando a águia que o atormenta, assim como a substituição temporária de Atlas, carregando o mundo sobre suas espáduas titânicas, para conseguir seu auxílio. Quando finalmente, as simbólicas maçãs de ouro lhe são entregues pelas próprias Hespérides, matando previamente o dragão que as guardava.
Percebe-se que esta façanha se relaciona com a árvore da ciência do bem e do mal no jardim edênico, que representam a força fecunda e criadora dos homens, com a história da maçã entre Adão e Eva, com a substituição da cobra pelo dragão. Expressa ainda os conhecimentos que iluminam a nossa consciência, por isto a maçã é de ouro. A Árvore era carinhosamente cuidada por três belas donzelas e um dragão que protegia as donzelas e a árvore. Há aqui o convite para se colher esses frutos que Hércules depois entregar a Atena, a deusa da sabedoria e sua divina protetora sem comer o fruto, mas apenas sentir o seu aroma. Uma frase marca este caminho:
“O Caminho que traz a nós é sempre marcado pelo serviço. Atos de amor são as sinalizações do caminho.”
O dragão ou a serpente refere-se a Lúcifer-Prometeu, nosso treinador psicológico que deverá ser vencido, o guardião do santuário, para que não penetrem nele senão os ungidos que possuem o segredo de Hermes, nele estão o peso, a medida e o número.
Tarefa associada ao signo de Gêmeos.
1.10 Descrição Sephirótica:
ZAIN está relacionado diretamente com a sétima Sephirah Netzah-Vênus de onde provém a capacidade formativa ou configuradora de uma realidade qualquer enquanto se busca a suntuosidade, o luxo, o prazer refinado, a beleza em todas as conquistas de modo a não desprezar nenhuma das possibilidades. Lembremos que ZAIN hieroglificamente representa uma flecha atirada em todas as direções, eis que o desejo não é uma força seletiva, mas que se expande para todos os cantos indiscriminadamente, de outro lado a natureza de Gêmeos (Ar do Ar em Yesod) é exteriorizadora tanto de Binah quanto de Tiphereth, portanto, há uma grande fruição destas energias. No sete temos a semente de um novo ciclo pois Netzah é o primeiro do Mundo de Yetzirah de modo que o Fogo do Ar expressa uma Vontade ou desejo com vistas à Beleza, converte-se em expressão artística e é simultaneamente uma multiplicadora de experiências que não vê limites ou barreiras.
Netzah corresponde a terceira Sephirah da coluna da direita, portanto recebe as influências restritivas de Binah, mas como é uma exteriorizadora de Hochmah (que fornece o carburante para as realizações) e este não reconhece limites, de modo que tanto a Vontade (proveniente do Ser) quanto os desejos (proveniente do ego) podem se impor. Não podendo Binah impor seus limites no momento, os porá no futuro de modo que ZAIN poderá ser uma abundante portadora de karma e por isto é chamada cabalisticamente de: “as águas amargas”.
O sete representa a união do 3 com o 4, do espírito com a matéria, é o poder mágico em toda sua força, o Íntimo servido por todas as forças elementais da natureza e está presente de todas as formas: a Lei do Heptaparaparshinok ou Lei do Sete; 7 planetas, sete serpentes da alquimia ou sete graus do poder do fogo; o Íntimo vitorioso dispõe de sete corpos: físico; vital ou etérico, mental, astral, causal ou da vontade, búdhico e átmico; sete pecados capitais e virtudes associados aos sete planetas: o orgulho solar converte-se em Fé e humildade, avareza saturnina pelo altruísmo, luxuria venusiana pela caridade, cólera marciana pelo amor, preguiça mercuriana pela prudência e diligência, gula jupteriana pela temperança e a inveja lunar pela justiça e alegria pelo bem alheio. Sete são os regentes dos planetas: Gabriel-Lua, Rafael-Mercúrio, Uriel-Vênus, Miguel-Sol, Samael-Marte, Zacariel-Júpter e Orifiel-Saturno. Os planetas representam ainda: o Sol o anjo de luz; a Lua, o anjo das aspirações e dos sonhos; Marte, o anjo exterminador; Vênus, o anjo dos amores; Mercúrio, o anjo civilizador; Júpiter, o anjo do poder; Saturno, o anjo das solidões.
A palavra alquímica VITRIOL é composta por sete letras e é um acróstico derivado da frase: “Visitam Interiore Terras Rectificatur Invernias Ocultum Lapidum”, (Visita o Interior da nossa Terra, que Rectificando encontrarás a Pedra Oculta) – retificar a terra refere-se ao Sahaja Maituna. O Sol (Phalo) é o Pai da Pedra (Fogo). A Lua (Útero) é a Mãe (Água). O Vento (vapores seminais – Ar) levou o Filho no seu seio e a Terra alimentou-o. O I.A.O. bem como o mantra I.N.R.I. deve-se cantar durante as experiências no laboratorium-oratorium por sete vezes.
Axioma transcendente: “quando a ciência entrar no teu coração e a sabedoria tornar doce a tua alma; pede e te será dado”.
1.11 Significado no jogo
Trata-se de uma carta de muitas vias, de modo que representa a ânsia e a possibilidade de ir a todo o possível, em todas as direções. Representa a mente e as emoções na busca de muitos objetivos. A falta de objetividade e profundidade, o ego pode estar se impondo à Vontade, basta ver que faltam as rédeas nas esfinges para que possam ser guiadas e que cada uma olha para um lado.
1.12 Palavras chaves:
1.12.1 Manifestação Yod.
Triunfo, satisfação, autorrealização, união intelecto-intuição,
1.12.2 Manifestação He.
Sentimentos ambíguos, muitos afetos.
1.12.3 Manifestação Vo.
Mente bagunçada, antagônica, muitas ideias, perda de controle, desengano.
1.12.4 Manifestação He.
Triunfo, êxito legítimo, Vitória, avanço merecido, talento, aptidões postas em prática, muitas atividades físicas, propostas, direções, ações, boa saúde, movimentação financeira – giro.
1.12.5 O lado negativo da força.
Contrariedades, ambições injustificadas, megalomania, derrota pelos obstáculos, karma pelo mau uso do que possui.
1.13 Oração
Deitado, formando a estrela de cinco pontas, adormeça meditando em cada uma das sete petições do Pai nosso. Ao acordar não se mexa e tente se lembrar por onde andou.
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I
ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM
ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO
Autor: Inácio Vacchiano