A FORÇA FEMININA NO INTERIOR DA UMBANDA
Desde o início de nossa religião, faz-se louvar a força feminina no interior da Umbanda. Nossas divinas Orixás são representadas não como moças frágeis e delicadas, que precisam ser protegidas a qualquer momento, mas como divindades guerreiras.
Esta presença feminina podemos encontrar nas Yabas, orixás femininas, nas elevadas caboclas, pretas velhas, Erês, pombagiras e tantas outras maravilhosas entidades que há séculos vêm trabalhando para o bem. E não podemos esquecer de tantas e tantas Mães de Santos, cambones e médiuns mulheres que carregam a bandeira da Umbanda para trazer luz a quem precisa.
Somos gratos a todas, pois sem elas hoje nossa religião pouco seria. Basta entrar em qualquer terreiro para notar que a maioria dos presentes são mulheres. São muitas as mães de santos que fizeram e continuam fazendo a nossa história, acolhendo, orientando e auxiliando a todos que precisam.
Em Oxum, encontramos a beleza, o autoconhecimento, a doçura, a elegância, o ponderamento. São as águas doces que nos encantam, nutre-nos e permite-nos florescer. É o amor por nós mesmos que traz harmonia e saúde para nossos corações.
Em Iemanjá, encontramos o amor que nos acolhe incondicionalmente. Ela é mãe dos Orixás e de todos nós. Ensina-nos a nos entregarmos de corpo e alma aquilo que nos faz bem. Une-nos em família, em comunidades, em profundos laços emocionais.
Com Iansã, louvamos a mulher guerreira, independente, valente. Poderosa, senhora das tempestades, seus ventos trazem as intensas transformações, quer nós queiramos ou não. Ela vai para a guerra, luta ao lado de seus companheiros e enfrenta o que for preciso para proteger a si mesmo e aqueles que ama.
Com Nanã, a mais velha dos Orixás, nos conectamos a nossa ancestralidade. Ela representa as nossas amadas anciãs, guardiãs de nossa memória e sabedoria. Nanã é o barro que criou nossos corpos e para a qual tudo volta.
Mas acima de tudo, lembramos nesse dia das queridas pombagiras. Ela que nunca se submeteu a homem nenhum e tornou-se poderosa por conta própria. Essas são senhoras maravilhosas, sempre dispostas a auxiliar a todos que precisam, possibilitam o conhecimento do divino através dos encontros mais mundanos.
Lamentavelmente, ainda são muitos os desafios das mulheres em nossa sociedade. Muitos avançados já foram realizados, porém a estrada é longa. E a Umbanda pode muito contribuir neste processo. Mas deixamos aqui nossa reverência à todas as mulheres que tanto contribuem por nossa maravilhosa religião.
Salve Oxum!
Salve Iemanjá!
Salve Iansã!
Salve Nanã!
Salve a todas as caboclas, pretas velhas, baianas, ciganas e pombagiras.
Salve a todas as cambones, médiuns de trabalho, Mães de Santo e consulentes!
Nossa profunda gratidão a todas!
Saravá a todos!
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