sexta-feira, 4 de novembro de 2022

O Caminho do Bodhisattva - (I)

 

O Caminho do Bodhisattva - (I)



 Existem muitas variedades de Budismo, muitos segmentos daquele ensino que emergiu após o aparecimento da figura histórica que é conhecida em nossos tempos como “o Buddha”. Esta palestra não é sobre qualquer daquelas escolas, movimentos ou religiões popularmente reconhecidas como “Budistas”. Ao invés disso, essa palestra é sobre a fonte da qual o Budismo originalmente emergiu.

  Budismo – como muitos outros “ismos” no mundo – apareceu primeiramente para a humanidade na forma de alerta provinda de um ser humano altamente desenvolvido, alerta esse que seria, na verdade, instruções práticas para aqueles que, da mesma forma, desejassem tornar-se altamente desenvolvidos. O homem que transmitiu esse alerta foi um ser humano como outro qualquer, ainda que com uma diferença crítica: ele despertara sua Consciência.

  O despertar da Consciência é o verdadeiro propósito da vida. É para essa finalidade que todo profeta, avatar, anjo, buddha, mestre – ou como sejam mais ainda denominados – sempre surgiram para a humanidade. De seus lábios emergiram todas as religiões mundiais, e tudo o mais que levasse a indicação aos sonolentos (como vocês e eu) de que necessitamos acordar.

 A realidade é elusiva, incompreensível e imperceptível para aqueles que permanecem no estágio do embrião. Como pode a semente compreender o sol, a lua e as estrelas se permanece enclausurada na sua casca, sonhando sonhos de uma semente? Acordar não é assunto de herança, raça, hereditariedade ou crença. Qualquer semente pode sair livre da casca e se tornar naquilo ao que deve tornar-se – porém, libertar-se requer etapas, ciência exata e uma inabalável vontade.

 Daí que, para identificar as várias necessidades do gênero humano (o embrião do ser humano real) compassivos zeladores – aqueles que despertaram suas Consciências e tornaram-se reais, seres humanos completamente desenvolvidos – aparecem de tempos em tempos para nos lembrar do propósito da vida. O homem chamado “o Buddha” foi um destes, como foram Jesus, Moisés, Abraham, Krishna, Quetzalcoatl e muitos, muitos outros.

 A partir dessa perspectiva, podemos começar a perceber que as similaridades entre religiões indicam uma fonte comum que é acessível no relativo grau ao que tenhamos despertado de nossas próprias Consciências. (Para compreendermos suas muitas diferenças, necessitamos somente observar à cobiça, ignorância e tolices em nossas próprias mentes e revocar que é o homem quem corrompeu suas religiões, tornando-as veículos de proveitos e poderes.) Toda religião contém grande beleza e sabedoria. Ainda que, nestes tempos, nada seja perfeito.

  O Budismo – em todas as suas formas – representa um ensinamento de tremenda visão interior e potencial transformativo, mesmo não sendo completo, e o próprio Buddha disse isso. O que conhecemos como “Budismo” vem a ser um pequeno córrego que emergiu de um vasto oceano.

  Aqueles que são escolásticos do Budismo, ou os que são bem versados numa ou noutra das escolas budistas, descobrirão muito neste livro que será não familiar a eles. É importante para eles relembrar uma das facetas centrais do ensinamento original de Buddha: o estudante deve sempre manter sua tigela virada para cima e vazia. Em outras palavras, a mente deve permanecer receptiva, vazia, com a habilidade para receber nova informação e novo entendimento.

  Nota de Rayom Ra (1). Interessante também anotar as seguintes observações de Samael Aun Weor:

 “O Alquimista que não se sacrifica pela humanidade nunca chegará a se tornar um Bodhisattva. Somente os Bodhisattvas que possuem compaixão nos corações, porque deram suas vidas pela humanidade, podem encarnar o Cristo Interno. Devemos fazer uma completa diferenciação entre os Sravakas e os Pratyekas Buddhas de um lado e os Bodhisattvas de outro lado. Os Sravakas e Pratyekas Buddhas preocupam-se somente com suas particulares perfeições, sem se importar um mínimo com essa pobre e sofredora humanidade. Obviamente, Pratyekas Buddhas e Sravakas não poderão nunca encarnar Cristo. Unicamente os Bodhisattvas que se sacrificam pela humanidade podem encarnar Cristo. O sagrado título de Bodhisattva é legitimamente conquistado por aqueles que tenham renunciado à felicidade do Nirvana pelo amor dessa humanidade sofredora”. – Samael Aun Weor, A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada.

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                                                    A Tigela Representa a Mente

O tolo que sabe de sua tolice é sábio pelo menos nisso. Porém, o tolo que se acha sábio é considerado um completo tolo.

                                                          Dhammapada 5:63.

 Aqueles que têm suas tigelas – suas mentes – cheias de informações são como aqueles que sofrem de constipação. E aqueles que têm suas tigelas viradas para baixo – com as mentes fechadas – estão se autoconsumindo até a morte. Portanto, é para nosso próprio benefício esvaziar nossas mentes de noções preconceituosas, e permanecer no presente prontos para agradecidamente receber aquilo que seja novo. Há muitas coisas que os Budistas podem ensinar ao mundo – e, reciprocamente, há também muito que podem aprender de outras tradições. Esse livro apresenta uma compreensão da história da vida de Buddha que difere marcantemente das crenças convencionais comuns, ao mesmo tempo em que está em harmonia com as raízes dos ensinamentos. Através dos ensinamentos apresentados aqui, o leitor paciente e de mente aberta descobrirá uma via para um vasto e maravilhoso conhecimento. O especialista, o escolástico, o crédulo, cuja mente está fechada, ultrapassada e estagnada não a obterá. Tal pessoa permanecerá como ela é.

                                             Gnose: Conhecimento Consciente

 Numa palestra intitulada O Caminho Esotérico, o grande Gnóstico Samael Aun Weor disse:

 “Inquestionavelmente, os dois grandes líderes de todos os tempos são Buddha Shakyamuni e Jesus Cristo”.

 Esses dois homens fundaram duas das maiores religiões mundiais: Budismo e Cristianismo, respectivamente. É importante reconhecer que ambos nestas frases – “Jesus Cristo” e “Buddha Shakyamuni” – são títulos: eles não são nomes pessoais. Não são nomes dados nos nascimentos; são títulos que foram obtidos. Esses títulos refletem os graus de desenvolvimento de consciência.

  . Jesus: derivado de uma palavra do Aramaico (antigo Hebreu), Yeshua, que significa “salvador”. Desse modo, o uso original desse termo é como um título honorífico, como é “rabi”.

 . Cristo: do Grego Christos, “o Ungido”. E Krestos, cujo significado esotérico é “fogo”. Cristo não é uma pessoa, mas uma energia, uma força, uma inteligência. Cristo é também conhecido como Avalokitesvara, Chenresig, Vishnu, Quetzalcoatl, e mais.

. Buddha: literalmente, “aquele desperto”. Cada inteligência nos mundos superiores é um buddha, cada um ao seu próprio nível.
. Shakyamuni: usualmente traduzido como “sábio do clã de Shakya”.

 Com referência à natureza simbólica desses títulos e os ensinamentos que os correspondem, Samael Aun Weor disse o seguinte:

  Certa ocasião tive de me apresentar pessoalmente em um monastério Budista no Japão e veio a oportunidade de falar a respeito de Cristo. Como se tratava de um templo budista e não um templo Cristão, e devido a minha abordagem, certo escândalo emergiu entre a irmandade Budista e assim uma reclamação foi apresentada ao Mestre, que se aproximou e interrogou-me do seguinte modo:
 “Por que você falou a respeito de Cristo, sabendo que este é um monastério Budista?”.
 “Com o mais profundo respeito a esta sagrada instituição eu tenho de afirmar enfaticamente que Buddha e Cristo complementam-se um ao outro”.
 Eu esperava uma resposta do ponto de vista do Mestre, porém com grande espanto, testemunhei sua concordância. Ele disse:
  “De fato, Buddha e Cristo complementam-se um ao outro; é isso mesmo...”
 Então, solicitou um barbante ou corda e quando trouxeram-lhe, ele disse-me:
 “Mostre-me sua mão direita”.
 Quando mostrei-lhe minha mão direita, ele amarrou o barbante no meu polegar. Em seguida, amarrou o mesmo barbante no meu polegar esquerdo e terminou dizendo:
 “Buddha e Cristo complementam-se um ao outro...”
  Então, ao deixar o monastério tinha compreendido perfeitamente o Koan. Em nome da verdade, devemos reconhecer que esse é um Koan muito sábio: Buddha e Cristo estão juntos dentro de nós, porque o polegar direito representa o Cristo e o esquerdo representa Buddha: ambos são dois fatores dentro de nós. – [Excerto de uma palestra intitulada “O Caminho Esotérico” por Samael Aun Weor].

 Claramente, esse é um tipo de Koan com uma charada esotérica. O significado é que temos muitas partes, muitos aspectos, cada um deles detém uma função na sua posição e quando unidos eles se harmonizam e formam uma completude. Buddha e Cristo são duas partes de uma perfeita forma que chamamos Consciência.

 O abade daquele templo compreendeu isto. Compreendeu que o verdadeiro Dharma – a verdadeira religião – é universal. Ele compreendeu que nas suas bases cada religião deriva-se de outra religião Onde encontramos sectarismos e disputas doutrinárias encontramos confusão de ensinamentos, pois na verdade, religião é Uma. Buddha e Cristo, em suas bases, são complementos um do outro. Ainda que sejam distintos.

 Budismo e Cristianismo são correntes de sabedoria que emergem do mesmo oceano do conhecimento. Chamamos esse oceano de Gnose. Gnose (Gnosis) é uma palavra grega que significa “conhecimento”. Gnose é a sábia raiz de todas as religiões do mundo. Gnose é objetiva, pura, universal, absoluta, sabedoria consciente. Gnose está além do tempo e espaço, além da cultura, além da história. Gnose é o conhecimento adquirido por aqueles que despertaram suas Consciências. Entre tais pessoas não há conflitos ou desacordos. É simplesmente a verdade.

 Certa vez Buddha estava caminhando com alguns monges na floresta de Simsapa. Ele pegou umas poucas folhas de simsapa na sua mão e perguntou aos monges: “O que é mais: umas poucas folhas na minha mão ou aquelas na floresta?”. Os bhikkhus replicaram: “As folhas na sua mão são poucas, mas aquelas na floresta são mais e numerosas”.

 Então Buddha disse: “Também muitas, monges, são as coisas que eu tenho diretamente conhecido, mas são numerosas as que não vos tenho ensinado, ao passo que as coisas que vos tenho ensinado, sendo poucas, são como essas folhas em minha mão”.

 O Dharma real – Gnose – conhecimento do desperto, engloba todas as folhas da floresta.

 O que é um Buddha?  O termo “Buddha” é um título. É um termo antigo que significa “Aquele Desperto”. Agora, nesses tempos de que tipicamente falamos, “o Buddha”, que sendo um ponto de vista exotérico, um ponto de vista comum, é levado para o significado de uma pessoa, também conhecida como Buddha Shakyamuni, ou Gautama. Mas, na verdade, Buda é um título, do mesmo modo que Cristo é um título. Cristo é aquela energia universal na base de todas as coisas, a força que dá vida a toda existência (esta força detém muitos nomes nas escolas búdicas; exemplos como: Chenresig, Avalokitesvara, Bodhichitta). A palavra Cristo é também um título para qualquer pessoa, qualquer ser que encarna aquela sublime energia, aquele que se funde e se torna um com aquela energia, aquele que expressa isso. Então, um Buddha é alguém que tenha encarnado seu próprio Buddha Interno. Em outras palavras, seu próprio Espírito Interior; é aquele que é desperto. Na Kabbalah, isso se refere a Chesed, nosso próprio Espírito.

 Um Cristo é alguém que tenha ido além daquele nível, e tornou-se algo mais.

 Na realidade, há muitos diferentes tipos de Buddhas, porque, novamente, o termo Buddha significa “Aquele Desperto”. Nós despertamos para níveis específicos. A Consciência desperta por graus, de acordo com nosso trabalho. Então, quando é dado a alguém o título de Buddha não significa que ele entrou num nível no qual todos os Buddhas sejam iguais. Há muitos níveis de desenvolvimento.

 Quando o título Buddha é primeiramente adquirido pelo Espírito Interior, o mais Interno é somente o primeiro nível. Se estudarmos Gnose saberemos que isso está relacionado com a iniciação de Netzach e a criação do Corpo Mental. Quando um iniciado completou a iniciação de Netzach [a quarta iniciação dos Mistérios Maiores], seu íntimo é chamado Buddha; seu Íntimo, seu Espírito Interior torna-se um Buddha: mas um Buddha daquele nível. A partir daí, aquele iniciado tem de continuar a trabalhar, a compreender a mente mais profundamente e, por conseguinte, ascende através de diferentes níveis do Estado de Buddha para adquirir cada vez maior compreensão. Em outras palavras, dentro de cada iniciado que é verdadeiramente andarilho no caminho a fim de completar o despertar, há um Buddha mais Interior e aquele Buddha aguarda o momento quando ele possa encarnar dentro de seu veículo terrestre – a pessoa física. Essa suprema realização requer uma grande soma de trabalho. Assim, a partir desse ponto de vista podemos compreender que há realmente milhões de Buddhas. Na verdade, cada estrela é a expressão de um Buddha, cada estrela no céu.

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                                                   Há inumeráveis Buddhas!

 Na tradição Gnóstica, falamos de duas formas ou tipos primários de Buddhas. A primeira é um Buddha-Contemplação, que é realmente do que estamos falando quando nos referimos a Buddha, um Desperto, ou o Espírito. No Induísmo clássico, isso seria chamado Atman, ou em Kabbalah, Chesed. Esse é nosso Espírito Interior. Nosso Espírito Interior torna-se um Buddha-Contemplação quando ocorre a aquisição daquela iniciação.

 Na segunda há o Buddha-Manifestação. Esse é o veículo através do qual o Buddha Contemplação expressará a si próprio. No Budismo Mahayana, isso será chamado um Bodhisattva. Assim, o Buddha-Manifestação é a expressão desperta do Buddha-Contemplação.

 Quando discutimos o Buddha histórico, o Buddha Shakyamuni, precisamos estabelecer esta distinção em mente. O Buddha histórico – a pessoa física – foi um Buddha-Manifestação. Ele foi um ser que adquiriu uma grande expressão da visão interna, que ensinou o Dharma, mas fez aquilo como uma expressão de seu próprio e interior Buddha-Contemplação. Seu Ser interior, a fonte daquela luz que se expressou através do Gautama, através do Shakyamuni é chamada Buddha Amitabha. Se estudarmos qualquer Budismo tradicional saberemos que Buddha Amitabha (Amida) é largamente devocionado, respeitado e homenageado em orações, especialmente na cultura Japonesa. Buddha Amitabha é visto como um Buddha de serenidade e compaixão que prometeu liberar almas que clamam por ele. Desse modo, Amitabha expressando-se no mundo físico através de seu veículo – através de sua alma humana, através de seu Buddha-Manifestação – foi ele, o Gautama Shakyamuni.

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                                                           Amitabha no Céu

 Podemos relacionar isso às escrituras Cristãs, ao olharmos o que São Paulo escreveu sobre nossa constituição interior. Em sua terminologia, o Buddha-Contemplação é o corpo espiritual do Ser Divino (Soma Pneumatikon), e o Buddha-Manifestação seria seu corpo terreno ou Alma Humana (Soma Psuchikon), o Bodhisattva, o homem terrestre.

 Paulo estabelece em Corinthians 15:44-49: “´Semeia-se o corpo natural (Soma Psuchikon – Corpo Psíquico – “Corpo Alma-Imagem”); ressuscita corpo espiritual (Soma Pneumatikon “Corpo Espírito-Imagem”). Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é o primeiro o espiritual, e, sim, o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, formado da terra é terreno, o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim, como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial”.

  Aqui, mesmo com essa distinção de Contemplação e Manifestação, há outros importantes aspectos para se compreender sobre esse termo “Buddha”. Alcançar o Estado de Buddha é assunto pessoal num trabalho profundo. Porém, há estágios desse trabalho, há níveis, exatamente como na vida quando almejamos alguma coisa. Podemos almejar alguma coisa em situação temporária ou permanente. Em outras palavras: podemos dizer que há aqueles que estão permanente ou firmemente estabelecidos num Estado de Buddha. E há aqueles que almejam isso num modo transitório, temporário.
 Difícil obter é a concepção dos homens,
 Difícil é a vida dos mortais,
 Difícil é a percepção da Verdadeira Lei,
 Difícil é o nascimento do Desperto – Dhammapada 14:182.
 A Natureza-Búdica

  O 14º. Dalai Lama repetidamente ressaltou um aspecto muito importante do Buddha histórico: uma vez, o Buddha Shakyamuni foi exatamente como nós. O Buddha Shakyamuni não é visto como um Deus, ou como uma divindade que sempre existiu no Paraíso. Em outras palavras, o Buddha histórico foi uma pessoa, um ser humano, porém por causa dessa observação da verdade da vida, dos fatos da vida, ele mergulhou cada vez mais profundamente na compreensão daquela verdade. Por causa disso, ele desenvolveu grande sabedoria e devido a esse esforço ele se tornou um Desperto. Nesse sentido, ele despertou completamente sua Consciência e foi capaz de perceber a Verdade diretamente. Assim ele se tornou um Buddha. Mas isso não é algo dado por decreto divino, nem é algo que ele adquiriu por uma crença, por descendência, patrimônio, por um tipo de presente ou pela graça dos Deuses; ele adquiriu o Estado de Buddha através do trabalho. Isso é realmente a base fundamental de seu ensino: qualquer pessoa pode tornar-se um Buddha, qualquer um. E a causa, a razão, a fonte disso está dentro de nós.

  “O Buddha aparece no mundo a fim de que os seres sencientes possam obter a Gnose que ele próprio obteve. Assim, as indicações do caminho por Buddha significam estritamente conduzir seres sencientes ao Estado de Buddha”. Introdução ao Kalachakra pelo 14º. Dalai Lama.

  O elemento interior que nos fornece o potencial para nos tornarmos Buddha é chamado Natureza-Búdica [talvez Buddha-Natural, Buddha-Espontâneo ou Semente-Buddha. Não chegamos à tradução mais precisa para melhor qualificar essa condição – R/R] em Sânscrito é Tathagatagarbha, ou “o embrião de Buddha” a semente de Buddha. No Zen e outras escolas Mahayana, denominam isso o Buddhata ou Buddhadatu, que significa “essência de Buddha”. Na Gnose, chamamos a isso a “Essência”. Por qualquer nome, é a pequena semente da Consciência livre que possuímos. Como uma semente, é pequena, e necessita ser desenvolvida. Não é desenvolvimento com crenças, nem com presentes, “justamente porque”, ou por alguma lei natural, tal como evolução. A Natureza-Búdica somente cresce e emerge pelo trabalho com ele, pelo despertar. Isso é simplesmente devido ao Carma: causa e efeito.

  Qualquer Buddha é uma criança de suas próprias ações. Qualquer Buddha foi crescendo daquela Natureza-Búdica para uma árvore, para a sabedoria. E isso é feito através de um processo de auto inspeção, autorreflexão, autoanálise. Tal crescimento não pode acontecer através meramente do intelecto ou de crenças, mas unicamente pelo introspectar-se à própria Natureza-Búdica, que é a Consciência. Por isso, obviamente, a primeira coisa que um aspirante precisa saber em relação ao Estado de Buddha é, precisamente, o que seja a Natureza-Búdica e como usá-la. Se permanecermos às escuras sobre nossa própria Natureza-Búdica, em como experimentá-la, experiência-la ou utilizá-la, então não estaremos no caminho. É muito simples. Para entrarmos no caminho com a finalidade de nos tornarmos seres despertos, um Buddha, precisamos trabalhar a Natureza-Búdica; contudo, precisamos conhecer o que seja isso. A fim de despertarmos, temos de saber o quê despertar e como fazer isso.

  A Natureza-Búdica é nossa Consciência. Trabalhar com ela é empreender esforços de momento a momento para despertá-la. Isso é feito usando a Consciência ativamente, atenciosamente, pela vontade direcionada. Aqueles que fazem isso se lembram sempre que estão num corpo: não sonham acordados. Tais pessoas não estão distraídas por fenômenos internos ou externos. Os que empreendem esse esforço põem a atenção naquilo que estão fazendo, no que estão pensando e sentindo e mantém continuada conscientização de si mesmos. Por isso, exercitam a vontade consciente sobre cada uma de suas ações e começam a reformular a onda dos maus hábitos, dos pensamentos errados, das emoções dolorosas e de todas as causas do sofrimento.

  Buddha Shakyamuni resume seu inteiro ensinamento em uma sentença. Disse ele: “Eu ensino sobre o sofrimento e a maneira de acabar com ele”.
Na sua essência esse é o método de trabalhar com a Natureza-Búdica. O método é compreender nosso próprio sofrimento e acabar com ele. Esse é o verdadeiro coração da Gnose.

  Não cometer qualquer pecado,
  Fazer o bem,
  E purificar sua mente,
  Que é o ensinamento do Desperto – Dhammapada 14:183,
  O Ensinamento de Buddha

  Dentre as muitas tradições que brotaram ao despertar do Buddha Shakyamuni, existem muitas variações. Por cerca de 2.500 anos, essas escolas têm estado em conflitos umas com outras sobre exatamente o que ele teria ensinado. É mesmo difícil identificar a data precisa de seu nascimento ou os precisos aspectos literais da história de sua vida. Parte da razão é que nada de seus ensinamentos foi anotado durante sua vida – e nada seria escrito por quinhentos anos. Quinhentos anos é muito tempo.

  Por quinhentos anos após seu nascimento e subsequente morte, nada de sua tradição foi escrita, nada foi preservado exceto através da tradição oral. E essa tradição esteve muito dispersa: ramificou-se por toda a Índia, espalhou-se por toda a Ásia e teve muitas variações – pois sabemos como pode ser uma tradição oral. Se dizemos algo a um amigo ele passará isso a alguém de modo um pouco diferente. Mesmo entre discípulos de uma pessoa como Buddha que estejam trabalhando com a Consciência, cada um deterá sua própria idiossincrasia, seu nível pessoal, então explanará aquele ensinamento de maneira diferente segundo sua compreensão e seus próprios interesses. Gradualmente, pelo período de quinhentos anos, a história e o ensinamento mudaram dramaticamente.

  De fato, Samael Aun Weor destaca:

  “Gautama, o Buddha, muito sabiamente ensinou sua doutrina, porém, sua doutrina foi demasiado adulterada por seus seguidores”. Realmente, o próprio Buddha previu que isso aconteceria. Nos sutras escritos, que começaram a ser anotados cinco séculos depois de sua morte, está consignado que Buddha alertou ao fato de que dentro de quinhentos anos após sua morte, seus ensinamentos estariam de tal modo adulterados que ficariam irreconhecíveis. Então, tenhamos isso em mente quando recordarmos sobre o que nos foi ensinado acerca do Budismo, previamente.

  Nota de Rayom Ra (2): “Relacionado às variantes dos muitos segmentos do budismo lembro-me de um fato ocorrido há tempos, que na época para mim foi decepcionante.

  Procurava pela data correta do Festival anual de Wesak em que Buda, no Tibet, aparece no Plano Etérico aos Adeptos para abençoar o mundo e trazer novas energias ao planeta. Nesta ocasião, o Senhor Buda permanece ao centro ladeado pelos Senhores Maytréia e Jesus. O Festival acontece anualmente no primeiro dia da lua cheia de maio, porém como a efeméride caminha pelo calendário, é necessário, a cada ano, consultar o exato dia, horas e minutos em que o plenilúnio de fato ocorrerá.

  Assim, a fim de contribuir e também auferir, podemos nos concentrar e participar dessa aura de energia e força no exato momento em que acontece a ação destes três pilares da grande Fraternidade Branca Universal nesse tipo único de congraçamento a cada ano.

  Como as informações dadas na internet pelos esotéricos em relação àqueles dados eram diversas e conflitantes, encontrei o endereço de um núcleo budista e telefonei. O rapaz, ou senhor, que atendeu ao chamado confirmou a natureza budista do núcleo e sua pessoal participação nele, mas não pôde esclarecer ao solicitado, dizendo-me, com certa surpresa, nunca ter sabido da existência do Festival. Minha decepção por esta alienação foi grande, mas felizmente, pouco adiante, consultei fonte fidedigna que me passou as corretas informações”.

                                               A Vida do Buddha Shakyamuni

  A história da vida do Buddha Shakyamuni é exatamente um símbolo; é justamente a sombra do que realmente aconteceu. Como exatamente acontecido com outros grandes mestres, dentre esses Jesus, Krishna ou Moisés, temos a forma de uma história de suas vidas, porém, em realidade, são histórias simbólicas, histórias iniciáticas que teriam se passado no sentido de ensinar discípulos sobre o caminho. Dessa maneira, a história da vida de Buddha não é uma história literal. Pode ter elementos de sua vida literal da mesma forma que os Evangelhos Cristãos relatam alguns elementos da vida física de Jesus, mas não dizem de sua verdadeira vida física; dizem de uma representação iniciática daquela vida que é uma história com ensinamentos.

  Contudo, historicamente, está entendido que o Buddha histórico nasceu há, mais ou menos, quinhentos anos antes de Jesus (500 a 600 anos a. C), há cerca de dois mil e quinhentos anos. Ele nasceu onde agora é conhecido por Nepal. Seu nome, Gautama, era seu nome de família e Shakyamuni veio de Shakya, o nome de sua tribo, seu clã. É um gripo étnico que ainda existe no Nepal. Shakya significa “leão”. O nome Gautama tem certa relação com “vaqueiro”.

  As muitas tradições do budismo relatam suas histórias de vida de diferentes maneiras. O Budismo não se apresenta com a mesma vestidura como muitas das religiões ocidentais. Enquanto as religiões ocidentais têm, de algum modo, escrituras estabelecidas consideradas oficiais, no Budismo existe maior diversidade. Por exemplo: o Cristianismo se respalda na Bíblia (no Velho e Novo Testamentos); e todos os livros que estão reunidos naquela coleção detiveram concordância ao essencial e oficial, desde os séculos passados, pelos escolásticos e líderes. Eles o tomaram baseados em causas dogmáticas e políticas. Porém, no Budismo, há enorme variedade de escolas espalhadas por toda a Ásia e cada uma dessas escolas tem suas próprias aceitações das escrituras, convencidas de que as suas escrituras sejam de maiores procedências. E, naturalmente, dentre essas escolas, todas as escrituras estão em completo desacordo, uma vez que todas elas foram derivadas da tradição oral. Há muito pouco em termos de documentação escrita em tempos passados. Foi somente mais tarde, gradativamente, através do tempo, que mais e mais foram documentalmente sendo escritas.

  Nesse livro [Acreditamos que o palestrante esteja se referindo ao livro “Os Ensinamentos de Buddha”, escrito por Dhammapada] a história do Buddha Shakyamuni é derivada primeiramente das versões Tibetanas. Ainda, mesmo entre as versões Tibetanas, há o que podemos chamar de disparidades ou contradições. De novo, lembremo-nos: não há histórias literais. Essas histórias são contadas no sentido de se explanar o ensinamento.

  Na vida Tibetana, o Buddha Shakyamuni é a figura chave ante o qual sua cultura inteira está embasada. A história de sua vida é tradicionalmente contada e representada numa série de doze etapas. São chamadas coisas diferentes, mas podemos dizer que elas são “doze grandes feitos” ou “doze grandes trabalhos” de Buddha. Podemos ver pinturas ou thangkas Tibetanas que representam os estágios da vida de Buddha, com doze pontos principais de enfoques. Os Doze Feitos da Vida do Buddha Shakyamuni

  O número 12 é um número bastante significativo em todas as religiões e mitologias. Para mais plenamente elaborar a importância e significado desse número formaríamos volumes de livros, mas se nossa intenção é demonstrar a fonte universal de todas as religiões, podemos comparar os doze estágios da vida de Buddha com os primeiros doze arcanos do Tarô.

                                                                  O Tarô

  As origens do Tarô são desconhecidas da população. Disfarçados em cartas de jogos ou entretenimento, o Tarô é realmente uma série de leis codificadas de forma visual [virtual], cujos significados e importância podem ser descobertos por qualquer um que medite profundamente de seus símbolos.

  O Tarô é uma representação visual simbólica da ciência dos números, também conhecida no Judaísmo como Kabbalah ou no Budismo como Kalachakra. Cada uma dessas tradições está embasada na mesma fundação: que toda existência é matemática e exata, estando suportada por leis inabaláveis. A mais fundamental dessas leis é a lei de causa e efeito, conhecida em Sânscrito como carma.

 Referente ao completo desenvolvimento da Consciência humana, nada há de vago ou deixado ao acaso: tudo é resultado de ação precisa. O iniciado que aspira tornar-se completamente desperto deve compreender com exatitude o caminho que pretende tomar. Esse caminho está codificado no Tarô. Contudo, a informação codificada tem pouco ou nenhuma relação com o Tarô conforme usado por cartomantes, trapaceiros, ou místicos de fins-de-semana. 

  Por conseguinte, as leis representadas em cada imagem do Tarô têm permanecido veladas aos olhos da carne, do mesmo modo que as vigas de uma casa estão ocultas. Assim, se desejamos construir nossas próprias casas, não podemos fazê-lo só e meramente pela imitação da aparência externa de outra casa; necessitamos saber como construir a fundação e a arquitetura interna. Isso é igualmente verdade com a Consciência. Aqueles que têm abusado do Tarô banalizando-o – muito conforme acontecido com o Tantra – têm, infelizmente, contribuído para criar uma impressão fútil de uma profunda e muito rica ferramenta que pode conduzir o sincero buscador a regiões muito elevadas da Consciência.

  O Tarô – como a Kabbalah ou Kalachakra – simboliza a arquitetura interna da existência. O Tarô é uma série de setenta e oito glifos [figuras ou lâminas]: vinte e dois Arcanos Maiores e cinquenta e seis Arcanos Menores. Cada um tem correspondências com valores astrológicos, numéricos e mágicos.

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                                             Os Primeiros Doze Arcanos do Tarô 

  Essas glifos originam-se nos mundos internos. O baralho popular do Tarô encontrado em lojas tem pouco a ver ou nenhuma relação com o Tarô real aplicado aos níveis mais elevados da existência. Na tradição Gnóstica estabelecemos um conjunto de imagens que atuam como reflexos ou portais para o genuíno Tarô. Qualquer um que treine Meditação e desenvolva a visão interna (vipashyana) pode usar essas imagens como portais para investigar o Tarô real para si mesmo. Pela análise do Tarô ao longo da história do Buddha Shakyamuni, podemos ver a arquitetura interna de cada religião e a verdadeira base do desenvolvimento da Consciência. Analisando profundamente a história de Buddha, podemos ver os símbolos universais espelhados nela.

                                         O Primeiro Grande Feito: A Promessa

  Encontra-se relatado nas tradições Tibetanas que o Buddha Shakyamuni, antes de receber aquele título era conhecido pelo nome de Shvetaketu (ou alternativamente Devaputra), e era um grande e iluminado Mestre nos céus (nas dimensões superiores) ensinando do Dharma (sabedoria espiritual) aos Deuses. Ele tinha alcançado esse nível através de incontáveis e prévias existências.

  Shvetaketu, que significa “Bandeira Branca”, estava ensinando no Céu Tushita. Esse é um reino do Nirvana, um superior nível de existência, povoado por Deuses, ou, em outras palavras, seres que já tinham alcançado certo grau de compreensão; eles tinham graus de iniciação. Existem muitos níveis de Seres que correspondem aos muitos níveis de Consciência, e cada ser mora no reino relativo ao seu pessoal nível de Consciência.

  Essa parte da história é concernente ao Buddha Contemplação – o Buddha Interno – que existe em um nível superior da existência. Ele é o Mago simbolizado no Arcano I do Tarô.

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  “O número um, o Pai que está em segredo, é o Princípio Masculino Eterno. Ele está dentro do Próprio Brahma, que não tem forma, é impessoal e inefável, e quem pode ser simbolizado pelo sol”. – Samael Aun Weor, Tarô e Kabbalah

  Uma completa explanação do Tarô Sagrado pode ser encontrada nos escritos de Samael Aun Weor, especialmente Tarô e Kabbalah, e Alquimia e Kabbalah no Tarô.

  A palavra “mago” vem de uma antiga palavra “mag”, que significa sacerdote. È onde a Bíblia derivou a palavra “mago”. Um verdadeiro mago é um sacerdote, não um trapaceiro. Em tempos atuais a palavra mago é desvirtuada. Uma ilustração mais adequada da carta do Tarô tem três seções. A seção mais elevada simboliza os níveis superiores, ou nesse caso, “céus” ou Nirvana. O Arcano Um – a primeira carta do Tarô, mostrada aqui – configura os olhos abertos do Buddha Interno que observa desde os níveis superiores da existência. Esse é também um símbolo da Consciência desperta.

  Abaixo, na seção média, o Mago (simbolizado pelo Faraó), o Egípcio, equivalente do Dalai Lama aponta para baixo, porque somente descendo para a manifestação se pode desenvolver o Buddha-Natureza e do mesmo modo despertar completamente a Consciência. Quando nós – o Buddha-Natureza – atingimos esse objetivo, atingimos o propósito da vida, que é unir todas as partes do Buddha Interno e criar um completo desenvolvimento da Consciência humana. Até esse instante estamos incompletos e assim está esse Um que está dentro de nós.

  Na história, o Buddha Interno estava ensinando os Deuses – que podemos também chamar Devas, Anjos ou Arcanjos – e foi lembrado de sua promessa de voltar uma vez mais ao mundo físico a fim de ensinar os seres humanos. Algum tempo atrás, ele tinha prometido descer ao mundo no momento em que o mundo estivesse preparado, num tempo em que mais necessitasse.
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                Shvetaketu Descendo do Tushita Para Ajudar a Aliviar o Sofrimento

  A tradição Kagyu do Tibet relata que quando Shvetaketu olhou para esse mundo físico, ele viu o sofrimento da humanidade e considerou se não era hora dele descer para ajudá-la. Os Deuses o encorajaram dizendo: “É importante que você vá ensinar-lhes o Dharma”. E também: “O mundo está em ruínas por causa do 6 dialetistas, do 6 seguidores e do 6 mediadores”. Em outras palavras, o mundo está em ruinas por causa do “666”. Se tivermos estudado Cristianismo, saberemos o significado desses números.

  “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.

  Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.

  Também opera grandes sinais de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.

  Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foram dados executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra, que façam uma imagem à besta, àquela que ferida à espada sobreviveu.

  E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.

  A todos os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte.

  Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome.

  Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora esse número é seiscentos e sessenta e seis (666)”. – Revelação 13:11-18

  Cristãos dos tempos atuais leem essa passagem literalmente e esquecem seu significado simbólico, porque para seu infortúnio eles ignoram que o Livro das Revelações de São João é um livro de simbolismos cabalísticos. Porém, permitam-nos ir mais profundamente do que o significado literal, e descobrir o real significado oculto no símbolo.

  Os Deuses disseram a Buddha que o mundo está em ruínas por causa dos 6 dialetistas. O que é um dialetista? É alguém que utiliza a dialética, o intelecto, a linha dedutiva, ou noutras palavras, o que a Bíblia chama “escribas”.

  “Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”. – Mateus 23:1-3

  “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando”. – Mateus 23-13

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança

  Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo para que também o seu exterior fique limpo.

  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda a imundícia.

  Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisias e de iniquidade”. – Mateus 23:25-28

                                          POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO 

       SEGUE PARTE II     O Caminho do Bodhisattva - (II)

          Fonte:http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/684-the-gnostic-nativity-of-buddha.html

                                      Tradução Inglês/Português: Rayom Ra