Corpo Mental
O corpo mental é o quarto dos corpos do homem na formação da personalidade terrena.
Determina o aspecto mediano da constituição sétupla do ser, e vem revelar nele mesmo uma divisão em duas situações vibratórias: uma que permanece mais ligada às características superiores de sua matéria, num elo direto com o Ego Superior, e a outra, guardando a mesma disposição, que vem integrar-se mais substancialmente ao ego inferior.
É sabido por esotéricos que em cada plano de existência do universo multidimensional de nosso sistema solar, existem átomos que constituem formas e corpos segundo as qualidades vibratórias dos próprios átomos nos seus planos. E cada plano, mundo ou dimensão, que empresta seus respectivos átomos para constituir os corpos do homem, tem como ponto polarizador um átomo especial. Em torno deste átomo, outros átomos do mesmo plano se agrupam magneticamente. Ou seja, cada plano oferece um átomo básico e mais aqueles que virão se adicionar. Deste modo, se configura objetivamente a Ideação original da Mente do Logos ou Deus Criador que implícita às matrizes dos corpos do homem. Cada um destes átomos polarizadores é chamado átomo permanente.
Temos então em cada plano vibratório de Atma, Buddhi, Manas, Astral, Etérico e Físico um átomo permanente. Porém, para o desenvolvimento e caracterizações de uma personalidade humana, houve de ser inserido um segundo núcleo polarizador, uma unidade mental, para dar a formação ao corpo intelectual. Assim, para a edificação mental e intelectiva do homem o Plano Mental passa a ter dois tipos básicos de núcleos: um de concepção superior com um átomo permanente, e outro de concepção inferior com uma unidade mental.
Todo o trabalho do gênesis humano foi levado a cabo pelas hierarquias criadoras incorporando a Ideação do Criador. Conforme sabemos, em nosso sistema solar vieram operando doze hierarquias. No decorrer dos milhões de anos de atividades as cinco hierarquias de mais tempo operativo, ao cumprirem suas tarefas, avançaram para posteriores evoluções fora do sistema solar. Das que aqui permaneceram, cinco ainda trabalham arduamente nos processos criativos e mantenedores, e outras duas já se preparam para partir.
Dos três subplanos do mundo mental superior, contados de cima para baixo, o corpo mental abstrato detêm o átomo mental permanente no primeiro deles. Neste mesmo sentido, também o corpo mental concreto detêm a unidade mental no primeiro dos quatro subplanos inferiores. O corpo mental concreto é o veículo no qual o pensamento humano da atualidade mais se polariza. O mundo intelectual vive dos recursos deste último corpo para a materialização de suas principais obras.
Um escritor, por exemplo, desejando produzir uma obra literária, esboçará os primeiros moldes na imaginação. Ao continuar a idealizar os seus personagens, ou seus argumentos, ele já lhes estará dando formas através da matéria do mental concreto. Depois, segundo seu particular talento, através das riquezas de suas experiências e na medida da concentração ao objetivo desejado, as formas, antes somente mentais, revestidas agora de maior ou menor quantidade de matéria astral, o conduzirão a transportá-las para a objetividade, passando a pertencer aos valores terrenos.
Da mesma maneira, um arquiteto projetará um edifício ou rodovia, um carpinteiro uma mesa, um técnico um aparelho tecnológico e assim por diante. Até na mais rápida e fugidia associação de ideias do cotidiano, as formas dos objetos de que se estejam tratando, deterão um molde inicial neste corpo de pensamentos concretos.
Como sabemos, a matéria de cada um dos sete planos ou mundos de nosso universo é constituída de sete subplanos, e cada subplano detêm o seu próprio teor de vibrações atômicas.
O corpo mental concreto contem os registros inconscientes, subconscientes, conscientes, a mente instintiva, a mente condicionante, a mente anímica, o intelecto e outras expressões encravadas no psiquismo do ego. Na realidade, este corpo é um universo de ações e reações para a personalidade, podendo perceber altos padrões vibratórios e ser o receptáculo de ideias e sugestões da mente superior. Dependendo de outros fatores, e comumente acontece, pode também estar fechado e condicionado unicamente aos assuntos do mundo terreno.
A mente concreta quando em atividade intelectual, por sua natureza já é algo separador, embora em níveis superiores de iluminação possa submeter-se a valores maiores. Ela, entretanto, não incorpora os valores subjetivos num processo intuitivo e sistemático porque não é dela a intuição. A intuição está mais acima sendo necessário ao intelecto calar-se, mesmo por segundos, a fim de permitir a presença intuitiva. A mente intelectual é antes analítica, racional, acumuladora de dados concretos. O esotérico que deseja abordagens a determinadas forças da natureza, fazer incursões mentais aos reinos subumanos, ou buscar subsídios em dimensões superiores, precisará, antes de tudo, abstrair-se, desligando-se, tanto quanto possível, do pensamento concreto.
O corpo mental concreto está sob a dualidade positiva e negativa. Tanto mais o homem exercite os seus pensamentos em direção única e exclusiva de seu egocentrismo, tanto maior será a ação aderente das correntes inferiores. Daí, nas pessoas comuns, os pensamentos polarizarem-se bem mais nas reações negativas.
O amor impessoal é sempre positivo por que se dá sem restrições, e com isso atrai e une. O amor humano está sediado no chackra cardíaco, mas para que a vertente do Eu Superior consiga fluir sem impedimentos, o ego necessita que esta Presença Luminosa venha também alojar-se neste chackra. Com isso, a polaridade positiva sobrepor-se-á à polaridade negativa da personalidade, e o amor pessoal radicalmente humano, cederá com todas as vantagens para e o amor universal e crístico. E uma vez fluindo daquele chackra, a Presença Crística se ligará ao chackra laríngeo e ao santuário da cabeça, daí proverá de energia super qualificada aos campos mental e emocional do eu-personalidade.
O corpo mental concreto, por vias do intelecto, quando encorpado somente de valores terrenos é inclusivo, encaminha-se para dentro em processo centrípeto. Necessita acumular para sentir-se, buscar para competir, compensar para satisfazer-se. Suas experiências tendem para o horizonte, alargando-se, mas também separa e divide e nesta condição jamais sintetiza para o Alto.
Somente quando o homem inicia a construir a ponte que une o mental inferior ao superior - o antakarana - começa nele a fluir porções de iluminação espiritual. A continuidade do processo através do amor e serviços práticos à humanidade trará cada vez mais luz ao intelecto, e com ela virão maiores esclarecimentos, aliviando a mente concreta das ilusões terrenas e a mente astral da escravidão dos sentidos.
O homem do longínquo passado lemuriano que não tinha ainda despertado a semente do mental, encontrava-se, por isso, bastante atrasado. Em verdade, era menos que uma criança dos dias de hoje. Foi pela prodigalidade de um grande ser vindo do planeta Vênus, de nome Sanat Kumara, que o homem terreno conseguiu despertar a mente. [Ver NO ARCO DAS INICIAÇÕES– pag. 18].
Sanat Kumara aqui chegou com seus kumaras e comitiva de mestres há mais ou menos vinte milhões de anos, tendo permanecido em Shamballa, no interior da Terra, no plano etérico, até a pouco. Os mestres e trabalhadores graduados que com Sanat Kumara para cá vieram, passaram a operar simultaneamente na natureza da Terra, tratando de promover adicionais estímulos aos reinos, proporcionando com isto maiores e mais rápidos progressos.
Tal foi a qualidade do trabalho dos kumaras e equipes assistenciais venusianas que a evolução do homem terreno adiantou-se em uma ronda – o que significa na Terra milhões de anos de nosso calendário. Porém, considerando também que as vidas planetárias mais adiante irão ancorar-se em planetas de outras dimensões no processo de subida, teremos então de computar, possivelmente, bilhões de anos terrenos em futura contagem temporal.
E como uma ronda segue outra, e até o reinício da descida de nova ronda no espaço-tempo, após o descanso das vidas, se passarão outros incontáveis anos terrenos. Com a nova ronda trazendo sua “onda de vida” através de dimensões bem mais elevadas, animando seus reinos, terão decorrido outros tantos incontáveis anos terrenos. E aportando finalmente ao mundo físico para o restabelecimento dos reinos, a referida contagem temporal em muito terá fugido das projeções realizadas por quaisquer equações algébricas de nossa física. [ver o esboço de rondas no capítulo XIV de O MONOTEÍSMO BÍBLICO E OS DEUSES DA CRIAÇÃO].
No período atlante, o despertar mental tomou maior vulto, muito embora a tônica desta raça fosse emocional. A terceira subraça atlante, conhecida por tolteca, desenvolveu bem mais os recursos do corpo mental na sua acepção concreta. Os toltecas originaram povos e etnias longínquas, como por exemplo: os incas que formaram o tronco principal de ramos étnicos chamados astecas, maias, pueblos, peles-vermelhas e outros. O império inca floresceu no período atlante e continuou a existir nas Américas alguns milhares de anos após a destruição daquele antigo continente.
No atual período ariano trabalha-se no sentido do aperfeiçoamento e uso correto do corpo mental concreto bem como para a ampliação dos recursos do corpo mental abstrato já em desenvolvimento por grande percentual da humanidade. Mesmo os povos diretamente descendentes da raça atlante – a quarta raça - representando ainda a maioria da população terrena, necessariamente absorvem esta mesma dinâmica ariana, em relação aos seus corpos mentais.
A didática das várias áreas do ensino e todos os veículos e profissões que conduzem à introspecção e continuada concentração, também auxiliam no processo de polarização mental dos povos. Noutra ponta desses modernos processadores de aceleração mental, adicionados de outras dinâmicas dos intensos redemoinhos de forças ativas das atividades diárias, vamos encontrar as fadigas físicas e mentais que se alargam nos aparelhos humanos. Devido a isto se aceleram e se externam cada vez mais os conflitos psicológicos antes menos frequentes ou desconhecidos.
São muitas as pressões de forças e energias que impelem a humanidade em seus vários níveis a buscar além da matéria. As reações de milhões de egos diante destes momentos cósmicos levam-nos a tratar de soluções íntimas na tentativa de mediar as pressões entre o emocional e o racional. Outros, ao avançarem significativamente ao abstrato, virão ancorar-se em modernas metodologias esotéricas, religioso-esotéricas ou científicas.
A sabedoria do passado já preparara bilhões de almas para os eventos futuros de transições cíclicas, que hoje acontecem com imensa rapidez em todos os continentes. Não obstante, é necessário despertar para os novos tempos e modus vivendi das raças, obtendo assim a conscientização e fazendo parte da revolução impar na história da humanidade. Entretanto, bilhões de almas em todas as raças migram para um tipo de matriz, onde agem inconscientes da realidade mais dinâmica e não mais silenciosa, e nesta matriz obscura permanecem sonâmbulos. Nestes, a continuidade evolucionária está aprisionada pelas forças da natureza contrárias à emancipação humana, e isto favorece aos malignos que trabalham para manter essas almas mentalmente cativas para as suas finalidades de domínio planetário.
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O ritmo de nossas atividades exige-nos soluções rápidas, objetivas e eficientes a fim de que não permaneçamos na fila. Os valores com que convivíamos a algumas décadas trazidos de gerações, hoje, em grande parte, já não são os mesmos. A tônica materialista das realizações práticas, tecnológicas, especulativas e ambiciosas choca-se cada vez mais com a essência espiritual de todas as coisas.
Vivemos momento integral do materialismo. A mente concreta do homem de nosso tempo está a poucas décadas de alcançar a sua máxima dilatação. Os resultados do materialismo que assola o mundo de modo absolutamente dominante se voltarão contra o próprio homem, e não haverá outra solução senão continuar a interiorizar-se na própria matéria, a fim de encontrar o fio de Ariadne.
Explicamos. A curva máxima descendente da “onda de vida” da qual pertencem o homem e os três outros reinos, já foi cumprida nesta ronda – a mais material de todas. Aquilo em que vivemos neste mundo de infinitas descobertas dos recursos da matéria e de suas variáveis transformações é unicamente a face de formas estabelecidas por matrizes. A matéria não existe de fato como iludida pelos sentidos. Mas no todo é responsável por muitas importantes funções do sistema planetário.
A matéria é dentre outras coisas vários véus ou revestimentos do esquema solar e planetário – para o momentum de trilhões de vidas - sendo a matéria em si mesma um condicionamento de energias. E as vidas que aqui permanecem submersas num campo dual de forças, precisam trabalhar arduamente sobre as energias da matéria a fim de liberá-las e adequá-las para um objetivo maior. E nesta operosidade, as vidas também libertam suas essências espirituais de seus estados inerciais temporários.
E nestes tempos de novas definições já se anunciam crises sobre crises cada vez mais intensas, resultantes das lutas diárias entre o “eu-matéria” x “eu-espírito”, ou mente concreta x mente espiritual, lutas estas que atestamos em nós próprios.
Muitos desajustes e estados alienantes ainda advirão num curto espaço de tempo. Estas crises estiveram previstas pelos Mestres desde tempos imemoriais, quando somente os sábios discutiam os destinos da Terra e dos homens. O aprofundamento de egos na matéria traria, como trouxe, além dos problemas da cegueira espiritual, a mudança da polaridade mental. Para a salvação das unidades de consciência que ainda não se cristalizariam completamente nos princípios negativos da matéria, a sensibilidade embotada precisaria aflorar para ser estudada pelo próprio homem e exposta aos enganos da ciência terrena. O homem interno necessitaria expor as mazelas do homem-matéria para este ser curado espiritualmente.
“O que está fora está dentro e o que está dentro está fora” é uma máxima hermética a demonstrar duas faces da mesma coisa, mas essencialmente sendo uma só. Para diluirmos esta fórmula não precisamos nos internamos na filosofia do pensamento comum rebuscado, como enganados fizeram homens do passado e fazem-no, ainda, no presente, os intelectuais sem a sabedoria dos antigos. Na atualidade, não cabe mais alongar-se sobre aquilo que não é possível na filosofia viver. Intelectualizar hoje é interagir. Esta é a filosofia mais adequada e produtiva, que colocará aberto para o mundo o hermetismo dos antigos sábios.
A filosofia improdutiva deve ser evitada por investigadores de mentes espirituais. Os amantes de tal filosofia de validade vencida demonstram unicamente estarem deslumbrados pelos imperfeitos reflexos de todas as coisas, pondo-se a decantá-los e ampliá-los pelas versáteis e superficiais vias do intelecto. Do mesmo modo, a psicologia necessita das sólidas bases onde os verdadeiros ocultistas trabalham sobre o ser integral. O homem-mônada e o homem-alma, tocados a todo instante por mentes espirituais, encontram-se desprezados e impedidos para o mundo ocidental pelo cerco materialista estabelecido nas inócuas conceituações e conteúdos errados da psicologia.
Já vimos, do ponto de vista esotérico, quando do tema corpo astral, quão intensas são as relações mente-emoções. As frequências vibratórias da matéria constitutiva destes veículos, em certos níveis sintonizam-se, pois ao menor pensamento, o complexo emocional responde com idênticas vibrações.
As melhores relações entre estes dois corpos se dão nos tipos mais evoluídos de personalidades. Assim, uma pessoa que polarize os pensamentos no primeiro subplano do mental concreto terá a tendência natural de vibrar emoções entre o segundo e o terceiro subplanos do astral, contados de cima para baixo. Grandes pensadores, ou expoentes das raças, homens dotados de melhores visões, desempenharam e desempenham suas atividades intelectuais através da polarização de seus pensamentos no primeiro subplano do mundo mental concreto, em relação direta com o primeiro subplano do mental abstrato, e este relacionado com o primeiro subplano do astral.
A mente superior é preponderante no ego evoluído. Se o homem meramente racional consegue inibi-la, o homem lúcido deixa-a fluir e assim consegue o brilho adicional com que se destaca e impressiona. Nem todos podem contar ainda com a permanente ação da mente superior ou abstrata. Ela existe em todos, porém não está livre e fluente para todos.
No corpo mental abstrato ou superior, localiza-se e vibra através da matéria do primeiro subplano, o átomo mental permanente. Já o corpo causal ou egóico no homem permanece, em princípio, vibrando no terceiro subplano deste mesmo mundo. A unidade mental vibra no primeiro subplano do mental concreto. É sempre bom ressaltar que os corpos do homem são constituídos de matéria atômica, e/ou essência elemental dos planos ou mundos do universo de nosso sistema solar, existindo a ressonância de vibrações entre a matéria de cada corpo e a dos subplanos daquele respectivo plano onde o corpo foi formado.
O corpo causal registra todos os sucessos da vida presente e vidas pregressas do ego. No homem evoluído, atuam-lhe as qualidades do corpo búdico, proporcionando-lhe receber pelas vias da mente abstrata a corrente Intuicional.
O corpo causal é interessado nas apropriações dos melhores valores terrenos pelo ego, sendo o processador de um arquivo de milhões de anos. Nele imprimem-se todos os sucessos das diversas encarnações do ego e por ele são projetadas as situações cármicas que ainda precisam ser vivenciadas. Na sua tessitura somente valores superiores podem agregar-se. Hiatos nos registros causais revelam qualidades ainda não condicionadas no ego, e promovem suas deficiências na Terra. Assim, as obtenções destes itens motivarão as futuras encarnações do ego.
Com este escopo, há pessoas que vêm ao mundo em busca, às vezes, de bem trabalhar uma única qualidade durante todo o tempo de sua encarnação. Este fato pode ser explicado pela alusão a uma personalidade que numa vida teve raro brilho para o mundo, e noutra vida virá vivenciar situações obscuras, dedicadas a uma só e solitária tarefa. No processo evolutivo de vidas humanas não são os sucessos mundanos das personalidades que contam verdadeiramente. Muitas pessoas agraciadas com homenagens, comendas, estátuas e favores especiais nada conseguiram para a sua realidade espiritual. E nisto existe uma longuíssima lista de famosos em todas as atividades, cujos nomes frequentemente explorados pela mídia vêm servir para fins lucrativos.
O leme do ego é a mente. E quando o ego esteja dissolvido na Alma, a mônada ou espírito puro verdadeiramente se revelará para o mundo. E terá alcançado uma de suas metas neste sistema solar.
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