sexta-feira, 4 de março de 2022

PARTE l - ORIXÁS:

 

 PARTE l - ORIXÁS:


Pode ser uma imagem de texto que diz "os ORIXÁS E SEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO: -PARTEI PARTE II -PARTE III"São vibrações e energia que atuam mais fortemente em certos ambientes da natureza (cada orixá representa uma força da natureza)...
Orixá nunca encarnou, é a própria natureza manifestada, por esse motivo não incorporam, não comem, não bebem, não fumam e também não se vestem...
Os Orixás, dentro da Religião de Umbanda, são as Divindades que influenciam através de suas irradiações, a vida de todos os seres criados por Deus...
"Os Orixás são as Divindades às quais Deus confiou as suas qualidades Divinas e que são os seres superiores responsáveis pela concretização de sua infinita obra colocada à disposição de todos os seres, de todas as criaturas e de todas as espécies que Ele criou"...

Define Rubens Saraceni no livro psicografado:

"O Código de Umbanda"...

Definição: Ori = Coroa; Xá = Luz...

A palavra Orixá quer dizer “Coroa Iluminada”; “Espírito de Luz”; "Senhor da cabeça”, de origem africana, uma herança legada pelos irmãos Yorubás...
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc...
Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (axé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável, forças essas pertencentes à criação do grande Pai...
Pai esse conhecido por nós como "Olorum" (deus supremo)...
Para a Umbanda Orixás são a própria manifestação de Deus...
Sendo assim, Orixás não são deuses, não são espíritos, e sim a própria qualidade divina manifestada...
Desta forma, temos como uma qualidade divina a justiça, a verdadeira justiça, o equilíbrio, para isso damos o nome de Xangô...
O Orixá Xangô, desta forma, é a própria manifestação da justiça e do equilíbrio divino...
Isso não quer dizer que inúmeros espíritos e seres não irão trabalhar e direcionar essas energias irradiadas dos Orixás, nem que não haverá uma hierarquia entre esses espíritos e seres...
Cada Orixá e assim em sua Linha de atuação existirá entidades e seres que irão manipular e direcionar as energias irradiadas desses Orixás e assim do próprio Deus...
No exemplo de Xangô teremos caboclos, preto-velhos que irão direcionar essa irradiação divina para o equilíbrio e a justiça entre nós...
Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada orixá, os filhos nascidos sobre a influência do orixá detém mais energia do seu influente que os filhos de outros orixás...
Exemplo: os filhos de oxum que possuem por sua vez mais energia voltada a sentimentos, a magia etc...
Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu axé e, portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu orixá aproximando mais de Olorum (Deus criador /construtor de todo o universo...
A Umbanda cultua e manipula as vibrações dos seguintes Orixás: Omulú, Iemanjá, Oxalá, Xangô, Ogum, Oxossi, Oxum, Iansã, Nanã e Oxumaré...
Cada um dos orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra: cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astro-magnéticas que fundamentam a magia na umbanda por linha vibratória...
Na África, um Orixá é considerado um Espírito Ancestral, fundador e formador de determinadas tribos e povos...
Devido ao fato de haver muitos dialetos naquele continente sempre ocorriam de um mesmo Orixá possuir vários nomes, e ser cultuado de diferentes formas...
Conforme as crenças de cada tribo ou nação, um mesmo Orixá tinha diferentes aspectos, arquétipos, cores, domínios e natureza...
Apesar de não se ater às lendas, a Religião de Umbanda não as critica, nem tampouco discrimina os irmãos da Religião de Candomblé e outras mais que amam os Orixás e os cultuam baseados naquilo que foi transmitido de pai para filho desde o continente africano até o Brasil...
Muito dessas heranças ainda está preservado nas linhas de tra¬balhos espirituais cujos nomes simbólicos indicam a nação de origem delas, tais como: Pai João de Mina, Pai João de Angola, Pai João do Congo, Pai José da Guiné, Pai José do Keto, Pai Cipriano de Moçambique, etc...
Na Umbanda, os sobrenomes simbólicos também indicam suas qualidades, seus atributos, suas atribuições e seus campos de atuação...
Hoje, um século após o início da Umbanda, temos praticamente todos os nomes tradicionais em yorubá já aportuguesados por meio dos simbolismos...

• Ogum Sete Espadas
• Ogum Rompe-matas
• Ogum Beira-mar, etc.
• Xangô das Cachoeiras
• Xangô das Pedreiras
• Xangô Sete Montanhas, etc.
• Yansã do Tempo
• Yansã das Cachoeiras, etc.

E assim sucessivamente com todos os nomes designadores das qualidades dos Orixás...
Ogum tem sua espada, seu escudo e sua lança, enquanto Xangô tem seu machado e Oxóssi tem seu arco-flecha? Ótimo!
As armas simbólicas também são um dos fundamentos da Umbanda...
Cantos, palmas, danças, rezas, orações, cores, pontos riscados, assentamentos, firmezas, amacis, batismo, iniciação, coroação, despachos, etc...
São fundamentos da Umbanda!
Os seres naturais membros das suas hierarquias, estes incorporam se estão ligados aos seus médiuns, não costumam falar e se comunicam com os encarnados por gestos e sons monossilábicos...
Orixás naturais identificados pelo pró¬prio elemento...
Como exemplo, citamos este:
Yemanjá natural é o mar e nesse elemento ela é ativa...
Portanto, o seu santuário natural é à beira-mar, onde a oferendamos e cla¬mamos por seu auxílio divino...
Podemos oferendá-la na beira de um rio ou lago, mas nesses campos vibratórios elementais da natureza ela é passiva, ainda que sejam campos vibratórios aquáticos...
Nesses campos, Oxum é o Orixá ativo!
Logo, antes de oferendarmos Yemanjá em um rio devemos nos dirigir mentalmente a Oxum e, no mínimo, acender uma vela e pedir-lhe licença para ali oferendarmos Yemanjá, pois não poderemos ir até o mar para fazê-lo...
Seguindo corretamente o "código de procedimentos" dos Orixás naturais, aí sim, Yemanjá adquire "atividade" no elemento água, regido por Oxum...
O inverso também se aplica ao ato de oferendarmos Oxum à beira-mar para, ali, clamarmos pelo seu auxílio divino...
Assim são os Orixás naturais e assim temos que proceder com eles quando formos à natureza oferendá-los c clamar-lhes por auxílio...

Outro exemplo:

Exu é o guardião das "porteiras" ou passagens...
Logo, não se faz uma oferenda em nenhum campo vibratório da natureza sem antes oferendarmos Exu e pedir-lhe licença para entrarmos no campo vibratório desejado...

Pesquisa: Pai Jonathas de Ogum.'.