COMO APRENDER A TER CALMA E PACIÊNCIA
Perguntei ao preto velho:
“Meu pai, como posso aprender a ser mais calmo e paciente?”
COMO APRENDER A TER CALMA E PACIÊNCIA
Perguntei ao preto velho:
“Meu pai, como posso aprender a ser mais calmo e paciente?”
E ele respondeu, com toda ternura em sua voz:
“Meu filho, a primeira coisa a fazer é respirar. Quando respiramos, paramos, a gente desacelera e não faz a primeira coisa que vem na cabeça. Não age por impulso. Não permite que um sentimento do momento o domine. Ao contrário, faz tudo de forma pensada e mais tranquila.”
“Podemos dizer, meu filho, que a vida é maior professora. Ela traz constantemente situações que exigem calma e paciência, ela o força a esperar, obriga-o a deixar tudo caminhe naturalmente. No entanto, nem todo mundo consegue aprender a lição. Alguns permitem que o desespero e o descontrole falem mais alto. Daí, o resultado é desastroso.”
“Quando surgir uma dificuldade, pare e respire. Não vá no automático. Sinta você mesmo e aja com sabedoria. Como eu já te disse antes, muitas vezes o fruto verde te faz mal. Deixe que a vida te envolva, mexa com o seu ser, forje sua alma. Não é fácil, mas a experiência te fortalecerá.”
“Além disso, você pode se impor alguns momentos de espera. Está com fome? Aguarde um pouco antes de comer. Quer olhar seu celular, conversar com alguém, ter um momento de lazer... espere. Aprenda a não ter tudo de imediato. Habitue-se com a lentidão.”
“Por fim, meu filho, aprecie o presente. A impaciência, com frequência, se manifesta com uma antecipação do futuro, o querer que chegue logo alguma coisa, e um permanente incômodo com o agora, o querer que o agora vá embora. Volte sua atenção para dentro, deixe este desconforto existir ao seu lado, não negue o que há. E quando você finalmente aprender a sentir prazer com o momento atual, terá se tornado calmo e paciente.”
Quando a conversa se encerrou, dei por mim com um sorriso no rosto. E o coração preenchido de amor e gratidão.
Adorei as Almas!
Escrito por @umbandacomsimplicidade/Diego Paiva Pimentel, sob inspiração de Pai Guiné