Os Símbolos Sagrados de Umbanda (Lei de Pemba) não são meros sinais gráficos materiais. Na verdade, eles reproduzem as estruturas esquemáticas dos Campos de Forças do Mundo Astral e, assim, refletem o fluxo e a atuação das Forças Sutis Astrais sobre as Forças Elementares Cósmicas, Planetárias e Terrestres. (exemplo ao lado).
Desta forma, com os Símbolos Sagrados de Umbanda, podemos invocar, fixar e/ou irradiar a Força Astral (Axé) de uma Entidade Espiritual em determinados Pontos Riscados que, ritualisticamente fixados em suportes materiais bem preparados, passam a se constituir em Meio de Comunicação entre a Entidade Espiritual e seus devotos, tal e qual acontece com um Médium, um Congá ou um Assentamento.
É dentro dessas condições que os Símbolos Sagrados de Umbanda têm larga aplicação na Magia Talismânica, mormente no preparo e consagração de Guias, Sinetes e outros Talismãs.
O Ser Humano é, por excelência, o Ponto de Junção entre o Plano Espiritual e o Plano Material porque suas funções cerebrais transmitem a percepção do Mundo Físico, captadas por seus cinco sentidos básicos, à sua Consciência Individual, a qual tem o poder de aperceber-se, para além dos reflexos instintivos, daqueles substratos astrais contidos nesses contatos, gerando a percepção extra-sensorial. Por isso mesmo, a Matemática Pitagórica relacionou o Ser Humano à Entidade Matemática Cinco (número 5) , justamente pela existência dos cinco sentidos humanos : visão, audição, tato, olfato e gosto.
Daí decorre o fato da Geometria Esotérica relacioná-lo com o Polígono Piramidal por este objeto ter cinco (5) superfícies: quatro verticais inclinadas e uma base horizontal plana. A Magia Talismânica Heleno-Semita simboliza-o pelo Pentagrama, a famosa Estrela de Cinco Pontas, por assim melhor poder expressá-lo em sua Dupla Polaridade : Positiva - Uma só de suas pontas apontando para cima; Negativa - Uma só de suas pontas apontando para baixo.
O Pentagrama em posição positiva é o símbolo do Ser Humano harmônico e evolutivo, com seus desejos e instintos submetidos à sua consciência; o Pentagrama em posição negativa é o símbolo do Ser Humano desajustado e regressivo em conflito consigo mesmo, cuja consciência está subjugada aos seus instintos.
O pentagrama apresenta-se nas duas posições antagônicas, positiva e negativa, conforme se veja seu verso ou seu anverso : Os nomes de Adam e Eva, personagens míticos semitas, contrapõem-se aos nomes de Samael e Lilith, o Arcanjo do Sol e a Potestade da Lua Negra; Uma figura humana contrapõem-se à figura do Bode Expiatório. No círculo exterior, apresentam-se letras do alfabeto hebraico, as quais têm relações específicas com a Kabalah e que podem ter caráter defensivo ou retaliatório. Assim, a Estrela de Cinco Pontas é um símbolo talismânico universal da Raça Humana e tem-se notícias de seu uso no Tantrismo (Índia e Tibet), na Cabala (Judéia), no Pitagorismo (Grécia), na Magia (Europa Medieval), na Teosofia (nas modernas Europa e Américas). Então, também nós o utilizamos no Esoterismo da Umbanda. Pois, sendo o Ponto de Junção por excelência entre o Material e o Imaterial, qualquer Ser Humano na condição de “médium” precisa e depende de manter atuante, equilibrada e benéfica a sua condição de “receptor de percepções extra-sensoriais” procurando sempre repor as energias bio-elétricas que seu corpo físico dispende na prática de cultos esotéricos, caritativos ou não. Para isso, ele precisa estar em sintonia harmônica com a Vibração Sutil que emana de seu Orixá Regente Planetário, cuja Força Sutil dinamizava os Astros Celestes que regiam a Natureza no momento em que aquele Ser Humano sorveu o primeiro Hausto de Vida em seus pulmões, ou seja, no momento de seu nascimento. Precisa, também, saber conjugar eficientemente esta Vibração de seu Orixá Regente Planetário com a Vibração de seu Orixá de Cabeça, ou seja, aquele a quem, por escolha própria antes de sua atual reencarnação, seu Espírito imortal (Ori Orun = Cabeça no Além), ajoelhado perante Olorum (Deus), decidiu ou precisou dedicar sua futura “Cabeça na Terra” (Ori Aiye = intelecto ou personalidade). Como vimos, o Orixá Regente Planetário é determinado pela data de nascimento e a ele estão ligados seu Arcanjo e Anjo de Guarda; mas, seu Orixá de Cabeça”, a quem estão ligados seu “Santo” e seu “Eshu Guardião”, só pode ser determinado por um Babalaô, através de um Jogo Divinatório como o Tabuleiro de Ifá, o Colar de Ifá ou, como último recurso, os Búzios. Para esta determinação, não há outra alternativa ou escapatória. A Magia Talismânica de Umbanda tem seus próprios símbolos sagrados para representar aos seus Ôrixás, Guias e Protetores, aos Planetas e Signos Zodiacais, às Forças Elementares da Natureza, à Numeralogia e Grafia Sagrada com que cria e grafa Nomes Próprios e/ou Iniciáticos, bem como pode representar os Vórtices e Canais de Energias Sutis que percorrem o organismo intra e supra corpóreo do Ser Humano, caminhos de energias estes que são, também, controlados pelo Imolé Eshu Bara, o Senhor Guardião do Corpo e dos Caminhos do Destino de cada um de nós, os quais ele abre ou fecha conforme os méritos e os deméritos de nossas ações conscientemente perpetradas. Com o conjunto desses Símbolos e com sua Grafia Sagrada, à qual os Umbandistas denominam por Lei de Pemba, a Umbanda não precisa recorrer à simbologias de origem egípcia, tântrica, hebraica, grega ou latina para compor seus Sinetes ou Talismãs. O material em que devem ser confecionados é aquele referido como o metal característico do Signo Zodiacal. Sobre um dos seus lados, cada Sinete Astral tem gravado os Símbolos Umbandistas relativos ao Signo Zodiacal, o Planeta Regente, o Orixá de Nascimento, a Força Sutil do Elemento da Natureza, o símbolo do Vórtice Astral captador de energias sutis de seu organisno extra-corpóreo e o símbolo astral sintético da Entidade Espiritual Guardiã de seu corpo físico e astral, ou seja, seu Imole Eshu Bara. Cada um desses Sinetes Astrais é, pois, comum a todas pessoas nascidas sob esse mesmo Signo Astral e por todas elas podem ser utilizados, é evidente que para grafá-los magisticamente é necessário ter-se sido iniciado na Lei de Pemba de Umbanda, a Grafia Sagrada dos Orixás. Com muito mais razão, a Individualização, a Graduação Astral, o Nome Iniciático e demais possibilidades de defesa e/ou retaliação inerentes à Simbologia Astral de um Sinete Talismânico de Umbanda, só devem ter confiada sua elaboração a um verdadeiro Babalaô da Corrente Astral do AumBhanDan, ou seja, a um militante graduado da Umbanda Esotérica. Autor: Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador. |