QUAL A FUNÇÃO DO BANHO DE ERVAS?
As plantas, nos seus diferentes ciclos de crescimento, entram em contato com as vibrações do Sol, da Lua, da água, da terra, do ar e de todo ambiente à sua volta. Em seus corpos, armazenam poderosas cargas, que, com o devido conhecimento, podem ser usadas em nosso benefício.
Na Umbanda, aprendemos com nossos mais velhos e com as entidades a usar os fluídos vegetais por diferentes meios. Alguns exemplos são a defumação, o fumo, o sacudimento, o amassi, garrafadas e, é claro, o banho de ervas. Cada folha possui a sua energia específica, a qual, a depender da necessidade do consulente, será direcionada para um fim.
Com o banho se ervas, não é diferente. Ele pode promover limpeza, descarrego profundo, equilíbrio, energização, abertura de caminhos, alinhamento de chakras e tantas outras bênçãos. Contudo, é importante possuir o conhecimento sobre o uso correto das ervas, sem aventuras.
COMO O BANHO DE ERVAS PODE AJUDAR NO DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO?
Em primeiro lugar, todo médium deve procurar manter sua energia limpa, equilibrada e a mais elevada possível. A prática regular do banho de ervas, em geral 1 vez por semana, ajuda enormemente nesse processo. Como ele, em especial os iniciantes, apresentam uma abertura maior para o Astral, é normal que ao longo de seus dias sintam suas vibrações carregadas.
Há alguns banhos que fortalecem a coroa do filho e sua conexão com o plano espiritual. Neste caso, nada substitui o acompanhamento de seu dirigente, que conhece a necessidade específica de seu campo mediúnica. As ervas podem variar de acordo com os Pais de Cabeça (orixás regentes) que o acompanha.
O que podemos recomendar são as ervas de Oxalá, que não têm contraindicações: podem ser usadas por qualquer filho. Alguns exemplares são: o boldo, ou tapete-de-Oxalá, rosa branca, camomila, alfazema, alecrim, manjericão, aniz-estrelado. Além delas, existem algumas plantas que são muitos eficazes para o descarrego: arruda, guiné, casca de alho, negramina.
Não pense, contudo, que pode cometer todos os abusos e excessos e depois basta tomar um banho de ervas para se limpar. Não abuse do que a providência divina nos deixou. O axé está aí para nos auxiliar, mas não nos isenta da necessidade de conduta correta e caráter íntegro.
COMO PREPARAR O BANHO DE ERVAS?
Antes de tudo, selecione as ervas que serão utilizadas. Realize um preparado com 1, 3 ou 7 ervas. Da nossa lista anterior, recomendamos que escolha 1 das ervas de limpeza e 2 das de Oxalá. É possível, também, usar tanto as folhas frescas quanto secas.
Caso se utilize de plantas frescas, você fará o processo de maceração. Em uma bacia com água, amasse as ervas com as mãos, liberando seus fluídos internos. Enquanto isso, mentalize suas intenções com o banho, cante pontos, ou entoe uma prece com seus pedidos. Quando as folhas estiverem suficientemente espremidas, reserve a solução por pelo menos 3 horas. Ao final, faça uma oração pedindo à espiritualidade que abençoe aquele banho, ative seu poder vegetal e promova as bênçãos que busca.
Se, por outro lado, usar ervas secas, o processo a executar é o de infusão. Coloque água para esquentar e quando iniciar sua fervura, desligue o fogo. Jogue as ervas na panela e faça sua prece, mais uma vez pedindo que este banho seja abençoado, que seja ativado o poder vegetal ali presente e que ele cumpra a finalidade desejada. Terminado, tampe e deixe esfriar naturalmente.
Primeiro, coe o preparado em uma nova vasilha. Depois, tome o seu banho de higiene habitual. Em seguida pegue a bacia e faça uma prece clamando por todas as bençãos desejadas. Por fim, derrame a água do pescoço para baixo. Uma boa regularidade para todo esse procedimento é 1 vez por semana.
De preferência, realize este ritual quando puder ficar em casa até o fim do dia. Não é recomendado, após o banho, dirigir-se para locais onde há grande aglomeração de pessoas, salvo o próprio terreiro, para que não haja interferência na energia das ervas. Seria o mesmo, por exemplo, de você limpar seu carro e depois correr por uma estrada de chão.
Saravá a todos!
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Escrito por Umbanda com Simplicidade/ Diego Paiva Pimentel