quarta-feira, 6 de julho de 2022

Relacionamento abusivo ou tóxico: conheça os sinais

 

Relacionamento abusivo ou tóxico: conheça os sinais

Os sinais de um relacionamento abusivo

Como você consegue perceber quando está em um relacionamento abusivo ou tóxico?

Esta é uma das maiores dúvidas compartilhadas por muitos casais.

Certamente, viver com um parceiro obcecado, que tem atitudes agressivas e controladoras, é um sinal claro de possível toxicidade no relacionamento.

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Essa pessoa intrusiva e às vezes violenta pode ser o parceiro amoroso, um dos pais ou um parente. De qualquer forma, os psicólogos confirmam: pessoas manipuladoras e calculistas são um perigo que prejudica a saúde mental do indivíduo.

Viver com um parceiro controlador e abusivo nos deixa confusos. Quem vive ou viveu essa experiência acaba tendo que conviver com um sentimento constante de culpa e isolamento induzido pelo outro.

O relacionamento abusivo no caso pode surgir de um namorado ou namorada que cobra atenção mesmo quando você faz de tudo por ele ou ela. Pode ser alguém que te acusa de ter um vício ou uma mania sem que você tenha nada de errado. Pode ser um pai que não deixa a filha namorar de nenhuma forma. Ou uma mãe que tem ciúmes de uma parceira amorosa e controla a vida do filho.

Em todas essas situações, a pessoa pode se sentir culpada por qualquer dificuldade encontrada no relacionamento e se afasta de amigos e familiares para deixar satisfeito o “agressor”.

É comum no relacionamento abusivo a presença do ciúme. Por exemplo, podemos ter uma jovem que gosta de sair, de se encontrar com os amigos, mas o parceiro não gosta desses amigos, não quer sair com eles e também não a deixa sair. Tem um ciúme louco dessas amizades porque acha que pode perdê-la se a deixar sozinha com outras pessoas.

As pessoas que produzem o relacionamento abusivo são profundamente inseguras. Tanto o abusador, porque não tem confiança na outra pessoa, como a vítima ou pessoa abusada, que se não era insegura acaba se tornando por causa do trauma, da pressão imposta pelo outro.

O relacionamento abusivo muitas vezes acaba sendo uma espécie de lavagem cerebral. A culpa nunca é do outro, sempre é sua.

As brigas costumam ser constantes no relacionamento abusivo. O abusador tende a implicar com o jeito da vítima e a querer que ela mude para que fique dentro de seus gostos e parâmetros.

Se o parceiro também sempre te critica, e sempre contesta ou critica seus gostos e suas preferências, se nunca te elogia ou mostra real interesse pelas suas coisas, fique atenta/o. Esse também pode ser um sinal de relacionamento abusivo. Em geral, narcisistas e abusadores nunca dão muita importância às coisas dos outros.

Por que as pessoas aceitam viver em um relacionamento tóxico?

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Muitas vezes a pessoa aceita viver em um relacionamento abusivo ou tóxico por insegurança. Essa insegurança que como dissemos antes pode já existir, a pessoa pode ser por natureza tímida e insegura, ou pode ser plantada pelo outro.

A vítima tem medo de perder a pessoa que julga amar. Muitas vezes está apaixonada e com a autoestima baixa, passando a acreditar que nunca mais vai encontrar um outro parceiro ou um parceiro parecido.

Pode estar presente o medo da solidão. E o abusador encontra aí uma carne macia onde cravar suas garras. Tem certeza que não será deixado para trás porque sua vítima está fragilizada e teme ficar só.

A pessoa que é abusada em um namoro ou casamento tóxico com frequência idealiza o companheiro em algum momento. Quando os outros apontam os defeitos dele ou dela, vem a negação. E a vítima começa a achar que é natural sofrer, ser maltratada, que o sofrimento faz parte do amor.

Também há os casos em que a vítima de um ciúme excessivo acredita que o parceiro tem todo esse ciúme porque a ama muito.

Na verdade, sentir um pouco de ciúme é algo natural do ser humano. Mas o ciúme precisa ser controlado e, se há incômodo, o casal deve conversar civilizadamente.

ciúme se torna patológico quando retira a liberdade de alguém. Quando a pessoa é impedida de sair e ter amizades. Quando sai, as brigas são pesadas e intermináveis. Nesse caso, temos um relacionamento abusivo. Ao qual as pessoas costumam se sujeitar por confundir amor e ciúmes, afeto e apego.

Como um relacionamento abusivo ou tóxico se desenvolve

Cair no círculo vicioso de relacionamentos tóxicos é mais fácil do que parece ser. Na verdade, são relacionamentos amorosos que, a princípio, parecem funcionar bem.

Frequentemente, as duas pessoas se sentem semelhantes e quase que “feitas uma para a outra”.

Na realidade, essas relações funcionam bem apenas na aparência, e muitas vezes dão a impressão de serem muito fortes porque o entrelaçamento dos mecanismos patológicos dos dois é muito forte. Ou seja, a fraqueza de um se encaixa no pior do outro.

Podem ocorrer sadismo e masoquismo. Ou pode se tratar da relação entre um narcisista e uma pessoa insegura.

São relações em que existe uma assimetria de poder e responsabilidade e em que o sofrimento está intimamente ligado ao prazer.

Como sair de um relacionamento abusivo

1. Reflita sobre você e sobre o seu passado

Frequentemente, a resposta do porquê entramos em um relacionamento abusivo já está dentro de nós. Por exemplo, somos pessoas que aceitamos tudo, que nunca dizemos não. Dessa forma, os outros montam em nós.

Investigar dentro de si mesmo, com ou sem a ajuda de um terapeuta, é o primeiro passo para sair dessa situação. Nos casos mais graves, o terapeuta acaba sendo indispensável. Pode ser um psicólogo, um psiquiatra, um acupunturista, um terapeuta holístico ou qualquer outro profissional com o qual você se sinta à vontade, com o qual você compartilha sua visão de mundo. Ou, em alguns casos, um profissional pode te indicar para outro mais adequado para a sua situação.

Muitas vezes, nosso papel de vítima ou carrasco é consequência de inseguranças, medos e traumas que experimentamos no passado. Mesmo o abusador pode ter certas atitudes em razão de sofrimentos vivenciados na infância ou adolescência. Se ele foi abusado, pode acabar descontando o seu sofrimento em outros. Um processo que pode ser inconsciente.

Como já acenamos, temos o medo do abandono, o medo de ficarmos sozinhos, de não sermos amados. E isso tende a unir vítima e abusador.

Somos seres humanos, podemos cometer erros, mas uma reflexão interior é uma obrigação. Nós já temos as respostas dentro de nós mesmos. O terapeuta, nesse caso, pode nos ajudar a colocar para fora essas respostas. E tanto uma vítima como um abusador pode, se estiver disposto a melhorar e mudar, procurar por ajuda antes que seja tarde.

Vem então a pergunta: um relacionamento abusivo tem cura?

A resposta é que o relacionamento pode ter salvação se os dois estiverem dispostos a mudar e amadurecer.

Ou então, se as feridas forem profundas demais, cada um poderá seguir seu caminho e não há nada de errado nisso.

Sempre tendo-se em mente que, se o abuso chega a um ponto criminoso, com espancamentos e outros tipos de violência física, nesses casos deve-se buscar o afastamento imediato do parceiro ou mesmo deve-se recorrer à denúncia na polícia.

Olhe para dentro de você e se pergunte: sou tão desprezível que mereço até mesmo apanhar? Claro que não! Então se distancie imediatamente do abusador ou abusadora e busque ajuda.

2. Aprenda a se amar

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Para sair do círculo vicioso de um relacionamento abusivo, você precisa pensar em suas necessidades e desejos.

Faça algumas perguntas simples para entender se você está enfrentando uma situação prejudicial.

Por exemplo: depois de passar um tempo com a pessoa, sua autoestima diminuiu ou aumentou?

Quando você está com essa pessoa, você experimenta sentimentos de segurança e satisfação ou, pelo contrário, insatisfação e insegurança?

Se a pessoa aprender a se amar e a se valorizar sem medo de perder a outra, não estará mais disposta a se submeter a um relacionamento abusivo.

O relacionamento abusivo te rebaixa, te coloca para baixo.

Já o relacionamento saudável te eleva, te faz sentir bem.

Então arregace as mangas e trabalhe em primeiro lugar em você mesma/o!

Não nascemos para viver em um relacionamento abusivo.

Encontre seu amor-próprio e, se um velho amor não te faz bem, permita-se viver em primeiro lugar o amor interno. Depois, certamente, um novo amor externo baterá à sua porta.