Espiritismo(KARDEC), #Umbanda e #Candomblé são a mesma coisa? Qual a diferença de médiuns do Centro espírita e médiuns de Terreiro?
Espiritismo, Umbanda, Candomblé são diferentes, mas toda religião ou filosofia espírita tem suas semelhanças, por isso muitos se confundem.
A palavra Espiritismo foi criada por Allan Kardec para denominar aqueles que estudam e seguem a Doutrina revelada pelos Espíritos.O Espiritismo se funde em três bases: Ciência, Filosofia e Religião(no sentido real da palavra, religar a criatura ao Criador).
Existem inúmeras diferenças entre as 3 doutrinas( Espíritas x Espiritualistas)
O Espiritismo(Kardec) não é adepto a nenhum tipo de ritual as outras religiões têm seus rituais e seus modos únicos de se proceder durante a mediunidade. São necessidades diferentes de cada encarnado que procura cada uma dessas 3 doutrinas, livre de uma ser melhor que a outra na verdade cada uma tem um público que precisa de cada tipo de religião.
Além dessas diferenças está as diferenças na comunicação com espíritos. No espiritismo comunica-se com espíritos, nas outras duas normalmente tem-se comunicações com entidades da natureza. São diferenças que parecem mínimas, mas são a identidade de cada religião bem como o seu foco.
Espiritismo – Doutrina de cunho filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem por meio de ensinamentos transmitidos por espíritos desencarnados que se comunicam com os vivos através de médiuns.
Umbanda – Religião com traços do catolicismo e de crenças africanas, nascida no brasil.
Candomblé – religião animista, original da região das atuais Nigéria e Benin, trazida para o Brasil por africanos escravizados e aqui estabelecida, na qual sacerdotes e adeptos encenam, em cerimônias públicas e privadas, uma convivência com forças da natureza e ancestrais.
Pontos em comum entre ambas:
Acreditam em Deus;
Ocorrem fenômenos mediúnicos;
Aceitam reencarnação;
Praticam a caridade.
Pontos em que ocorre a diferença:
No centro espírita não há imagens de santos, já na umbanda tem imagens e altares;
O Espiritismo não tem culto material e na umbanda ocorre;
Espiritismo rege por um corpo de doutrina homogênea, codificada por Allan Kardec, a umbanda não se rege por essa doutrina.
Espiritismo não tem sinais cabalísticos nem símbolos, a umbanda tem sinais, como os “pontos riscados”.
Espiritismo não prescreve qualquer forma de parâmetro nem comporta o formalismo de funções sacerdotais.
Culto aos Orixás e a comunicação com espíritos
Na Umbanda presta-se culto ao panteão de Orixás (divindades de origem africana) consideradas irradiações e características de Deus, que regem sobre nós sua força e Axé.
Portanto, na sessão espírita não realiza-se (ou pelo menos não é o comum) trabalho com as linhas de Caboclo, Preto-Velho e demais manifestações espirituais presentes no ambiente de Umbanda. Os espíritos manifestados nos centros espírita, quando revelam seus nomes falam sobre suas existências nesse plano ou a qual “colônia” pertencem, diferente da Umbanda em que os nomes das entidades revelam sua atuação, falange, grau… sua hierarquia
O congá (altar na Umbanda) repleto de manifestações católicas faz parte do processo de sincretismo que a religião incorpora e permanece até hoje. A presença dos santos católicos dentro dos terreiros se dá não só pelo fato da Umbanda agregar imagens dessa vertente em sua fé, mas também pela história de discriminação e repressão que os cultos afro sofreram no país.
Já na doutrina espírita não ocorre o sincretismo desta forma, sendo assim, não há a presença de imagens de origem católica, nem africana e nem de nenhum outro segmento. Os itens mais comuns à sessão espírita é uma mesa coberta por uma toalha branca, o livro “Evangelho Segundo o Espiritismo” e um copo com água ao centro.
O Espiritismo recusa veemente o uso de qualquer tipo de magia e não aceita o efeito delas sobre nosso corpo físico e espiritual.
Bom, essas afirmações não competem a prática religiosa de Umbanda, já que nela é reconhecido e legitimado o uso e os efeitos de magias como parte da sua ritualística e relacionamento com as divindades e guias, e também como eventual proteção contra magias negativas.
Ou seja, a Umbanda entende que exista a ação da magia sobre a vida dos indivíduos em todas as suas formas, que são praticadas tanto para o bem, como para o mal e que o papel da religião é estabelecer uma consciência pautada no bom senso para esses usos e desenvolver a prática desses meios sempre em seu aspecto benéfico, ressaltando que os guias que se manifestam no ambiente da Umbanda, não se prestam a nenhuma prática negativa, nem de amarração e nem de pedido fútil.
Ainda que as vertentes de Umbanda possam se distinguir em alguns aspectos e conceitos, onde algumas terão mais características da doutrina espírita do que outras, na Umbanda encontramos fundamentos, liturgias, ritos, organização de hierarquias, concepções e sistema de crença próprios, que não exprimem e não podem ser igualadas com o espiritismo.
Podemos citar as roupas, a função que cada pessoa possui no terreiro, o uso de atabaques, a gênese, os tipos de mediunidade, os rituais, os cultos, as oferendas, a organização física do terreiro, os passes dentre outras inúmeras fundamentações presentes – e como dito próprias – da religião de Umbanda que não originaram da prática espírita.
As inúmeras entidades ou guias da umbanda, como os espíritos de caboclos e pretos-velhos, estão distribuídas em sete linhas, cada uma comandada por um orixá fortemente sincretizado com um santo católico. Na umbanda, as divindades e ritos não apenas se justapõem, mas acabam se fundindo, inclusive em nível ideológico, constituindo uma doutrina que incorpora os diversos valores das religiões originais, sobretudo o catolicismo e o Espiritismo.
Na definição de Reginaldo Prandi, a umbanda é “a religião dos caboclos, boiadeiros, pretos-velhos, ciganas, pombagiras, marinheiros, crianças, perdidos e abandonados na vida, almas umbralinas. Mas, todos eles com uma mesma tarefa religiosa e mágica que lhes foi dada pela religião fundada na máxima heterogeneidade social: trabalhar pela felicidade do homem sofredor.” A umbanda é uma religião que surge a partir de processos sincréticos voluntários.
Há diferenças no #Terreiro e o Centro Espírita
No Candomblé o atendimento das pessoas é feito por meio da consulta de búzios, já na Umbanda o passe – benção/limpeza espiritual – e a conversa com os espíritos através dos médiuns incorporados durante a gira, é a maneira mais comum dos visitantes do terreiro se relacionarem com a espiritualidade.
No centro espírita: Nos dias de reunião pública, na maioria dos Centros Espíritas são executadas também as atividades do Passe, atendimento fraterno e o fornecimento de Água Fluidificada. Grupo de jovens que se reúne semanalmente para estudar o Espiritismo, realizar tarefas assistenciais e conviver de forma sadia.
A mesa branca é, basicamente, o trabalho espiritual que um grupo de médiuns faz, baseado nos ensinamentos de Jesus Cristo, onde os Guias Espirituais encontram-se, através dos médiuns, para fazer os trabalhos necessários aos encarnados.
Ela pode ser encontrada tanto no Espiritismo(Kardec) quanto na Umbanda e é um ritual importantíssimo e sério.
Se você está acostumado, por exemplo, a ir ao seu centro espírita tomar passes, saiba que uma mesa branca está sendo feita para que os Guias Espirituais possam vir trabalhar no local.
Para a umbanda, a mesa branca possui simbolismos e rituais. Existem oferendas, usa-se a toalha branca com a cor da purificação; essas oferendas podem variar de flores, água, perfumes, rosários etc.
Um Centro Espírita tem seu fundamento exclusivamente baseado na doutrina Espírita iniciada por Kardec. Seu estudo e seus tratamentos seguem unicamente estes ensinamentos.
Um centro espiritualista pode ser um centro holístico, pois envolve medicinas alternativas como a medicina chinesa, medicina ayurveda, técnicas como Reiki, Yoga, Acupuntura, Florais, Do-In, Shiatsu, Ta-Chi-Chuan etc que também levam em consideração o lado espiritual como sendo o ponto inicial de todas as nossas doenças. A umbanda é uma religião de matrizes africanas iniciada aqui no Brasil. É da linha espiritualista. Umbandistas acreditam na reencarnação e na comunicação com o plano espiritual, mas possui seus rituais particulares, seus dogmas, hierarquias, santos, cerimônias etc.
As casas Espíritas que usam a umbanda não são espíritas, são espiritualistas. Muitas acreditam que as religiões se integram e podem colaborar umas com as outras dependendo do que se deseja tratar e do que cada espírito carrega.
Médiuns umbandista x Médiuns do Espiritismo(Kardec)
Umbanda/candomblé atua no plano Espiritual mais denso e o Espiritismo no menos denso(Linha Esquerda x Direita):
Os trabaihos mediúnicos de umbanda ajudam a atenuar violências das entidades crueis e vingativas que se aglomeram sobre a crosta terráquea. As equipes mediúnicas trabalham demasiadamente para orientar espíritos perversos que não sabem viver entre as outras criaturas mais disciplinadas. O Espiritismo, como a Umbanda, apesar do seu trabalho mediúnico diferente, ambos cumprem determinações do Alto e tendem para o mesmo objetivo em comum. Enquanto a Umbanda aperfeiçoa a prática mediúnica no campo da fenomenologia mais densa do astral inferior; O Espiritismo doutrina os homens para a sua ibertação definitiva das formas do mundo transitório da carne.
UMBANDA É doutrina que admite a Lei da Reencarnação e o Processo de Causa e Efeito do Carma, merecendo também os mais sinceros louvores pelas curas dos enfermos e obsidiados. Juntamente com as falanges de Espíritos, também operam na Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, entre pretos velhos, caboclos, índios ou negros, originários de várias tribos africanas. Os mentores de umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as práticas obsoletas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina.
Vejamos o que diz no livro "Aruanda" - (Robson Pinheiro e Angelo Inácio) No capítulo 12 Libertação: "Alguns mėdiuns reencarnam com o psiquismo e a capacitação para os trabalhos de terreiro, enquanto estão vibrando para outros o Espiritismo. Alguns espíritos podem ser atendidos e tratados num centro espírita e outros são encaminhados para uma tenda umbandista. Muitos espíritos são uma possibilidade de serem socorridos através do diálogo frateno ou terapia espiritual, que despertará suas mentes para as leis da vida, portanto demonstram predisposição para uma sessão espiritual. Mas nem todos são iguais, hà aquele que não tem o perfil psicológico e espiritual necessário. Precisam do impacto anímico-mediúnico dos chamados médiuns de terreiro, com os quais chamados maior afinidade. Nesse contato intenso com o ectoplasma exsudado pelos médiuns umbandistas, ganham tratamento especializado, que funciona como uma terapia de choque. Existem Espíritos que são de tal maneira violentos e desequilibrados no aspecto comportamental que necessite passar por um terreiro de Umbanda. Experimentarão uma metodologia de despertamento a partir da ação dos caboclos guerreiros, aos quais obedecerão sem questionamento. Após esse primeiro contato com as energias primárias dos caboclos, que fazem uma verdadeira limpeza nos perispíntos das entidades obsessoras, que os deixam menos violentos, modificados em seu interior e até na sua aparência perispiritual, só então são encaminhados para o diálogo num Centro Espírita. Os espíritos atendidos precisam se reeducar moralmente e, para tanto, são encaminhados para uma conversa fraterna, numa reunião de desobsessão no Centro Espírita. Há que se notar, porém, que, caso estes espíritos feitos conduzidos, exatamente como estavam, a uma cada espirita, talvez os mėdiuns não atingissem os resultados esperados. Não se pode classificar este ou aquele método como mais eficaz, mas é necessário aplicar o ARUANDA método de acordo com a necessidade. Na umbanda, os processos obsessivos mais violentos são muitas vezes solucionados com a força guerreira dos caboclos. São entidades temidas e respeitadas pelas falanges de espíritos conturbados e marginais do astral inferior. Espíritos violentos e grosseiros, de comportamento profundo desequilibrado ou dementes espiritualmente, são muitas vezes conduzidos para as puxadas numa casa umbandista, onde são realizados os primeiros atendimentos. Depois, são encaminhados para a reunião no centro espírita, recebendo o amparo e o esclarecimento, de acordo com sua necessidade de assimilação ".
ATUAÇÃO DA UMBANDA NO PLANO MAIS DENSO Vejamos o que diz matéria da Revista Cristă de Espiritismo n ° 43 página 24 matéria escrita por Norberto Peixoto diz: "A umbanda tem como tarefa penetrar nas cidadelas do umbral inferior, verdadeiros antros de maldade, magia negra, escravidão, tortura e sofrimento. Buscam os espíritos imorais que já passaram dos limites possíveis no exercício do seu livre-arbítrio individual, in total desrespeito ao do próximo, ao merecimento e carmas grupais, retendo-os e encaminhando-os para esclarecimento nos locais devidos do astral. Desmanchando essas associações das sombras, estão contribuindo decisivamente para a "limpeza" planetária das zonas abissais, auxiliando o divino mestre na evolução da coletividade da Terra ". Ciganas, pombas-gira, caboclos, exus, pretos-velhos são espíritos que trabalham em faixas energéticas específicas dentro do seu propósito que é ajudar as pessoas pela caridade e deste modo, conseguirem evoluir também. O modo pelo qual se apresentam é apenas uma forma ilustrada de serem identificados por nós, já que não temos capacidade de reconhece-los somente pelo seu campo energético, e assim nos rituais, cada um tem seus trajes e modos de falar característicos de suas entidades. Assim como qualquer espírito em evolução, buscam ajudar as pessoas muitas vezes agindo em áreas de difícil acesso a pedido de espíritos superiores.
Exus e pombogiras particularmente trabalham em áreas pesadas, desfazendo trabalhos, magias, dissolvendo campos de força que possam impedir que a energia flua naturalmente e o caminho da pessoa siga dentro do normal. Justamente por trabalharem em regiões assim têm a má fama de serem trabalhadores do mal.
Existe também os que trabalham para a negatividade? Sim, em qualquer lugar. Espíritos inferiores podem agir em casas espíritas, igrejas católicas, templos evangélicos, se seus dirigentes não souberem manter a harmonia e o equilíbrio da casa. Iremos atrair aquilo que emanamos para o Universo e este cuidado serve principalmente para templos religiosos que são os grandes hospitais da alma.
UMBRAL MAIS DENSO ONDE É O CAMPO DE ATUAÇÃO DA UMBANDA/ CANDOMBLÉ
COLÔNIAS MENOS DENSA ONDE É O CAMPO DE ATUAÇÃO DO ESPIRITISMO(Kardec)
Os médiuns do Centro espírita psicografam mensagens que viriam de espíritos, como o brasileiro Chico Xavier (1910-2002)
Os médiuns que pintam quadros inspirados por uma força que não conhecem e ainda aqueles que acreditam prever o futuro não representa o Centro espírita(Kardec).
“Médium”, que em latim significa “aquele que está no meio”, é a palavra usada pelo Espiritismo para designar pessoas que seriam um elo entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
O médium umbandista precisa estudar e ser instruído pra poder incorporar.. até porque ele precisa conhecer e identificar quando o espírito vai incorporar para o trabalho.
No Espiritismo (Kardec) não há incorporação!
O que acontece no Espiritismo é a irradiação.
A incorporação acontece na Sagrada Umbanda pela Glândula Pineal.
Os trabalhos e assistências ocorrem enquanto os espíritos estão incorporados. Durante a incorporação, alguns orixás/espíritos fazem uso do tabaco e bebida por parte dos médiuns. Outros, porém, como os espíritos das crianças, preferem doces e brinquedos.
Na Umbanda, um médium pode incorporar um 'santo', ou orixá, que é uma divindade africana, ou uma 'entidade', que é um ente que já viveu em nosso plano”.
A incorporação, via de regra, só nas reuniões mediúnicas.
A psicofonia é uma faculdade do médium, embora o termo incorporação não acontece no espiritismo, o termo está ligado mais aos Umbandistas, mas as pessoas entendem perfeitamente o termo, esta faculdade do médium está ligada a seus dom mediúnico que está cada vez mais raro e será assim mais raro ainda, o estudo ajuda ao médium a atrair espíritos de capacidade moral mais elevada, mas a faculdade também já vem com dom da pessoa, mas não quer dizer que ela possa desenvolver tal capacidade através de estudo e doutrina, pois existem pessoas com este dom em todo o mundo com tal capacidade e que nunca estudou ou conhece o Espiritismo, pois está faculdade já nasce com a pessoa também.
Incorporação seria o espírito entrar no corpo do médium. Na realidade, o médium cede algumas de suas faculdades, especialmente a voz, permitindo que o espírito se manifeste, mas mantém o controle de seus atos. É como o dono do automóvel que empresta o veículo. Ainda que outro esteja dirigindo, ele continua seu dono e senhor. Para que se tenha uma idéia, o médium bem preparado “filtra” a mensagem do espírito, transmitindo apenas a essência, pois, via de regra, o vocabulário dos espíritos infelizes não condiz com o ambiente da reunião. Porém, como a psicofonia é um fenômeno psicomotor, a aproximação do espírito traz fortes sensações ao médium, atingindo suas capacidades motoras, corporais, dando a impressão de que o espírito está usando o corpo dele – daí a falsa idéia da incorporação.
A psicofonia também é mais comum do que parece. Quantas vezes, em ríspidas discussões, dizemos palavras que não parecem nossas, ou notamos isso em algumas pessoas. Noutras vezes, damos bons conselhos com uma fluência que não nos é peculiar. Certamente todos já vimos alguém dizer, não compreendendo a própria conduta: aquele não era eu.
Por isso a importância do trabalho na Casa Espírita, para que, com o desenvolvimento da mediunidade, o médium consiga controlar tais atitudes, separando o que é seu do que não é.
A cruel escravização de povos africanos em terras brasileiras ocasionou a mistura de povos e culturas diferentes. Em nosso país, fundiram-se a cultura, o sangue e os costumes de povos nativos (indígenas), africanos e europeus. Os africanos trouxeram consigo a prática de cultos religiosos comuns em todo o território africano destinados à gratidão e aos pedidos aos orixás.
A umbanda e o candomblé não são religiões puramente africanas, mas de matriz africana e fundadas no Brasil. Apesar de uma raiz em comum, o candomblé está mais próximo dos cultos africanos, por ter sido mais preservado, não se misturando tanto com outras religiões.
A umbanda também não é composta por uma vertente única. Após a sua disseminação por meio do médium Zélio Fernandino, várias vertentes diferentes começaram a aparecer. Em 1939, foi fundada a União Espírita de Umbanda do Brasil (UEUB), que institucionalizou essa religião, tornando-a mais consolidada teologicamente que o candomblé. A partir de então, a UEUB passa a organizar congressos de umbanda no Brasil, o que estimula o estudo e o fortalecimento da doutrina umbandista.
Conta a história que Zélio Fernandino começou a apresentar um comportamento estranho, no qual parecia imitar um velho dizendo palavras ininteligíveis. Preocupados com o jovem, seus familiares levaram-no ao médico, que recomendou a visita a um padre. A família, porém, levou-o a um centro espírita, onde foi detectada a incorporação de um espírito que se autodenominava o Caboclo das Sete Encruzilhadas. A partir daí, o espírito começou a dar instruções sobre o que deveria ser feito, dando início à prática da umbanda.
No candomblé, não é comum a prática de incorporação ou da mediunidade. Os rituais em terreiros são espécies de festas em oferta, com comida farta, música e dança, o que na crença dessa religião atrai os espíritos ancestrais e os orixás. As pessoas presentes nesses rituais, quando iniciadas na religião, entram em uma espécie de transe e dançam de acordo com os seus orixás de cabeça (o orixá que guia a vida de cada pessoa). O sacerdócio nos terreiros de candomblé é exercido pelo Babalorixá (caso seja um homem) ou pela Yalorixá (caso seja uma mulher). Ao contrário da umbanda, os cultos dessa religião não utilizam tabaco e álcool. Nos rituais do candomblé, são feitas oferendas (geralmente comidas típicas) para agradar aos orixás, acompanhadas de batuques e dança. As batucadas e os cantos que acompanham a música variam de acordo com a origem da denominação em prática no terreiro. Os ketus, por exemplo, têm cantos entoados em yorubá (língua dos povos daquela etnia), enquanto os bantus (angolanos) entoam cânticos em bantu bacongo.
Os umbandistas, em seus rituais, tocam batuques e cantam cânticos sagrados em português, além de receberem incorporações (por meio dos médiuns) das entidades, que têm o poder de curar, aconselhar, avaliar e modificar a vida das pessoas.
O sacerdócio em terreiros de umbanda é exercido pelo Pai de Santo (caso seja homem) ou pela Mãe de Santo (caso seja mulher).