quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

O CONGÁ (OU GONGÁ) DE UMBANDA

 

 O CONGÁ (OU GONGÁ) DE UMBANDA


Pode ser uma imagem de área internaA palavra Congá tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que na língua latina significa altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir, o alimentar por significado.

Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.

Vários povos de diferentes culturas, através de sua hierarquia espiritual (sacerdotes, Xamãs, Pajés e outros) de alguma forma identificavam locais onde energeticamente estabeleciam relações com suas divindades e onde aí consagravam seus cultos a elas, como uma “ponte” entre os humanos e o sagrado, mesmo antes de se fazer templos destinados a seus cultos.

O Gongá é o ponto principal de axé do Terreiro.

Um local consagrado, onde as energias são permanentemente renovadas, através de nossas preces e outros objetos imantados que ali são dispostos, como velas, flores, copos com água, pontos riscados, pedras e imagens. Imagens de Santos católicos por conta do sincretismo religioso, de caboclos, de pretos velhos, entre outras entidades de Umbanda.

Assim como o Congá, como um todo, é imantado, todos os elementos presentes lá também o são.

Os símbolos ali presentes são energizados para poderem fazer parte deste ponto sagrado dentro da casa de Umbanda.

É no Congá que o altar suspenso se une a outros pontos energéticos de firmeza espiritual para irradiar a energia por todo o chão, onde os pés descalços absorvem todo o fluido.

Na Umbanda lidamos com fluidos às vezes muito pesados e uma grande quantidade de pessoas não consegue ainda compreender o verdadeiro objetivo da Umbanda.

O gongá é o mais potente aglutinador de forças do templo, ele é atrativo, condensador, escoador, expansor, transformador.

Alimentador dos mais diferentes tipos de energias e de magnetismo.

Existe um processo de constante renovação de força que emana do gongá, como núcleo centralizador de todos os trabalhos de umbanda.

Características do Gongá:

Atrativo:

Atrai os pensamentos que estão a sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas emitidas.

Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com os orixás regentes do templo, mais é intensa essa atração.

Gongá com excessos de objetos, dispersa e quebra as energias e suas forças emitidas.

Condensador:

Condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas. Ele absorve os pensamentos dos consulentes e médiuns.

Escoador:

Se o consulente ainda estiver formas-pensamentos negativos, ao chegar na frente do gongá, elas serão descarregadas para a terra, passando pelo gongá em patente influxo como se fosse um para-raios.

O gongá absorve as energias negativas dos consulentes e descarrega na terra.

Expansador:

Expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

Transformador:

Funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra.

Alimentador: É o sustento vibratório de todos os trabalhos mediúnicos, pois junto dele fixam-se no astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.

Assim, podemos verificar que o altar, ou o Gongá, usando terminologia própria da Umbanda, é uma verdadeira concentração energética.

Todos concentram ali seus pensamentos, suas orações, suas criações mentais mais sutis. Então, quando precisamos de uma cota energética maior para desenvolver certas atividades, é só recorrermos a esse “depósito” de energias, pois ele é também um imenso reservatório de ectoplasma, força nervosa grandemente utilizada por nossos trabalhadores, em vista da natureza nas nossas atividades.

Desta forma, é necessário que se cuide muito bem do conga de uma Casa.

A harmonia de uma reunião de Umbanda está diretamente relacionada com a manutenção da boa prática de energização de todos os símbolos ali presentes, para que a troca realizada seja intensa e benéfica para todos os participantes da corrente mediúnica.