POR QUE O MEDIUNISMO NA UMBANDA SE "ENQUADRA" PERFEITAMENTE NA APOMETRIA?
PERGUNTA: - Por que o mediunismo na Umbanda se "enquadra" perfeitamente na Apometria, como se fosse uma parte de um todo bem ordenado?
VOVÓ MARIA CONGA: - Um filho se encontra "magiado" e com entidades imantadas ao seu corpo etérico perturbando-o seriamente. Na sua procura de alento, vai ao encontro de um terreiro de Umbanda. O cacique, diretor espiritual dos trabalhos, "incorporado" em seu aparelho mediúnico, traça grande ponto riscado no centro do templo, à frente do congá; um círculo com uma estrela de Davi na sua área interna. Coloca o consulente em desequilíbrio, sentado, dentro desse círculo. Depois, traça segundo ponto circular com um triângulo equilátero dentro, menor, interceptando o maior, colocando um médium de passagem, igualmente sentado. É dada passagem a um mago negro realizador do enfeitiçamento, e feita uma breve conversação pelo caboclo-chefe com esse espírito. Todos os médiuns da corrente ficam de mãos dadas, e com o ritual de ponta de fogo, isto é, queima de pólvora, dentro do ponto riscado maior, desmancha-se todo o trabalho de magia negra. Tudo isso, acompanhado de pontos cantados em chamamento das falanges para demanda - desmancho - de Ogum e Xangô, que incursionam no Astral Inferior com suas falanges benfeitoras, retendo e conduzindo toda a organização malévola para os tribunais da luz crística existentes nas zonas subcrostais da Terra.Os filhos podem concluir por esse pequeno exemplo verídico que os fundamentos da Umbanda têm grande similaridade com a Apometria. Realmente é uma parte de um todo ordenado e harmônico em seus princípios magísticos, o que não contraria, de nenhuma maneira, a Apometria em sua ampla aplicação espiritualista e nos seus embasamentos kardequianos, aceitos e respeitados no mediunismo umbandista. Ao contrário, alarga-a em sua aplicação, pois cabem grupos de Apometria em casas de Umbanda e médiuns umbandistas nos grupos de Apometria nas casas universalistas. Se os filhos não conseguem "enxergar" sozinhos o que acontece nesse atendimento, dentro dos costumes umbandistas nada mais houve do que a criação de campos de força; dissociação dos corpos e desdobramento de médiuns, sintonia com mago negro e bolsão de espíritos sofredores do Umbral Inferior; manipulação de espíritos da natureza, salamandras e elemento fogo para desmancho; magia do som com mantras e cânticos, iguais em seus princípios às contagens de pulsos magnéticos; revitalização dos médiuns com a incorporação de exus, ao término dos trabalhos; e cura com falanges de Oxóssi, por meio das recomposições astrais, o que os filhos chamam de dialimetria, de uma enormidade de espíritos sofredores que eram mantidos encarcerados nos porões da organização trevosa desmanchada...
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