terça-feira, 28 de dezembro de 2021

De bandeirante Zé passou a tropeiro e de tropeiro passou a boiadeiro. Conheça mais sobre sua história

 

 De bandeirante Zé passou a tropeiro e de tropeiro passou a boiadeiro. Conheça mais sobre sua história


Pode ser uma imagem de cavalo e ao ar livreUm bandeirante tropeiro.
José Aparecido nasceu em Sorocaba-SP e moleque ainda já acompanhava seu pai na lida como bandeirante a serviço dos portugueses.
Ele era um mameluco.
Seu pai era português e sua mãe uma índia tupinambá a serviço dos brancos.
Quando José tornou-se adulto, seu pai o levou para as campinas do Rio Grande do Sul; era o ano de 1780 e os portugueses já haviam dominado quase todo o sul do país.
José ouviu falar da guerra que ocorreu entre índios e brancos e da matança desmedida e sentiu tristeza, porque parte de seu sangue era de índio.
Ao ver os pampas gaúchos apaixonou-se pelas pradarias, vegetação, o gado, as construções e decidiu morar nesse local.
Era uma região entre São Miguel e São Borja e havia muito gado solto devido a revolta e fuga dos índios.
José desde cedo descobriu que era bom no laço e em pegar gado arrisco; então foi apelidado de "Zé do Laço".
De bandeirante Zé passou a tropeiro e de tropeiro passou a boiadeiro.
Adquiriu um terrinha nas cercanias de São Borja e passou a cuidar do gado para os bandeirantes paulistas.
O sul ainda era uma terra sem lei e a disputa entre espanhóis e portugueses ainda era visível.
Por isso, Zé andava armado e cercado de jagunços.
Foi nessa época que Zé conheceu a índia Potira da Aldeia São Borja das Missões e decidiu roubá-la.
Antigamente, índio se pegava no laço e laçar era o que Zé fazia melhor. Então ele "laçou" Potira e a levou para seu sítio, mas isso desencadeou uma pequena revolta e uma lutou se travou entre os jagunços e os irmãos de Potira.
Os dois lados perderam pois morreram homens de ambas as partes.
Zé quedou em combate atingido no peito.
Mas, ainda conseguiu dizer a Potira: - Eu também sou índio!
Potira voltou ao acampamento, mas carregava em seu ventre uma criança gaúcha.
O filho de Potira cresceu catequizado pelos Jesuítas e mais tarde lutou na Revolução Farroupilha.
Zé do Laço tornou-se boiadeiro espiritual e passou a trabalhar em Aruanda.

Xetruá Boiadeiro Zé do Laço