MEDIUNIDADE NA BÍBLIA II
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Foi, na Europa, o primeiro sábio que teve a coragem de verificar escrupulosamente as afirmações
dos espíritas. A princípio muito céptico, foi pelas suas investigações, progressivamente conduzido à
convicção de que os fenômenos são verdadeiros, e não hesita em proclamar em alto e bom som a certeza
que resultou das suas pesquisas.
Sr. William preferiu que as sessões de materialização do espírito Katie King, fossem realizadas em
sua residência, onde com certeza não havia ali alçapões ou passagens secretas.
Todo esforço, cuidado meticuloso nas suas investigações tinha como objetivo demonstrar a
existência de duas personalidades distintas e independentes.
A médium Florence Cook era submetida a exames minuciosos, também era observada a qualquer
momento, antes, durante ou depois da sessão.
No fim de três anos de convivência diária o espírito de Katie King ou melhor dizendo Annie Morgan,
tem como encerrada sua missão.
Kardec não empregou, para essas formações, o termo “materialização”, mas, sim, o de “aparições
tangíveis”.
Agêneres: É o nome que se dá às materializações de espíritos um tanto mais duradouras que o
comum, de modo que lhes permite conviver algum tempo entre os encarnados, como se também
encarnados fossem. Vimos o caso de materialização duradoura do Anjo Rafael, relatado no Livro de Tobias;
as experiências feitas por William Crookes e o espírito de Katie King, acima citado.
MECANISMO DO FENÔMENO
Começa com as emanações de ectoplasma (fluido animalizado) do médium.
Ectoplasma, todas as pessoas são capazes de produzi-lo, de maneira discreta e restrita, há
indivíduos chamados comumente de Médiuns de Efeitos Físicos que, em determinadas circunstâncias,
conseguem fornecer abundantemente e de forma registráveis a referida substância.
O ectoplasma assume aspectos extremamente variados, desde uma forma tão rarefeita que o
mantém invisível até o estado sólido e organizado em estruturas complexas, tais como os “espíritos
materializados”. Entre estes dois extremos (rarefeito e sólido) ele pode passar por estados diversos: gasoso,
plasmático, floculoso, amorfo, leitoso, filamentoso, líquido, etc.
De um modo geral, quando em estado não organizado, o ectoplasma é sensível à ação da luz
comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível, aos níveis do
vermelho e infravermelho.
Quanto à emissão do ectoplasma pelo médium, na maioria dos casos, o ectoplasma é liberado
através dos principais orifícios do corpo do médium: boca, nariz, ouvidos, etc., bem como os poros da pele.
Sua cor pode ser acinzentada, branca, amarelada, malhada ou negra. Ela (substância) percorre
todos os estados: invisível, visível, gasoso, plasmático, tangível, amorfo, floculoso, filamentoso, sólido e
estruturado. No começo, ela parece difusa, floculosa, nebulosa, como uma tênue fumaça branca ou
cinzenta. A cor inicial é cinza e passa ao branco quando a substância se torna mais espessa. Sua
consistência é às vezes semilíquida, podendo formar massas e porções amorfas e coaguladas. Pode
também assumir a forma de véus membranosos análogos ao tecido conjuntivo, igualmente cinza ou branco.
A sensação tátil varia também conforme o estado da substância ectoplásmica; de teia de aranha,
quando filamentosa; untuosa (escorregadio), viscosa, úmida, fria, lembrando tecidos orgânicos desossados.
Em estado estruturado, a sensação corresponde à forma do objeto materializado.
Porém, a característica mais notável do ectoplasma é o fato de parecer que ele é dócil ao comando
mental do médium e talvez dos espíritos e pessoas estranhas àquele que o produz.
Finalmente, com a mesma facilidade com que é emitido, o ectoplasma pode reverter ao organismo
do médium, sendo por este reabsorvido.
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Há fortes evidências de que, em parte, ele deriva, materialmente falando, dos tecidos do corpo
físico. Mas, também parece possuir um componente de outra natureza que não a exclusivamente material.
De acordo com informações provindas de fonte espiritual, mediante a psicografia de Francisco
Cândido Xavier, o ectoplasma empregado nas sessões de ectoplasmia (materialização) contém outros
ingredientes de natureza material, além da substância orgânica extraída do médium e, geralmente, das
pessoas presentes a esse tipo de reunião. São substâncias às quais os Espíritos dão o nome de “recursos
da Natureza”. Trata-se de elementos das plantas e das águas, naturalmente invisíveis aos olhos dos
homens, estruturados para reduzido número de vibrações. (Missionários da Luz)
A título de ilustração, vamos transcrever um pequeno trecho extraído da obra Nos Domínios da
Mediunidade, onde André Luiz reproduz a explicação de seu instrutor espiritual Áulus, sobre os
componentes do ectoplasma:
“Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo
em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber – fluido A, representando as
forças superiores e sutis de nossa esfera; fluido B, definindo os recursos do médium e dos companheiros
que o assistem, e fluido C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre.”
O próprio Assistente acentua que os supervisores não encontram dificuldades na manipulação dos
Fluidos A e C.
Os fluidos “A” são puros e contribuem para a sublimação do fenômeno; os fluidos “C” são dóceis e
representam energias extremamente propícias à execução dos trabalhos.
Todavia, quando chega o momento de selecionar e apurar os fluidos B, que representam a
contribuição dos encarnados, o esforço dos obreiros espirituais esbarra, sempre, com enormes obstáculos.
Na maioria dos casos é profundamente trabalhoso o serviço de composição dos três elementos (A, B e C),
porque, enquanto o Plano Superior e a Natureza oferecem o que de melhor possuem, nós, os encarnados,
responsáveis pela contribuição B, primamos em oferecer o que de mais ínfimo detemos, através de “formas-
pensamentos” absurdas, de emanações viciosas resultantes do uso do fumo e da bebida e do abuso da
carne, bem assim de petições inadequadas, simbolizando os caprichos e incongruências que nos são
peculiares.
Existem materializações, que denominamos “sublimadas”, que podem dispensar o concurso
ostensivo do médium. Verificam-se nos lares, nas ruas, nos campos, nas igrejas, etc...
O próprio Espírito, por si mesmo e com o concurso de supervisores espirituais, entidades
especializadas, leva a efeito a sublime composição dos três referidos elementos, mencionados acima.
Alguém o está fornecendo, de forma sutil e que transcende a nossa capacidade de percepção. Em outras
palavras: sem necessidade de médium em transe.
Passaremos a seguir a tratar dos casos de materializações “Sublimes” em que os fluidos
empregados são mais do próprio espírito e do mundo espiritual superior.
No livro Libertação, autoria espiritual de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier temos
nos Capítulos III, XVIII e XX, exemplos desses fenômenos. Vejamos o Cap. III:
ESPÍRITO NARRADOR
André Luiz.
INSTRUTOR ESPIRITUAL
Gúbio.
INTERCESSOR
Matilde, espírito de alta hierarquia. Habitante das esferas superiores. Mãe amorosa.
OBSESSOR
Gregório, chefe de falange a serviço do mal.
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LOCAL DO ATENDIMENTO
Plano Espiritual.
- André, dirige os trabalhos da reunião, enquanto devo fornecer recursos à materialização de nossa
benfeitora Matilde. Vejo-a ao nosso lado esclarecendo haver chegado a noite longamente esperada por seu
coração materno. Antes do reencontro com Gregório, em companhia de bem-aventuradas entidades que a
assistem, pretende ela visitar-nos, de maneira tangível, encorajando quantos aqui hoje se candidatam ao
serviço preparatório de ingresso em círculos superiores.
Tremi, perante a ordem, mas não hesitei.
Tomei-lhe o lugar, sem detença, enquanto o sábio mentor se recolhia a dois passos de nós, em
profunda meditação.
Reparamos, em silêncio, que luz brilhante e doce passou a se lhe irradiar do peito, do semblante e
das mãos, em ondas sucessivas, semelhando-se a matéria estelar, tenuíssima, porque as irradiações
pairavam em torno, como que formando singulares paradas nos movimentos que lhe eram característicos.
Em breve instantes, aquela massa suave e luminescente, adquiria contornos definidos, dando-nos a idéia
de que manipuladores invisíveis lhe infundiam plena vida humana.
Mais alguns instantes e Matilde surgiu diante de nós, venerável e bela.
O fenômeno da materialização de uma entidade sublimada ali se fizera prodigioso aos nossos
olhos, em processo quase análogo ao que se verifica nos círculos carnais.
Concluímos ao analisar a transcrição acima, que o fenômeno realizou-se no plano espiritual,
visando a materialização de um espírito sublime (habitante do mundo espiritual superior) com objetivo de
tornar-se visível a um espírito que se encontrava impossibilitado de percebê-lo, devido a sua faixa vibratória
inferior.
Todo o fenômeno ocorrido, foi possível através da utilização apenas do fluido tipo “A”, manipulado
pela equipe espiritual que assistia Matilde.
Não há nenhum indicativo que tenha sido utilizado as energias do tipo B e C, que são os recursos
(ectoplasma) do médium encarnado, dos companheiros que o assistem e também os recursos da natureza.
Passemos a estudar outras situações, onde as energias utilizadas são do tipo A.
Sendo utilizadas para a materialização de um espírito da mais alta hierarquia: Jesus.
Reportemo-nos à explicação de Kardec sobre essa questão:
“Jesus, agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos,
os encarnados, na medida de suas forças”.
Mais à frente Kardec acrescenta:
“A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu
corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito”.
Concluindo Kardec nos esclarece:
“O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos
perispirituais ou psíquicos”. (A Gênese - Cap. XIII e XV - Allan Kardec)
Busquemos nos quatro evangelhos as diversas situações em que o mestre divino atuou.
Lucas cap. 23:50-56 – Então um homem chamado José, que era membro do Sinédrio, varão bom e
justo, o qual não tinha concordado com a determinação dos outros, nem com os seus atos, (oriundo) da
Arimatéia, cidade da Judéia, que também esperava o reino de Deus, foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo
de Jesus. Tendo-o descido da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro aberto na rocha, no
qual ainda ninguém tinha sido sepultado. Era o dia de Parásceve. O Sábado ia começar. Ora, as mulheres,
que tinham ido da Galiléia com Jesus, indo atrás de José, observaram o sepulcro e de que modo o corpo de
Jesus fora nele depositado. Voltando, prepararam aromas e bálsamo. No Sábado, estiveram em repouso,
segundo a lei.
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Lucas cap. 24:1-12 – Mas, no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, levando os
aromas que tinham preparado. Encontraram revolvida a pedra do sepulcro. Entrando, não encontraram o
corpo do Senhor Jesus. Aconteceu que, estando consternadas por isso, eis que apareceram junto delas
dois homens com vestidos resplandecentes. Estando elas medrosas e com os olhos no chão, disseram-
lhes: Por que buscais entre os mortos o que está vivo? Ele não está aqui, ressuscitou. Lembrai-vos do que
ele vos disse, quando estava na Galiléia: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos dos
homens pecadores, seja crucificado, ressuscite ao terceiro dia.
Então lembraram-se elas das suas palavras. E, tendo voltado do sepulcro, contaram todas estas
coisas aos onze e a todos os outros. As que referiam aos apóstolos estas coisas eram Maria Madalena,
Joana, Maria (mãe) de Tiago, e as outras, que estavam com elas. Mas estas palavras pareciam-lhes como
que um delírio. Não lhes deram crédito. Todavia Pedro, levantando-se, correu ao sepulcro, e, inclinando-se,
viu só os lençóis por terra e retirou-se, admirando consigo mesmo o que sucedera.
João cap. 20:10-18 – Voltaram, pois, outra vez os discípulos para sua casa.
Entretanto Maria Madalena conservava-se da parte de fora do sepulcro, chorando. Enquanto
chorava, inclinou-se e olhou para o sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde
fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles disseram-lhes: Mulher, por que choras?
Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras voltou-se
para trás e viu Jesus: de pé; mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A
quem procuras? Ela julgando que era o hortelão, disse-lhe: Se tu o levaste dize-me onde o puseste; eu irei
buscá-lo. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe em hebraico: Rabbouni! (que quer dizer
Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me toques, porque ainda não subi para meu Pai; mas vai a meus irmãos e
dize-lhes: Subo para meu pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Foi Maria Madalena dar a nova aos
discípulos: Vi o Senhor e ele disse-me estas coisas.
Lucas cap. 24:13-53 – Eis que, no mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada
Emaús, que estava à distância de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro sobre tudo o
que se tinha passado. Sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-se
deles o próprio Jesus e caminhava com eles. Os seus olhos, porém, estava como que fechados, de modo
que não o reconheceram. Ele disse-lhes: Que conversas são essas que ides tendo pelo caminho, e por que
estais tristes? Respondendo um deles chamado Cléofas, disse-lhes: Só tu és forasteiro em Jerusalém, que
não sabes o que ali se tem passado estes dias? Ele disse-lhes: Que é? Responderam: Sobre Jesus
Nazareno, que foi um varão profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo; e
de que maneira os nossos príncipes dos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser
condenado à morte e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que ele fosse o que havia de resgatar Israel;
depois de tudo isto, é já hoje o terceiro dia, depois que estas coisas sucederam. É bem verdade que
algumas mulheres, das que estavam entre nós, nos sobressaltaram, porque, ao amanhecer, foram ao
sepulcro, e, não tendo encontrado o seu corpo, voltaram dizendo que tinham tido uma aparição de anjos, os
quais disseram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam como as mulheres
tinham dito; mas não o encontraram.
Ele disse-lhes: Ó estultos e tardos do coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!
Porventura não era necessário que o Cristo sofresse tais coisas, e que assim entrasse na sua glória? E,
começando por Moisés, e discorrendo por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se encontrava dito
em todas as Escrituras. Aproximaram-se da aldeia, para onde caminhavam, e ele fez menção de que ia
para mais longe. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque faz-se tarde e o dia declina.
Entrou para ficar com eles. Aconteceu que, estando com eles à mesa, tomou o pão, benzeu-o, partiu e lho
dava. Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-no; mas ele desapareceu.
Disseram um para o outro: Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando ele
nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? Levantando-se na mesma hora, voltaram para
Jerusalém. Encontraram juntos os onze e os que estavam com eles, os quais diziam: Na verdade o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão. E eles contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como o tinham
reconhecido ao partir o pão.
Enquanto falavam nisto, apresentou-se Jesus no meio deles e disse-lhes: A paz seja convosco. Mas
eles, turbados e espantados, julgavam ver algum espírito. Jesus disse-lhes: Por que estais turbados e que
pensamentos são esses que vos sobem aos corações? Olhai para as minhas mãos e pés, porque sou eu
mesmo; apalpai, e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho.
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Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas, não crendo eles ainda e estando fora de si com a
alegria, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que se coma? Eles apresentaram-lhe uma posta de peixe
assado e um favo de mel. Tendo-os tomado comeu-os à vista deles. Depois disse-lhes: Isto são as coisas
que eu vos dizia, quando ainda estava convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim
estava escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos.
Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está
escrito, e assim era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos ao terceiro dia, e que
em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. Eu vou mandar sobre vós o Espírito Santo, prometido
por meu Pai; entretanto permanecei na cidade, até que sejais revestidos da virtude do alto.
Depois levou-os fora até cerca de Betânia; e levantando as suas mãos, os abençoou. Aconteceu
que enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao céu. Eles, após o adorarem, voltaram para
Jerusalém com grande júbilo, e estavam continuamente no templo, louvando e bendizendo a Deus.
João cap. 20:24-30 – Porém Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles, quando
veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Nós vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se não vir
nas suas mãos a abertura dos cravos e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha
mão no seu lado, não creio. Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez em casa e Tomé com
eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio e disse: A paz seja convosco. Em seguida
disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, vê as minhas mãos, aproxima também a tua mão, põe-na no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas fiel. Respondeu Tomé e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Tu
creste, Tomé, porque me viste; bem-aventurado os que não viram e creram.
Outros muitos prodígios fez ainda Jesus na presença de seus discípulos, que não foram escritos
neste livro.
João cap. 2l:01-14 – Depois disto, tornou Jesus a mostrar-se aos seus discípulos junto do mar de
Tiberíades. Mostrou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que
era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro:
Vou pescar. Responderam-lhes: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram numa barca. Naquela
noite nada apanharam.
Chegada a manhã, Jesus apresentou-se na praia; os discípulos todavia não conheceram que era
Jesus. Disse-lhes, pois, Jesus: Ó moços, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Nada. Disse-
lhes Jesus: Lançai a rede para o lado direito da barca e encontrareis. Lançaram, pois, e já não a podiam
tirar, por causa da grande quantidade de peixes.
Então aquele discípulo a quem Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor. Simão Pedro, ao ouvir
dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica porque estava nu, e lançou-se ao mar. Os outros discípulos
foram com a barca porque não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, tirando a rede cheia de
peixes.
Logo que saltaram em terra, viram umas brasas preparadas, e um peixe em cima delas, e pão.
Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro à barca, e tirou a rede para
terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes. E, sendo tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes
Jesus: Vinde, almoçai. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Sabendo que era o
Senhor. Aproximou-se Jesus, tomou o pão, deu-lho e igualmente do peixe. Foi esta já a terceira vez que
Jesus se manifestou a seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Introdução Histórica
A PALESTINA NO TEMPO DE JESUS
Canaã chamava-se a planície costeira, a oeste do Rio Jordão, onde os hebreus se instalaram de
início, após se libertarem do cativeiro do Egito (Êxodo).
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Terra de Israel passaram os hebreus a chamar não só essa região (Canaã) mas todo o território
que foram conquistando de outros povos que lá habitavam (amorreus, filisteus, idumeus etc.).
Palestina foi o nome que (logo após a era cristã) os escritores gregos e latinos deram ao território
israelita.
Terra Santa foi como se tornou conhecida na Idade Média, à época das Cruzadas.
HIDROGRAFIA
Rio Jordão, que nasce na Síria (tem origem em várias nascentes) e corre ao longo da falha
geológica. Em seu trajeto, forma o Lago de Genesaré e vai descendo até desembocar no Mar Morto.
Lago de Genesaré – Mede 23.613m de comprimentos. De largura, tem em média de 9 a 11 mil
metros. É muito piscoso.
Também é chamado de "Mar da Galiléia". Da Galiléia, porque ficava nessa província. De "mar",
porque:
Assim os israelitas denominavam qualquer quantidade maior de água (a qual não era abundante na
palestina).
Em certos momentos do dia, suas águas, insufladas pelos ventos, se agitavam em grandes ondas,
como as dos mares.
Parece tomar o nome da região ou cidade que lhe ficava às margens, porque é mencionado nos
Evangelhos, por exemplo, como "Lago de Tiberíades" (ao lado dessa cidade).
Nesse lago e ao seu redor, Jesus esteve muitas vezes e realizou muitos fenômenos (pescas
"surpreendentes", andou sobre as águas, acalmou tempestades, etc) além de transmitir muitos ensinos, e
também apareceu ressurgido aos discípulos, na praia.
DIVISÃO POLÍTICA
12 Tribos – Moisés, conduziu-os até as portas de Canaã, e morreu. Foi Josué que, após grandes
batalhas, conquistou Canaã, dividindo suas terras em 12 tribos conforme a descendência dos filhos de
Jacó.
Reino de Israel – Quando os israelitas quiseram um rei, como os outros povos tinham, o profeta
Samuel, atendendo a uma indicação espiritual, institui a realeza teocrática, tendo um rei que em tudo
observasse a Lei Mosaica e executasse a vontade de Deus. Vontade essa comunicada pelos profetas.
DIVISÃO DO REINO DE ISRAEL – O filho de Salomão não conseguiu manter a unidade do reino.
As tribos desentenderam-se e se dividiram, formando dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá.
DOMÍNIO ESTRANGEIRO – Depois disso, o povo hebreu foi sendo subjugado, sucessivamente,
por outros povos: Assírios, Babilônios, Persas, Macedônios, Gregos, Sírios e finalmente pelos romanos
cerca de 60 anos a.C.
NO TEMPO DE JESUS – A Palestina não era mais um país independente; estava sob o domínio
romano.
Por prudência e tato político, os romanos respeitavam as opiniões religiosas e os costumes dos
povos que dominavam (desde que não ferissem os interesses e o poder de Roma).
Assim, embora obrigados a pagar pesados impostos a Roma, internamente os judeus conservavam
a liberdade de praticar sua religião e observar as suas tradições.
Os romanos também permitiam que os povos dominados tivessem governo próprio, mas submetido
à aprovação e nomeação imperial (reis, etnarcas e tetrarcas).
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Assim, no ano 43 a.C. os romanos nomearam um Rei para a Palestina: Herodes, o Grande. Os
judeus detestavam Herodes, porque era idumeu (natural de Iduméia) e por suas tendências para outros
hábitos religiosos. Observação: Embora nominalmente judeus, os idumeus eram um povo que os judeus
haviam dominado anteriormente e a quem haviam imposto a religião israelita (sem os convencer totalmente)
Quando Jesus nasceu, era esse Herodes, o Grande, que reinava na Palestina. Com a morte de
Herodes, poucos anos depois, o reino foi dividido entre seus três filhos.
Arquelau: A quem coube a Judéia, Samaria e Iduméia.
Observação: No ano 06 d.C., Arquelau foi destituído e seus territórios passaram a ser governados
diretamente por um procurador romano. Na época da condenação de Jesus Cristo, o procurador romano era
Pôncio Pilatos.
Herodes Ântipas: A quem coube a Galiléia e a Peréia. Foi quem mandou degolar João Batista.
Felipe: Que recebeu os territórios de além Jordão: Batanéia, Auranites, Gaulanites Ituréia e
Panéias.
Ao tempo de Jesus, a Palestina estava dividida em 04 províncias: Judéia, Samaria, Galiléia e
Peréia.
Judéia – Seus habitantes eram predominantemente da raça mais pura dos judeus.
Jerusalém, fora capital do reino de Judá e era, agora, a capital da Província da Judéia.
Era o centro político e espiritual do judaísmo.
Nela estava o Templo, único local oficial para se oferecer sacrifícios a Deus.
Outras cidades da Judéia: Arimatéia, Belém, Betânia, Betfagé, Efraim, Emaús e Jericó.
Samaria – Ao norte da Judéia e ao Sul da Galiléia.
Tinha sido capital do reino de Israel, e, ao tempo de Jesus, era a capital da província e sua cidade
principal.
Seus habitantes - os samaritanos - eram em parte descendentes do extinto reino de Israel (10
tribos), que haviam mesclado com outros habitantes da região e adquirido alguns de seus hábitos e
costumes. Não seguiam todos os preceitos da Lei nem as Tradições, como os Judeus.
Por essa mescla de raça, costumes, religião, os samaritanos eram mal vistos pelos judeus, que os
consideravam hereges e "gente de má vida", hostilizando-os. Foram até proibidos de freqüentar o Templo
de Jerusalém.
GALILÉIA
Ficava ao norte da Samaria, entre o lago de Genesaré e o mar Mediterrâneo.
Pertencia à Tetrarquia de Herodes Ântipas (filho de Herodes, o Grande).
Era habitada por muitos gentios (ou seja, estrangeiros) e por isso não a tinham os judeus em boa
conta ("da Galiléia não se levanta profeta" Jo 08 vs. 52).
A Galiléia (província) não tinha uma cidade como capital, pois não tinha sido sede de reino,
anteriormente.
Para os cristãos, as cidades da Galiléia que mais se destacam são:
Nazaré – onde Jesus passou sua infância e mocidade.
Cafarnaum – cidade onde Jesus passou a residir, quando começou o seu ministério.
Merecem citação, ainda, as cidades de: Betsaida, Caná, Cesaréia (de Filipos), Corazim, Gadara,
Naim, e as terras de Genesaré.
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O JUDAÍSMO
A religião dos judeus.
A norma de vida moral e religiosa era a lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas.
As instituições fundamentais: Ao tempo de Moisés, as Tábuas da Lei eram guardadas na Arca da
Aliança, que ficava numa tenda-santuário (Tabernáculo).
Posteriormente, o rei Davi planejou e o rei Salomão construiu para abrigar a arca, um templo
suntuoso em Jerusalém. Único local onde se podia fazer sacrifícios.
Quando ainda estavam exilados na Babilônia (sem Tabernáculo e sem Templo), os israelitas, que
não haviam perdido a fé no Deus único, criaram um lugar para orações e estudo e transmissão dos ensinos.
Surgiram, assim, as sinagogas.
Mais tarde, mesmo tendo o novo templo (no ano 20 a.C., Herodes, o Grande, começou a restaurar o
templo de Jerusalém, aumentando-o e embelezando-o. Sua construção já estava bem adiantada ao tempo
de Jesus, mas o projeto total somente ficou concluído no ano 64 d.C.), os israelitas não deixaram de formar
sinagogas.
A CLASSE SACERDOTAL
Moisés (em nome de Deus) reservou a tribo de Levi para os serviços religiosos do povo hebreu, a
saber:
Sacerdotes: Somente os que fossem da família de Aarão. Incumbia-lhes oficiar os cultos.
Sumo Sacerdote: Superintendia tudo que se relacionasse com o culto religioso (o 1º foi Aarão).O
cargo era vitalício e transmitia-se de pais a filhos. Durante o domínio romano, no entanto, a escolha passou
a ser feita pelo poder civil, que, a seu critério, os nomeava e destituía. Caifás era o Sumo Sacerdote, ao
tempo da condenação de Jesus.
Levitas: Os membros das outras famílias da tribo de Levi. Só eles podiam fazer os demais serviços
secundários do Templo: guardas, tesoureiros, porteiros, músicos, etc.
GOVERNO JUDÁICO
Sumo Sacerdote – Exercia o poder supremo, porque, para os hebreus, o governo era teocrático
(vinha de Deus e em nome dele era exercido).
Sinédrio – Assembléia constituída de 71 membros (altos dignitários do judaísmo), sempre presidida
pelo Sumo Sacerdote, com sede na capital (Jerusalém).
Era o maior poder, depois do Sumo Sacerdote, exercendo amplamente os poderes Judiciários e
executivos no campo religioso e civil, com apenas algumas restrições impostas pelos dominadores
romanos.
Dividia-se em 03 grupos mais ou menos iguais em número:
Os Príncipes dos Sacerdotes: Os Sumos Sacerdotes não mais exercendo essa função e os chefes
das famílias sacerdotais (eram Saduceus).
Os Anciãos do Povo - Leigos pertencentes a famílias aristocráticas e importantes (também eram
saduceus).
Os Escribas (ou Doutores da Lei) - Judeus (geralmente fariseus), estudiosos e intérpretes da Lei,
dos Profetas e das Tradições. Atuavam mais nas sinagogas. Eram muito considerados pelo povo.
AS SEITAS
Durante a dominação dos Sírios, de 197 a 142 a.C., formaram-se na Judéia diversos partidos ou
seitas, que se mantiveram ativos até 70 d.C. e, portanto, existiam ao tempo de Jesus.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Todos (partidos ou seitas) eram de orientação religiosa, pois para os judeus todas as discussões
tinham implicação religiosa.
Desses partidos ou seitas, ao mesmo tempo religiosos e políticos, os mais importantes foram os
Saduceus e os Fariseus.
Saduceus – Grupo formado pelos aristocratas (os anciãos, grandes proprietários de terra) e pelos
membros da elite sacerdotal.
No aspecto religioso, opunham-se aos fariseus, porque não aceitavam nenhuma tradição oral e,
mesmo da Lei escrita, somente admitiam o Pentateuco. É o nome grego dado ao conjunto dos 5 Livros que
abrange a legislação mosaica. Torah é o seu nome hebraico. Os israelitas também diziam A Lei, por
consubstanciar as regras para governar o procedimento dos homens. Suspeitavam de tudo que fosse
desenvolvimento posterior a Lei; não aceitavam a existência de espíritos, vida além-túmulo nem
ressurreição dos mortos.
Fariseus – (separado, apartado)
Foram assim denominados ao tempo (dominação) dos sírios, porque se puseram em parte, numa
atitude de reserva hostil ante os dominadores.
Eram, pois, nacionalistas e contrários aos estrangeiros. Mas não usavam a resistência pela força.
Era um partido (seita) pouco numeroso cerca de 6.000 homens, formado por leigos vindos de todas
as camadas sociais, principalmente artesãos e pequenos comerciantes; a maioria do clero pobre, que se
opõe à elite sacerdotal, também começa a pertencer a esse grupo.
De início, tinham por objetivo preservar a lei mosaica de influências estrangeiras, deturpadoras.
Conheciam a Torah melhor que ninguém e diziam praticá-la melhor também.
Observação: Nem todo escriba (ou Doutor da Lei) é um fariseu, mas todo fariseu é um escriba, por
causa do estudo que faz das leis, profetas e tradições.
Havia, ainda, outros partidos ou seitas, a saber:
Zelotas - Fariseus pela doutrina mas, em política, não ficam na resistência passiva, partem para a
luta armada. Por isso, são também chamados de sicários.
Herodianos - Eram assim chamados os da corte de Herodes.
Não vêem com bons olhos os saduceus serem amigos dos romanos, nem simpatizam com os
fariseus que esperavam um Messias que viesse restaurar a independência do país.
Nota: É de notar como os partidos e seitas, embora divergentes entre si, se unem contra Jesus,
quando convém aos seus interesses políticos ou religiosos.
ÁRVORE LITERÁRIA - HEBRICA
LEI ESCRITA
A Bíblia hebraica "Tenakh" é composta de três partes: Torah, Neviim e Ketuvim.
1ª parte - Torah: Os cinco livros de Moisés (Pentateuco)
Os 5 Livros do Pentateuco (Torah):
1) Gêneses (origem): história simbólica das origens da humanidade (Adão e Eva) e do povo hebreu
(dos patriarcas até sua entrada no Egito).
2) Êxodo (saída): narra as agruras dos hebreus sob domínio, no Egito, sua saída de lá e a aliança
com o Senhor, através do Decálogo.
3) Levítico (referente aos levitas): instrui os levitas sobre o culto (todos os servidores do Templo
eram da tribo de Levi e os sacerdotes, em especial, da família de Aarão).
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4) Números: seu nome vem das listas de números e nomes sobre as famílias do povo hebreu;
repete parte do êxodo (40 anos no deserto) e apresenta outras leis e prescrições.
5) Deuteronômio (Segunda lei): repete e complementa os capítulos 20 a 23 do Êxodo; relata os
últimos fatos da vida de Moisés e sua morte (isso exclui que seja esse patriarca o autor de todo o
Pentateuco).
2ª parte - Neviim. "Profetas", contendo livros históricos (Josué, Juizes, Samuel e Reis) e proféticos
(Maiores: Isaías, Jeremias e Ezequiel - Menores: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naúm,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias),
3ª parte - Ketuvim. "Escritos", contendo: Ruth, Salmos, Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos
cânticos, Lamentações, Daniel, Ester, Ezra-Neemias e Crônicas.
LEI ORAL
536 a.C. - 200 d.C. - Tradição Oral paralela à Lei Escrita.
A FIGURA DE JESUS
Além da vida familiar, Jesus vivia na comunidade, partilhando das atividades gerais, e
acompanhando com interesse os acontecimentos, ligados à sua pátria, pois era um hebreu (raça de seus
pais e de seu povo), israelita (descendente de Jacob, o Israel) e judeu (da tribo de Judá).
Jesus devia falar em aramaico (idioma corrente entre todos os povos na Palestina) ou em hebraico
popular. Acham alguns que também poderia conhecer e falar o idioma grego, igualmente muito usado na
Judéia, mas sobre isto não há provas.
Sabia ler e escrever, porque João conta, numa passagem, que "Jesus, inclinando-se, escrevia na
terra com o dedo" (João 8:6).
Entretanto, os Evangelhos (Evangelho, em grego, significa "Boa nova") não foram por ele escritos
(ensinava oralmente e nada deixou escrito).
As primeiras narrações sobre Jesus somente apareceram dezenas de anos após a sua morte feita
por Mateus, Marcos, Lucas (ano 50 ou 70 d.C.) e por último João, entre 90 e 100 d.C.
Não fez estudos especiais. Se os tivesse feito, seus conterrâneos de Nazaré o saberiam e não se
teriam admirado ao ouvi-lo pregar na cidade de sua infância e mocidade: "Donde lhe vem esta sabedoria e
poderes miraculosos?" (Mat. 13:54). Nem se maravilhariam outros judeus em Jerusalém: "Como sabe este
letras, sem ter estudado?" (João 7:15).
MESTRE, DISCÍPULO E APÓSTOLO
Mestre: Jesus não era sacerdote israelita (pois não vinha da família de Levi nem da família de
Aarão). Nem pertencia à seita dos Fariseus, dos quais surgiam aqueles que o povo considerava doutores da
lei. Mas seu grande saber e capacidade no campo das coisas espirituais fez com que muitos
reconhecessem nele um instrutor espiritual e o chamassem de rabi (João 1:38 e 20:16)
Obs: As escolas judaicas tinham três graus de distinção honrosa para os instrutores espirituais: Rab
(mestre), grau menor; Rabbi (meu mestre), grau médio; Rabboni (meu senhor, meu mestre), que era o mais
elevado de todos.
Discípulo é quem aprende com um mestre. Não apenas como aluno (que ouve e entende), mas
procurando agir de acordo com sua "escola", ou seja, procurando reproduzir sua técnica, estilo, pensamento
ou vivência.
Apóstolo (do grego: enviado) é todo aquele que vivência e propaga uma idéia ou doutrina.
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5. Os milagres de Jesus
Na acepção etimológica, a palavra milagre (de mirari, admirar) significa: admirável, coisa
extraordinária, surpreendente. A academia definiu-a deste modo: Um ato do poder divino contrário às leis da
Natureza, conhecidas.
Na acepção usual, essa palavra perdeu, como tantas outras, a significação primitiva. De geral, que
era, se tornou de aplicação restrita a uma ordem particular de fatos. No entender das massas, um milagre
implica a idéia de um fato extranatural; no sentido teológico, é uma derrogação das leis da Natureza, por
meio da qual Deus manifesta o seu poder.
Um dos caracteres do milagre propriamente dito é o ser inexplicável, por isso mesmo que se realiza
com exclusão das leis naturais. É tanto essa a idéia que se lhe associa, que, se um fato milagroso vem a
encontrar explicação, se diz que já não constitui milagre, por muito espantoso que seja. O que, para a
Igreja, dá valor aos milagres é, precisamente, a origem sobrenatural deles e a impossibilidade de serem
explicados. Ela se firmou tão bem sobre esse ponto, que o assimilarem-se os milagres aos fenômenos da
Natureza constitui para ela uma heresia, um atentado contra a fé, tanto assim que excomungou e até
queimou muita gente por não ter querido crer em certos milagres.
Outro caráter do milagre é o ser insólito, isolado, excepcional. Logo que um fenômeno se reproduz,
quer espontânea, quer voluntariamente, é que está submetido a uma lei e, desde então, seja ou não
conhecida a lei, já não pode haver milagres.
Na acepção da Ciência Acadêmica – A Natureza obedece as leis naturais, sua função é descobrir
essas leis e agir sobre as causas, para fazer que o (efeito) mesmo fenômeno se reproduza quando for
desejado. Quando um fenômeno não se explica com as lei já conhecidas, a Ciência segue dois caminhos:
Considera que houve algum tipo de artifício ou mal entendido.
Que é preciso estudar e pesquisar mais sobre o assunto.
Em relação aos fenômenos contidos nos Evangelhos, a Ciência tem preferido seguir apenas pelo
primeiro caminho.
Na acepção Espírita – Embora também se baseie na existência de leis naturais, na reprodução do
mesmo fenômeno quando desejado, difere da Ciência oficial (acadêmica) por acreditar que elas (leis
naturais) atuam sobre a parte espiritual da criação. Aceita a existência e o uso de um sentido novo,
conhecido por Mediunidade, além dos cincos sentidos físicos já conhecidos. A Ciência espírita veio revelar
novas leis, tais como:
Natureza e propriedade dos fluidos (Fluido cósmico universal; fluido espiritual; fluido perispiritual e
fluido ou princípio vital).
Natureza e propriedade do Magnetismo Humano e espiritual.
Natureza e propriedade do Perispírito.
O que é Mediunidade? Faculdade Humana (do reino hominal), pela qual se estabelece as relações
entre homens e espíritos. É, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos
Espíritos, ensejando o intercâmbio, a comunicação, entre o mundo físico e o espiritual (extra físico). Sendo
uma faculdade, é capacidade que pode ou não ser usada. Sendo natural, manifesta-se espontaneamente,
mas pode ser exercitada ou desenvolvida.
A base da mediunidade está na organização física do corpo que habitamos, é portanto uma
predisposição psicossomática.
Também é faculdade Neutra, o seu bom ou mau uso, pois, implica e depende da moralidade do
Médium. A base do fenômeno da mediunidade está na sintonia e afinidade do perispírito do médium e do
espírito comunicante.
A mediunidade é um atributo da alma imortal.
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Quem é o Médium? É todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos.
Médium é uma palavra de origem latina, neutra (serve para os dois gêneros); quer dizer medianeiro, que
está no meio. De fato, o médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, podendo ser o
intérprete ou instrumento para o espírito desencarnado.
Classificação dos Médiuns: Médiuns de efeitos inteligentes e de efeitos físicos.
Médiuns de efeitos inteligentes: São aqueles mais especialmente dotados para receberem e
transmitirem as comunicações inteligentes. Exemplos:
Vidência: É a faculdade pela qual o médium vê os espíritos e o mundo espiritual.
Clarividência: É a faculdade pela qual o médium vê os espíritos e o mundo espiritual com grande
clareza.
Vamos dividi-la em:
Vidência ambiente ou local – É aquela que se opera no ambiente em que se encontra o médium,
atingindo fatos que ali mesmo se desenrolam.
Vidência no espaço – É aquela em que o médium vê cenas, quadros, sinais ou símbolos, em pontos
distantes do local do trabalho.
Vidência no tempo – É aquela em que o vidente vê cenas representando fatos a ocorrer (profética)
ou já ocorridos em outros tempos (Psicometria), desde que seja posto em presença de um objeto ou local
onde o fato tenha ocorrido.
Dupla Vista: O fenômeno conhecido pelo nome de Segunda Vista ou Dupla Vista (...) é a faculdade
graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos. Percebe o
que exista até onde estende a alma a sua ação.
Audiência – É a faculdade pela qual a pessoa (médium) ouve os espíritos.
Clariaudiência – É a faculdade pela qual a pessoa (médium) ouve os espíritos com grande nitidez.
Psicofonia – Faculdade pela qual o espírito fala através do médium.
Psicografia – Faculdade pela qual o espírito escreve através do médium.
Médiuns de efeitos físicos: São aqueles mediante os quais se podem obter efeitos materiais, ou
manifestações ostensivas.
Para melhor compreensão dos fenômenos de efeitos físicos, sugerimos antes, uma leitura atenciosa
dos Capítulos XIV e XV do Livro dos Médiuns (Allan Kardec). Exemplos:
Cura: Faculdade de curar pela influência fluídica. Pelo simples contato, pela imposição das mãos,
pelo olhar, por um gesto.
Na cura por efeitos físicos, a alteração orgânica material é de imediato visível ou passível de
constatação pelos sentidos físicos ou aparelhamento material.
Na ação fluídica sobre o perispírito, a cura virá a ser avaliada depois, pelos efeitos posteriores no
corpo físico.
Levitação: Um ser ou objeto é suspenso no ar, aparentemente contrariando a lei da gravidade.
Transporte: Um ser ou objeto é levado de um local para outro.
Modificadores ou Plasmadores: Tais como a fervura da água ou a mudança de sua composição,
cor, cheiro, gosto etc., sem que se use qualquer processo material para isso.
Destacam-se, nesta ordem de fenômenos:
Moldagens: Ex.: de flores ou mãos em parafina fervente.
Materialização: formação (parcial ou total) de coisas ou corpos. Costumam ser temporárias.
Agêneres: É o nome que se dá às materializações de espíritos um tanto mais duradouras que o
comum.
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Transfiguração: modificação dos traços fisionômicos do médium ou do seu aspecto geral.
Voz Direta: produção de som correspondente à voz humana, articulada e audível por todos os
presentes.
Escrita Direta: produção de escrita sem o concurso de mãos humanas.
Tiptologia: Quando os efeitos sonoros formam uma linguagem (ex.: 1 pancada = Sim; 2 pancadas =
Não), que se classifica em:
Interior: pancadas produzidas no interior da massa material (objeto, mesa, parede etc) sem
movimento externo;
Bascular: com movimento do objeto para dar as pancadas (ex.: o tripé batendo com um dos pés);
Alfabética: quando, com movimento ou não dos objetos, as pancadas assinalam a letra desejada do
alfabeto.
Ao serem classificados quanto ao agente, os fenômenos espíritas poderão ser denominados de:
Fenômeno Mediúnico: O produzido por um espírito desencarnado, através do concurso de um
médium.
Fenômeno Anímico: O produzido pelo encarnado com suas próprias faculdades espirituais, sem o
uso dos sentidos físicos, graças à expansão do seu perispírito.
Jesus agiria como médium nas curas que operava? Não, porquanto o médium é um
intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de
assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal,
como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ousaria
insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia,
esse só de Deus lhe podia vir. Segundo definição dada por um espírito, ele era médium de Deus.
A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu
corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da
parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres. Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo,
senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla
vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem
os homens comuns.
O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos
perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo
incessante desejo de fazer o bem. (A Gênese - Cap. XIII e XV - Allan Kardec).
Nota: Todos os fenômenos tem pois origem tão somente na sua natureza perispiritual e moral. Os
fenômenos são portanto Anímicos.
OS MILAGRES DE JESUS EM ORDEM PELO FENÔMENO
Dupla vista
01. Mateus 4:18-22 – Vocação de quatro pescadores.
Caminhando (Jesus) ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e, André,
seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores; e disse-lhes: Segui-me e eu farei de vós
pescadores de homens. Eles, imediatamente, deixadas as redes, o seguiram. Passando adiante, viu outros
dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai
Zebedeu, consertando as suas redes, e chamou-os. Eles imediatamente, deixando a barca e o pai, o
seguiram.
Marcos 01:16-20 - Relatada
João 01:35-51 - Relatada
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Lucas 05:1-11 - Vocação dos quatro e Primeira pesca milagrosa.
Dupla Vista+Ação Magnética - Relatada no item 13
02. Mateus 09:09 – Vocação de Mateus.
Partindo Jesus dali, viu um homem que estava sentado na coletoria, chamado Mateus, e disse-lhe:
Segue-me. Ele, levantando-se, o seguiu.
Marcos 02:13-14
Foi outra vez para o lado do mar. Vinha a ele todo o povo e ele ensinava. Ao passar viu Levi, filho
de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me. Ele, levantando-se, o seguiu.
Lucas 05:27-28
Depois disto, saiu ele e viu sentado na coletoria um publicano, chamado Levi, ao qual disse: Segue-
me. Ele deixou tudo, levantou-se e o seguiu.
João - Não relatada.
03. Mateus 11:1-15 – João Batista envia a Jesus dois dos seus discípulos.
Tendo Jesus, acabado de dar estas instruções aos seus doze discípulos, partiu dali para ir ensinar e
pregar nas cidades deles. Como João, estando no cárcere tivesse ouvido falar das obras do Cristo, enviou
dois de seus discípulos, a dizer-lhe: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? Respondendo
Jesus, disse-lhes: Ide e contai a João o que ouvistes e vistes. “Os cegos vêem” os coxos andam, os
leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, “os pobres são evangelizados”; e bem-
aventurado aquele que não encontrar em mim motivo de escândalo.
Tendo eles partido, começou Jesus a falar de João às turbas: Que fostes vós ver ao deserto? Uma
cana agitada pelo vento? Mas que foste ver? Um homem vestido de roupas delicadas? Mas os que vestem
roupas delicadas vivem nos palácios dos reis. Mas que foste ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e ainda
mais do que profeta. Porque este é aquele de quem está escrito: “Eis que eu envio o meu mensageiro
adiante de ti, o qual te preparará o caminho diante de ti”.
Na verdade vos digo que entre os nascidos das mulheres não veio ao mundo outro maior que João
Batista; mas o menor no reino dos céus é maior que ele.
Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus adquire-se à força, e são os violentos
que o arrebatam. Todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se vós o quereis compreender, ele
mesmo é o Elias, que há de vir. O que tem ouvidos para ouvir, ouça.
Marcos - Não relatada
Lucas 07:18-28 - Relatada
João - Não relatada
04. Mateus 21:01-07 – Entrada de Jesus em Jerusalém.
Aproximando-se de Jerusalém, e, chegando a Betfagé, junto do monte das Oliveiras, enviou Jesus
dois dos discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis presa uma
jumenta e o seu jumentinho com ela; desprendei-a e trazei-ma. Se alguém vos disser alguma coisa, dizei
que o Senhor precisa deles e logo os deixará trazer. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que tinha
sido anunciado pelo profeta, que disse: “Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti manso, montado
numa jumenta e num jumentinho, filho da que leva o jugo”. Indo os discípulos, fizeram como Jesus lhes
ordenara. Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram sobre eles os seus vestidos e fizeram-no montar
em cima dela.
Marcos 11:01-07 - Relatada
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Lucas 19:28-35 - Relatada.
João 12:12-14 - Excluída a parte que demonstra a dupla vista
05. Mateus 26:1-2 – Jesus prediz a sua morte (vaso de bálsamo).
Aconteceu que, tendo Jesus acabado todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Vós sabeis
que daqui a dois dias será celebrada a Páscoa e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
Marcos 14:3-9
Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão o leproso, enquanto estava à mesa, veio uma mulher
trazendo um vaso de alabastro cheio de um bálsamo precioso de nardo, e, quebrado o vaso, derramou-lho
sobre a cabeça.
Alguns dos que estavam presentes indignaram-se, e diziam entre si: Para que foi este desperdício
de bálsamo? Pois podia vender-se por mais de trezentos denários, e dá-los aos pobres. E irritavam-se
contra ela. Mas Jesus disse: Deixai-a; porque a molestais? Ela fez-me uma boa obra. Porque vós tendes
sempre convosco os pobres, e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; porém a mim não me tendes
sempre. Ela fez o que podia: embalsamou com antecipação o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos
digo: onde quer que for pregado este Evangelho por todo o mundo, será também contado, para sua
memória o que ela fez.
Lucas - Não relatada
João 12:1-8 – Ora seis dias da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde se encontrava Lázaro, que Jesus
tinha ressuscitado. E deram-lhe lá uma ceia; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com
ele. Então tomou Maria uma libra de bálsamo feito de nardo puro de grande preço, ungiu os pés de Jesus e
enxugou-os com seus cabelos; a casa ficou cheia de perfume do bálsamo. Então Judas Iscariotes, um dos
seus discípulos, aquele que o havia de entregar, disse: Por que se não vendeu este bálsamo por trezentos
denários e se não deu aos pobres? Disse isto, não porque se importasse com os pobres, mas porque era
ladrão, e, tendo a bolsa, roubava o que se lançava nela. Mas Jesus respondeu: Deixai-a; ela reservou isto
para o dia da minha sepultura; porque sempre tendes os pobres convosco, mas a mim não me tendes
sempre.
06. Marcos 14:12-17 – Preparação da última ceia.
No primeiro dia dos ázimos (sem fermento), quando imolavam a Páscoa, disseram-lhe os
discípulos: Onde queres que vamos preparar-te (o que é necessário) para comer a Páscoa? Então ele
enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: Ide à cidade, e encontrareis um homem levando uma bilha de
água; ide atrás dele, e, onde quer que entre, dizei ao dono da casa: o Mestre diz: onde está a minha sala
em que eu hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará uma sala superior, grande,
mobiliada e posta em ordem. Preparai-nos lá o que é preciso. Os discípulos partiram, chegaram à cidade,
encontraram tudo como ele lhes tinha dito e preparam a Páscoa. Chegada à tarde, foi Jesus com os doze.
Mateus - Não relatada
Lucas 22:07-13 - Relatada - Envia Pedro e João
João - Não relatada
07. Mateus 26:20-25 – Jesus prediz a traição de Judas.
Chegando a tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze. Enquanto comiam, disse-lhes: Em verdade
vos digo que um de vós me há de entregar. Eles, muito tristes, cada um começou a dizer: Porventura sou
eu, Senhor? Ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato esse me entregará. O Filho do
homem vai certamente, como está escrito dele, mas ai daquele homem, por quem será entregue o Filho do
homem! Melhor fora que tal homem não tivesse nascido. Respondendo Judas, o que o entregava, disse:
Sou eu porventura, Mestre? Disse-lhe Jesus: Tu o disseste.
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Marcos 14:18-21 - Relatada.
Lucas 22:21-23 - Relatada.
João 13:18-26 – Relatada
08. Mateus 26:33-35 – Jesus prediz a negação de Pedro.
Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem a teu respeito, eu nunca me
escandalizarei. Jesus disse-lhe: Em verdade te digo que esta noite, antes que o galo cante, me negarás três
vezes. Pedro disse-lhe: Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei. Do mesmo modo falaram
todos os discípulos.
Marcos 14:29-30 - Relatada
Lucas 22:33-34 - Relatada
João 13:36-38 - Relatada
Dupla vista + Ação Magnética
09/10. Marcos 5:21-43 – A filha de Jairo e a “Hemorroíssa”.
Tendo passado Jesus novamente para o outro lado na barca, concorreu a ele muita gente, e ele
estava junto do mar. Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, o qual, vendo-o, lançou-se a seus
pés, e pedia-lhe com instância, dizendo: Minha filha está nas últimas; vem, impõe sobre ela a mão, para que
seja salva e viva. Jesus foi com ele. Uma grande multidão o seguia e o apertava.
Então uma mulher, que há doze anos padecia um fluxo de sangue, que tinha sofrido muito de
muitos médicos e gastado tudo quanto possuía, e que, longe de ter sentido melhoras, antes cada vez se
achava pior, tendo ouvido falar de Jesus, foi por detrás, entre a turba, e tocou a sua veste; porque dizia: Se
eu tocar, ainda que seja só a sua veste, ficarei curada. Imediatamente parou o fluxo do sangue e sentiu no
seu corpo estar curada do mal. Jesus, conhecendo logo em si mesmo a virtude que saíra dele, voltado para
a multidão, disse: Quem tocou a minha veste? Os seus discípulos diziam-lhe: Tu vês que a multidão te
comprime e perguntas: Quem me tocou? Mas Jesus olhava em roda para ver a que tinha feito isto. Então a
mulher, que sabia o que se tinha passado nela, cheia de medo e tremendo, foi prostrar-se diante dele, e
disse-lhe toda a verdade. Jesus disse-lhe: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e fica curada do teu mal.
Ainda ele falava, quando chegaram de casa do chefe da sinagoga, dizendo: Tua filha morreu; para
que incomodar mais o Mestre? Porém Jesus tendo ouvido o que eles diziam, disse ao príncipe da sinagoga:
Não temas; crê somente. E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão
de Tiago.
Chegaram a casa do príncipe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço e os que estavam chorando e
fazendo grandes prantos. E, tendo entrado, disse-lhes: Por que vos perturbais e chorais? A menina não
está morta, mas dorme. E zombaram dele. Mas ele tendo feito sair a todos, tomou o pai e a mãe da menina,
os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. Tomando a mão da menina, disse-lhe:
“Talitha kûm”, que quer dizer: Menina eu te mando, levanta-te. Imediatamente se levantou a menina, e
andava; pois tinha já doze anos; e ficaram cheios de grande espanto. E Jesus ordenou-lhes rigorosamente
que ninguém o soubesse; e disse que dessem de comer à menina.
Mateus 9:18-26 - Relatada.
Lucas 8:40-56 - Relatada.
João - Não relatada
11. Lucas 07:11-15 – O filho da viúva de Naim.
Aconteceu que, no dia seguinte, ia ele para uma cidade, chamada Naim. Iam com ele os seus
discípulos e muito povo. Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado um defunto a
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sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; ia com ela muita gente da cidade. Tendo-a visto o Senhor,
movido de compaixão para com ela, disse-lhe: Não chores. Aproximou-se e tocou no esquife. Os que o
levavam pararam. Então disse ele: Jovem, eu te digo, levanta-te. Sentou-se o que tinha estado morto e
começou a falar. E Jesus entregou-o a sua mãe.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
12. João 11: 01-46 – Lázaro.
Estava enfermo um homem, chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de Marta, sua irmã.
Maria era aquela que ungiu o Senhor com bálsamo e lhe enxugou os pés com os seus cabelos, cujo irmão
Lázaro estava enfermo. Mandaram, pois, suas irmãs dizer a Jesus: Senhor, eis que está enfermo aquele
que tu amas. Ouvindo isto, Jesus disse: Esta enfermidade não é de morte, mas é para glória de Deus, a fim
de que o Filho de Deus seja glorificado por ela. Ora Jesus amava Marta e sua irmã Maria e Lázaro.
Tendo, pois, ouvido que Lázaro estava enfermo, ficou ainda dois dias no mesmo lugar. Depois disto,
disse a seus discípulos: Voltemos para a Judéia. Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora te
queriam apedrejar os judeus e tu vais novamente para lá? Jesus respondeu: Não são doze as horas do dia?
Aquele que caminhar de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo; porém, o que andar de noite
tropeça porque lhe falta a luz. Assim falou e, depois disto, disse-lhes: Nosso amigo Lázaro dorme; mas vou
despertá-lo. Disseram-lhe então os seus discípulos: Senhor, se ele dorme, curar-se-á. Mas Jesus tinha
falado da sua morte. Eles julgavam que falava do repouso do sono. Disse-lhes, pois, Jesus então
claramente: Lázaro morreu, e eu, por amor de vós, folgo não ter estado lá para que creiais; mas vamos ter
com ele. Disse então Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também para morrer com ele.
Chegou, pois, Jesus, e encontrou-o já há quatro dias no sepulcro. Betânia distava de Jerusalém
cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham ido ter com Marta e Maria, para lhes dar os pêsames pela
morte de seu irmão. Marta, pois logo que ouviu que vinha Jesus, saiu-lhe ao encontro; Maria ficou em casa
sentada. Disse então Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas
também sei agora que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de
ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu
sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em
mim, não morrerá eternamente. Crês isto? Ela disse-lhe: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de
Deus, que vem a este mundo.
Dito isto, retirou-se e foi chamar em segredo sua irmã Maria, dizendo: O Mestre está aqui e chama-
te. Ela, logo que ouviu isto, levantou-se rapidamente e foi ter com ele; porque Jesus ainda não tinha entrado
na aldeia, mas estava ainda naquele lugar, onde Marta saíra ao seu encontro. Então os judeus, que
estavam com ela em casa e a consolavam, vendo que Maria se tinha levantado tão depressa e tinha saído,
seguiram-na, julgando que ia chorar ao sepulcro. Maria, porém, tendo chegado onde Jesus estava, e vendo-
o, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: Senhor, se tivesses estado aqui, não teria morrido meu irmão. Jesus,
porém, vendo-a chorar, a ela e aos judeus, que tinham ido com ela, comoveu-se profundamente e
perturbou-se, e disse: Onde o puseste? Eles responderam: Senhor, vem ver. Jesus chorou. Disseram por
isso os judeus: Vejam como ele o amava. Porém alguns deles disseram: Este, que abriu os olhos ao que
era cego de nascença, não podia fazer que este não morresse?
Jesus, pois, novamente comovido no seu interior, foi ao sepulcro. Era este uma gruta à qual estava
sobreposta uma pedra. Jesus disse: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do defunto: Senhor, ele já cheira
mal porque já aí está a quatro dias. Disse-lhes Jesus: Não te disse eu que, se tu creres, verás a gloria de
Deus? Tiraram pois, a pedra, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, dou-te graças, porque me tens
ouvido. Eu bem sabia que me ouves sempre, mas falei assim por causa do povo que está à roda de mim,
para que creiam que tu me enviaste. Tendo dito estas palavras, bradou em alta voz: Lázaro, sai para fora. E
saiu o que estivera morto, ligado de pés e mãos com as ataduras, e o seu rosto envolto num sudário. Jesus
disse-lhes: Desliguem-no e deixai-o ir. Então muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo
o que Jesus fizera, creram nele. Porém alguns deles foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus
tinha feito.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Nota: Segundo a narrativa de João esse foi o último episódio antes do calvário.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
13. Lucas 05:01-11 – Primeira pesca surpreendente.
Aconteceu que um dia, comprimindo-se as multidões em volta dele para ouvir a palavra de Deus.
Ele estava junto do lago de Genesaré. Viu duas barcas que estacionavam a borda do lago; os pescadores
tinham saído e lavavam as redes. Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, rogou-lhe que se
afastasse um pouco da terra. E, estando sentado, ensinava o povo da barca. Quando acabou de falar, disse
a Simão: Faze-te ao lago e lançai as vossas redes para pescar. Respondendo Simão, disse-lhe: Mestre,
tendo trabalhado toda à noite, não apanhamos nada; porém, sobre a tua palavra, lançarei a rede. Tendo
feito isto apanharam tão grande quantidade de peixes, que a sua rede rompia-se. Então fizeram sinal aos
companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram, e encheram tanto ambas
as barcas, que quase se afundaram. Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: Retira-
te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador. Porque tanto ele como todos os que se encontravam
com ele ficaram possuídos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. O mesmo tinha acontecido a
Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, Jesus disse a Simão: Não tenhas
medo; desta hora em diante serás pescador de homens. Trazidas as barcas para terra, deixando tudo,
seguiram-no.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
14. Mateus 17:24-27 – O peixe e a moeda.
Quando entraram em Cafarnaum, chegaram-se a Pedro os que recebiam a didracma para o templo,
e disseram-lhe: Vosso Mestre não paga a didracma? Ele respondeu-lhes: Sim. Depois que entrou em casa,
Jesus o preveniu, dizendo: Que te parece Simão? De quem recebem os reis da terra o tributo ou o censo?
De seus filhos, ou dos estranhos? Ele respondeu: Dos estranhos. Disse-lhes Jesus; logo estão isentos os
filhos. Todavia, para que os não escandalizemos, vai ao mar e lança o anzol, e o primeiro peixe que subir,
toma-o, e, abrindo-lhe a boca, achará dentro um estáter; toma-o e dá-lho por mim e por ti.
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
15/16. Marcos 2:1-12 – O paralítico.
Passados alguns dias, entrou Jesus outra vez em Cafarnaum. Soube-se que ele estava em casa e
juntou-se muita gente, de modo que não se cabia nem mesmo diante da porta. Ele pregava-lhes a palavra.
Foram ter com ele, conduzindo um paralítico, que era transportado por quatro. Como não pudessem
apresentá-lo por causa da multidão, descobriram o teto pela parte debaixo da qual estava Jesus; e, tendo
feito uma abertura, desceram o leito, em que jazia o paralítico. Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao
paralítico: Filho, são-te perdoados os teus pecados.
Estavam ali sentados alguns escribas, os quais iam discorrendo nos seus corações: Como fala
assim este homem? Ele blasfema. Quem pode perdoar os pecados, senão só Deus? Jesus, conhecendo
logo no seu espírito que eles discorriam desta maneira dentro de si, disse-lhes: Por que pensais isso nos
vossos corações? O que é menos difícil: dizer ao paralítico: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer:
Levanta-te, toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de
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Tema: Mediunidade na Bíblia
perdoar pecados, disse ao paralítico: Eu te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
Imediatamente ele se levantou, e, tomando o seu leito, retirou-se à vista de todos, de maneira que todos se
admiravam e louvavam a Deus dizendo: Nunca tal vimos.
Mateus 09:01-07 - Relatada
Lucas 05:17-26 - Relatada
João - Não relatada
Dupla vista Profética
17/18. Mateus 8:5-13 – O servo do Centurião e a “Diáspora”.
Tendo entrado em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, fazendo-lhe uma súplica, dizendo:
Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre muito. Jesus disse-lhe: Eu irei e o curarei. Mas o
centurião, respondendo, disse: Senhor, eu não sou digno de que entres na minha casa; dize, porém, uma
só palavra e o meu servo será curado. Pois, também eu sou um homem sujeito a outro, tendo soldados à
minhas ordens, e digo a um: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
Jesus ouvindo isso admirou-se, e disse para os que o seguiam: Em verdade vos digo: Não achei tão grande
fé em Israel. Digo-vos, pois, que virão muitos do Oriente e do Ocidente e que se sentarão com Abraão,
Isaac e Jacó no reino dos céus, enquanto que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde
haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, seja-te feito conforme creste.
Naquela mesma hora ficou curado o servo.
Marcos - Não relatada.
Lucas 7:1-10 - Relatada - Excluída Dupla Vista Profética.
João - Não relatada.
19. Mateus 24:1-2 – Profecia da ruína de Jerusalém.
Tendo saído Jesus do templo, ia-se retirando: e aproximaram-se dele os seus discípulos, para lhe
fazerem notar a fábrica do templo. Mas ele, respondendo, disse-lhes: Vedes tudo isto? Em verdade vos digo
que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.
Marcos 13:01-02
Quando saía do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Olha, Mestre, que pedras e que
construções. Jesus, disse-lhe: Vê estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja
derrubada.
Lucas 21: 5-06
Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus
disse: De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra, que não seja demolida.
João - Não relatada
Ação magnética (simultaneidade)
20. Mateus 8:1-4 – A cura do leproso.
Tendo Jesus descido do monte, uma grande multidão o seguiu. Eis que, aproximando-se um
leproso, se prostrou dizendo: Senhor, se queres, podes limpar-me. Jesus, estendendo a mão, tocou-o,
dizendo: Quero, sê limpo. E logo ficou limpo da sua lepra. Jesus disse-lhe: Vê, não o digas a ninguém, mas
vai mostra-te ao sacerdote e faze a oferta que Moisés ordenou, em testemunho da tua cura.
Marcos 1:40-45 - Relatada
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Lucas 5:12-14 - Relatada
João - Não relatada
21. Mateus 9:27-31 – Os dois cegos.
Partindo dali Jesus seguiram-no dois cegos, gritando e dizendo: Tem piedade de nós, filho de Davi!
Tendo chegado a casa, aproximaram-se dele os cegos, Jesus disse-lhes: Credes que posso fazer isto? Eles
disseram: Sim, Senhor. Então, tocou-lhes os olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé. E abriram-
se os seus olhos. Jesus deu-lhes ordens terminantes dizendo: Vede que ninguém o saiba. Mas eles,
retirando-se, divulgaram por toda aquela terra a sua fama.
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
22. João 05:01-09 – O enfermo no tanque de Betsaida.
Depois disto, houve uma festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Ora há em Jerusalém, junto
da porta das Ovelhas, uma piscina, que em hebreu se chama Betsaida, a qual tem cinco pórticos. Nestes
jazia uma grande multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos, os quais esperavam o movimento da
água. Porque um anjo do Senhor descia de tempos a tempos à piscina e agitava a água. O primeiro que
descesse à piscina, depois do movimento da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Estava
ali um homem que, há trinta e oito anos, se encontrava enfermo. Jesus, vendo-o deitado, e sabendo que
estava assim há muito, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho uma
pessoa que me lance na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce primeiro do que
eu. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. No mesmo instante, ficou são aquele homem,
tomou o seu leito e começou a andar. Aquele dia era um sábado.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
23. Mateus 20:29-34 – Os cegos de Jericó.
Saindo eles de Jericó, seguiu-o muita gente. Eis que dois cegos, que estavam sentados junto à
estrada, ouviram dizer que Jesus passava e puseram-se a gritar, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem
piedade de nós! Porém o povo repreendeu-os para que se calassem. Eles, porém, cada vez gritavam mais,
dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem piedade de nós! Jesus parou, chamou-os e disse: Que quereis que eu
vos faça? Senhor, responderam eles, que se abram os nossos olhos. Jesus, compadecido deles, tocou-lhes
os olhos, e no mesmo instante recuperaram a vista e o seguiram.
Marcos 10:46-52
Chegaram a Jericó. Ao sair de Jericó, ele e os seus discípulos e grande multidão, Bartimeu,
mendigo cego, filho de Timeu, estava sentado ao caminho. Quando ouviu dizer que era Jesus Nazareno
começou a gritar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim! E ameaçavam-no muito para que se
calasse. Mas ele cada vez gritava mais forte: Filho de Davi, tem piedade de mim! Jesus, parando, disse:
Chamai-o. Chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem confiança, levanta-te, ele te chama. Ele deitando fora de si
a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. Tomando Jesus a palavra, disse-lhe: Que queres que
eu te faça? O cego disse-lhe: Senhor, faze que eu recupere a vista. Então disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te
salvou. No mesmo instante recuperou a vista e o seguia pelo caminho.
Lucas 18:35-43 - Relatada.
João - Não relatada
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
24. Lucas 17:11-19 – Os dez leprosos.
Sucedeu que, indo Jesus para Jerusalém, atravessava a Samaria e a Galiléia. Ao entrar numa
aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que pararam ao longe, e levantaram a voz, dizendo: Jesus,
Mestre, tem compaixão de nós. Tendo-os ele visto, disse-lhes: Ide, mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu
que, enquanto iam, ficaram limpos. Um deles, quando viu que tinha ficado limpo, voltou atrás, glorificando a
Deus em alta voz, e prostrou-se por terra a seus pés, dando-lhe graças; este era um samaritano. Jesus
disse: Não são dez os que foram curados? Os outros nove onde estão? Não se encontrou quem voltasse e
desse glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse para ele: Levanta-te, vai; a tua fé te salvou.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
Ação magnética (pelo magnetizador)
25. Mateus 8:14-15 – Cura da sogra de Pedro.
Tendo chegado Jesus à casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre. Tomou-a
pela mão e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.
Marcos 1:29-31 - Relatada
Lucas 4:38-39 - Relatada
João - Não relatada.
26. Mateus 12:09-13 – A mão seca.
Partindo dali, foi à sinagoga deles, onde se encontrava um homem que tinha seca uma das mãos; e
eles, para terem de que o acusar, interrogaram-no, dizendo: É permitido curar aos sábados? Ele disse-lhes:
Que homem haverá entre vós que, tendo uma ovelha, se esta cair no dia de Sábado a um fosso, não a
tome, e não a tire? Ora quanto mais vale um homem do que uma ovelha? Logo é permitido fazer bem no dia
de Sábado. Então disse ao homem: Estende a tua mão. Ele estendeu-a, e tornou-se sã como a outra.
Marcos 03:0-12 - Relatada
Lucas 06:06-11 - Relatada
João - Não relatada
27. Lucas 14: 01-06 – O Hidrópico.
Aconteceu que, entrando Jesus, um sábado, em casa de um dos principais fariseus, a tomar a sua
refeição, eles o estavam observando. E eis que estava diante dele um homem hidrópico. Jesus, dirigindo a
palavra aos doutores da lei e aos fariseus, disse-lhes: É lícito ou não fazer curas ao sábado? Eles ficaram
calados. Então Jesus, pegando no homem pela mão, curou-o e mandou-o embora. Dirigindo-se depois a
eles disse: Quem de entre vós que, se o seu jumento ou seu boi cair num poço, não o tirará logo em dia de
Sábado? Eles não sabiam que replicar a isto.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
28. Marcos 11:12-24 – A figueira seca.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Ao outro dia, depois que saíram de Betânia, teve fome. E, tendo visto ao longe uma figueira que
tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela alguma coisa; quando chegou a ela, nada encontrou senão folhas;
porque não era tempo de figos. Falando, disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti. Ouviram-no os
seus discípulos.
Chegaram a Jerusalém. E, tendo entrado no templo, começou a lançar fora os que vendiam e
compravam no templo, derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não
consentia que ninguém transportasse objeto algum pelo templo; e os ensinava, dizendo-lhes: Porventura
não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração para todas as gentes?”. Mas vós fizestes
dela um covil de ladrões. Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas, procuravam o modo de o
perderem; porque o temiam, visto que todo o povo admirava a sua doutrina. Quando se fez tarde, saiu da
cidade.
No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até a raízes. Então Pedro, recordando-
se, disse-lhe: Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste. Jesus, respondendo, disse-lhes:
Tende fé em Deus. Em verdade vos digo que todo o que disser a este monte: Tira-te daí, e lança-te no mar,
e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disser seja feito, lhe será feito. Por isso vos
digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir e que o obtereis.
Mateus 21:18-22 - Relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
29. Lucas 22:47-53 – A orelha do servo do Sumo-sacerdote.
Estando ele ainda a falar, eis um tropel e gente. Aquele que se chamava Judas, um dos doze, vinha
à frente deles; aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus disse-lhe: Judas! Com um beijo entrega o Filho
do homem? Os que estavam com Jesus, vendo o que ia acontecer, disseram-lhe: Senhor, se os feríssemos
à espada? E um deles feriu um servo do sumo pontífice e cortou-lhe a orelha direita. Mas Jesus, tomando a
palavra disse: Deixai, basta. E, tendo-lhe tocada a orelha, o sarou. Disse depois Jesus aos príncipes dos
sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos que tinham vindo contra ele: Viestes armados de espadas
e de paus como contra um ladrão? Quando eu estava todos os dias convosco no templo, nunca
estendestes a mão contra mim; porém, esta é a vossa hora, e o poder das trevas.
Mateus – Não relata a parte do corte da orelha do servo
Marcos – Não relata a parte do corte da orelha do servo
João – Não relata a parte do corte da orelha do servo
Ação magnética (pelo paciente)
09/10 – A Hemorroíssa.
Ação magnética (à distância)
17/18 – Servo do Centurião.
30. João 04:46-54 – O filho do oficial romano.
Foi, pois, novamente a Caná da Galiléia, onde tinha convertido a água em vinho. Havia ali um
funcionário real, cujo filho estava doente em Cafarnaum. Este, tendo ouvido dizer que Jesus chegara da
Judéia à Galiléia, foi ter com ele e rogou-lhe que fosse a sua casa curar seu filho, que estava a morrer.
Disse-lhe Jesus: Vós, se não virdes milagres e milagres e prodígios, não credes. Disse-lhe o funcionário
real: Senhor, vem antes que meu filho morra. Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. Deu o homem crédito ao
que Jesus lhe disse, e partiu. Quando já ia para casa, vieram os seus criados ao seu encontro, e deram-lhe
a nova de que seu filho vivia. Perguntou-lhes a hora em que o doente se achara melhor. Eles disseram-lhe:
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Ontem, à hora sétima, o deixou a febre. Reconheceu então o pai ser aquela mesma hora em que Jesus lhe
dissera: Teu filho vive; creu nele, e toda a sua família. Foi este o segundo milagre que Jesus fez, depois de
ter vindo da Judéia para a Galiléia.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
Ação magnética (usando outro veículo)
31. Marcos 07:31-37 – O surdo-mudo.
Jesus, tornando a sair dos confins de Tiro, foi por Sidônia ao mar da Galiléia, atravessando o
território da Decápole. Trouxeram-lhe um surdo-mudo, e suplicavam-lhe que lhe impusesse a mão. Então
Jesus, tomando-o à parte dentre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou com saliva a sua língua.
E, levantando os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Ephpheta, que quer dizer, abre-te.
Imediatamente se lhe abriram os ouvidos, soltou-se-lhe a prisão da língua e falava claramente. Ordenou-
lhes que a ninguém o dissessem. Porém, quanto mais lho proibia, mais o publicavam. E admiravam-se
sobremaneira, dizendo: Tudo tem feito bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.
Mateus - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
32. Marcos 08:22-26 – O cego de Betsaida.
Chegando a Betsaida, trouxeram-lhe um cego, e suplicavam-lhe que o tocasse. Tomando o cego
pela mão, conduziu-o fora da aldeia, pôs-lhe saliva sobre os olhos, e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe:
Vês alguma coisa? Ele levantando os olhos, disse: Vejo os homens que me parecem árvores que andam.
Depois impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos; ele começou a ver claramente, ficou curado e
distinguia tudo, nitidamente, de longe. Então Jesus mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia.
Mateus - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
33. João 09:01-09 – O cego de nascença.
E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Os seus discípulos perguntaram-lhe: Mestre,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele nem seus pais
pecaram; mas foi para se manifestarem nele as obras de Deus. Importa que eu faça as obras daquele que
me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a
luz do mundo. Dito isto, cuspiu no chão, fez lodo com a saliva, ungiu com o lodo os olhos do cego e disse-
lhe: Vai, lava-te na piscina de Siloé (que quer dizer Enviado). Foi ele, pois, lavou-se e voltou com vista.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
Desobsessão
34. Mateus 8:28-32 – Expulsão de demônios em Gerasa.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro
dois endemoninhados, que saíam dos sepulcros, e eram tão furiosos que ninguém ousava passar por
aquele caminho. Puseram-se a gritar, dizendo: Que tens tu conosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-
nos antes do tempo? Estava não longe deles uma vara de muitos porcos, que pastava. Os demônios
rogavam-lhe, dizendo: Se nos expulsas daqui, manda-nos para aquela vara de porcos. Ele disse-lhes: Ide.
Eles, saindo, entraram nos porcos, e imediatamente toda a vara se precipitou com ímpeto no mar por um
despenhadeiro e morreram nas águas.
Marcos 5:1-13
Chegando à outra banda do mar, ao território dos gerasenos. Ao sair Jesus da barca, foi logo ter
com ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo, o qual tinha o seu domicílio
nos sepulcros, e nem com cadeias o podia alguém ter preso; porque, tendo sido atado por muitas vezes
com grilhões e com cadeias tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões, e ninguém o podia
domar. E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras.
Vendo, porém, a Jesus de longe, correu, prostrou-se diante dele e, clamando em alta voz, disse: Que tens
tu comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Eu te conjuro por Deus que me não atormentes. Porque Jesus
dizia-lhe: Espírito imundo sai deste homem. E perguntou-lhe: Que nome é o teu? Ele respondeu: O meu
nome é Legião, porque somos muitos. E suplicava-lhe instantemente que não o expulsasse daquele país.
Andava ali pastando ao redor do monte uma grande vara de porcos. Os espíritos suplicavam-lhe,
dizendo: Manda-nos para os porcos, para nos pormos neles. Jesus deu-lhes essa permissão. Saindo os
espíritos imundos, entraram nos porcos; e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um
despenhadeiro no mar, e aí se afogou.
Os que andavam apascentando fugiram e foram espalhar a notícia pela cidade e pelos campos. O
povo foi ver o que tinha sucedido. Foram ter com Jesus e viram o que tinha sido vexado do demônio
sentado, vestido e são do juízo, ele, que tinha estado possesso duma legião inteira, e tiveram medo. Os que
tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos. Começaram então a
rogar a Jesus que se retirasse do território deles. E, quando Jesus subia para a barca, começou o que fora
vexado do demônio, a pedir-lhe que lhe permitisse acompanhá-lo. Mas Jesus não lho permitiu, antes disse-
lhe: Vai para tua casa , para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve
piedade de ti. Ele retirou-se e começou a publicar pela Decápole quão grandes coisas lhe tinha feito Jesus;
e todos se admiravam.
Lucas 8:26-39 - Relatada
João - Não relatada
35. Mateus 15:21-31 – A filha da mulher Cananéia.
Tendo partido dali, retirou-se Jesus para a região de Tiro e de Sidônia. E eis que uma mulher
Cananéia, que tinha saído daqueles arredores, gritou, dizendo-lhe: Senhor Filho de Davi, tem piedade de
mim! Minha filha está miseravelmente atormentada do demônio. Ele, porém, não lhe respondeu palavra.
Aproximando-se seus discípulos, pediam-lhe, dizendo: Despede-a, porque vem gritando atrás de nós. Ele,
respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas desgarradas da casa de Israel. Ela, porém, veio,
prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, vale-me. Ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos
filhos e lançá-lo aos cães. Ela replicou: Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das
migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então Jesus, respondendo, disse-lhe: Ó mulher, grande é a
tua fé! Seja-te feito como queres. E desde àquela hora ficou sã a sua filha.
Tendo Jesus saído dali, dirigiu-se para o mar da Galiléia. Subiu a um monte e sentou-se aí.
Concorreu a ele grande multidão de povo, que trazia consigo coxos, cegos, mudos, estropiados e muito
outros; lançaram-nos a seus pés e ele os curou; de sorte que as turbas se admiravam, vendo falar os
mudos, andar os coxos, ver os cegos; e davam glória ao Deus de Israel.
Marcos 07:24-30 - Relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
36. Marcos 09:17-27 – O menino epilético.
Um dentre a multidão respondeu-lhe: Mestre, eu trouxe-te meu filho que está possesso de um
espírito mudo, o qual, onde quer que se apodere dele, o lança por terra e o menino espuma, range com os
dentes e fica entorpecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e não puderam.
Ele respondeu-lhes: Ó geração incrédula! Até quando hei de estar convosco? Até quando vos hei de
suportar? Trazei-mo cá. Levaram-lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência; e,
caído por terra, revolvia-se espumando. Jesus perguntou ao pai dele: Há quando tempo lhe sucede isto?
Ele disse: Desde a infância; o demônio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar;
porém tu se podes alguma coisa, vale-nos, tendo compaixão de nós. Jesus disse-lhes: Se podes...! Tudo é
possível ao que crê. Imediatamente o pai do menino exclamou: Eu creio; auxilia a minha falta de fé.
Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo,
eu te mando: Sai desse menino, e não tornes a entrar nele! Então dando gritos e agitando-o com violência,
saiu dele, e o menino ficou como morto, de sorte que muitos diziam: Está morto. Porém Jesus, tomando-o
pela mão, levantou-o, e ele ergueu-se.
Mateus 17:14-18 - Relatada
Lucas 9:37-43 - Relatada
João - Não relatada
37. Marcos - 01:21-28 – O possesso de Cafarnaum.
Depois foram a Cafarnaum. Tendo ele entrado no Sábado na sinagoga, ensinava. Os ouvintes
ficavam admirados com a sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os
escribas.
Na sinagoga estava um homem possesso do espírito imundo, o qual exclamou, dizendo: Que tens
tu que ver conosco, ó Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem és, o Santo de Deus. Mas Jesus
o ameaçou, dizendo: Cala-te e sai desse homem. Então o espírito imundo, agitando-o violentamente e
dando um grande grito, saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros,
dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até aos espíritos imundos, e
obedecem-lhe. Divulgou-se logo a sua fama por toda a terra da Galiléia.
Mateus - Não relatada
Lucas 04:31-37 - Relatada
João - Não relatada
38. Marcos 16:09 – Maria Madalena.
Ora Jesus tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a
Maria Madalena, na qual tinha expulsado sete demônios.
Lucas 08:01-03
Aconteceu em seguida que Jesus caminhava pelas cidades e aldeias, pregando e anunciando a
Boa-nova do reino de Deus; andavam com ele os doze e algumas mulheres que tinham sido livradas de
espírito maligno e de enfermidade; Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios, Joana
mulher de Cusa, procurador de Herodes, Susana e outras muitas, que lhe assistiam de suas posses.
Mateus - Não relatada
João - Não relatada
Desobsessão + Ação magnética
39. Mateus 9:32-34 – O possesso mudo.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Tendo-se este tirado, apresentaram-lhe um mudo possesso do demônio. Expulso o demônio, falou o
mudo e admiraram-se as multidões, dizendo: Nunca se viu isso em Israel. Os fariseus, porém, diziam: Ele
expulsa os demônios por meio do príncipe dos demônios.
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
40. Lucas 13:10-13 – A mulher encurvada.
Jesus estava ensinando numa sinagoga em dia de Sábado. E eis que veio ali uma mulher, que
estava possessa de um espírito que a tinha doente havia dezoito anos. Andava encurvada e não podia
absolutamente levantar a cabeça. Jesus, vendo-a, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua
enfermidade. Impôs-lhe a mão, e, imediatamente, ficou direita, e glorificava a Deus.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
41. Mateus 12:22 – Possesso cego e mudo.
Então, trouxeram-lhe um endemoninhado, cego e mudo, e ele o curou, de sorte que falava e via.
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
Autoridade moral
42. Mateus 8:23-27 – Fenômenos com a natureza – Jesus acalma a tempestade.
Subindo para uma barca, o seguiram seus discípulos. Eis que se levantou no mar uma grande
tempestade, de modo que as ondas alagavam a barca. Ele dormia. Aproximaram-se dele os discípulos e
acordaram-no, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos! Jesus disse-lhes: porque temeis, homens de
pouca fé? Então, levantando-se, imperou aos ventos e ao mar e seguiu-se uma grande bonança. Eles se
admiraram, dizendo: Quem é este, a quem obedecem os ventos e o mar?
Marcos 4:35-40 - Relatada
Lucas 8:22-25 - Relatada
João - Não relatada
Efeito físico
43. Mateus 14:13-21 – Primeira multiplicação dos pães.
... “Ao cair da tarde, aproximaram-se dele os discípulos, dizendo: Este lugar é deserto e a hora é já
adiantada; deixa ir essa gente, para que, indo às aldeias, compre de comer. Mas Jesus disse-lhes: Não têm
necessidade de ir; dai-lhes vós de comer. Responderam-lhe: Não temos aqui senão cinco pães e dois
peixes. Ele disse-lhes: Trazei-me. E, tendo mandado à multidão que se sentasse sobre a relva, tomando os
cinco pães e os dois peixes, levantando os olhos ao céu, disse a bênção, e partindo os pães, deu-os aos
discípulos, e os discípulos às turbas. Comeram todos, e saciaram-se; e levantaram do que sobejou doze
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Tema: Mediunidade na Bíblia
cestos cheios dos fragmentos que ficaram. Ora, o número dos que tinham comido era de cinco mil homens,
sem falar em mulheres e crianças”.
Marcos 6:33-44 - Relatada
Lucas 9:12-17 - Relatada
João 6:1-13 - Relatada
44. Mateus 14: 22-36 – Jesus anda sobre as águas.
Imediatamente Jesus obrigou os seus discípulos a subir para a barca e a passarem antes dele à
outra margem do lago, enquanto ele despedia as turbas. Despedidas as turbas, subiu só a um monte para
orar. Quando chegou a noite, achava-se ali só. Entretanto, a barca achava-se muitos estádios da terra e
era batida pelas ondas, porque o vento era contrário. Porém, na Quarta vigília da noite, foi Jesus ter com
eles, andando sobre o mar, E os discípulos, quando o viram andar sobre o mar, turbaram-se dizendo: É um
fantasma. E, com medo, começaram a gritar. Mas Jesus falou-lhes imediatamente, dizendo: Tende
confiança; sou eu, não temais.
Respondendo Pedro, disse: Senhor és tu, manda-me ir até onde estás por sobre as águas. Ele
disse: Vem, descendo Pedro da barca, caminhava sobre a água para ir a Jesus. Vendo, porém, que o vento
era forte, temeu, e começando a submergir-se, gritou, dizendo: Senhor, salva-me! Imediatamente Jesus
estendendo a mão, o tomou e lhe disse: Homem de pouca fé, porque duvidaste? Depois que subiram para a
barca, o vento cessou. Os que estavam na barca aproximaram-se dele e o adoraram, dizendo:
Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.
Tendo atravessado o lago, foram para a terra de Genesar. Tendo-o reconhecido o povo daquele
lugar, mandaram mensageiros por todo aquele país e lhe apresentaram todos os que padeciam algum mal,
e rogando-lhe que os deixasse tocar sequer a orla do seu vestido. Todos os que o tocaram, ficaram são.
Marcos 6:45-51 - Relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
45. Mateus 15:32-39 – Segunda multiplicação dos pães.
Jesus, porém, chamando os seus discípulos, disse: Tenho piedade deste povo, porque há já três
dias que não se afastam de mim, e não têm o que comer; não quero despedi-los em jejum, para que não
desfaleçam no caminho. Os discípulos disseram-lhe: Onde poderemos encontrar neste deserto pães
bastante para matar a fome a tão grande multidão? Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes vós? Eles
responderam: Sete e uns poucos peixinhos. Ordenou então ao povo que se sentasse sobre a terra. Tomou
os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos os deram ao
povo. Comeram todos e saciaram-se. Dos fragmentos que sobejaram levantaram sete cestos cheios. Os
que tinham comido eram quatro mil homens, sem contar meninos e mulheres. E, despedindo o povo, entrou
Jesus numa barca e foi para o território de Magadan.
Marcos 8:01-09 - Relatada
Lucas - Não relatada
João - Não relatada
46. Marcos 9:02-12 – A transfiguração.
Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, conduziu-os sós à parte a um alto
monte, e transfigurou-se diante dele. As suas vestes tornaram-se resplandecentes e em extremo brancas,
tanto que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia tornar tão brancas. E apareceu-lhes Elias com Moisés,
que estavam falando com Jesus. Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre é bom que estejamos
aqui: façamos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. Porque não sabia o que dizia;
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Tema: Mediunidade na Bíblia
pois estavam atônitos de medo. Formou-se uma nuvem que os cobriu com a sua sombra. Saiu uma voz da
nuvem, que dizia: Este é o meu Filho caríssimo, ouvi-o. Olhando logo em roda, não viram mais ninguém
com eles senão Jesus. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinha visto,
senão quando o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. E eles guardaram para si o segredo,
investigando entre si o que queria dizer: Quando tiver ressuscitado dos mortos. Interrogaram-no, dizendo:
Por que dizem pois os fariseus e os escribas que Elias deve vir primeiro? Ele respondeu-lhes: Elias quando
vier primeiro, reformará todas as coisas; e como está escrito acerca do Filho do homem, terá de sofrer muito
e será desprezado. Mas digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito dele.
Mateus 17:1-8 - Relatada
Lucas 9:28-36 - Relatada
João - Não relatada
47. João 02:01-11 – Bodas de Caná.
Três dias depois, celebravam-se umas bodas em Caná da Galiléia e encontrava-se lá a mãe de
Jesus. Foi também convidado Jesus com seus discípulos para as bodas. Faltando o vinho, a mãe de Jesus
disse-lhe: Não têm vinho. Jesus disse-lhes: Mulher, que nos importa a mim e a ti isso? Ainda não chegou a
minha hora. Disse sua mãe aos que serviam: Fazei tudo o que ele vos disser. Ora estavam ali seis talhas de
pedra, preparadas para a purificação judaica, que levavam cada uma, duas ou três metretas. Disse-lhes
Jesus: Enchei as talhas de água. Encheram-nas até acima. Então disse-lhes Jesus: Tirai agora, e levai ao
arquitriclínio. Eles levaram. O arquitriclínio, logo que provou a água convertida em vinho, como não sabia
donde viera (este vinho), ainda que o sabiam os serventes, porque tinham tirado a água, o arquitriclínio
chamou o esposo, e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o bom vinho, e, quando já os convidados têm
bebido bem, então lhes apresenta o inferior; tu, ao contrário, tiveste o bom vinho guardado até agora. Este
primeiro milagre fê-lo Jesus em Caná da Galiléia, e manifestou sua glória, e seus discípulos creram nele.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
48. Lucas 04:29-30 – Passa incólume pelos inimigos.
Foi a Nazaré, onde se tinha criado, e entrou na sinagoga, segundo o seu costume, em dia de
sábado e levantou-se para fazer a leitura. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro,
encontrou o lugar onde estava escrito: “O Espírito do Senhor repousou sobre mim; pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a sarar os contritos do coração, a anunciar aos cativos a redenção, aos
cegos a recuperação da vista, a pôr em liberdade os oprimidos e a pregar o ano favorável do Senhor. (...)
Começou a dizer-lhes: Hoje cumpriu-se esta escritura que acabais de ouvir. (...) Ele, porém, disse-lhes: Na
verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. (...) Todos os que estavam na
sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira. Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; conduziram-no
até ao cume do monte, sobre o qual estava edificada a sua cidade, para o precipitarem. Mas ele, passando
pelo meio deles, retirou-se.
Mateus - Não relatada
Marcos - Não relatada
João - Não relatada
49. Lucas 24:13-35 – Jesus aparece a dois discípulos na estrada de Emaús.
Eis que, no mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada Emaús, que estava à
distância de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro sobre tudo o que se tinha passado.
Sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-se deles o próprio Jesus e
caminha com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Ele disse-lhes: Que conversas são essas que ides tendo pelo caminho, e por que estais tristes?
Respondendo um deles chamado Cléofas, disse-lhes: Só tu és forasteiro em Jerusalém, que não sabes o
que ali se tem passado estes dias? Ele disse-lhes: Que é? Responderam: Sobre Jesus Nazareno, que foi
um varão profeta, poderoso em obras, e em palavras diante de Deus e de todo o povo; e de que maneira os
nossos príncipes dos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o
crucificaram. Ora, nós esperávamos que ele fosse o que havia de resgatar Israel; depois de tudo isto, é já
hoje o terceiro dia, depois que estas coisas sucederam. É bem verdade que algumas mulheres, das que
estavam entre nós, nos sobressaltaram, porque, ao amanhecer, foram ao sepulcro, e, não tendo encontrado
o seu corpo, voltaram dizendo que tinham tido uma aparição de anjos, os quais disseram que ele está vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam como as mulheres tinham dito; mas não o encontraram.
Ele disse-lhes: Ó estultos e tardos do coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!
Porventura não era necessário que o Cristo sofresse tais coisas, e que assim entrasse na sua glória? E,
começando por Moisés, e discorrendo por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se encontrava dito
em todas as Escrituras. Aproximaram-se da aldeia, para onde caminhavam, e ele fez menção de que ia
para mais longe. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque faz-se tarde e o dia declina.
Entrou para ficar com eles. Aconteceu que, estando com eles à mesa, tomou o pão, benzeu-o, partiu e lho
dava. Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-no; mas ele desapareceu.
Disseram um para o outro: Não é verdade que nós sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando ele
nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? Levantando-se na mesma hora, voltaram para
Jerusalém. Encontraram juntos os onze e os que estavam com eles, os quais diziam: Na verdade o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão. E eles contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como o tinha
reconhecido ao partir o pão.
Marcos 16:12-13 - Efeito Físico
Depois disto, mostrou-se sob outra forma a dois deles, enquanto iam para a aldeia; os quais foram
anunciar aos outros, que nem a este deram crédito.
Mateus - Não relatada
João - Não relatada
50. Marcos 16:19 – Ascensão de Jesus – Continuação do item 51.
E o Senhor Jesus, depois que lhes falou, elevou-se ao céu, e está sentado à direita de Deus.
Lucas 24: 50-51 - Continuação do item 51
Depois levou-os fora até cerca de Betânia; e levantando as suas mãos, os abençoou. Aconteceu
que enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao céu.
Mateus - Não relatada
João - Não relatada
Efeito físico + Dupla vista
51. Marcos 16:14 – Efeito Físico – Jesus aparece aos discípulos pela primeira vez em
Jerusalém (após o episódio da estrada de Emaús).
Finalmente apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e
dureza de coração, por não terem dado crédito aos que o viram ressuscitado.
Lucas 24:36-46
Levantando-se na mesma hora, voltaram para Jerusalém. Encontraram juntos os onze e os que
estavam com eles, os quais diziam: Na verdade o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. E eles contaram
o que lhes tinha acontecido no caminho e como o tinha reconhecido ao partir o pão.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Enquanto falavam nisto, apresentou-se Jesus no meio deles e disse-lhes: A paz seja convosco. Mas
eles, turbados e espantados, julgavam ver algum espírito. Jesus disse-lhes: Por que estais turbados e que
pensamentos são estes que vos sobem aos corações? Olhai para as minhas mãos e pés, porque sou eu
mesmo; apalpai, e vede, porque um espírito não tem carne, nem osso, como vós vedes que eu tenho. Dito
isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas, não crendo eles ainda e estando fora de si com a alegria, disse-
lhes: Tende aqui alguma coisa que se coma? Eles apresentaram-lhe uma posta de peixe assado e um favo
de mel. Tendo-os tomado comeu-os à vista deles. Depois disse-lhes: Isto são as coisas que eu vos dizia,
quando ainda estava convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na
lei de Moisés, nos profetas e nos salmos.
Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está
escrito, e assim era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos ao terceiro dia, e que
em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém. Vós sóis as testemunhas destas coisas. Eu vou mandar sobre vós o Espírito Santo, prometido
por meu Pai; entretanto permanecei na cidade, até que sejais revestidos da virtude do alto.
Depois levou-os fora até cerca de Betânia; e levantando as suas mãos, os abençoou. Aconteceu
que enquanto os abençoava, separou-se deles e elevava-se ao céu.
Mateus - Não relatada.
João 20:19-25 – Relatada
52. João 20:24-29 – Jesus aparece pela segunda vez em Jerusalém.
Porém, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com Eles, quando veio Jesus. Disseram-
lhe, pois, os outros discípulos: Nós vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se não vir nas suas mãos a
abertura dos cravos e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado,
não creio. Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus,
estando às portas fechadas, pôs-se no meio e disse: A paz seja convosco. Em seguida disse a Tomé: Põe
aqui o teu dedo, vê as minas mãos, aproxima também a tua mão, põe-na no meu lado; e não seja incrédulo,
mas fiel. Respondeu Tomé e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Tu creste, Tomé, porque
me viste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Outros prodígios fez ainda Jesus na presença de seus discípulos, que não foram escritos neste
livro.
Mateus - Não relatada.
Marcos - Não relatada
Lucas - Não relatada
Efeito físico + Dupla vista e Ação magnética
53/54. João 21:01-14 – Continuação dos itens 49 a 51.
Depois disto, tornou Jesus a mostrar-se aos seus discípulos junto do mar de Tiberíades. Mostrou-se
deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia,
os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar.
Responderam-lhe: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram numa barca. Naquela noite nada
apanharam. Chegada a manhã, Jesus apresentou-se na praia; os discípulos todavia não conheceram que
era Jesus. Disse-lhes, pois, Jesus: Ó moços, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Nada.
Disse-lhes Jesus: Lançai a rede para o lado direito da barca e encontrareis. Lançaram-na, pois, e já não a
podiam tirar, por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava, disse
a Pedro: É o Senhor. Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica porque estava
nu, e lançou-se ao mar. Os outros discípulos foram com a barca porque não estavam distantes da terra,
senão duzentos côvados, tirando a rede cheia de peixes.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Aparição
João 20:01-18 – Jesus aparece a Maria Madalena.
No primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a
pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus
amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Partiu então Pedro
com o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que
Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado viu os lençóis postos no chão, mas não entrou.
Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro, viu os lençóis postos no chão, e o sudário
que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual não estava com os lençóis, mas dobrado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. Com efeito,
ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. Voltaram, pois, outra vez
os discípulos para sua casa.
Entretanto Maria Madalena conservava-se da parte de fora do sepulcro, chorando.
Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para o sepulcro, viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar
onde fora posto o corpo de Jesus, uma à cabeceira e outro aos pés. Eles disseram-lhe: Mulher por que
choras? Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras,
voltou-se para trás e viu Jesus: de pé; mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que
choras? A quem procuras? Ela julgando que era o hortelão, disse-lhe: Se tu o levaste, dize-me onde o
puseste; eu irei buscá-lo. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe em hebraico: Rabboni! (que
quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me toques, porque ainda não subi para meu pai; mas vai a meus
irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Foi Maria Madalena dar a
nova aos discípulos: Vi o Senhor e ele disse-me estas coisas.
6. Paulo de Tarso
ATOS DOS APÓSTOLOS
Os apóstolos são presos novamente – Então foi o chefe da polícia com os seus agentes e trouxe-
os sem violência, porque temiam que o povo os apedrejassem. Tendo-os conduzido, os apresentaram no
conselho. O príncipe dos sacerdotes os interrogou, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não
ensinásseis nesse nome: e eis que tendes enchido Jerusalém da vossa doutrina, e quereis tornar-nos
responsáveis pelo sangue desse homem. Pedro e os apóstolos, responderam: Deve-se obedecer antes a
Deus que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, suspendendo-o
num madeiro. A este elevou Deus com a sua destra como príncipe e Salvador, para dar a Israel o
arrependimento e a remissão dos pecados. Nós somos testemunhas destas coisas e também o Espírito
Santo, que Deus tem dado a todos os que lhe obedecem.
Gamaliel intervém em favor dos apóstolos – Tendo ouvido isto, enraiveciam-se e formavam
tenção de os matar, mas, levantou-se no conselho um fariseu chamado Gamaliel, doutor da lei, respeitado
por todo o povo, mandou que saíssem para fora aqueles homens por um pouco de tempo, e disse-lhes:
Varões israelitas, considerai bem o que estais para fazer com estes homens. Porque há muito tempo
apareceu Teúdas, que dizia ser um grande homem, ao qual se associou um número de cerca de
quatrocentos homens; o qual foi morto e todos aqueles que o acreditavam foram dispersos e reduzidos a
nada. Depois deste surgiu Judas o galileu nos dias do recenseamento, e levou o povo após si, mas também
pereceu; e foram dispersos todos os seus sequazes. Agora aconselho-vos a que não vos metais com estes
homens e que os deixeis; porque se esta idéia ou esta obra vem dos homens, ela mesma se desfará; mas,
se vem de Deus, não a podereis desfazer; assim não correis o risco de fazer oposição ao próprio Deus.
Eles seguiram o seu conselho.
Nota: Entre si, discípulos e apóstolos tratavam-se por irmãos.
Mais tarde, outras pessoas, ao se referirem a eles, diziam: "os homens do caminho".
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Seria porque viajavam? Então = viajores, peregrinos?
Ou porque seguiam Jesus, que era "o caminho" para o reino dos céus.
Estêvão diante do Sinédrio – Estêvão, cheio de graça e de fortaleza, fazia grandes prodígios e
milagres entre o povo. Porém alguns da sinagoga, chamada dos libertos, dos cirenenses, dos alexandrinos
e dos que eram da Cilícia e da Ásia, levantaram-se a disputar com Estêvão, e não podiam resistir à
sabedoria e ao Espírito que inspirava as suas palavras. Então subornaram alguns que dissessem que lhe
tinham ouvido dizer palavras de blasfêmias contra Moisés e contra Deus. Amotinaram assim o povo, os
anciãos e os escribas; e, avançando contra ele, o arrebataram e levaram ao conselho, onde apresentaram
falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra o lugar santo e contra a
lei; porque o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré há de destruir este lugar e há de mudar as tradições
que Moisés nos deixou. E, fixando nele os olhos todos os que estavam sentados no conselho, viram o seu
rosto como o rosto de um anjo.
Martírio de Estêvão – Em sua defesa, proferiu uma belíssima narrativa, que inicia com Abraão,
passando pelos profetas, reis até chegar em Jesus de Nazaré.
Ao ouvir tais palavras, enraiveciam-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas,
como ele estava cheio do Espírito Santo, olhando para o céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava em
pé à direita de Deus. E disse: Eis que vejo os céus abertos e o filho do homem, em pé à direita de Deus.
Então eles, levantando um grande clamor, taparam os ouvidos, e todos juntos arremeteram contra ele com
fúria. Tendo-o lançado fora da cidade, o apedrejaram; as testemunhas depuseram os seus vestidos aos pés
de um jovem chamado Saulo. Apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito. E, posto de joelhos, clamou em voz alta, dizendo: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu no Senhor. Saulo era cúmplice na morte de Estêvão.
Naquele dia levantou-se uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém e todos
se dispersaram pelas províncias da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. Alguns homens piedosos
sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo assolava a Igreja, entrando pelas casas, e,
tirando com violência homens e mulheres, os fazia lançar na prisão.
Conversão de Saulo e Primeira Visão – Entretanto Saulo, respirando ainda ameaças e morte
contra os discípulos do Senhor, apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de
Damasco (a 200km de Jerusalém), com o fim de levar presos a Jerusalém quantos achasse desta doutrina,
homens e mulheres.
Seguindo ele o seu caminho, aconteceu que, ao aproximar-se de Damasco, subitamente o cercou
uma luz fulgurante vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? Ele disse: Quem és tu, Senhor? Ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Levanta-
te, entra na cidade e aí te será dito o que deves fazer. Aqueles que o acompanhavam estavam estupefatos,
ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Saulo levantou-se da terra e, tendo os olhos abertos, não via nada.
Eles, porém levando-o pela mão o conduziram a Damasco. Esteve ali três dias sem ver, sem comer nem
beber.
Ora em Damasco havia um discípulo chamado Ananias, ao qual o Senhor, numa visão, disse-lhe:
Ananias. Ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor. O Senhor disse-lhe: Levanta-te, vai à rua chamada Direita, e
busca em casa de Judas um homem de Tarso (Tarso - Capital da Cilícia), chamado Saulo; porque ei-lo que
está orando. E, neste mesmo tempo Saulo, em uma visão viu um homem, chamado Ananias, que entrava, e
lhe impunha as mãos para recobrar a vista.
Ananias respondeu: Senhor, tenho ouvido dizer a muitos, quantos males este homem fez aos teus
santos em Jerusalém: e aqui ele tem poder dos príncipes dos sacerdotes para prender todos os que
invocam o teu nome. Mas o Senhor disse-lhe: Vai, porque este é um instrumento escolhido por mim para
levar o meu nome diante dos gentios (todo aquele que não era judeu), dos reis e dos filhos de Israel.
Porque eu lhe mostrarei quanto deve sofrer pelo meu nome.
Foi Ananias, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te
apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito
Santo. Imediatamente, lhe caíram dos olhos umas como escamas e recuperou a vista. Levantou-se, foi
batizado. Depois que tomou alimento, recuperou as forças.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Após a conversão, Paulo retirou-se para o deserto da Arábia durante cerca de três anos. Logo após,
volta outra vez para Damasco, onde fica por mais três anos.(Gálatas 1:07-18)
Paulo em Damasco – Esteve alguns dias com os discípulos que se encontravam em Damasco.
Imediatamente, começou a pregar nas sinagogas a Jesus, dizendo: Este é o filho de Deus. Pasmavam
todos os que ouviam, e diziam: Não é este aquele que perseguia em Jerusalém os que invocavam este
nome, e não veio ele cá com o fim de levar presos aos príncipes dos sacerdotes? Porém Saulo muito mais
se esforçava, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, demonstrando-lhes que Jesus é o Cristo.
Tendo-se passado muitos dias, os judeus em conselho resolveram matá-lo. Porém Saulo foi
advertido das suas ciladas. Eles faziam guarda às portas de dia e de noite para o matarem. Mas os
discípulos, tomando-o de noite, desceram-no numa cesta pela muralha.
Paulo em Jerusalém – Tendo chegado a Jerusalém, procurava juntar-se com os discípulos, mas
todos o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. Então Barnabé, tomando-o consigo, o levou aos
apóstolos. Contou-lhes como tinha visto o Senhor no caminho, o qual lhe tinha falado, e como em Damasco
pregara corajosamente em nome de Jesus.
Desde então ficou com eles em Jerusalém, entrando e saindo, e pregando corajosamente em nome
do Senhor. Falava e discutia com os helenistas; mas eles procuravam matá-lo. Tendo sabido isto os irmãos,
conduziram-no a Cesaréia, e o enviaram a Tarso.
Ministério de Barnabé e Paulo – Chegou a notícia destas coisas aos ouvidos da Igreja que estava
em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia. Quando ele lá chegou e viu a graça de Deus, alegrou-se e
exortava todos a perseverar fiéis ao Senhor, com coração firme; porque Barnabé era um homem de bem e
cheio do Espírito Santo e de fé. Uniu-se ao Senhor grande multidão de gente.
Dali Barnabé partiu para Tarso, em busca de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o a Antioquia. Nesta
Igreja passaram eles um ano inteiro, e instruíram uma grande multidão, de maneira que em Antioquia é que
foi dado pela primeira vez aos discípulos o nome de cristãos.
Havia na Igreja de Antioquia profetas e doutores. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a
jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os destinei. Então,
depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e despediram-nos.
Primeira viagem (45 d.C.) de Barnabé e Saulo – Eles, pois, enviados pelo Espírito Santo, fora a
Selêucia (na costa, entre Antioquia e Chipre) e dali navegaram para Chipre. Quando chegaram a Salamina
(na costa oriental de Chipre), pregaram a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham com eles
João Marcos (tornou-se depois secretário de Pedro e escreveu o Evangelho que traz o seu nome).
Tendo percorrido toda a ilha até Pafos (célebre pelo culto a Vênus), situada na parte ocidental de
Chipre e residência do procônsul romano, encontraram certo homem mago, falso profeta, judeu, que tinha
por nome Barjesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, tendo mandado
chamar Barnabé e Saulo, mostrou desejos de ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mago (porque assim
se interpreta o seu nome) se lhes opunha, procurando afastar a fé o procônsul. Porém Saulo, que também
se chama Paulo, cheio de Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: Ó cheio de todo o engano e de toda
a astúcia, filho do demônio, inimigo de toda a justiça, não acabarás de perverter os caminhos retos do
Senhor? Pois agora eis que a mão do Senhor está sobre ti, ficarás cego sem ver o sol durante certo tempo.
Caiu logo sobre ele a obscuridade e trevas, e, andando à roda, buscava quem lhe desse a mão. Então o
procônsul, vendo este fato, creu maravilhado com a doutrina do Senhor.
Tendo-se feito à vela de Pafos, Paulo e os que com ele se encontravam chegaram a Perge da
Panfília.
Aqui João Marcos, apartando-se deles, voltou a Jerusalém. Eles, porém, deixando Perge, foram a
Antioquia da Pisídia; e, tendo entrado na sinagoga em dia de Sábado, tomaram assento. Depois da leitura
da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: Irmãos, se vós tendes alguma exortação
a fazer ao povo, falai.
Efeitos da pregação de Paulo e Barnabé – Quando eles saíam da sinagoga, rogavam-lhe que, no
Sábado seguinte, lhes falassem sobre o mesmo assunto (doutrina do Cristo). E, tendo-se dissolvido a
reunião, muitos judeus e prosélitos (Indivíduo que abraçou religião diferente da sua) piedosos seguiram
Paulo e Barnabé, os quais, com as suas palavras, os exortavam a que perseverassem na graça de Deus.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
No Sábado seguinte, concorreu quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus. Mas os judeus,
vendo aquela concorrência, encheram-se de inveja, e, ultrajando-o, contradiziam o que Paulo dizia. Então
Paulo e Barnabé disseram-lhes resolutamente: Vós éreis os primeiros a quem se devia anunciar a palavra
de Deus, mas porque a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios
(todos aqueles que não pertencessem à raça judaica) porque assim nos ordenou o Senhor: “Eu te constituí
luz das nações para que sejas a salvação até à extremidade da terra”. Os gentios, ouvindo isto, alegraram-
se e glorificavam a palavra do Senhor. Creram todos os que eram predestinados para a vida eterna. A
palavra de Deus espalhava-se por toda aquela região. Mas os judeus instigaram algumas mulheres devotas
e nobres, e os principais da cidade, que suscitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé; e lançaram-
nos fora do seu território. Então estes, tendo sacudido contra eles o pó dos seus pés (segundo
recomendação de Jesus), foram para Icônio. Entretanto os discípulos estavam cheios de alegria e do
Espírito Santo.
Paulo e Barnabé em Icônio – Ora aconteceu em Icônio que, segundo o seu proceder habitual,
entraram juntos na sinagoga dos judeus e falaram de tal modo que uma grande multidão de judeus e de
gregos abraçaram a fé. Mas os judeus, que permaneceram incrédulos, excitaram e fizeram irritar os ânimos
dos gentios contra os irmãos. Por isso demoraram-se ali muito tempo, trabalhando cheios de coragem e de
confiança no Senhor, que confirmava a palavra da sua graça, concedendo que fossem operados por suas
mãos prodígios e milagres.
Dividiu-se o povo da cidade; uns eram pelos judeus, outros, porém, pelos apóstolos. Mas,
levantando-se um motim dos gentios e dos judeus com os seus chefes, para os ultrajar e apedrejar, tendo
eles sabido isto, refugiaram-se nas cidades de Licaônia, Listra, Derbe, e em toda aquela região em circuito.
Aí pregavam o Evangelho.
Em Listra – Ora em Listra havia um homem aleijado dos pés, coxo desde o ventre de sua mãe, o
qual nunca tinha andado. Este ouvia pregar Paulo, o qual, pondo nele os olhos, e, vendo que tinha fé de
que seria curado, disse em alta voz: Levanta-te direito sobre os teus pés. Ele levantou-se de um salto e pôs-
se a andar.
A multidão ao ver o que Paulo fizera, levantou a voz, dizendo em língua licaônica: Estes são deuses
que baixaram até nós em forma de homens. E chamavam a Barnabé Zeus (O deus supremo da mitologia
grega, correspondente a Zupiter na romana, queria dizer, propriamente, o céu, a luz),
e a Paulo Hermes (Mercúrio era o deus da eloqüência), porque era este que lhes dirigia a palavra.
Além disso, o sacerdote de Zeus, que estava à entrada da cidade, trazendo para diante das portas
touros com grinaldas, queria oferecer um sacrifício com o povo. Mas os apóstolos Barnabé e Paulo, ao
terem conhecimento disto, rasgando as suas túnicas, precipitaram-se para o meio do povo, clamando e
dizendo: Ó homens, que ides vós fazer? Nós também somos mortais, homens como vós, que vos pregamos
que vos convertais destas coisas vãs ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles.
Então, sobrevieram de Antioquia e de Icônio alguns judeus, os quais, aliciando a multidão,
apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, julgando que estivesse morto.
Em Derbe e outros lugares – Mas, rodeando-o os discípulos, levantou-se e entrou na cidade. No
dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe. Tendo evangelizado aquela cidade e feito muitos discípulos,
voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (caminho de volta), confortando as almas dos discípulos e
exortando-os a perseverar na fé, e dizendo que é por muitas tribulações que devemos entrar no reino de
Deus.
Por fim, tendo constituído para cada Igreja Presbíteros (sacerdotes), depois de terem feito oração e
jejuado, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham crido. Atravessando a Pisídia, foram à Panfília, e,
anunciaram a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália.
Voltam a Antioquia da Síria – Dali navegaram para Antioquia, donde tinham sido recomendados à
graça de Deus para a obra que tinham concluído (fim da primeira viagem).
Tendo chegado e reunido a Igreja, contaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles, e como
tinha aberto a porta da fé aos gentios. Detiveram-se com os discípulos não pouco tempo.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
TRAJETO DA PRIMEIRA VIAGEM E EPISÓDIOS MARCANTES
Companheiros de viagem: Paulo, Barnabé e João Marcos
Motivo do primeiro Concílio (ano 50 d.C.) – Ora alguns vindos da Judéia, ensinavam aos irmãos:
Se vos não circuncidais segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos (Gênesis cap. 17:09-14 – Disse
mais Deus a Abraão: Tu, pois guardarás a minha aliança, tu e os teus descendentes depois de ti, nas suas
gerações. Eis o meu pacto, que haveis de guardar entre mim e vós, e a tua posteridade depois de ti: Todo
os homens entre vós serão circuncidados; circuncidareis a carne do vosso prepúcio, para que seja o sinal
da aliança entre mim e vós. O menino de oito dias será circuncidado.(...) O indivíduo do sexo masculino,
cuja carne não tiver sido circuncidada, tal alma será exterminada do seu povo, porque violou a minha
aliança). Tendo-se levantado uma discussão e uma viva altercação (discussão, briga, disputa) entre Paulo e
Barnabé contra eles, resolveram que fossem Paulo e Barnabé e alguns dos outros consultar os apóstolos e
os presbíteros de Jerusalém sobre esta questão. Eles, pois, acompanhados pelos membros da comunidade,
iam passando pela Fenícia e pela Samaria, contando a conversão dos gentios e davam grande
contentamento a todos os irmãos.
Tendo chegado a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos apóstolos e pelos anciãos e
contaram quão grandes coisas tinha feito Deus com eles. Mas levantaram-se alguns da seita dos fariseus,
que tinha abraçado a fé, dizendo que era necessário que os gentios fossem circuncidados, e que se lhes
intimasse a observância da lei de Moisés.
Reuniram-se, pois, os apóstolos e os presbíteros para examinar esta questão. Tendo-se suscitado
uma grande discussão, levantando-se Pedro, disse-lhes: Homens irmãos, vós sabeis que Deus, há muito
me escolheu entre vós para que da minha boca ouvissem os gentios a palavra do Evangelho e cressem
nela. Deus, que conhece os corações, deu testemunho em favor deles, conferindo-lhes o Espírito Santo,
como também a nós. Não fez diferença alguma entre nós e eles, purificando com a fé os seus corações, (...)
Promulgação das decisões do Concílio. Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a
Igreja, eleger algumas pessoas dentre eles e enviá-las a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Elegeram Judas
Barsabas, e Silas, pessoas eminentes entre os irmãos, mandando por mãos deles esta carta: Os apóstolos
e os presbíteros irmãos, aos irmãos convertidos dos gentios, que estão em Antioquia da Síria e na Cilícia,
saúde. Tendo nós sabido que alguns, indo do meio de nós, sem nenhuma ordem da nossa parte, vos
perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve-nos a nós, depois de nos termos
reunidos, escolher alguns homens e enviá-los a vós com os nossos muito amados Barnabé e Paulo,
homens que têm exposto as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos portanto Judas
e Silas, que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não
CIDADES
EPISÓDIOS MARCANTES
Saída: Antioquia da Síria
Sem fatos marcantes.
Chipre (Salamina e Pafos)
Residência do procônsul romano – Mago – Cegueira.
Panfília (Perge)
João Marcos volta para Jerusalém.
Antioquia da Pisídia
Na primeira pregação boa recepção – Gerou inveja nos Judeus – São
expulsos pelas mulheres nobres.
Icônio
Ultrajados e expulsos.
Licaônia
Sem fatos marcantes.
Listra
Cura do aleijado de nascença – Endeusados, depois apedrejados.
Derbe
Sem fatos marcantes.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
vos impor mais encargos além destes indispensáveis: Que vos abstenhais das coisas imoladas aos ídolos,
do sangue, das carnes sufocadas e da fornicação, das quais coisas fareis bem em vos guardar. Passai
bem!
Nota: Muitos judeus cristãos, outrora fariseus, foram para Antioquia da Síria a fim de reivindicar os
pretensos direitos do judaísmo sobre o paganismo. Afirmando a necessidade do cumprimento da Lei
mosaica para a salvação, esses judaizantes reduziam a obra do Cristo a uma seita Judaica e punha em
perigo a existência da Igreja. Concílio de Jerusalém (anos 50 d.C.), no qual a Igreja Cristã se desligou
decisivamente da Sinagoga, definindo que, para a salvação eterna, basta a redenção realizada por Cristo. O
erro, porém, não terminou ali, e Paulo teve que sofrer durante todo o seu apostolado por causa desses
judaizantes.
Segunda viagem de Paulo (50 d.C.) – Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia da Síria,
ensinando e evangelizando com outros muitos a palavra do Senhor. Passados alguns dias disse Paulo a
Barnabé: Tornemos a ir visitar os irmãos por todas as cidades em que temos pregado a palavra do Senhor,
para ver em que estado se encontram. Barnabé queria levar consigo também João Marcos. Paulo porém
procurava fazer-lhe ver que um homem, que se tinha separado deles na Panfília e não tinha ido com eles
àquela obra não devia ser admitido. Houve tal desacordo entre eles, que se separaram um do outro e
Barnabé, levando consigo Marcos (seu primo), embarcou para Chipre.
Paulo, tendo escolhido Silas partiu, recomendado pelos irmãos à graça de Deus. Percorreu a Síria e
a Cilícia, confirmando as igrejas e ordenando-lhes que guardassem os preceitos dos apóstolos e dos
presbíteros.
Chegou a Derbe e a Listra. Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma mulher judia
convertida à fé, e de pai gentio. Os irmãos, que estavam em Listra e em Icônio, davam bom testemunho
dele. Quis Paulo que ele fosse consigo. Tomando-o, circuncidou, por causa dos judeus que haviam
naqueles lugares. Porque todos sabiam que o pai dele era gentio (embora não mais necessário). Ao passar
pelas cidades, recomendavam que guardassem as decisões tomadas pelos apóstolos e pelos presbíteros,
que estavam em Jerusalém. Assim pois as igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número cada dia.
Tendo atravessado a Frígia e a província da Galácia, foram proibidos pelo Espírito Santo de
anunciar a palavra de Deus na Ásia. Tendo chegado à Mísia, intentava passar a Bitínia, mas não lho
permitiu o Espírito de Jesus. Depois de terem atravessado a Mísia, desceram a Trôade.
Durante a noite, Paulo teve uma Segunda Visão: Apresentava-se diante dele em pé um homem da
Macedônia (Europa), que lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. E logo que teve esta visão
procuramos partir para a Macedônia (Esta passagem brusca da terceira para primeira pessoa indica o
momento em que Lucas, autor dos Atos, torna-se companheiro de Paulo), certificados de que Deus nos
chamava a ir lá evangelizar.
Paulo em Filipos; conversão de Lídia – Filipos, que é uma colônia e a primeira cidade daquela
parte da Macedônia. Nesta cidade nos detivemos alguns dias.
No dia de Sábado, saímos fora da porta, junto ao rio, onde julgávamos haver um lugar de oração.
Sentando-nos, falávamos às mulheres que tinham concorrido. Uma mulher, chamada Lídia, que negociava
em púrpura, temente a Deus, ouviu-nos. O Senhor abriu-lhe o coração, para atender àquelas coisas que
Paulo dizia. Tendo sido batizada ela e a sua família, fez este pedido, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao
Senhor, entrai em minha casa e ficai nela. E forçou-nos a isso.
Aconteceu que, indo nós à oração, nos veio ao encontro uma jovem, que tinha um espírito de
necromante (adivinhação por invocação dos espíritos), a qual com as suas adivinhações dava muito lucro a
seus amos. Esta jovem, seguindo a Paulo e a nós, gritava, dizendo: Estes homens são servos do Deus
excelso, que vos anunciam o caminho da salvação. E fazia isto muitos dias. Paulo, porém, enfadado, tendo-
se voltado para ele, disse ao espírito: Ordeno-te em nome de Jesus Cristo que saias dessa mulher. E ele,
na mesma hora saiu.
Nota: Se os judeus não eram numerosos numa cidade para poderem erigir uma sinagoga,
construíam um oratório à margem de um rio ou do mar, para as abluções (banho de todo o corpo ou de
parte dele; batismo pela água), e fora das cidades, para estarem longe dos pagãos.
Paulo e Silas na prisão – Mas, vendo seus amos que se lhes tinha acabado a esperança do seu
lucro, pegando em Paulo e em Silas, os levaram ao foro às autoridades, e, apresentando-os aos
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
magistrados, disseram: Estes homens amotinam a nossa cidade, sendo judeus. Pregaram um gênero de
vida, que não nos é lícito admitir nem praticar, sendo romanos. Então o povo levantou-se contra eles, e os
magistrados, rasgadas as vestes, mandaram que fossem açoitados com varas. Depois de lhes terem dado
muitos açoites, puseram-nos numa prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com cuidado. Ele,
tendo recebido esta ordem, pô-los num segredo e apertou-lhes os pés no cepo. Mas, pela meia noite, Paulo
e Silas oravam, cantando louvores a Deus e os que estavam na prisão ouviam-nos.
Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se moveram os fundamentos do cárcere.
Abriram-se logo todas as portas e romperam-se as cadeias de todos. Tendo despertado o carcereiro e
vendo abertas as portas do cárcere, tirando a espada, queria matar-se, julgando que tinham fugido os
presos. Mas Paulo gritou em alta voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, porque estamos aqui todos.
Então, tendo pedido luz, entrou dentro e, tremendo, lançou-se aos pés de Paulo e Silas. Tirando-os para
fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? Eles disseram: Crê no Senhor Jesus e
serás salvo tu e tua família. Pregaram a palavra do Senhor a ele e a todos os que estavam em sua casa. E,
tomando cuidado deles naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as chagas, e, imediatamente foi batizado
ele e toda a sua família. Feito isto, levou-os a sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua
família por ter crido em Deus.
Quando foi dia, os magistrados mandaram os litores dizer: Põe esses homens em liberdade. O
carcereiro levou esta nova a Paulo: Os magistrados mandaram pôr-vos em liberdade: Agora, pois, saindo
daqui, ide em paz. Mas Paulo disse-lhes: Açoitados publicamente, sem julgamento, sendo cidadão romano,
posto no cárcere e agora fazem-nos sair em segredo? Não será assim, mas venham e tirem-nos eles
mesmos. Os litores referiram estas palavras aos magistrados, os quais ouvindo que eram cidadãos
romanos, tiveram medo. Foram pedir-lhes desculpas, e tirando-os para fora, lhes rogavam que saíssem da
cidade. Saindo pois do cárcere, entraram em casa de Lídia. Depois de verem os irmãos, os consolaram e
partiram.
Paulo em Tessalonica e em Beréia – Havia uma sinagoga dos judeus. Paulo dirigiu-se a eles,
segundo o seu costume, e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras. Porém os judeus, cheios
de inveja, tomaram consigo alguns maus homens da ralé, amotinaram a multidão. Os irmãos, logo que
chegou a noite, enviaram Paulo e Silas para Beréia. Tendo lá chegado, entraram na sinagoga dos judeus.
Estes eram de sentimentos mais nobres do que aqueles que estavam em Tessalonica, e receberam a
palavra de Deus com toda a avidez, examinando todos os dias as Escrituras para ver se estas coisas eram
assim. Muitos deles creram, como também mulheres nobres dos gentios e não poucos homens. Porém,
quando os judeus de Tessalonica souberam que também em Beréia tinha sido pregada por Paulo a palavra
de Deus, foram lá agitar e sublevar o povo. Então os irmãos fizeram imediatamente retirar Paulo, até que
alcançasse o mar. Silas, porém, e Timóteo ficaram lá.
Paulo em Atenas – Os que acompanhavam Paulo, conduziram-no até Atenas, e, tendo recebido
ordem dele para dizerem a Silas e Timóteo que fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.
Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito afligia-se no seu interior, vendo aquela cidade
entregue à idolatria. Disputava, portanto na sinagoga com os judeus e com os prosélitos, e no foro (praça
situada na parte baixa da cidade, com um grande pórtico do lado setentrional) todos os dias com aqueles
que encontrava. Alguns filósofos epicureus (com sua doutrina do prazer, virtude suprema) e estóicos (que
divinizavam o orgulho) conversavam com ele. Levaram-no ao Areópago. Ora todos os atenienses e os
domiciliados forasteiros não se ocupavam noutra coisa, senão em dizer ou ouvir as últimas novidades.
Paulo, estando em pé, no meio do Areópago (tribunal ateniense, assembléia de sábios, literatos)
começa a falar-lhes do Deus único, que todos os povos constituem uma só comunidade, tem uma só
origem, também fala do julgamento divino e da ressurreição dos mortos.
Porém, quando ouviram falar da ressurreição, uns faziam zombaria, outros, porém, disseram: Outra
vez te ouviremos sobre este assunto. Assim saiu Paulo do meio deles. Todavia algumas pessoas
agregando-se a ele, abraçaram a fé.
Paulo em Corinto – Depois disto, tendo partido Paulo de Atenas, foi a Corinto (Grécia).
Encontrando um judeu, chamado Áquila, natural do Ponto, que pouco antes tinha chegado de Itália, e
Priscila, sua mulher (pelo motivo de Cláudio ter mandado sair de Roma todos os judeus), uniu-se a eles.
Como tinha o mesmo ofício, morava com eles e trabalhava (eram fabricantes de tendas). Disputava todos
os sábados na sinagoga e esforçava-se por ganhar judeus e gregos.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
Terceira Visão de Paulo – Uma noite, em uma visão, o Senhor disse a Paulo: Não temas, mas fala
e não te cales, porque eu sou contigo; ninguém porá as mãos sobre ti para te fazer o mal, porque tenho
muito povo nesta cidade.
Demorou-se ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
Paulo é acusado ao procônsul Galião – Mas, sendo procônsul da Acaia Galeão, os judeus de
comum acordo, levantaram-se contra Paulo e levaram-no ao tribunal, dizendo: Este persuade os homens a
que adorem a Deus com um culto contra a lei. Começando Paulo a abrir a boca para responder, disse
Galião aos Judeus: Se isto fosse na realidade algum agravo ou delito grave, eu vos ouviria, ó judeus,
conforme o direito. Mas, se são questões de palavra acerca de nomes e acerca da vossa lei, isso é
convosco, eu não quero ser juiz de tais coisas. E mandou-os sair do tribunal. Então eles todos, lançando
mão de Sóstenes, príncipe da sinagoga, batiam-lhe diante do tribunal. Galião nada se importava com isso.
Nota: De acordo com uma inscrição de Delfos. Nero mandou matar Galião em 65.
Paulo volta a Antioquia da Síria por Éfeso e Jerusalém – Paulo, demorando-se ainda muitos
dias, despedindo-se dos irmãos, navegou para Síria e com ele Áquila e Priscila. Chegou a Éfeso, e deixou-
os ali. Tendo entrado na sinagoga, disputava com os judeus. Rogando-lhes eles que ficasse ali mais tempo,
não condescendeu, mas despedindo-se e dizendo: Outra vez, se Deus quiser, voltarei a vós, partiu de
Éfeso. Desembarcando em Cesaréia, subiu a Jerusalém, aí saudou a Igreja, e foi em seguida a Antioquia
da Síria. Fim da segunda viagem.
TRAJETO DA SEGUNDA VIAGEM E EPISÓDIOS MARCANTES
Companheiros de viagem: Paulo, Silas, Timóteo e Lucas.
Terceira Viagem ( 55 d.C.) – Tendo estado ali algum tempo, partiu, atravessando sucessivamente
a terra da Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os discípulos.
CIDADES
EPISÓDIOS MARCANTES
Refaz todo o trajeto da 1ª viagem
Fortalecimentos das Igrejas já implantadas.
Trôade (Ásia)
Segunda visão – Que fosse para a Macedônia.
Filipos (Macedônia)
Conversão de Lídia – Desobsessão da Necromante – Prisão –
Terremoto – Conversão – Cidadania romana.
Tessalonica
Sem fatos marcantes.
Beréia
Sem fatos marcantes.
Atenas
Debate com os sábios e letrados.
Corinto
Terceira visão – Jesus pede que não se cale.
Éfeso
Sem fatos marcantes.
Cesaréia
Sem fatos marcantes.
Jerusalém
Sem fatos marcantes.
Antioquia da Síria
Sem fatos marcantes.
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Estudando a Doutrina Espírita
Tema: Mediunidade na Bíblia
Ora, tinha chegado a Éfeso um judeu, chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente,
versado nas Escrituras. Tinha sido instruído no caminho do Senhor, falava com fervor de espírito e ensinava
com exatidão o que dizia respeito a Jesus, conhecendo somente o batismo de João. Começou a falar com
liberdade na sinagoga. Quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no consigo e expuseram-lhe mais
minuciosamente o caminho do Senhor. Querendo ele ir a Acaia, os irmãos animaram-no a isso e
escreveram aos discípulos que o recebessem. Tendo ele chegado, foi de muito proveito para os que tinham
crido. Porque, com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que
Jesus é o Messias.
Paulo em Éfeso – Ora aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, depois de ter atravessado
as províncias superiores, chegou a Éfeso, e aí encontrou alguns discípulos, aos quais disse: Vós recebestes
o Espírito Santo, quando abraçastes a fé? Eles responderam-lhe: Nós nem sequer ouvimos dizer que há
Espírito Santo. Ele replicou: Em que batismo pois, fostes vós batizados? Eles responderam: No batismo de
João Batista. Então disse Paulo: João batizou o povo com batismo de penitência, dizendo que cressem
naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isto, foram batizados em nome do Senhor
Jesus. E, tendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam diversas línguas e
profetizavam. Eram ao todo cerca de doze pessoas.
Paulo, entrando na sinagoga, falou com liberdade durante três meses, disputando e persuadindo-os
acerca do reino de Deus. Mas, endurecendo-se alguns, não creram, e dizendo mal do caminho do Senhor
diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, formou um grupo à parte com os discípulos e ensinou todos
os dias na escola de Tirano. Isto durante dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia
ouviram a palavra do Senhor, judeus e gentios. Deus fazia “milagres” não vulgares por mão de Paulo, de tal
modo que até, sendo aplicados aos enfermos os lenços e aventais que tinha tocado no seu corpo, não só
saíam deles as doenças, mas também os espíritos malignos se retiravam.
Castigo dos exorcistas judeus – Alguns dos exorcistas judeus, que percorriam o país, também
tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Eu vos
esconjuro por Jesus, a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de Sceva, judeu e príncipe
dos sacerdotes. Mas o espírito maligno respondendo, disse-lhes: Eu conheço Jesus e sei quem é Paulo,
mas vós quem sois? E o homem, possesso do espírito mau, saltando sobre eles, e, apoderando-se de
ambos, maltratou-os de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa. Este fato tornou-se notório a
todos os judeus e gentios que habitavam em Éfeso; e caiu sobre todos eles o temor e o nome do Senhor
Jesus era glorificado.
Muitos dos que tinham crido, iam confessar e manifestar as suas obras. Muitos também daqueles
que se tinham entregado a práticas supersticiosas, trouxeram os seus livros, e queixaram-no diante de
todos. Calculando o seu valor, acharam que montava a cinqüenta mil moedas de prata. Deste modo crescia
poderosamente e firmava-se a palavra de Deus. Concluídas estas coisas, Paulo concebeu o projeto de ir a
Jerusalém, atravessando a Macedônia e a Acaia, dizendo: Depois que eu tiver estado lá, é necessário que
veja também Roma. E, enviando à Macedônia dois dos que lhe assistiam, Timóteo e Erasto, ele demorou-se
algum tempo na Ásia.
Neste tempo, surgiu um grande tumulto a propósito do caminho do Senhor. Porque certo ourives de
prata, chamado Demétrio, que fazia de prata uns pequenos templos de Diana, dava muito ganho aos
artífices. Convocando ele estes e outros que trabalhavam em obras semelhantes, disse: Homens, vós
sabeis que o nosso ganho nos vem desta indústria. Ora vedes e ouvis dizer que não só em Éfeso, mas em
quase toda Ásia, este Paulo, com as suas persuasões, afasta do nosso culto muita gente, dizendo que não
são deuses aqueles que se fabricam com as mãos. É, pois, para temer, não só que a nossa indústria caia
em descrédito, mas também que o templo da grande Diana (símbolo da maternidade fecunda) seja tido em
nada e comece a cair por terra a majestade daquela, a quem toda a Ásia e o mundo adoram. Ouvindo isto,
encheram-se de ira e exclamaram dizendo: Grande é a Diana dos efésios! Encheu-se a cidade de confusão
e todos, à uma, arremeteram ao teatro, arrastando consigo Gaio e Aristarco, macedônios, companheiros de
Paulo. Paulo queria apresentar-se ao povo, mas os discípulos não o deixaram. Até alguns dos asiarcas, que
eram seus amigos, lhe mandaram pedir que não se apresentasse no teatro. Uns gritavam de um modo,
outros doutro modo. Porquanto aquela concorrência do povo estava em confusão, e a maior parte não sabia
porque se tinha juntado. Então tiraram Alexandre dentre a turba, levando-o aos empurrões os judeus.
Alexandre, pedindo silêncio com a mão, queria defender-se perante o povo. Mas, logo que conheceram que
ele era judeu, todos a uma voz gritaram pelo espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios!
Então o escriba, tendo apaziguado a multidão, disse: Homens de Éfeso, qual é o homem que não sabia que
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Tema: Mediunidade na Bíblia
a cidade de Éfeso é adoradora da grande Diana e da sua estátua caída do céu! Não podendo contradizer-
se isto, convém que sossegueis e que nada façais inconsideradamente. Porque estes homens, que
conduzistes aqui, nem são sacrílegos, nem blasfemadores da vossa deusa. Mas, se Demétrio e os artistas
que estão com ele têm alguma queixa contra algum, audiências forenses se realizam e há procônsules;
discutam lá entre si. Se pretendeis alguma outra coisa, poderá decidir-se em assembléia legal. Porque até
corremos risco de ser argüidos de sedição pelo que hoje se passou, não havendo nenhuma causa de que
possamos dar razão deste concurso. Tendo dito isto, despediu o ajuntamento.
Paulo na Macedônia e na Grécia – Depois que o tumulto cessou, chamando Paulo os discípulos,
e, fazendo-lhes uma exortação, despediu-se e partiu para ir à Macedônia. Depois de ter percorrido aquelas
regiões e de ter feito muitas exortações, passou à Grécia, demorando-se aí três meses. Quando se
dispunha a navegar para a Síria, foram-lhe armadas ciladas pelos judeus, e, por isso tomou a resolução de
voltar pela Macedônia. Acompanharam-no Sosópatro, filho de Pirro, de Beréia, e dos tessalonicenses
acompanharam-no Aristarco, Secundo, Gaio de Derbe e Timóteo; dos asiáticos acompanharam-no Tíquico
e Trófimo. Estes, tendo partido adiante, esperaram-no em Trôade. Nós, depois dos dias dos ázimos, fizemo-
nos à vela de Filipos, e, em cinco dias, fomos ter com eles a Troâde, onde nos demoramos sete dias.
Paulo ressuscita um morto – No primeiro dia da semana, tendo-nos nós reunido para a fração do
pão, Paulo, que devia partir no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o discurso até à meia-noite. Havia
muitas lâmpadas na sala superior, onde estávamos reunidos. Um jovem, chamado Êutico, que estava
sentado sobre uma janela, tendo caído num profundo sono, enquanto Paulo ia prolongando o seu discurso,
vencido pelo sono, caiu abaixo do terceiro andar da casa e foi levantado morto. Paulo, tendo descido,
recostou-se sobre ele, e, tendo-o abraçado, disse: Não vos perturbeis, porque a sua alma está nele. Tendo
voltado acima e partido o pão, e comido, ainda lhes falou largamente, até que foi dia; depois disto partiu. E
levaram vivo o jovem, do que receberam grande consolação.
De Trôade a Mileto – Nós, porém, embarcando num navio, navegamos até Asso, para recebermos
ali Paulo; pois assim o tinha ele ordenado, devendo ele fazer a viagem por terra. Tendo-se juntado conosco
em Asso, depois de o tomarmos a bordo, fomos a Mitilene. Continuando dali navegar, chegamos, no dia
seguinte, às alturas de Quio. No outro dia, aportamos em Samos, e, no seguinte, chegamos a Mileto.
Porque Paulo tinha determinado passar ao largo de Éfeso, para se não demorar na Ásia. Apressava-se,
pois, para estar em Jerusalém, se possível lhe fosse, no dia de Pentecostes.
Discurso de despedida – De Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja. Indo estes ter
com ele e estando todos juntos, disse-lhes: Vós sabeis, desde o primeiro dia que entrei na Ásia, de que
modo tenho procedido convosco durante todo este tempo, servindo o Senhor com toda a humildade, entre
as lágrimas e as provações que me sobrevieram das emboscadas dos judeus. Sabeis que nada tenho
negligenciado do que podia ser-vos útil, pregando-vos e instruindo-vos publicamente e pelas casas,
anunciando aos judeus e aos gentios a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus. Agora eis que eu,
ligado pelo Espírito, vou a Jerusalém, não sabendo as coisas que ali me hão de acontecer, senão que o
Espírito Santo, por todas as cidades, me assegura e diz que me esperam em Jerusalém prisões e
tribulações. Porém de qualquer modo a minha vida importa-me pouco, contanto que termine a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, de dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora eis que sei que não tornareis mais a ver a minha face todos vós, entre os quais passei pregando o
reino de Deus. Por isso eu vos protesto neste dia que estou limpo do sangue de todos, porque não me
esquivei a anunciar-vos todas as disposições de Deus. Atendei a vós mesmo e a todo o rebanho, sobre que
o Espírito Santo vos constituiu bispos, para governardes a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu
próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, se introduzirão então entre vós lobos arrebatadores,
que não pouparão o rebanho. Dentre vós mesmo hão de levantar-se homens a ensinar doutrinas perversas,
para levarem atrás de si discípulos. Por isso estai vigilantes, lembrando-vos que, durante três anos, não
cessei, de noite e de dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora encomendo-vos a Deus e à
palavra da sua graça, àquele que é poderoso para edificar e dar-vos a herança com todos os santificados.
Não cobicei prata, nem ouro, nem vestes de nenhum, como vós mesmos sabeis, porque estas mãos me
serviram para as coisas que me eram necessárias a mim e àqueles que comigo estavam. Em tudo vos
mostrei que, trabalhando assim, é preciso acudir aos fracos e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus,
porquanto ele mesmo disse: É maior ventura dar, que receber. Dito isto, pôs-se de joelhos e orou com todos
eles. Levantou-se entre todos um grande pranto e lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, aflitos
principalmente pela palavra que tinha dito que não o tornariam mais a ver a sua face. Em seguida
acompanharam-no até ao navio.
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De Mileto a Jerusalém – Tendo-nos feito à vela, depois que nos separamos deles, fomos
diretamente a Cós, e, no dia seguinte, a Rodes, e dali a Pátara. Tendo encontrado um navio que passava
pela Fenícia embarcamos nele e fizemo-nos à vela. Tendo à vista Chipre e deixando-a à esquerda,
navegamos para a Síria e chegamos a Tiro; porque ali devia o navio deixar a sua carga. Tendo encontrado
lá discípulos, detivemo-nos sete dias. Inspirado pelo Espírito Santo, diziam eles a Paulo que não subisse a
Jerusalém. Passados estes sete dias, partimos, acompanhando-nos todos com as suas mulheres e filhos
até fora da cidade, e, postos de joelhos na praia, fizemos oração. Em seguida tendo-nos despedido uns dos
outros, embarcamos e eles voltaram para suas casas. Nós, concluída a nossa navegação, de Tiro
chegamos a Ptolemaida, e, tendo saudado os irmãos, demoramo-nos um dia com eles. Tendo partido no
dia seguinte, chegamos a Cesaréia. Entramos em casa de Filipe, o Evangelista, que era um dos sete
diáconos, e ficamos com ele. Tinha ele quatro filhas virgens que profetizavam. Tendo-nos demorado ali
alguns dias, chegou da Judéia um profeta chamado Agabo. Este, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo,
e, atando-se os pés e as mãos disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim atarão os judeus em Jerusalém ao
homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios. Quando ouvimos isto, nós e os
que eram daquele lugar, rogamo-lhe que não fosse a Jerusalém. Então Paulo respondeu e disse: Que
fazeis, chorando e afligindo o meu coração? Porque eu estou pronto não só para ser atado, mas até para
morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. Não o podendo persuadir, cessamos com as nossas
instâncias dizendo: Seja feita a vontade do Senhor. Depois destes dias, tendo-nos preparado, subimos a
Jerusalém. Foram também conosco alguns discípulos de Cesaréia, levando consigo certo Mnáson de
Chipre, discípulo antigo, em casa de quem nos devíamos hospedar. Fim da terceira viagem.
TRAJETO DA TERCEIRA VIAGEM E EPISÓDIOS MARCANTES
Companheiros de viagem: Paulo, Lucas, Timóteo e Erasto.
CIDADES
EPISÓDIOS MARCANTES
Saída: Antioquia da Síria
Sem fatos marcantes.
Tarso, Derbe, Listra e Ant. Pisídia
Fortalecendo as igrejas e os discípulos.
Éfeso
Cura pelas mãos e lenços tocados por ele – Castigo dos
exorcistas judeus – Demétrio (ouvires) – Tumulto contra Paulo.
Macedônia
Sem fatos marcantes.
Corinto
Permanência: três meses – Dispunha-se a navegar de volta a
Antioquia da Síria – Descobre cilada armada pelos judeus e por
isso resolve voltar para Macedônia.
Tessalônica e Filipos
Sem fatos marcantes.
Trôade
Paulo ressuscita um jovem.
Mileto
Discurso de despedida de Paulo – Embarque de volta.
Tiro
Sem fatos marcantes.
Cesaréia
Encontro com profeta Agabo – Predições.
Jerusalém
Fim da terceira viagem.
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Paulo é recebido em Jerusalém pelos irmãos – Tendo chegado a Jerusalém, os irmãos
receberam-nos com alegria. No dia seguinte, foi Paulo conosco a casa de Tiago, onde se tinham reunido
todos os anciãos. Tendo-os saudado, contou-lhes uma por uma todas as coisas que Deus tinha feito entre
os gentios por seu ministério. Eles, depois que o ouviram, glorificaram a Deus, e disseram-lhe: Bem vês,
irmão, quantos milhares de judeus são os que têm crido e todos são zeladores da lei. Ora eles têm ouvido
dizer que tu ensinas os judeus, que estão entre os gentios, a separarem-se de Moisés, dizendo que não
circuncidem os seus filhos, nem vivam segundo os costumes mosaicos. Que fazer pois? Certamente
ouvirão dizer que tu chegaste. Faze, pois, o que te vamos dizer: Temos aqui quatro homens, que têm um
voto sobre si. Toma-o contigo, purifica-te com eles, faze por eles os gastos dos sacrifícios, a fim de que
rapem as cabeças. Saberão assim todos que é falso o que ouviram de ti e que caminhas ainda guardando a
lei. Quanto àqueles gentios que creram, nós já escrevemos, ordenando que se abstenham do que for
sacrificado aos ídolos, do sangue, do sufocado e da fornicação.
Paulo é preso no templo – Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, e, purificado com eles,
entrou no templo no dia seguinte, anunciando o cumprimento dos dias da purificação, e ficou no templo até
que se oferecesse a oferenda por cada um deles. Mas, quando estavam a terminar os sete dias, os judeus
da Ásia, vendo-o no templo, amotinaram todo o povo, e lançaram-lhe as mãos, gritando: Homens de Israel,
acudi; este é aquele homem que por toda a parte ensina a todos contra o povo, contra a lei e contra este
lugar. Além disso, introduziu gentios no templo, e profanou este lugar santo. Porque tinha visto com ele pela
cidade Trófimo de Éfeso, julgaram que Paulo os tinham introduzido no templo.
Agitou-se toda a cidade e juntou-se o povo. Lançando mão de Paulo, arrastaram-no para fora do
templo, e, imediatamente, foram fechadas as portas. Procurando eles matá-lo, chegou aos ouvidos do
tribuno da corte que toda a Jerusalém estava amotinada. Então ele, tendo logo tomado soldados e
centuriões, correu a eles, os quais, tendo visto o tribuno e os soldados cessaram de bater em Paulo. Então,
aproximando-se o tribuno, prendeu-o e mandou-o ligar com duas cadeias, e perguntou quem era e o que
tinha feito. Mas, naquela multidão, uns gritavam uma coisa, outros outra. Como por causa do tumulto não
pudesse saber coisa alguma ao certo. Mandou que o levassem à fortaleza.
Quando chegou aos degraus, tornou-se necessário que fosse levado pelos soldados, por causa da
violência do povo. Porque a multidão de povo seguia-o, gritando: Morra! Estando Paulo para entrar na
fortaleza, disse ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Ele disse-lhe: Sabes o grego? Porventura
não és tu aquele egípcio (um falso profeta egípcio, que, tendo provocado uma revolta, foi morto pelos
romanos) que, nos dias passados, levantaste um tumulto e levaste ao deserto quatro mil sicários? Paulo
disse-lhe: Eu na verdade sou um judeu, natural de Tarso na Cilícia, cidadão desta cidade ilustre. Mas rogo-
te que me permitas falar ao povo. Tendo-lhe permitido. Paulo, pondo-se em pé sobre os degraus, fez sinal
ao povo com a mão, e, fazendo-se grande silêncio, falou em língua hebraica, dizendo:
Discurso de Paulo à multidão amotinada contra ele – Homens irmãos e pais, ouvi o que agora
tenho a dizer-vos para minha defesa. Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, escutaram-no
com maior atenção. E disse: Eu sou judeu nascido em Tarso da Cilícia, mas educado nesta cidade,
instruído aos pés de Gamaliel segundo a verdade da lei de nossos pais, zelador da lei, como todos vós
também o sois hoje. Persegui de morte esta doutrina, prendendo e pondo em cárceres homens e mulheres,
como o príncipe dos sacerdotes e todos os anciãos me são testemunhas, dos quais tendo recebido cartas
para os irmãos, caminhava para Damasco, com o fim de os trazer dali preso a Jerusalém, para que fossem
castigados.
Mas aconteceu que, indo eu no caminho, e, encontrando-me perto de Damasco ao meio-dia, de
repente resplandeceu em volta de mim uma grande luz do céu. Caí por terra e ouvi uma voz que dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Eu respondi: Quem és tu, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus
Nazareno, a quem tu persegues. Os que estavam comigo, viram a luz, mas não ouviram a voz, daquele que
me falava. Eu disse: Senhor, que desejas eu fazer? O Senhor disse-me: Levanta-te, vai a Damasco e lá te
será dito tudo o que deves fazer. Não vendo eu nada pelo intenso clarão daquela luz, levado pela mão dos
companheiros, cheguei a Damasco. Certo Ananias, homem segundo a lei, que tinha o testemunho de todos
os judeus que ali viviam, vindo ter comigo e pondo-se-me diante, disse-me: Saulo, irmão, recupera a vista.
Eu no mesmo instante o vi a ele. Ele disse: O Deus de nossos pais te predestinou para que conhecesses a
sua vontade, visses o Justo e ouvisses a voz da sua boca, porque tu serás sua testemunha diante de todos
os homens, das coisas que viste e ouviste. Agora que esperas tu? Levanta-te, recebe o batismo e lava os
teus pecados, invocando o seu nome.
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Quarta visão – Aconteceu que, voltando eu a Jerusalém e orando no templo, fui arrebatado fora de
mim, e o vi, que me dizia: Apressa-te e sai, o mais depressa possível, de Jerusalém, porque não receberão
o testemunho que darás de mim. Eu disse: Senhor, eles sabem que era eu o que punha na prisão e
açoitava pelas sinagogas os que criam em ti. E, enquanto se derramava o sangue de Estêvão, tua
testemunha, eu estava presente e consentia, e guardava as vestes dos que o matavam. Mas ele disse-me:
Vai, porque eu te enviarei a nações remotas.
Os judeus tinham-no ouvido até esta palavra, mas levantaram então a sua voz, dizendo: Tira do
mundo tal homem: não é justo que ele viva. E como eles gritassem, arrojassem de si as suas vestes, e
lançassem pó no ar, o tribuno mandou pô-lo na fortaleza, ordenando que o submetesse ao tormento dos
açoites para saber por que motivo clamavam assim contra ele.
Tendo-o ligado com correias, disse Paulo ao centurião, que estava presente: É-vos permitido açoitar
um cidadão romano, que nem mesmo foi condenado? Tendo ouvido isto, o centurião foi ter com o tribuno e
avisou-o, dizendo: Que vais tu fazer? Este homem é cidadão romano. Vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me
se és cidadão romano? Ele disse: Sim. O tribuno respondeu: A mim custou-me uma grande soma de
dinheiro alcançar este foro de cidadão. Paulo disse: Pois eu sou-o de nascimento. Imediatamente
afastaram-se dele os que o haviam de pôr o tormento. Também o tribuno teve medo, depois que soube que
era cidadão romano, e porque o tinha mandado algemar.
Paulo diante do Sinédrio – No dia seguinte, querendo saber com mais exatidão a causa que
tinham os judeus para o acusar, mandou soltá-lo e ordenou que se juntassem os sacerdotes e todo o
Sinédrio, e, trazendo Paulo, colocou-o diante deles.
(...) Ora, sabendo Paulo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, exclamou em alta voz
no Sinédrio: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e sou julgado por causa da esperança na
ressurreição dos mortos. Quando disse isto, estabeleceu-se uma grande dissensão entre os fariseus e os
saduceus, e dividiu-se a multidão. Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem
espírito; ao passo que os fariseus reconhecem essas coisas. E houve grande vozearia. Levantando-se
alguns fariseus, altercavam dizendo: Não achamos mal algum neste homem; quem sabe se lhe falou algum
espírito ou anjo? Como a discórdia fosse grande, temendo o tribuno que Paulo fosse despedaçado por eles,
mandou que descessem os soldados, que o tirassem do meio deles e o levassem à fortaleza.
Quinta Visão – Na noite seguinte, aparecendo-lhe o Senhor, disse-lhe: Tem coragem, porque
assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que também o dês em Roma.
Um sobrinho de Paulo descobre a conspiração dos judeus para matá-lo. Paulo é transferido para
Cesaréia.
Paulo é acusado diante do governador Félix. (...) Passados alguns dias, vindo Félix com sua mulher
Drusila, que era judia, chamou Paulo, e ouviu-o falar de fé em Jesus Cristo. Mas, dissertando ele sobre a
justiça, castidade e o juízo futuro. Félix, atemorizado, disse: Por agora basta, retira-te; na primeira ocasião,
te chamarei. Esperava, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro, por isso, mandando-o chamar
freqüentemente, se entretinha com ele. Passados dois anos, Félix teve por sucessor Pórcio Festo. E,
querendo Félix ser agradável aos judeus, deixou Paulo na prisão.
Paulo apela para César – Tendo, pois, chegado Pórcio Festo à província, os príncipes dos
sacerdotes e os principais dos judeus compareceram diante dele contra Paulo e lhe rogavam, pedindo por
favor, contra ele, que o mandassem conduzir a Jerusalém, armando-lhe ciladas para o matarem no
caminho.
Pórcio Festo, desce para Cesaréia. No dia seguinte, sentou-se no tribunal e mandou trazer Paulo.
Depois de ele ser trazido, rodearam-no os judeus, que tinha vindo de Jerusalém, acusando-o de muitos e
graves delitos, que não podiam provar, dizendo Paulo em sua defesa: Nada fiz de repreensível nem contra
a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. Mas Festo, querendo ser agradável aos judeus,
respondendo a Paulo, disse: Queres ir a Jerusalém e ser ali julgado destas coisas diante de mim? Paulo,
porém, disse: Estou diante do tribunal de César, é lá que devo ser julgado; nenhum mal fiz aos judeus,
como tu sabes muito bem. Se lhe fiz algum mal ou coisa digna de morte, não recuso morrer, mas, se nada
há daquilo que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles. Apelo para César. Então Festo, depois
de ter conferido com o seu conselho, respondeu: Apelaste para César? A César irás.
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Quarta viagem (A viagem de Paulo a Roma) – Decidiu-se finalmente que Paulo seria levado a
Roma para ser julgado na presença do próprio César. Um centurião chamado Júlio foi encarregado de
Paulo e de alguns outros prisioneiros, e sob seus cuidados zarparam de Adramítio.
Ao se aproximarem da ilha de Creta, Paulo advertia-os, dizendo-lhes: Ó homens, eu vejo que a
navegação começa a ser perigosa e com muito dano, não somente da carga e do navio, mas também das
nossas vidas. Porém o centurião dava mais crédito ao piloto e ao comandante, do que ao que Paulo dizia.
A Tempestade e Sexta visão – Um forte vento começou a soprar, e logo uma tempestade uivava
em torno deles. Temendo por suas vidas os marinheiros baixaram as velas, reforçando os lados do navio
com cordas antes de finalmente lançarem ao mar tudo o que estava ao alcance de suas mãos. Três dias e
três noites durou o temporal, e a morte parecia próxima.
Tendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, em pé no meio deles, disse: Convinha, ó
homens, seguindo o meu conselho, não ter saído de Creta e evitar este perigo e dano. Mas agora exorto-
vos a que tenhais coragem, porque nenhum de vós perderá a vida, mas somente o navio será destruído.
Porque esta noite apareceu-me o anjo daquele Deus de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo
dizendo: Não temas, Paulo, é preciso que compareças diante de César; e eis que Deus te deu todos os que
navegam contigo. Por isso, ó homens, tende coragem, porque tenho fé em Deus de que assim acontecerá,
como me foi dito. Nos havemos de ir dar a uma ilha.
Naufrágio – Tendo-se feito dia, não conheciam a terra, mas viram uma enseada, que tinha uma
praia de areia, na qual intentavam, se pudessem, encalhar o navio. Tendo, pois, levantado âncoras,
abandonavam-se ao mar, largando ao mesmo tempo as cordas dos lemes, e, levantada ao vento a vela do
artimão, encaminhavam-se para a praia. Mas, tendo nós dado numa língua de terra, que tinha mar de
ambos os lados, encalharam; e a proa enterrada permanecia imóvel, ao mesmo tempo que a popa se abria
com força do mar.
A resolução dos soldados foi matar os presos a fim de que nenhum fugisse, salvando-se a nado.
Mas o centurião, querendo salvar Paulo, impediu-os de fazer isto e mandou que aqueles que pudessem
nadar, fossem os primeiros que se lançassem à água e se salvassem, e saíssem para terra; quanto aos
outros, conduziam uns sobre tábuas e outros sobre destroços do navio. Assim aconteceu que todos
chegaram salvos a terra.
Paulo em Malta – Estando fora de perigo, reconhecemos então que a ilha se chamava Malta. Os
bárbaros trataram-nos com muita humanidade. Porque, acesa uma grande fogueira, nos alentaram a todos
contra a chuva que caía e contra o frio. Paulo, tendo juntado e posto sobre o fogo uma porção de
sarmentos, uma víbora, que fugira do calor, saltou-lhe à mão. Vendo os bárbaros a víbora pendente da sua
mão, diziam uns para os outros: Certamente este homem é algum assassino, porque, tendo escapado do
mar, a (deusa) Justiça não o deixa viver. Ele, porém, sacudindo a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal.
Ora os bárbaros esperavam que ele viesse a inchar, que caísse subitamente e morresse. Mas, depois de
esperarem muito tempo e vendo que lhe não sucedia mal nenhum, mudando de parecer, diziam que era um
deus.
Naquelas cercanias havia umas terras do príncipe da ilha, chamado Públio, o qual, hospedando-nos
em sua casa, nos tratou bem durante três dias. Ora aconteceu encontrar-se então no leito doente de febre e
de desenteria o pai de Públio. Paulo foi vê-lo, e, tendo feito oração e impondo-lhe as mãos, o sarou. Depois
disto, todos os que na ilha tinham doenças, iam ter com ele e eram curados. Também nos cumularam de
honras, e, quando embarcamos, forneceram-nos o que era necessário. Ao cabo de três meses,
embarcamos num navio de Alexandria, que tinha invernado na ilha, com destino a Roma.
Paulo em Roma – Tendo nós chegado a Roma, foi permitido a Paulo que ficasse onde quisesse
com um soldado a guardá-lo.
Três dias depois, Paulo convocou os principais judeus. Tendo-se eles juntado, disse-lhes: Eu,
homens irmãos, sem ter feito nada contra o povo, nem contra os costumes de nossos pais, tendo sido preso
em Jerusalém, fui entregue nas mãos dos romanos, os quais, tendo-me examinado, quiseram soltar-me,
visto que não achavam em mim crime algum digno de morte. Mas opondo-se os judeus, vi-me obrigado a
apelar para César, sem intentar contudo acusar em alguma a minha nação. Por esta causa, pois, pedi para
vos ver e vos falar, porquanto é por causa da esperança de Israel que estou preso com esta cadeia. Eles
responderam-lhe: Nós nem recebemos carta da Judéia acerca de ti, nem de lá veio nenhum que nos
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dissesse ou falasse algum mal de ti. Porém, queria-mos ouvir da tua boca o que pensas, porque o que nós
sabemos desta seita, é que em toda a parte a impugnam.
Tendo-lhes fixado o dia, foram muitos ter com ele à casa onde estava hospedado, aos quais
expunha, dando testemunho do reino de Deus e convencendo-os do que diz respeito a Jesus, por meio da
lei de Moisés e dos profetas, desde manhã até a noite. Uns criam no que ele dizia, outros, porém, não
criam. E, como não estivessem concordes entre si, retiravam-se, enquanto Paulo lhes dizia só esta palavra:
Bem falou o Espírito Santo pelo profeta Isaías a nossos pais, dizendo: “Vai a esse povo, e dize-lhes: Com o
ouvido ouvireis, e não entendereis, e, vendo, vereis, e não distinguireis. Porque o coração deste povo
tornou-se insensível, e são duros dos ouvidos e fecharam os seus olhos, para que não vejam com os olhos,
e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e eu os sare”. Seja-vos, pois, notório
que esta salvação de Deus é enviada aos gentios e eles a ouvirão. Tendo dito estas coisas, saíram dali os
judeus, tendo entre si grandes altercações.
Dois anos inteiros permaneceu Paulo num aposento que alugara, e recebia a todos os que iam ter
com ele, pregando o reino de Deus, e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com toda a
liberdade, sem proibição.
TRAJETO DA QUARTA VIAGEM E EPISÓDIOS MARCANTES
Companheiros de viagem: Paulo e Lucas.
Nota: O livro Ato dos Apóstolos finaliza sem concluir o destino de Paulo em Roma. Concluiremos
sua trajetória com o relato citado no livro “Paulo e Estevão” de Emmanuel.
A MORTE DE PAULO DE TARSO
(...) Paulo de Tarso e os cooperadores desdobravam-se em edificações espirituais, quando a cidade
foi sacudida, de súbito, por espantoso acontecimento. Na manhã de 16 de julho de 64 irrompeu violento
incêndio nas proximidades do Grande Circo, abrangendo toda a região do bairro localizado entre o Célio e o
Palatino. O fogo começara em vastos armazéns repletos de material inflamável e propagara-se com rapidez
assombrosa. Debalde foram convocados os operários e homens do povo para atenuar-lhe a violência; em
vão a turba numerosa e compacta movimentou recursos para aliviar a situação. As labaredas subiam
CIDADES
EPISÓDIOS MARCANTES
Cesaréia
Rumo a Tiro.
Tiro
Embarque em um navio graneleiro com destino a Roma.
Costeando a Ilha de Chipre
Sem fatos marcantes.
Costeando a Ilha de Creta
Previsão de perigos com a navegação – Tempestade durante
três dias e três noites – Sexta visão de Paulo – Anjo de Deus.
Ilha de Malta
Naufrágio – Boa recepção dos nativos – Paulo é picado por
uma víbora, fica ileso – Paulo cura o pai de Públio (governador
da ilha) – Três meses depois, embarque para Roma.
Roma
Prisão domiciliar durante dois anos – Conversão dos judeus e
dos gentios.
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Tema: Mediunidade na Bíblia
sempre, alastrando-se com furor, deixando montões de escombros e ruínas. Roma inteira acudia ao ver o
sinistro espetáculo, já empolgada pelas suas paixões ameaçadoras e terríveis. O fogo, com prodigiosa
rapidez, deu volta ao Palatino e invadiu o Velabro. O primeiro dia findava-se com angustiosas perspectivas.
O firmamento cobria-se de fumo espesso, iluminando-se grande parte das colinas com o clarão odioso do
incêndio terrível. As elegantes construções do Aventino e do Célio pareciam árvores secas de floresta em
chamas. Acentuara-se a desolação das vítimas da enorme catástrofe. Tudo ardia nas adjacências do
Fórum. Começou o êxodo com infinitas dificuldades. As portas da cidade congestionavam-se de pessoas
tomadas de profundo terror. Animais espavoridos corriam ao longo das vias públicas, como acossados por
perseguidores invisíveis. Prédios antigos, de sólida construção, ruíam com sinistro estrondo. Todos os
habitantes de Roma desejavam distanciar-se da zona comburente.
(...) O fogo já havia devorado, quase totalmente, os palacetes nobres e preciosos das Carinas e
continuava destroçando os bairros romanos, entre os vales e as colinas, onde a população era muito densa.
Durante uma semana, dia e noite, lavrou o fogo destruidor, espalhando desolações e ruínas. Das catorze
circunscrições em que se dividia a metrópole imperial, apenas quatro ficaram incólumes. Três eram uma
aluvião de escombros fumegantes e as outras sete conservavam tão-só alguns vestígios dos edifícios mais
preciosos.
O imperador estava em Âncio (Antium), quando irrompeu a fogueira por ele mesmo idealizada, pois
a verdade é que, desejoso de edificar uma cidade nova com os imensos recursos financeiros que chegavam
das províncias tributárias, projetara o incêndio famoso, assim vencendo a oposição do povo, que não
desejava a transferência dos santuários.
Além dessa medida de ordem urbanística, o filho de Agripina caracterizava-se, em tudo, pela sua
originalidade satânica. Presumindo-se genial artista, não passava de monstruoso histrião, assinalando a sua
passagem pela vida pública com crimes indeléveis e odiosos. Não seria interessante apresentar ao mundo
uma Roma em chamas? Nenhum espetáculo, a seus olhos, seria inesquecível como esse. Depois das
cinzas mortas, reedificaria os bairros destruídos. Seria generoso para com as vítimas da imensa catástrofe.
Passaria à história do Império como administrador magnânimo e amigo dos súditos sofredores.
Alimentando tais propósitos, combinou o atentado com os áulicos de sua maior confiança e
intimidade, ausentando-se da cidade para não despertar suspeitas no espírito dos políticos mais honestos.
Entretanto, não pudera prever, ele próprio, a extensão da espantosa calamidade. O incêndio tomara
proporções indesejáveis. Seus conselheiros menos dignos não puderam pressentir a amplitude do desastre.
Arrancado, à pressa, dos seus prazeres criminosos, o imperador chegou a tempo de observar o último dia
de fogo, verificando o caráter da medida odiosa. Dirigindo-se a um dos pontos mais elevados, contemplou o
montão de ruínas e sentiu a gravidade da situação. O extermínio da propriedade particular atingira
proporções quase infinitas. Não se pudera prever tão dolorosas conseqüências. Reconhecendo a irritação
justa do povo, Nero procurou falar, em público, esboçando algumas lágrimas na sua profunda capacidade
de dissimulação. Prometeu auxiliar a restauração das casas particulares, declarou que compartilhava do
sofrimento geral e que Roma se levantaria novamente sobre os escombros fumegantes, mais imponente e
mais bela. Imensa multidão ouvia-lhe a palavra, atenta aos seus mínimos gestos. O imperador na sua
mímica teatral, assumia atitudes comovedoras. Referia-se aos santuários perdidos, debulhado em pranto.
Invocava a proteção dos deuses, a cada frase de maior efeito. A turba sensibilizara-se. Jamais o César se
mostrara tão paternalmente comovido. Não seria razoável duvidar das suas promessas e observações. Em
dado instante, a sua palavra vibrou mais patética e expressiva. Comprometia-se, solenemente, com o povo,
a punir inexoravelmente os responsáveis. Procuraria os incendiários, vingaria a desgraça romana sem
piedade. Rogava, mesmo, a todos os habitantes da cidade cooperassem com ele, procurando e
denunciando os culpados.
Nesse ínterim, quando o verbo imperial se tornara mais significativo, notou-se que a massa popular
se agitava estranhamente. Maioria esmagadora irmanava-se, agora, num grito terrível:
- Cristãos às feras! Às feras!
O filho de Agripina encontrara a solução que procurava. Ele que procurava, em vão, no espírito
super-excitado, as novas vítimas das suas maquinações execrandas, às quais pudesse atribuir a culpa dos
sucessos lamentáveis, viu no brado ameaçador da turba uma resposta às próprias cogitações sinistras.
Nero conhecia o ódio que o vulgo votava aos seguidores humildes do Nazareno, Os discípulos do
Evangelho mantinham-se alheios e superiores aos costumes dissolutos e brutais da época. Não
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freqüentavam os circos, afastavam-se dos templos pagãos, não se prosternavam diante dos ídolos nem
aplaudiam as tradições políticas do Império. Além disso, pregavam ensinamentos estranhos e pareciam
aguardar um novo reino. O grande histrião do Palatino sentiu uma onda de alegria invadir-lhe os olhos
míopes e congestos. A escolha do povo romano não poderia ser melhor. Os cristãos deviam ser mesmo os
criminosos. Sobre eles deveria cair o gládio vingador. Trocou um olhar inteligente com Tigelino, como a
exprimir que haviam apanhado, ao acaso, a solução imprevista e logo afirmou à massa enfurecida que
tomaria providências imediatas para reprimir os abusos e castigar os culpados da catástrofe; finalmente,
que o incêndio seria considerado crime de lesa-majestade e sacrilégio, para que os castigos também
fossem excepcionais.
O povo aplaudia freneticamente, antegozando as sensações do circo, com esgares de feras e
cânticos de martírio.
A nefanda acusação pesou sobre os discípulos de Jesus, como fardo hediondo.
As primeiras prisões realizaram-se como flagelo maldito. Numerosas famílias refugiaram-se nos
cemitérios e nos arredores da cidade meio destruída, receosas dos algozes implacáveis. Praticava-se toda
a espécie de abusos. Jovens indefesas eram entregues, nos cárceres, ao instinto feroz de soldados sem
entranhas. Anciães respeitáveis conduzidos à enxovia, sob algemas e pancadas. Os filhos arrancados do
colo maternal, entre lágrimas e apelos comovedores. Tempestade sinistra caíra sobre os seguidores do
Crucificado, que se submetiam a punições injustas, de olhos postos no céu.
(...) O filho de Agripina e seus áulicos imediatos deliberaram que se oferecesse ao povo o primeiro
espetáculo no princípio de agosto de 64, como positiva demonstração das providências oficiais, contra os
supostos autores do nefando atentado.
(...) A linguagem mais forte será pobre para traduzir as dores imensas da grei cristã, naqueles dias
angustiosos. Não obstante os tormentos inenarráveis, os seguidores fiéis de Jesus revelaram o poder da fé
àquela sociedade perversa e decadente, afrontando as torturas que lhes cabiam. Interrogados nos tribunais,
em momento tão trágico, declaravam abertamente sua confiança em Cristo Jesus, aceitando os sofrimentos
com humildade, por amor ao seu nome. Aquele heroísmo parecia acirrar, ainda mais, os ânimos da multidão
animalizada.
Dois meses haviam decorrido, (...) e o movimento das prisões aumentava dia a dia.
(...) Embora não abandonasse os trabalhos condizentes com a nova situação, o velho Apóstolo
mergulhou-se em profundas meditações, das quais apenas se forrava para atender às necessidades triviais.
Efetivamente, decorridas algumas semanas após a carta a Timóteo, um grupo armado visitou a
residência de Lino, depois de meia-noite, na véspera das grandes festividades com que a administração
pública desejava assinalar a reconstrução do Grande Circo, O dono da casa, a esposa e Paulo de Tarso
foram presos, escapando Lucas pelo fato de pernoitar em outra parte. As três vítimas foram conduzidas a
um cárcere do monte Esquilino, dando provas de poderosa fé em face do martírio que começava.
(...) Um guarda o informara de que enorme contingente de cristãos seria levado ao circo e ele sofria
por não ter sido chamado a perecer com os irmãos, na arena do martírio, por amor a Jesus. Mergulhado
nessas reflexões, não tardou a sentir que alguém abria, cautelosamente, a porta da enxovia. Conduzido ao
exterior, o ex-rabino defrontou seis homens armados que o aguardavam junto de um veículo de regulares
proporções. Ao longe, no horizonte pontilhado de estrelas, delineavam-se os tons maravilhosos da
madrugada próxima.
(...) Chegados aos cemitérios que se enfileiravam ao longo da Via Ápia, as sombras noturnas se
desfaziam quase completamente, auspiciando um dia de sol radioso.
O militar que chefiava a escolta mandou parar o carro e, fazendo descer o prisioneiro, disse-lhe
hesitante:
- O Prefeito dos Pretorianos, por sentença de César, ordenou que fosseis sacrificado no dia
imediato ao da morte dos cristãos votados às comemorações do circo, realizadas ontem. Deveis saber,
portanto, que estais vivendo os últimos minutos.
(...) Ao chegar no local indicado, o sequaz de Tigelino desembainhou a espada, mas, nesse
instante, tremeu-lhe a mão, fixando a vítima, e falou-lhe em tom quase imperceptível:
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- Lastimo ter sido designado para este feito e intimamente não posso deixar de lamentar-vos...
Paulo de Tarso, erguendo a fronte quanto lhe era possível, respondeu sem hesitar:
- Não sou digno de lástima. Tende antes compaixão de vós mesmo, porquanto morro cumprindo
deveres sagrados, em função de vida eterna; enquanto que vós ainda não podeis fugir às obrigações
grosseiras da vida transitória. Chorai por vós, sim, porque eu partirei buscando o Senhor da Paz e da
Verdade, que dá vida ao mundo; ao passo que vós, terminada vossa tarefa de sangue, tereis de voltar à
hedionda convivência dos mandantes de crimes tenebrosos da vossa época!...
O algoz continuava a fitá-lo com assombro e Paulo, notando a tremura com que ele empunhava a
espada, concitou resoluto:
- Não tremais!... Cumpri vosso dever até ao fim! Um golpe violento fendeu-lhe a garganta,
secionando quase inteiramente a velha cabeça que se nevara aos sofrimentos do mundo.
Paulo de Tarso caiu redondamente, sem articular uma palavra. O corpo alquebrado embolou-se no
solo, como um despojo horrendo e inútil. O sangue jorrava em golfões nas últimas contrações da agonia
rápida, enquanto a expedição regressava penosamente, muda, dentro da luz matinal e triunfante.
(...) O valoroso discípulo do Evangelho sentia a angústia das derradeiras repercussões físicas; mas,
aos poucos, experimentava uma sensação branda de alívio reparador. Mãos carinhosas e solicitas pareciam
tocá-lo de leve, como se arrancassem, tão-só nesse contacto divino, as terríveis impressões dos seus
amargurosos padecimentos. Tomado de surpresa, verificou que o transportavam a local distante e pensou
que amigos generosos desejavam assisti-lo, em lugar mais conveniente, para que lhe não faltasse a doce
consolação da morte tranqüila.
(...) Então, o devotado trabalhador do Evangelho reconheceu as maravilhas que Deus reserva aos
seus cooperadores no mundo cheio de sombras. Tomado de espanto, identificou a paisagem que o
rodeava. Não longe estavam as catacumbas da Via Ápia. Misteriosas forças o haviam afastado do quadro
triste em que se decompunham os despojos sangrentos. Sentiu-se jovem e feliz. Compreendia, agora, a
grandeza do corpo espiritual no ambiente estranho aos organismos da Terra. Suas mãos estavam sem
rugas, a epiderme sem cicatrizes. Tinha a impressão de haver sorvido um misterioso elixir de juventude.
Uma túnica de alvura resplandecente envolvia-o em graciosas ondulações. Mal despertava do seu
deslumbramento, quando alguém lhe bateu levemente no ombro: Era Gamaliel que lhe trazia um ósculo
fraternal. Paulo de Tarso sentiu-se o mais ditoso dos seres. Abraçando-se ao velho mestre e a Ananias,
num só gesto de ternura, exclamava entre lágrimas:
- Só Jesus me poderia conceder alegria igual.
(...) Observando-lhe a intensa comoção, Ananias perguntou qual o seu primeiro desejo na esfera
dos redimidos. Paulo de Tarso, (...) respondeu comovidamente:
- Meu primeiro desejo seria rever Jerusalém, onde pratiquei tantos males e, ali, orar a Jesus, para
ofertar-lhe o meu agradecimento.
(...) Obedecendo ao alvitre de Ananias, reuniram-se no cimo do Calvário e ali cantaram hinos de
esperanças e de luz.
Lembrando os erros do passado amarguroso, Paulo de Tarso ajoelhou-se e elevou a Jesus
fervorosa súplica. Os companheiros remidos recolheram-se em êxtase, enquanto ele, transfigurado, em
pranto, procurava exprimir a mensagem de gratidão ao Divino Mestre. Desenhou-se então, na tela do
Infinito, um quadro de beleza singular. Como se houvesse rasgado a imensurável umbela azul, surgiu na
amplidão do espaço uma senda luminosa e três vultos que se aproximavam radiantes. O Mestre estava no
centro, conservando Estêvão à direita e Abigail ao lado do coração. Deslumbrado, arrebatado, o Apóstolo
apenas pôde estender os braços, porque a voz lhe fugia no auge da comoção. Lágrimas abundantes
perolavam-lhe o rosto também transfigurado. Abigail e Estevão adiantaram-se. Ela tomou-lhe delicadamente
as mãos num assomo de ternura, enquanto Estevão o abraçava com efusão.
Paulo quis lançar-se nos braços dos dois irmãos de Corinto, beijar-lhes as mãos no seu arroubo de
ventura, mas, qual a criança dócil que tudo devesse ao Mestre dedicado e bom, procurou o olhar de Jesus,
para sentir-lhe a aprovação.
O Mestre sorriu, indulgente e carinhoso, e falou:
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- Sim, Paulo, sê feliz! Vem, agora, a meus braços, pois é da vontade de meu Pai que os verdugos e
os mártires se reúnam, para sempre, no meu reino!...
E assim unidos, ditosos, os fiéis trabalhadores do Evangelho da redenção seguiram as pegadas do
Cristo, em demanda às esferas da Verdade e da Luz...
Lá em baixo, Jerusalém contemplava, embevecida, o dilúculo vespertino, esperando o luar que não
tardaria com os primeiros clarões...
AS VISÕES DE PAULO
ORDEM DE NARRATIVA
1) Estrada de Damasco – Chamamento feito por Jesus (Atos, 9:3-6)
2) Em Trôade – Passasse a Macedônia (Atos, 16:9-10)
3) Em Corinto – Não te cales (Atos, 18:9-11)
4) Jerusalém (templo) – Saísse de Jerusalém (Atos, 22: 17-21)
5) Jerusalém (Prisão) – Aviso da necessidade de testemunhar em Roma (Atos, 23:1)
6) Naufrágio (Ilha de malta) – Anjo – Ninguém perecera (Atos,27:23-26)
7) Visão Celestial (Tarso) – Êxtase ( II Corintios, 12:1-4)
7ª Visão de Paulo – Celestial (Êxtase) – II Corintios, 12:1-4
“Se importa que alguém se glorie (o que não convém na verdade), farei agora menção das visões e
das revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo, o qual há catorze anos foi arrebatado (não sei
se foi no corpo, se fora do corpo, Deus o sabe) até ao terceiro céu. E sei que este homem (se foi no corpo,
se fora do corpo, não o sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis que não é
lícito a um homem proferi-las".
Nota:
O terceiro céu é o paraíso (esfera espiritual superior).
O homem é Paulo.
Há catorze anos...: Paulo escreve em fins de 57 ou início de 58, portanto, fala no ano 44, ao término
de seu longo retiro em Tarso, quando Barnabé foi buscá-lo, para fazê-lo seu colaborador. Esta visão “é
anterior às suas viagens apostólicas e à redação de suas cartas”.
A tradição judaica fala às vezes de sete céus e outras de três, o primeiro é o da nossa atmosfera; o
segundo, o dos astros; o terceiro, o de Deus.
ORDEM PELOS ACONTECIMENTOS
1ª Visão – Estrada de Damasco
2ª Visão – Jerusalém (Templo)
3ª Visão – Tarso (Visão Celestial)
4ª Visão – Em Trôade – 2ª viagem
6ª Visão – Jerusalém (Prisão)
7ª Visão – Próximo a Ilha de Malta (Naufrágio) – 4ª Viagem
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BIBLIOGRAFIA
01.
A Gênese - Allan Kardec
02.
A Lei de Moisés "Torah" - Rabino Meir Matzliah Melamed
03.
A Mediunidade na Bíblia - Henrique Gimenez
04.
A Reencarnação na Bíblia - Herminio C. Miranda
05.
Bíblia Sagrada - Edições Paulinas
06.
E a Bíblia tinha razão - Werner Keller
07.
Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
08.
Estudos Espíritas do Evangelho - Therezinha Oliveira
09.
Libertação - André Luiz - Chico Xavier
10.
Magnetismo Espiritual - Michaelus
11.
Mediunidade - Coleção: Estudos e Cursos - Therezinha Oliveira
12.
Missionários da Luz - André Luiz - Chico Xavier
13.
Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz - Chico Xavier
14.
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
15.
Paulo e Estevão - Emmanuel - Chico Xavier
16.
Um caso de desmaterialização - Alexandre Akasakof
17.
Uma história do povo judeu - Vol. 1 - Hans Borger