sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Deusa Cailleach (pronuncia-se cai-lâk)

 

 Deusa Cailleach (pronuncia-se cai-lâk)


Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoasA Deusa Cailleach (pronuncia-se cai-lâk) é uma das mais antigas divindades associadas com a cultura Celta, sendo talvez a mais antiga que se tenha conhecimento na Irlanda. Não é possível saber como ela era venerada ou por quem, uma vez que os Celtas chegaram àquelas terras por volta de 2000 anos atrás, levando seu próprio panteão de Deuses e Deusas e reconheceram Cailleach como antiga, já naquela época.

Ela é muito poderosa e importante pois não desapareceu como outras incontáveis divindades, significando que seu poder ainda está presente nas terras que uma vez foram dedicadas à ela.

Seu nome, em tradução livre do irlandês e do escocês significa “bruxa” ou “mulher velha” e do Galês significa “aquela que usa um véu” e ela é conhecida por possuir enorme sabedoria, por proteger e vigiar toda vida selvagem (assim como Ártemis) e por punir os caçadores que matavam fêmeas grávidas, estrangulando-os com seu cabelo, portanto também responsável pelo fim da vida.

Algumas lendas a associam também com Brigid e suas bênçãos à agricultura e fertilidade da terra, apesar de sua aparência ser muito diferente.
Contam que Cailleach é uma idosa de pele negra-azulada com somente um olho na testa que demonstra intensa paixão. Seus dentes são vermelhos e o cabelo é branco como a neve que cobre o topo das montanhas. Em sua mão direita ela possui uma varinha ou martelo que usa para transformar a grama em gelo durante o inverno e também responsável por construir montanhas e desfiladeiros.
Diversos lugares na Irlanda e na Escócia são associados à Cailleach, como Cean Caillí (Cabeça de Bruxa) na Irlanda, que é a imagem que ilustra o post; Sliabh na Caillí (Montanha da Bruxa) também na Irlanda e Ben Cruachan na Escócia. Na primavera ela não conseguia suportar o sol, então jogava a sua varinha à sombra de uma árvore sagrada e transformava-se em uma pedra cinza para esperar o próximo outono, quando retornava à sua forma original.

Fonte: Santuário Lunar