domingo, 4 de dezembro de 2016

O Povo das Ruas


Aqueles que criaram as próprias Leis para comandar o submundo!

Escrever sobre o "Povo das Ruas", foi uma das postagens mais difíceis, pois eu queria escrever algo simples, mas bem explicativo. Eles são os espíritos em maior número de apresentações, possuem diferentes roupagens e histórias únicas. Eles são bem representados na Kimbanda, mas também trabalham na Umbanda. A diferença está nas Leis que os regem durante o trabalho que seguem. O Povo das Ruas são os Exus e as Pombagiras, bem como, alguns eguns que se doutrinaram e que durante séculos andaram por todos os caminhos da Terra. Eles conhecem todos os mistérios do "em cima" e do "embaixo" pois já estiveram nos dois lados. Eles conhecem as encruzilhadas, as estradas, as moradias antigas, os cultos ancestrais, as magias e os encantamentos.
No passado eles eram chamados de "Almas Penadas" ou "Fantasmas" e assustavam a muitos. Com o surgimento do Espiritismo e, em seguida, da Umbanda, esses espíritos puderam trabalhar, se doutrinar e foram divididos em falanges. Aqueles que permancem trabalhando com as almas penadas e com os espíritos do submundo, permanecem sob a roupagem fluidica de Exus e Pombagiras. Isso os torna mais acessíveis àqueles aos quais se apresentam. Por isso, muitos Exus e Pombagiras, apesar de possuirem elevação para trabalhar na "direita" (aspecto que representa a energia positiva da Umbanda), preferem continuar trabalhando na "esquerda" (o aspecto negativo), pois assim podem atuar com maior liberdade e auxiliar um maior número de espíritos combalidos.
O Povo das Ruas não representa uma categoria de espíritos perdidos; representa a abnegação de muitos espíritos em um trabalho voluntário e contínuo, pois trabalhar em uma energia mais densa, não é privilégio, é dedicação! Uma vez a entidade Maria Padilha das Sete Encruzilhadas me setenciou: "- Estou aqui porque quero resgatar todos os meus filhos de todas as minhas vidas! Eu os amo e não poderia deixá-los para trás..."