No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, dando liberdade a todos os escravos, fossem eles de origem africana ou não. Portanto, hoje comemora-se o Dia da Libertação dos Escravos. A Umbanda festeja a força dos Pretos-velhos e de toda a sua história nessa data.
Também no calendário festivo, comemora-se o Dia da Primeira Aparição de Nossa Senhora em Fátima, Portugal. Aconteceu por volta do meio dia, no dia 13 de Maio de 1917, quando três crianças apascentavam algumas ovelhas nos arredores da pequena freguesia de Fátima. Lúcia de Jesus (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos) viram uma Bonita Senhora sobre uma árvore a lhes pedir mais fé e oração...
Tantos os afrodescendentes escravizados, quanto as crianças de Fátima passaram por muitas provações, para provar seu verdadeiro valor. As duas histórias não parecem se entrelaçar... Mas, a Umbanda festeja tanto a efetivação da Libertação dos Escravos, quanto a benção da aparição de Nossa Senhora de Fátima.
E para ilustrar isso vamos narrar uma pequena parte da história de Obaluaiê: "Conta a Lenda que Nanã teve um filho com Oxalufã... E que ela andava desconfiada e nervosa com Ele. Como sua gravidez foi complicada, ela gerou um filho doentio, mirradinho e com aparência frágil. Não sabendo como cuidar do filho, levou-o para Iemanjá, que já era mãe de muitos filhos e tinha experiência no trato com crianças. Assim, Nanã deixou Obaluaiê nas cavernas à beira-mar, para que o mesmo fosse criado pela Mamãe Sereia.
E para ilustrar isso vamos narrar uma pequena parte da história de Obaluaiê: "Conta a Lenda que Nanã teve um filho com Oxalufã... E que ela andava desconfiada e nervosa com Ele. Como sua gravidez foi complicada, ela gerou um filho doentio, mirradinho e com aparência frágil. Não sabendo como cuidar do filho, levou-o para Iemanjá, que já era mãe de muitos filhos e tinha experiência no trato com crianças. Assim, Nanã deixou Obaluaiê nas cavernas à beira-mar, para que o mesmo fosse criado pela Mamãe Sereia.
Iemanjá cuidou de Obaluaiê com todo carinho. Ele cresceu, curou-se e saiu pelo mundo. Como Obaluaiê sempre viveu em uma caverna, ele nada conhecia do mundo. Por isso, com medo que sua aparência não agradasse aos demais, teceu uma roupa toda de palha da costa e enfeitou-a com búzios. Obaluaiê andou pelo mundo, morando em diversos lugares e aprendendo muitas coisas em suas andanças.
Em sua jornada, Obaluaiê conheceu todos os demais Orixás e com cada um deles adquiriu um conhecimento diferente. Assim, Obaluaiê andou com Exu pelas Estradas, lutou ao lado de Ogun nas Guerras, conviveu com Oxóssi nas Matas, visitou as Águas de Oxum, conheceu as Pedreiras de Xangô, encantou-se pela Justiça de Yansã, desvendou os Mistérios de Ifá, visitou o reino de Oxalá e foi rever sua mãe Nanã.
Nanã soube que o filho estava crescido e pensou que ele não a perdoaria. Um dia levantou-se do seu leito à beira da Lagoa mais barrenta do Reino de Oyó e deparou-se com Obaluaiê. Nanã estava triste e só, porque seus outros filhos tinham crescido e partido para reinos distantes. Obaluaiê abraçou a mãe e agradeceu-a por ter lhe deixado aos cuidados de Iemanjá. Graças ao amor de Iemanjá, ele estava curado.
Nanã ficou feliz por perceber a gratidão de seu filho e o convidou a morar com ela à Beira da Lagoa. Obaluaiê conviveu com Nanã por muito tempo e depois retornou ao Reino do Mar para reencontrar sua Mãe Iemanjá. A Sereia do Mar percebeu a mudança no filho... Então, presenteou-o com colares das pérolas mais brancas e das pérolas mais negras do fundo do mar.
Agora quem vê Obaluaiê, percebe Nele dois colares trançados de contas brancas e negras. Ele continua a usar sua roupa de palha da costa, mas já sabe que está curado. Por conta de todo o seu conhecimento, Olorum presentou-o com o Dom da Cura de todos os males da Terra e tornou-o um Orixá. Obaluaiê é agora o Protetor dos humanos contra todas as doenças e contra as misérias terrenas."