OS DOIS LADRÕES – CHICO XAVIER
O fato ocorreu em Pedro Leopoldo.
Chico costumava acompanhar até às pensões ou hotéis as visitas que ficavam no Centro até o término das reuniões, que se dava por volta de duas horas da manhã.
Certo dia, já de volta ao lar, foi abordado por dois desconhecidos, que ele sabia não serem da cidade, e um deles foi logo dizendo:
- Passe para cá todo o dinheiro que tiver em seu bolso.
Chico remexeu seus bolsos e, só encontrando cinco cruzeiros, disse aos ladrões:
- Olhem, eu só tenho cinco cruzeiros, mas por favor, não me façam mal. Tenho muitas crianças para cuidar.
Um dos assaltantes, que parecia ter alguma bondade nos olhos, perguntou:
- Você é casado?
- Não, respondeu o Chico.
- Então, que história é essa de crianças?
- São as crianças que eu cuido, umas são parentes, outras necessitadas, mas olho-as todas.
Nisso o outro assaltante intervém, dizendo:
- Não falei que não valia a pena assaltá-lo? Veja as roupas remendadas. O sapato, então, parece a boca aberta de um jacaré. Vamos embora que esse aí está pior que nós.
O assaltante então perguntou:
- Você ainda tem aqueles duzentos cruzeiros com você?
- Você não vai fazer o que eu estou pensando, vai?
- Vamos, passe o dinheiro depressa.
De posse do dinheiro, entregou-o ao Chico e disse:
- Tome, compre leite para as suas crianças.
E, chamando o outro ladrão, foram embora.
Chico, aliviado, escorou-se num poste e disse:
- Muito obrigado, meus irmãos. Que Jesus os abençoe e acompanhe.
O ladrão que havia lhe dado o dinheiro lhe respondeu:
- Você acha que Jesus vai nos abençoar e acompanhar? Nós somos ladrões!
- Como não, meu irmão, disse-lhe o Chico, Ele escolheu dois para sair da Terra com Ele.
Da obra: Kardec Prossegue - Adelino da Silveira
Chico costumava acompanhar até às pensões ou hotéis as visitas que ficavam no Centro até o término das reuniões, que se dava por volta de duas horas da manhã.
Certo dia, já de volta ao lar, foi abordado por dois desconhecidos, que ele sabia não serem da cidade, e um deles foi logo dizendo:
- Passe para cá todo o dinheiro que tiver em seu bolso.
Chico remexeu seus bolsos e, só encontrando cinco cruzeiros, disse aos ladrões:
- Olhem, eu só tenho cinco cruzeiros, mas por favor, não me façam mal. Tenho muitas crianças para cuidar.
Um dos assaltantes, que parecia ter alguma bondade nos olhos, perguntou:
- Você é casado?
- Não, respondeu o Chico.
- Então, que história é essa de crianças?
- São as crianças que eu cuido, umas são parentes, outras necessitadas, mas olho-as todas.
Nisso o outro assaltante intervém, dizendo:
- Não falei que não valia a pena assaltá-lo? Veja as roupas remendadas. O sapato, então, parece a boca aberta de um jacaré. Vamos embora que esse aí está pior que nós.
O assaltante então perguntou:
- Você ainda tem aqueles duzentos cruzeiros com você?
- Você não vai fazer o que eu estou pensando, vai?
- Vamos, passe o dinheiro depressa.
De posse do dinheiro, entregou-o ao Chico e disse:
- Tome, compre leite para as suas crianças.
E, chamando o outro ladrão, foram embora.
Chico, aliviado, escorou-se num poste e disse:
- Muito obrigado, meus irmãos. Que Jesus os abençoe e acompanhe.
O ladrão que havia lhe dado o dinheiro lhe respondeu:
- Você acha que Jesus vai nos abençoar e acompanhar? Nós somos ladrões!
- Como não, meu irmão, disse-lhe o Chico, Ele escolheu dois para sair da Terra com Ele.
Da obra: Kardec Prossegue - Adelino da Silveira