Os mecanismos da natureza funcionam em perfeita sincronia e harmonia, tudo ocorre de forma natural nas leis universais, mas a visão limitada do Ser encarnado é ainda um empecilho para que os mecanismos do desdobramento sejam vistos por nós como um processo do desconhecido.
O desdobramento ocorre em algumas situações, quando entramos em meditação profunda, ou durante o sono, ou quando cochilamos e em alguns processos mediúnicos, no entanto, iremos nos deter neste artigo somente ao estudo do sono.
Quando dormimos entramos numa espécie de transe e desconectamos do estado da vigília chamado pela ciência de DELTA para o ALPHA que é o sono propriamente dito, no entanto, nessa transição de um estado para outro há um processo intermediário onde o nosso corpo adormece e o nosso Espírito continua desperto, agora no perispírito, e depois algum tempo, adormecemos
Nesta etapa do desdobramento o laço fluídico mais sutil chamado de Cordão de Prata, que prende o perispírito ao corpo se afrouxa, e na medida em que o Espírito se afasta de seu corpo, mais fino e tênue vai ficando, porém, não há perigo deste laço ou cordão se arrebentar e também nenhum Espírito inferior poderá arrebentá-lo ou rompe-lo. Os bons Espíritos só podem rompe-lo quando há motivo justo(como o desencarne natural) e permissão de seus superiores, pois é este o laço principal que quando rompido por Espíritos superiores especializados em desencarne, é que se finaliza a morte do corpo físico e a libertação do Espírito.
No entanto, há algumas pessoas que não adormecem logo que o seu corpo se aproxima do estado ALPHA, eles permanecem acordados no corpo perispiritual e com isso podem experimentar os sintomas do desdobramento.
Embora, a primeira vez, seja um pouco ou muito incomodo para algumas pessoas, para estas, o incomodo ocorre por que desconhecem os mecanismos do desprendimento temporário do Espírito, e chegam até aterrorizarem-se a tal modo que buscam de forma desesperada voltar ao corpo se jogando sobre ele e não conseguem, e ficam nesse ciclo desesperador por algum tempo, até que cansados e mais calmos (através da prece), pensam no corpo e de imediato retornam.
Observação:
Não entraremos, neste momento, em detalhes sobre os mecanismos de cada um dos sintomas citados abaixo.
SINTOMA DE INFLAR ou INCHAR-
É um sintoma comum que acontece tanto na entrada como na saída do perispírito no corpo. Esse sintoma passa uma sensação de inchaço ou como se estivesse inflando como um balão, o Espírito sente o seu corpo perispiritual se expandir em todas as direções.
SINTOMA DE ESTALOS INTRACRANIANOS
– É um sintoma que acontece tanto na entrada como na saída do perispírito no corpo. Quando os laços fluídicos de todo o corpo físico vão se afrouxando, ouve-se ruídos no “cérebro” do perispírito, como zumbidos, barulhos semelhantes a helicópteros, estalos, apitos, etc.
Nota: Citamos aqui “os laços fluidicos de todo o corpo físico”, pois no momento do afrouxamento das conexões do corpo e do perispírito são feitas muitos por laços que os conectam, e a medida que o processo se desenrola unem-se em um laço fluídico principal, chamado de cordão de prata.
SINTOMA DE CATALEPSIA
– É um sintoma que é aterrorizador para quem não está acostumado com o mesmo. É uma sensação de paralisia geral, como se todo corpo estivesse anestesiado, no entanto, isso ocorre com muita frequência na reentrada do perispírito ao corpo. Às vezes o seu perispírito volta ao corpo e a consciência desperta antes do seu corpo perispíritual conectar-se e “se encaixar” ao veículo físico.
SINTOMA DE DESLOCAMENTO
– Esse sintoma é muito comum, uma vez que a sua consciência é despertada por um ruído do ambiente que o seu cérebro tenha captado, mas o seu perispírito está fora do corpo, e de forma imediata em alta velocidade você retorna em direção do seu corpo físico, e sente uma espécie de “afundamento do colchão” e logo em seguida acorda.
SINTOMA DE FALSA QUEDA
– Este sintoma é muito comum quando cochilamos. Ocorre quando estamos saindo do corpo, mas a nossa mente quer manter-se em vigília e quando os laços fluídicos começam a se afrouxar, a nossa mente percebe e acordamos de forma abrupta sentindo a sensação de queda e/ou sentimos também o acordar assustado.
Todos estes sintomas são naturais, há muitos outros que não há tempo para comentar neste artigo. Indicamos que se você sentir um desses sintomas, mantenha-se o mais calmo possível, não tenha medo, busque concentrar-se no seu corpo se a ele desejar voltar, caso queira ter experiências espirituais pense em boas coisas e solicite a ajuda de seu Espírito protetor.
Fora do corpo, o medo e o desespero são percebidos com mais lucidez e com mais intensidade do que quando estamos no corpo, portanto, o mesmo ocorre quando sentimos boas emoções e sentimentos fora do corpo.
Lembremo-nos que fora do corpo tudo é realizado por meio do pensamento, basta pensar para criar, pense em um lugar e já estará lá, mas há uma educação para isso, que talvez, a maioria de nós ainda não aprendemos.
Fonte: Espiritismo na Prática, divulgando os ensinamentos de Jesus.
desdobramento espirituais
Sonho ou Desdobramento?
Juliana Chagas
Ter sonhos durante o repouso do corpo. Muitas pessoas dizem que não passam uma noite sem sonhar. Outras que isto Menina deitadararamente acontece…
Segundo cientistas do Centro de Pesquisas em Neurociência de Lyon, na França, quem tem sono leve e acorda com maior frequência à noite, memoriza melhor os sonhos do que aquelas pessoas que dormem pesado.
Para a Doutrina Espírita lembrar ou não dos sonhos é menos importante do que entender como este processo acontece.
É no sono que ocorre o desprendimento do Espírito do corpo material, uma vez que o Espírito tem necessidades diferentes, e uma delas é liberar-se um tempo do mergulho na carne.
A pergunta 401 da obra O Livro dos Espíritos, capítulo O sono e os sonhos, esclarece se durante o sono, a alma repousa como o corpo: “Não, o Espírito jamais permanece inativo. Durante o sono, os laços que o unem ao corpo se afrouxam e este não tem necessidade do Espírito. É quando ele, então, percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos”.
Enquanto ocorre este desprendimento, experiências surgem, que geralmente denominamos “sonhos”.
No Espiritismo aprendemos também que o desprendimento significa a emancipação da alma, ou desdobramento.
Podemos dizer que o sonho é uma espécie de desdobramento.
Entenda melhor a respeito:
Sono:
necessidade do corpo físico de reposição das energias, repouso e descanso após um dia cansativo de trabalho;
Sonho:
podemos considerar quatro tipos diferentes – situação alucinatória, recordação do passado, percepção do futuro e vivência no plano espiritual;
Desdobramento:
capacidade que todo o ser humano tem de estender a consciência para fora do corpo, quando vamos dormir o espírito se “desdobra” entrando em estado de emancipação, podendo alcançar, sob certas condições até outros mundos.
Aprofundando um pouco mais, percebemos em outras situações que esta manifestação ocorre naturalmente, a pessoa se desloca do corpo sem vontade, não sabendo ao certo como isso aconteceu, outras vezes é provocada, levando a pessoa a sair voluntariamente do corpo.
Ao analisarmos pelo aspecto mediúnico, verificamos que nem todos possuem esta faculdade que, como todas as outras, precisa ser devidamente utilizada.
Prestação de assistência extra física:
este é o maior objetivo do desdobramento mediúnico.
Quando entendemos os benefícios desta ação, comprovamos que somos seres espirituais em nossa real essência, que podemos nos encontrar com entes queridos desencarnados e ter contato com amigos espirituais mais evoluídos que contribuem também com a nossa evolução.
Cabe a nós utilizarmos os ensinamentos doutrinários quando tivermos qualquer tipo de sonho, para não cairmos na tentação de decifrar erroneamente todas as situações que vivenciamos durante o sono.
É nosso dever também sabermos diferenciar os sonhos dos desdobramentos e utilizá-lo sempre conscientemente.
Desdobramento
Desdobramento é a capacidade que todo o ser humano possui de projetar a consciência para fora do corpo, utilizando-se dos corpos sutis de manifestação.
Wagner Borges – Viagem Espiritual II
Veículos de manifestação
É importante compreender que o espírito possui diversos corpos de manifestação que se interpenetram e coexistem em freqüências vibratórias diferentes.
Para melhor compreensão do assunto abordado no presente trabalho dividiremos esses veículos de manifestação da seguinte maneira:
1. Corpo Mental;
2. Corpo Astral;
3. Corpo Físico.
O desdobramento pode ocorrer durante o sono, no transe, na síncope, no desmaio, ou sob a influência de anestésicos.
Corpo Astral:
Sendo um corpo energético, com uma capacidade de plasmagem de formas em sua estrutura, o corpo astral pode se apresentar ocasionalmente durante o desdobramento com configurações não antropomórficas como: bola de luz, forma vaporosa, formato semi-humanóide etc.
Isso ocorre porque temos como plasmador do corpo astral o nosso próprio pensamento, e como as células astralinas são dotadas de maior aceleração e sutileza, são mais vulneráveis aos pulsos mentais que regem a sua forma.
Desdobramento natural ou provocada:
No desdobramento natural a pessoa desloca-se do corpo sem o concurso da vontade e não compreende como isso aconteceu.
No desdobramento provocado a pessoa tenta sair do corpo pela vontade e consegue.
desdobramento espiritual
O cordão de Prata:
O corpo astral é ligado ao corpo físico por um apêndice energético, conhecido como cordão de prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico, abandonado durante a projeção e também são transmitidas energias do corpo físico para o corpo astral, criando um circuito energético de ida e volta.
Enquanto os dois corpos estão próximos, o cordão é como um cabo grosso. A medida que o corpo astral se afasta das imediações do corpo físico, o cordão torna-se cada vez mais sutil.
O vigor e a elasticidade do cordão de prata são incalculáveis. Por meio deste cordão, é possível afirmar que o ser desdobrado jamais se perderá do seu corpo físico; também não há possibilidade do ser optar por não voltar mais para o corpo físico. Para voltar basta pensar firmemente no seu corpo físico e o retorno se dará automaticamente.
O cordão de prata possui uma espécie de automatismo subconsciente que funciona independente da vontade do ser e atrai o corpo astral de volta para o corpo físico.
No caso de surgir alguma perturbação física, durante o desdobramento, o corpo astral será imediatamente atraído pelo cordão de prata para dentro dele. Daí vem muitas vezes a sensação de queda e o despertar assustado no corpo físico.
Não se trata de uma corda de luz, mas sim um feixe de energia de alta densidade.
O cordão de prata não pode ser cortado, por um simples motivo, ele não é uma corda, é energia, não da nó, não enrola e muito menos emaranha em coisa alguma.
O cordão de prata é uma série de filamentos energéticos que se juntam numa só conexão.
Diâmetro: de 3 a 15 cm de distância, 5 cm de espessura; de 10 m em diante: fio luminoso.
Elasticidade: Infinita.
Cor: Quando muito denso: verde, azul ou alaranjado. Quando mais sutil: branco-acinzentado, branco prateado ou dourado.
Vigor da cúpula: Variável de acordo com a saúde de quem se desdobra.
Aviso admonitório: Forte tração (Repulsão) do cordão de prata, alertando o ser desdobrado de que está no momento de retornar ao corpo físico.
O principal filamento energético do cordão de prata está situado na cabeça, onde se liga internamente na fossa rombóide.
Vejamos o que diz André Luiz na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
– “…Por um fio tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando inalterável ao centro emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta de todo impróprio para o fenômeno que estudamos no campo da inteligência.”
Ponto de ligação do cordão de prata nos corpos:
Os principais filamentos energéticos são aqueles que partem da área da cabeça, através dos chácras coronário e frontal e a partir da fossa rombóide segundo André Luiz em “Evolução em dois mundos – pag. 167”, no interior do crânio. Na parte desdobrada, o cordão de prata se liga na parte posterior da cabeça astral.
Catalepsia Astral
Às vezes, a pessoa pode sentir uma paralisia dos veículos de manifestação, principalmente dentro da faixa de atividade do cordão de prata, chama-se catalepsia astral. Não deve ser confundida com catalepsia patológica que é uma doença rara.
Obs. É importante saber que o desdobramento é uma capacidade inerente a todos os seres, encarnados e desencarnados.
Ética
A pessoa que se propõe a desdobrar-se conscientemente deverá estar bem intencionada, sabendo o que irá fazer com as informações que obtiver a respeito do desdobramento, usando-as com discernimento e coerência para crescer espiritualmente e ajudar os outros. Conhecimento implica em responsabilidade e sair do corpo não é brincadeira, nem turismo extra-físico.
O desejo sincero de adquirir conhecimento fora do corpo e o desejo de prestar assistência extra-física que pode ser ministrado para doentes encarnados e desencarnados deve ser o nosso norte no desenvolvimento desta faculdade.
Se a intenção da pessoa for aprender fora do corpo ou ajudar o próximo terá a ajuda de espíritos amigos durante a experiência.
Intenções negativas atrairá espíritos densos, também com intenções negativas, que o perturbarão.
Diante do mundo espiritual e das consciências desencarnadas, o ser não conseguirá esconder de ninguém o que ele é e o que pensa. O corpo astral é um veículo de manifestação que reflete o que a consciência é realmente.
O que cada um deve almejar com toda força é o enriquecimento íntimo e o fortalecimento do amor por todas as criaturas.
Três posturas que devem ser observadas por quem deseje desdobrar-se são: Humildade, respeito e consideração por aqueles que o assistem.
desdobramento espiritual
Sintomas do desdobramento
Muitas pessoas, ao adormecer, tem a sensação de estar “Escorregando” ou caindo em um buraco e despertam sobressaltadas. Isso acontece devido a um deslocamento do corpo astral dentro do corpo físico. Conforme a ilustração a seguir:
Estado Vibracional
São vibrações intensas que percorrem o corpo astral e o físico antes do desdobramento. O estado vibracional pode produzir uma espécie de zumbido ou ruído estridente que incomoda a pessoa.
Ballonnement
A pessoa tem a impressão de que seu corpo está inflando como um balão.
Oscilação Astral
É quando o corpo astral flutua acima do corpo físico sem controle de um lado para o outro.
Ruídos intracranianos
Podem ser percebidos pela pessoa como estalidos, como zumbido estridente ou como uma espécie de “click” energético bem no centro da cabeça. (Pineal)
O corpo astral flutuando no ar, acima do corpo físico. Envolvendo os dois corpos, e interpenetrando-os, está a faixa de atividade do cordão de prata.
O corpo físico sofre uma ligeira queda de atividade e os liames energéticos que prendem o corpo astral nele, afrouxam-se temporariamente, ejetando-o, então, para a vivência extracorpórea.
Benefícios do Desdobramento
Nas horas em que o corpo físico está adormecido, o ser desdobrado pode observar, trabalhar, participar e aprender fora do corpo.
Constatar, através da experiência pessoal, a realidade do mundo espiritual, prestar assistência extra-física, através da exteriorização de energias fora do corpo para doentes encarnados e desencarnados, a desobsessão extra-física e encontrar pessoas amadas.
A assistência extrafísica a enfermos físicos e extra físicos é uma das grandes utilidades do desdobramento.
Vejamos o que diz André Luiz a respeito da assistência no mundo espiritual dos seres desdobrados na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
“…efetuam incursões nos planos do espírito, transformando-se muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Bem Feitores da espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra física.”
Desdobramento e objetivos Mentais
Carregamos para fora do corpo físico os últimos pensamentos e desejos que manifestávamos nos momentos que antecederam nossa entrada no sono, por isso a importância de mantermos pensamentos elevados antes de deitar e ter em mente objetivos espirituais sadios, porque devemos sempre lembrar da lei de afinidade espiritual.
Desdobramento na Bíblia
Na bíblia existem várias referências simbólicas sobre desdobramento:
– Ezequiel: cap. 3, vers. 14: “Então o espírito me levantou e me levou; e eu fui muito triste, no ardor do meu espírito…”
– Apocalipse: cap. 1, vers. 10: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor…”
– São Paulo; Segunda Epístola aos Coríntios: cap. 12, vers. 2 à 6: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu, e sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.”
Desdobramento e responsabilidade
É inviável e desaconselhável a prática do desdobramento sem o conhecimento do processo de saída do corpo físico, bem como sem o estudo prévio dos habitantes e situações extra físicas e das leis sutis regentes em todas as dimensões. Como por exemplo, o carma e a sempre lembrada Lei: “Semelhante atrai semelhante”. É necessário estudo paralelo da teoria e da prática, unindo inteligência, sentimento, intuição, ética, disciplina, responsabilidade e maturidade.
É muito importante lembrar que um dos principais objetivos do desdobramento é prestação de assistência extra física.
O desdobramento não deve ser encarado como fuga dos problemas da vida.
Euforia Extra-física
Muitas vezes, por falta de experiência durante o desdobramento, é gerada forte atividade emocional. O estímulo emocional gera uma descarga energética que acaba fluindo pelo cordão de prata para o corpo físico, e, por repercussão vibratória, acelera os batimentos cardíacos, gerando dessa maneira, atividade fisiológica correspondente à vigília física. Esta reação que é gerada em fração de segundo, faz com que o cordão de prata puxe, rapidamente, o corpo astral para dentro do corpo físico.
Desdobramento assistido
Durante todo o desdobramento os guias estão presentes, assistindo e orientando o ser desdobrado, mesmo que não possa ser percebido. Na maioria das vezes estão intangíveis.
Mesmo que o ser desdobrado não os perceba, devido as suas energias demasiado sutis, eles estão lá, observando e conduzindo-o sutilmente. Praticamente não há desdobramento sozinho, já que os orientadores estarão observando o ser desdobrado onde quer que seja.
Desdobramento do corpo mental
O corpo mental é o veículo no qual a consciência se manifesta no plano mental, o corpo mental interpenetra o corpo astral. O meio de comunicação nesse plano é pensamento a pensamento.
O corpo mental é ligado ao corpo astral através de um conduto energético bastante sutil denominado “Cordão de ouro”.
O desdobramento mental ocorre quando o corpo mental se projeta para fora da cabeça astral diretamente para o plano mental, isso pode acontecer de duas maneiras.
1) O corpo mental se desdobra em um só estágio, deixando o corpo astral no interior do corpo físico.
2) O corpo mental se desdobra em dois estágios: no primeiro, se desdobra com o corpo astral para fora do corpo físico, no segundo, se desdobra para fora do corpo astral, deixando-o flutuando nas proximidades do corpo físico ou em alguma dimensão do plano astral.
O corpo mental (sem forma antropomórfica) desdobrando-se para fora da cabeça astral do corpo astral que, por sua vez, flutua no ar, acima do corpo físico.
desdobramento espiritual
Características básicas de candidatos a Desdobramento
Para que a experiência fora do corpo se torne sadia e de grande relevância para a evolução do ser, é necessário, para quem se candidate a esta tarefa, almejar certas qualidades, atitudes para que aquilo que pode ser um bem não se torne motivo de queda.
O candidato ao desdobramento deve ser portador de uma vontade inquebrantável, pois não existe nenhuma forma de evolução espiritual baseada na preguiça; é necessário que a idéia de se desdobrar seja um pensamento diário, um hábito.
É muito importante compreender que desdobramento não é turismo extra físico nem brincadeira para espiritualistas ociosos e irresponsáveis.
A coerência mostra-se como fator decisivo para o bom aproveitamento da experiência, necessária coerência no cotidiano. Alguém incoerente na vida física, também será incoerente na experiência extra-física.
Altruísmo; porque vale mais um materialista altruísta do que um alguém que se desdobra no mundo extra-físico e é egoísta.
Ter prioridades.
Pois muitos querem desenvolver suas potencialidades espirituais, mas estão mais interessados no desfecho de sua novela predileta, no que aconteceu com o carro do vizinho do que com o desenvolvimento da própria consciência.
Conhecimento sobre o assunto, leitura freqüente de livros a respeito do assunto, procurando penetrar o, tanto quanto possível, nas questões técnicas e morais que envolvem o assunto, visando o aprimoramento da faculdade.
Ética, sempre fundamentada nos ensinamentos do mestre Jesus.
Equilíbrio emocional.
Quanto maior for seu equilíbrio emocional na vida física, maior será sua lucidez fora do corpo.
Persistência.
Honestidade consigo mesmo, com suas convicções; É importante responder à seguinte pergunta:
Qual é o real objetivo ao tentar desdobrar-se conscientemente para fora do corpo físico? A resposta para esta pergunta encerra em si mesmo a chave para o êxito ou o fracasso no desdobramento.
Objetividade; nunca desistir dos objetivos espirituais.
Higiene física e mental. Diz um velho ditado chinês: “Um corpo sujo sempre abriga uma alma imunda”; e um outro: “Uma mente suja sempre abriga pensamentos imundos”.
Paciência!!!
Respeito por todas as criaturas. Não estamos acima de ninguém, os irmãos que se encontram na esfera extra-física, em situação desfavorável, são nossos irmãos em Deus e merecem todo o nosso carinho e amparo. O segredo para se ter uma experiência extracorpórea saudável durante o sono é sempre estar munido da força básica e poderosa do universo que é o amor.
Ter uma vida lúcida.
Com relação a aquisição de conhecimento para esta tarefa vamos observar o que diz André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”.
“Cumpre destacar, entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante gênero de serviço, porque segundo a lei do campo mental, cada espírito somente logrará chegar, do ponto de vista da compreensão necessária, até onde se lhe paire o discernimento”.
Podemos observar a partir das palavras de André Luiz que os vôos da alma estão delimitados pela sua compreensão. É da lei também que não haja desperdício na economia cósmica, portanto não seria correto expor o espírito a paragens das quais não teria compreensão, e, sendo assim, não tendo aproveitamento algum no caminho evolutivo do ser.
Rememoração e Lucidez das experiências vividas:
Algumas pessoas têm uma maior predisposição para rememorar as experiências fora do corpo. Isso se deve a cursos pré-reencarnatórios realizados por estes no plano extra-físico, ou até mesmo em reencarnações anteriores, nos quais desenvolveram seu potencial anímico mediúnico, através de processos iniciáticos de escolas de esoterismo da antiguidade, principalmente no antigo Egito e nas antigas academias espiritualistas da China e da Índia.
Observemos agora as questões fisiológicas que impedem uma boa rememoração das experiências extra-físicas:
O problema está no cérebro, nas ligações entre o tálamo que se localiza na parte posterior do cérebro e as regiões corticais.
O tálamo é o ponto que permite que a criatura conscientize as sensações recebidas pelo córtex, de modo que é responsável pela conscientização dos fatos; recebe os pulsos nervosos do córtex e transmite-os a consciência da criatura, podendo porém ser isolado, para que não atinja a consciência. Durante o sono essa ligação entre o tálamo e as regiões corticais é isolada, o que impede que tenhamos a rememoração perfeita dos fatos ocorridos durante o sono.
Vejamos o que diz a respeito Carlos Torres Pastorino na obra “Técnica da Mediunidade”.
“Se o corpo astral se afasta do corpo físico, vive sua própria vida independente, se o que vive se comunica ao tálamo, este pode comunicá-lo, ao despertar, ao córtex, e a pessoa se recorda do que viveu realmente.”
Além do que já foi citado, podemos ainda observar o quesito autorização, que se obtém ou não das esferas superiores para rememoração dos fatos ocorridos nos planos extra-físicos, levando em consideração a repercussão que isso terá na vida da pessoa. Auxiliará ou prejudicará o processo evolutivo em curso?
Destino do ser desdobrado
Em primeiro lugar é necessário possuir um corpo astral adequado, que por ser o corpo emocional, é quase desnecessário dizer que o bom funcionamento deste corpo depende do nosso equilíbrio emocional. Isso só ocorre quando mantemos este veículo limpo ou seja, sem plaquetas emocionais densas, abastecido de grande capacidade energética.
Um corpo astral em péssimo estado pode trazer riscos a integridade espiritual pois, estando em desequilíbrio, será atraído por correspondência de freqüência (sintonia) para o plano extra físico denso (Umbral), o que pode acarretar em perda de energia e (ou) trauma emocional.
É sempre bom lembrar que um corpo astral em situação X será atraído para uma dimensão X correspondente.
Portanto, é imprescindível uma avaliação do contexto emocional-energético e, dentro do possível, descobrir os pontos fracos e ajustá-los, equilibrá-los.
Vejamos o que diz a esse respeito o espírito André Luiz na obra “Evolução em dois mundos”.
– “Durante o sono, a mente suscetível a influenciação dos desencarnados, que evoluídos ou não, lhe visitam o ser, atraídos pelos quadros que se lhe filtram da aura, ofertando-lhes auxílio eficiente quando se mostre inclinada a ascensão de ordem moral, ou sugando-lhe as energias e assoprando-lhe sugestões infelizes quando, pela própria ociosidade ou intenção maligna, adere ao consórcio psíquico de espécie aviltante, que lhe favorece a estagnação na preguiça ou a envolve nas obsessões viciosas pelas quais se entregam a temíveis contratos com as forças sombrias.”
– “O corpo espiritual acompanha, de inicio, o impulso da corrente mental que por ele extravasa”.
E o mesmo autor na obra “Mecanismos da Mediunidade”
“…Nesse estágio evolutivo permanecem milhões de pessoas – representando a faixa de evolução mediana da Humanidade, rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhe revelam afins, tanto na ação construtiva do bem, quanto na ação deletéria do mal, entretecendo-se-lhes o caminho da experiência que lhes é necessário a sublimação no porvir.”
E logo em seguida,
“Desdobrando-se, no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procurando automaticamente, fora do corpo de carne, os objetivos que se casam com o seus interesses evidentes ou escusos.”
Desdobramento e música
Existem alguns tipos de músicas, que também são utilizadas para relaxamento, que induzem o cérebro a produzir ondas alfa, que estão relacionadas com o relaxamento e a criatividade (intelectual, artística ou espiritual) da pessoa e que, em alguns casos, pode facilitar o desdobramento, pois favorecem a soltura energética dos veículos de manifestação.
Desdobramento e Alimentação:
Baseado em pesquisas realizadas a este respeito e à própria experiência, o fato da pessoa comer determinado tipo de alimento não determina maior facilidade ou dificuldade para desdobrar-se.
Por exemplo, não seria correto afirmar que uma pessoa que não come carne vermelha terá maior facilidade de desdobrar-se, ao passo que uma pessoa, que nutre-se de carne vermelha, terá maior dificuldade para desdobrar-se.
A minha alimentação contém carne vermelha e derivados, nem por isso deixei de vivenciar experiências extracorpóreas com lucidez.
Devemos prestar atenção no que vamos ingerir, algumas horas antes do sono físico. Isso sim pode fazer a diferença.
Não é recomendado alimentar-se duas horas antes de deitar, pois qualquer alimento seja carne ou arroz, ou feijão, provocará atividade digestiva e isso sim pode ser um empecilho para quem deseja desdobrar-se, pois o corpo, em atividade digestiva ou qualquer outro tipo de atividade, dificulta o afrouxamento dos liames energéticos que o prendem aos corpos sutis.
Desdobramento e drogas
Há muitos pacientes que tiveram experiências fora do corpo, durante uma intervenção cirúrgica. Há muitos relatos em livros especializados no assunto. A ação do anestésico faz com que o metabolismo do corpo caia provocando o deslocamento do corpo astral.
Drogas como a maconha, cocaína, heroína, o haxixe, o crack, o LSD entre outras drogas pesadas, também podem provocar desdobramentos. Mas, nesta modalidade, há o agravante de que espíritos desencarnados doentes, viciados na energia dessas drogas, se aproximarão dessa pessoa desdobrada (por sintonia energética) com a finalidade de vampirizá-la.
Importante frisar também que aqueles que pretendem desdobrar-se não abusem da utilização de alcoólicos, pois há muitos alcoólatras desencarnados os esperando para transformá-los em taças vivas!
“Todo o exagero, físico ou espiritual leva ao desequilíbrio da alma”
desdobramento espiritual
7. Assistência extrafísica:
O valor da consciência está claramente delineado no serviço desinteressado que se possa prestar à coletividade física e extra física.
Mediante processos específicos de transmissão de energia, os trabalhadores extra físicos usam o ser desdobrado como doador de energia para pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnadas e sem se aperceberem disso).
Os enfermos desencarnados, muitos deles portam no corpo espiritual energias densas, oriundas de desequilíbrios variados, na existência terrestre. Além disso, como o corpo astral reflete fielmente o que a consciência pensa e sente, as formas mentais engendradas pelo pensamento negativo aderem a sua aura, gerando com isso sérios bloqueios espirituais que mantém a entidade agregada vibratoriamente aos níveis extra físicos mais densos, ou como, acontece comumente, no campo energético da própria crosta terrestre.
Mediante a isto, os trabalhadores espirituais utilizam as energias da pessoa desdobrada, pois estas também manifestam, na maioria das vezes, energias densas que são compatíveis com as energias dos enfermos extra físicos. Então os trabalhadores espirituais utilizam as energias densas do cordão de prata do projetor e de seu duplo Etérico ligado ao corpo.
Vejamos mais uma vez o que diz a esse respeito André Luiz na obra “No mundo maior”.
– “A libertação pelo sono é o recurso imediato de amparo fraterno. A princípio, recebem-nos a influência inconscientemente; em seguida porém, fortalecem a mente, devagarinho, gravando-nos no concurso da memória, apresentando idéias, alvitres sugestões, pareceres e inspirações beneficientes e salvadoras, através de recordações imprecisas”.
E mediante a isso André Luiz comenta a respeito da oportunidade que significa ter essa faculdade desenvolvida:
“Milhões de homens e mulheres a dormir em cidades próximas, algemados aos interesses imediatos e ansiando a permuta das mais vis sensações, nem de longe suspeitariam a existência daquela original aglomeração de candidatos a luz íntima, convocados a preparação intensiva para incursões mais longas e eficientes na espiritualidade superior. Teriam noção do sublime ensejo que lhes aprazia? Aproveitariam a dádiva com suficiente compreensão dos valores eternos? Marchariam desassombrados para frente, ou estacionariam ao contato dos primeiros óbices, no esforço iluminativo?”
“Enquanto vossa orgnização fisiológica repousa a distância, exercitando-se para morte, vossas almas quase libertas partilham conosco a fraternidade e a esperança, adestrando faculdades e sentimentos para a verdadeira vida”.
Mediante a pesquisa realizada, é possível observar que o Desdobramento, mais do que qualquer outra coisa, é uma oportunidade de nos melhorarmos e servirmos ao bem, beneficiando todos os necessitados nas zonas física e extra-física, conforme a capacidade de quem esteja na tarefa em curso.
É impossível não perceber que a utilização desta faculdade, bem como de todas as outras que o Pai nos concede, deve ser administrada com extremo bom senso, afim de que a oportunidade não se torne motivo de queda, sempre tendo como base das nossas ações o ensinamento do magnânimo MESTRE, “amai-vos uns aos outros como EU vos amei”. Ou seja, amar incondicionalmente, de forma que possamos sublimar tudo o que nos foi dado, até mesmo porque Ele também deixa a advertência. “Aquele que não tem, até o que pensa ter lhe será tirado”. Portanto, devemos ter as nossas mentes em qualquer circunstância, sempre voltadas para o bem de todos sem exceção.
O desdobramento exige prudência, pois nos coloca diretamente em contato com o mundo dos espíritos, onde não há máscaras, e ninguém poderá transgredir a Lei de afinidade espiritual, assim, aquele que se candidatar ao desenvolvimento desta faculdade necessita primeiramente observar-se, melhorar-se, corrigir-se o melhor possível, para não tornar o que poderia ser imensamente produtivo em um oceano de desacertos.
O Mestre também disse. “Aquele que faz a vontade do meu Pai é meu irmão”. Estejamos sempre orientados para o bem que permitirá que sempre sejamos amparados pelo Mestre.
O conhecimento nada pode perto de tudo que o AMOR pode!
Porque, quando um irmão está no cume da dor, do remorso, do flagelo, nenhuma técnica, nenhuma faculdade, nada é mais poderoso e eficaz do que o AMOR que JESUS nos ensinou.
Pesquisa realizada po Leandro Brancher de Oliveira
Obras consultadas
1. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Nos domínios da Mediunidade), FEB.
2. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Mecanismos da Mediunidade), FEB.
3. André Luiz – Francisco Candido Xavier (No Mundo Maior), FEB.
4. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Evolução em dois Mundos), FEB.
5. Carlos Torres Pastorino (Técnica da Mediunidade).
6. Wagner Borges, (Viagem espiritual II).
7. A Bíblia Sagrada, Edição Pastoral.