O quiabo é èwò (tabu, aquilo que é proibido, um ato proibido) de determinados Odù em sua maioria o Òrìsà Ògún esta relacionado em seus ìtan, sendo que desta forma ocorre o equívoco em dizer que pessoas iniciadas à esta divindade não devem passar quiabo em seu corpo, o que na minha opinião muito particular não condiz com a realidade...
De suma importância ressaltar que o quiabo é tabu de determinados Odù e não das divindades que nela se apresentam. Da mesma forma, ocorre no caso do Odù que nos revelam de como o quiabo tornou-se tabu de Oba Baru Abowe (membro da família de Sàngó). Neste o tabu é apenas desta divindade e não do Odù em questão. Este ìtan diz que Oba Baru Abowe tinha um imenso prazer em comer quiabo, mas que após alimentar-se deste, caia em sono profundo... seus inimigos ao terem conhecimento deste fato invadiram seu reino e roubaram seu reinado... após realizar determinadas oferendas... após expulsar seus inimigos este recupera seu reino... mas lhe foi proibido de comer qualquer comida a base de quiabo... o ìtan nos revela que o quiabo foi substituído por um tipo de vegetal viscoso usado para fazer sopa, conhecida popularmente em nosso País, como caruru-da-bahia (Corchorus olitorius, L. Tiliaceae) em Yorùbá denominado de oóyó – oóyó àjé – abojàja – jàgá – ajegbèhìn.
Dentro da culinária ritualística o quiabo é usado para o preparo de vários pratos, não somente à Sàngó e também usado em determinados rituais litúrgicos. Certo que dentro desta família o numero de oferenda das quais a base seja o quiabo é bem maior, chegam em numero de doze tipos diferentes de comida, ao contrário das oferendas para Nana e Òbá, que tem apenas uma que a base seja o quiabo e o mesmo ocorre para Ibeji – o preparo para o nosso famoso caruru.
Assim aprendi o enredo desse Òrìsá chamado Bàrú.. !!!! Como diz mãe Beata: "" Eu não dou quiabo a Barú, mas quem quizer dá, que dê!.
Sou filho de Ketu
#Povodafloresta