Ele pode ser recebido por muitas formas diferentes: algumas vezes em sonho, outros por intuição, ou mesmo, durante a incorporação, ele conta a qual falange pertence, entre outros casos. Mas cada revelação guarda uma história especial, a qual alegrará suas memórias.
O nome é manifestado de dentro para fora. Não acredite muito quando uma pessoa externa desejar apontar quem são as entidades que se manifestam em sua mediunidade. Serão elas mesmas a se apresentarem para você, no momento que elas assim desejarem. Isto porque o conhecimento do nome indica uma fase mais madura do desenvolvimento mediúnico.
Há situações em que o médium já passou da hora de aprender o nome dos guias. Contudo, em sua insegurança, ele bloqueia esta informação. Mais uma vez, será necessário o tempo até que ele adquira a confiança para assumir quem são estas entidades.
O nome não é algo banal. É um código que indica a linha de trabalho e regência vibracional pela qual atua o falangeiro. Exemplo: Caboclo Flecha Dourada. O termo “caboclo" nos informa seu arquétipo e linha de trabalho, “Flecha” representa a força de Oxóssi e “Dourada" de Oxum. Isto já nos dá algumas pistas das energias trabalhadas por esta entidade.
Outro exemplo “Exu Tranca-Ruas das Pedreiras”. O termo “Exu" fala sobre sua condição de guardião, “Tranca-Ruas" sua atuação nos caminhos (associado à força de Ogum) e “das Pedreiras” mostra-nos que esta entidade cruza vibracionalmente com Xangô. Lembre-se de que estes são exemplos; tratando-se sobre a espiritualidade, não podemos generalizar.
Dentro da uma mesma falange, há milhares de espíritos trabalhando sob o mesmo nome. Se, por exemplo, você trabalha com o Caboclo Pena Azul e no seu terreiro há outro médium que também manifesta Pena Azul, não significa que são os mesmos espíritos. Apenas que são companheiros de falange. Por esta razão, não fique procurando histórias na internet. Elas não correspondem ao guias que te acompanham. Cada espírito possui a sua, e se for do seu merecimento, eles mesmos te contarão.
E quando finalmente chegar o momento em que você tomar conhecimento das falanges que trabalham por meio da sua mediunidade, não se envaideça. Não deixe esta informação fazer seu ego crescer. Apenas honre-as com seu caráter e dedicação à espiritualidade. Nenhum guia é melhor do que outro. As graças vêm não do nome da entidade, mas do preparo do médium e merecimento do consulente.
Apesar dessas considerações, não se fique tão ansioso para descobrir o nome das entidades. Elas não estão preocupadas com isto. Estes são apenas símbolos, e não seus nomes verdadeiros. Os guias trabalham na anonimidade. Somente em raríssimos casos, quando se desenvolveu uma forte ligação e intimidade com seus mentores, é que é permitido conhecer como realmente são chamados.
O objetivo da Umbanda é a caridade. E para isto, todo o astral superior estará disponível, não importa como você o denominar. Se existir sincera disposição para a prática do bem, a espiritualidade se fará presente. O resto, virá com o tempo.
Umbanda na alma
#Povodafloresta