quinta-feira, 9 de junho de 2022

O NOSSO LIVRE ARBÍTRIO

 O NOSSO LIVRE ARBÍTRIO


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Livre-Arbítrio é um poder de escolha, que determina a velocidade com que evoluímos, de modo que vamos na base da tentativa e erro tentando encontrar, em nossa senda evolutiva, o caminho com menos tropeços, descobrindo as Leis que governam a Natureza, encontrando nosso espaço, nosso propósito . Carl Jung dizia; “Livre-Arbítrio é a capacidade de fazer de bom grado o que era preciso fazer”.

O que não pode acontecer, de maneira alguma, é que uma pessoa tome a decisão de se "iniciar" na Bruxaria e faça isto levianamente. Ignorando o fato que a "verdadeira" Iniciação começa de dentro para fora, e não o contrário. Não basta ler 200 livros, copiar algum Ritual de Iniciação e marcar uma data para fazê-lo - porque isso não vai passar de um monte de palavras e gestos vazios e sem sentido, se a pessoa não estiver devidamente preparada, ainda. Se não tiver encontrado o equilíbrio dentro de si mesma. Se não tiver passado, antes, pelo processo de Dedicação.

Talvez devido aos séculos de perseguição, uma área profundamente desenvolvida dentro da Bruxaria é a ética. E estas "bruxas iniciadas" que estão aparecendo por aí, aos milhares, parecem ignorar completamente a ética da Bruxaria.

Nenhuma verdadeira bruxa ou bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para as bruxa e os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhuma verdadeira bruxa realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para as bruxas (os), cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.

O Livre-Arbítrio como valor, para a Bruxaria, assume, portanto, uma dimensão bem maior que a simples "não imposição". Trata-se do reconhecimento de que há alguma verdade no fundo de toda crença sincera, por mais louca que ela aparente ser, e da fixação do veio central de nossa busca na verdade que não conhecemos, e não na preservação da verdade que já conhecemos.

Este último pensamento pode parecer estranho à Tradição, mas na verdade tal pensamento se encontrava na base do que viria a se tornar cada uma das muitas tradições, e ao longo do tempo se perdeu.

O Livre-Arbítrio é também observado como a auto-avaliação, o julgamento do próprio executor do ato, levando-o às experiências necessárias para seu crescimento espiritual. Interferir numa escolha pessoal é, portanto, interferir no destino que a pessoa traça para si mesma, é negar uma experiência que a pessoa considera (na maioria das vezes não conscientemente) que precisa viver.

A compreensão do livre-arbítrio sob esta óptica nos permite, ao mesmo tempo que fechamos as portas às pessoas que desejam apenas pinçar em nossas fontes informações para uso prático para fins estranhos à nossa visão da verdade, escancará-las a novas idéias, conceitos e práticas, desde que se revelem coerentes com nossa verdade. Assim, a visão que temos pode crescer e se aprofundar, sempre se pautando pelo entendimento, pela concordância, pela aproximação, e não pelo conflito ou divergência.

Livre-Arbítrio não é escolher entre "certo e errado", livre-arbítrio é traçar seu próprio caminho mesmo quando o caminho escolhido for o de muitos outros. Para a Bruxaria existem apenas caminhos mais longos e mais curtos, mas cada um tem o seu caminho a percorrer. Por vezes corremos, por vezes andamos lentamente.

O exercício do livre-arbítrio é o caminhar. Sem ele, podemos ter a ilusão de estarmos seguindo junto com a correnteza, mas na verdade estamos estagnados, estamos cegos, pois o que não é feito sem surgir a partir de seu mais profundo íntimo é feito mecanicamente, e o que é feito mecanicamente não é transportado ao espírito. Se não tomamos as rédeas de nosso destino, se não fazemos escolhas e as delegamos a outros, não estamos nos aproximando de verdade alguma, nosso corpo se move, temos sensações mas somos sempre os mesmos. É da crítica ao dogma e da tentativa de compreensão, mesmo quando o mestre é a própria natureza, que surge a luz.

A Bruxaria por não ser uma prática unificada, não possui leis próprias como algumas religiões, mas as bruxas reconhecem o código de ética, que não é secreto, e sim bastante dedutivo a medida que você começa a lidar com a magia.

A magia em si possui algumas leis, que não passam de leis da própria Natureza. Existe a célebre frase: " Não há nada que a ciência tenha dito que eu não tenha visto como bruxa", e isto é verdade! Nossas leis são todas naturais.

Livre-Arbítrio é a capacidade que o ser humano tem de escolher seu próprio caminho. Portanto, se alguém faz algo que você não gosta, você tem que respeitá-la. Não mandamos nas pessoas, não as manipulamos, manipular alguém é interferir no livre-arbítrio.
Vocês não podem impedir uma pessoa de escolher seguir o caminho de outra religião, pois ela é livre para fazer isso. Todas as pessoas deveriam conhecer as diversas religiões para escolherem a qual mais lhes convém, a que elas acreditam. Quando uma pessoa está em paz com suas crenças, sejam elas pagãs, cristãs e outras , ela está percorrendo o caminho certo.



Não acredito em Demônio nem no Deus da forma que muitos acreditam, pois acho que não existe nem bem absoluto nem mal absoluto. Portanto, não existe verdade absoluta. Cada pessoa tem a sua verdade e essa é a verdadeira para si. A Deusa Mãe e o Deus Cornífero não são representações do demônio (nem poderiam ser, pois na Bruxaria o demônio não é cultuado nem existe). Eles são complementos, como a noite e o dia, luz e trevas, pai e mãe. Eles são a morte e a vida. São as coisas belas e as coisas tristes. Podem ser uma suave brisa ou um turbulhento furacão.

Existem pessoas que só enxergam um lado...são fanáticos...não percebem que a verdade tem várias facetas....nenhuma pessoa pode chegar dizendo que o único caminho e a única verdade está nas suas crenças....temos o Livre Arbítrio não é verdade? Então cada pessoa tem o direito de escolher o seu caminho, e ele será a sua verdade!

O destino é um poder da Natureza.
E nós seres humanos somos regidos por este poder, que está ligado às Divindades.
Somos guiados e regidos por esta força mágica.
O destino, na verdade, é uma força divina, que se impõe sobre nós;
Nossas vontades e nosso viver.

Nós passamos a ter algum poder, quando utilizamos nosso Livre Arbítrio.
Quando nos preparamos com responsabilidade para fazer nossas próprias escolhas.
Nesse momento, estaremos contribuindo e somando nesse poder Divino.

O Livre Arbítrio são nossas vontades manifestadas.
São nossos desejos, e nossas realizações.
O Livre Arbítrio, diferente de nossos destinos, não são predispostos plenamente ao poder Divino.
Mas sim, a atribuição de nossas vontades e nosso potencial.

Na verdade o Destino são as vontades dos Deuses, e o Livre Arbítrio, a nossa vontade humana.
Quando nós pensamos no destino nada mais é que o conjunto de possibilidades, que talvez, não tenham a ver com a nossas ações e estejam nas mãos dos deuses.
E quando a gente pensa em livre arbítrio, talvez tenha uma série de possibilidades, contendo somente as nossas vontade.

Veja a vida como uma árvore, cheia de ramos.
Em que esses ramos seriam os caminhos que poderíamos escolher para a nossa vida, pensem nesses ramos como um destino pré destinado já para humanidade mas tendo nós a possibilidade de escolher esses caminhos, juntando o destino com o Livre Arbítrio.

Estamos neste plano com um propósito; evoluir continuamente. Adquirir conhecimentos e transmutar esses conhecimentos em EVOLUÇÃO.
E nossas escolhas refletem o nosso sucesso ou fracasso.

O que muda, ao longo da vida, é a forma como este fato - marcado de forma clara nas Previsões. Á medida do transcorrer de nossa vida e na medida em que, com nossa experiência adquirida, caminhamos no caminho de nossa evolução pessoal espiritual.
Esse será o nosso crescimento e maturidade em nosso viver espiritual e material.

Todos nós chegamos a este mundo com uma bagagem. Uma maleta cheia de coisas boas e também de coisas ruins.
E precisamos, a cada dia, saber organizar e direcionar os pertences dessas malas.
Sentimentos, desejos, comportamentos, experiências, conhecimentos...

No fim, sabemos que algumas coisas são irrefutáveis e de uma maneira ou de outra tendem a acontecer, pois é nossa missão contida ali, faz parte de noso carma. Mas muito pode ser mudado, contornado, aliviado. Experiências ruins podem ser transformadas em lições proveitosas e quando aquela mesma energia se fazer presente temos a experiência de contorná-la de maneira mais clara e consciente!

Por fim, percebemos quão intimamente relacionados estão o livre-arbítrio e a verdade. Praticar o Livre-Arbítrio é buscar, se aproximar e concretizar a verdade.

Pesquisado e edito por Negah San e Alex Camargo Rossi.