A canjica branca ou ebô (ègbò) é a comida mais emblemática do candomblé.

A canjica branca ou ebô (ègbò) é a comida mais emblemática do candomblé. Intrinsecamente ligada à Oxalá, e todas as demais divindades fun-fun, é sem dúvida a mais versátil.

Simbolizando a pureza, a brancura, a claridade, trazendo a abundância e a tranquilidade dos seres viventes, acalmando orí para que tenha mais equilíbrio e centralização em seu cotidiano.

A sabedoria dos mais antigos diz que “Todos os orixás comem com Oxalá, mas Oxalá não come com nenhum.” O que é a realidade. Todos os orixás podem receber um ebô, mas Oxalá não come as comidas de outros orixás, tendo as suas próprias comidas consagradas.

Até a água da canjica branca (omi-torô) é sagrada, usada muito para banhos em rituais de energização e tranquilizante.
O banho da canjica sempre tem que ser tomado depois de frio, sempre da cabeça aos pés. Assim com o ebô (ègbò) só poder se ofertado depois de frio.

O uso da canjica branca ou ebô (ègbò) se estende a quase tudo dentro e fora de uma casa de santo:
Oferendas,
Ebós,
Em obrigações de “cabeça”: boris, feituras, obrigação de anos,
Em igbás,
Em orôs.

É sem dúvida a mais importante comida entre todas da cozinha do orixá. E como não traz quizila (ewô) à ninguém pode ser usada indistintamente, e diz-se um costume antigo que sempre os adeptos de candomblé devem ter em casa canjica branca e acaçá, para ajudar a quem precisar e se socorrer caso ocorra alguma eventualidade.

Sempre bom lembrar que antes de cozinhar a canjica branca, deve-se catar: grãos estranhos, grãos amarelados, grãos com “olhinhos”, e outras sujeiras deixando somente a canjica branca.
.
Repost @omi_l'ade
.
Texto @yamilenadeosun

#candomblé #orixás #canjica #banho #conhecimento