segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A ORIGEM DA UMBANDA (parte 2)

 

 A ORIGEM DA UMBANDA (parte 2)


Pode ser um desenho animado de uma ou mais pessoas e pessoas em péO Caboclo das 7 Encruzilhadas, através de Zélio de Moraes, fundou a Tenda Nossa Senhora da Piedade, que foi raiz para outros sete principais núcleos: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, Tenda Espírita Santa Bárbara, Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge, Tenda Espírita São Jerônimo.Mesmo tendo como núcleo principal a Tenda Nossa Senhora da Piedade, essas mesmas Tendas não seguiram totalmente o modelo exposto pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas. Somente a filha de Zélio, mãe Zilméia, ainda segue fielmente os conceitos que a priori foram estabelecidos por lá.
Dentro das escolas de tradição de síntese, iniciáticas, costuma-se dividir, por uma questão didática, a história do movimento umbandista em quatro fases:

1ª Fase: No Século XIX, surge o Caboclo Curugussú, da linha de Ogum, que durante 9 anos, com uma imensa plêiade de emissários espirituais, veio lançando o termo Umbanda, conhecido apenas pelos indígenas como macauam ou anauam, como formas de velar o sagrado Aumbandan.
Além da mediunização em uma pessoa, houve neste período uma completa higienização
mental e espiritual dentro dos cultos afro-brasileiros – fazendo um verdadeiro saneamento e preparação do advento para o Caboclo das 7 Encruzilhadas.

2ª Fase: O Caboclo das 7 Encruzilhadas, através do médium Zélio de Morais, trouxe o primeiro templo umbandista organizado, onde seria reimplantado o termo Umbanda e um ritual completamente diferente dos existentes.

3ª Fase: Desencarna, em 1975, Zélio Fernandino de Morais, e o Caboclo das 7 Encruzilhadas prepara o advento de Pai Guiné, através do médium W. W. da Matta e Silva, para dar continuidade ao trabalho.
Woodrow Wilson da Matta e Silva (conhecido como Pai Matta) nasceu em 28 de junho de
1917, e desencarnou em 17 de abril de 1988.

Sempre procurou solidificar e dar um novo direcionamento ao movimento umbandista, pois
era um grande pesquisador e mestre iniciado no Astral.
Seu primeiro livro já expõe os conceitos sobre o Aumbandan, depois de muitas pesquisas.
Também fala de épocas remotas da Lemúria e da Atlântida, solidificando os ensinamentos da chamada Umbanda esotérica.

4ª Fase: A atual. Nesta quarta fase, somos regidos por Ogum, que pretende, dentro do menor espaço de tempo possível, abarcar o maior número de pessoas. É o chamamento para a Nova Era – representado pelos Clarins de Ogum.

A manifestação dos guias
Os mentores espirituais, quando “baixam” no terreiro, fazem-no através de três formas
básicas, arquetípicas, de apresentação. Essas três formas são as de caboclo, preto-velho e
criança. Todos os mentores espirituais de nossa Umbanda, como seres espirituais
desencarnados, podem transformar ou modificar o corpo astral (também conhecido como perispírito, psicossoma etc), segundo suas vontades. É devido a essa transformação ou modificação do corpo astral que muitas entidades que baixam em nossos terreiros se
apresentam como caboclos (índios), pretos velhos e crianças. Com isto, estamos afirmando que toda Entidade que “baixa” na Umbanda, de acordo com a Tradição de Síntese, ou é “caboclo”, ou é “preto-velho” ou é “criança”. Além deles, temos os exus e pombas giras, serventia desses orixás menores.
Na grande maioria dos templos umbandistas, mais populares, encontramos entidades que se manifestam através de outras roupagens fluídicas, sustentando egrégoras afins, tais como a linha dos baianos, boiadeiros, marinheiros, ciganos e a linha do Oriente. Na verdade, são sub-planos dentro da hierarquia umbandista, falanges de espíritos que atuam em nome dos orixás menores: criança, caboclo e preto velho.

Ref.: Livro História da Umbanda: Uma religião brasileira - autor Alexandre Cumino
Livro Doutrina e teologia de Umbanda sagrada: A religião dos mistérios : um hino de amor à vida - Autor Rubens Saraceni