sexta-feira, 26 de março de 2021

RESGATE NAS REGIÕES UMBRALINAS

 Nas atividades socorristas e de resgate nas regiões umbralinas abismais e trevosas, trabalhamos em grupo e com médiuns encarnados desdobrados. Precisamos dos fluidos animalizados, da parte mais expansível e moldável que é o ectoplasma, para conseguirmos interceder nesses níveis mais densos e pesados. Às vezes, é mais fácil atuarmos direto na matéria do que nesses irmãos perturbados, dementados, pelo seu triste estado de desintegração e densificação perispiritual. Não há nada de excepcional no fato de precisarmos dos fluidos dos encarnados para tais intentos. Pode uma broca de madeira perfurar uma parede de aço? Não. Será necessário algo mais sólido, especificamente preparado para essa finalidade. Nesse caso, nos utilizaremos de uma broca de diamante, que é mais compacta, dura e consegue perfurar o aço.

Alguns irmãos socorridos encontram-se tão desvitalizados, com sérias deformações perispirituais, que temos dificuldade de expressar o seu formato em palavras inteligíveis a vocês. É um misto de homem e rocha, petrificado, numa espécie de calcificação, como se fosse um bagaço enrijecido, um gomo de laranja cristalizado. No ato do resgate, procedemos o seu imediato acoplamento áurico, utilizando-nos de uma rede magnética para enovelá-lo num médium que tenha potencial fluídico ectoplásmico curativo. Assim, o deixamos acoplado ao corpo físico durante o sono do medianeiro. O perispírito do irmão em atendimento é refeito e recomposto na forma original, por intermédio da força energética plasmadora do perispírito do instrumento mediúnico, que serve como novo modelo organizador. Esse é um recurso em casos de extrema gravidade, cujo irmão permanece imantado no campo áurico do encarnado, nutrindo-se pelo tempo necessário ao seu restabelecimento.
Depois, em trabalho na mesa mediúnica, implanta-se ambientação mental e magnética suficiente ao intento final, sendo desimantado e concluindo-se o choque anímico, a fim de que esse irmão consiga nos enxergar e seja esclarecido e recolhido a um local de tratamento adequado. O nosso obreiro da seara do Cristo sofre as repercussões vibratórias do irmão durante o tempo de atendimento, mas isso é da lei, é maturidade, crescimento e caridade.
Jesus, o Divino Mestre, dormia no chão ao relento, com uma alimentação exígua e frugal, muitas vezes entre os leprosos, doentes os mais variados, aleijados e epilépticos. Auxiliava a todos. Aceitava, sem julgamentos, os renegados e excluídos. Ele, na Terra, e o Cristo, nos Céus, formavam um, assim era e é a vontade do Pai.
Umbanda de A a Z - Ramatís.
Pode ser uma imagem de texto que diz "Resgates no Umbral"
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