sábado, 2 de junho de 2018
A Natureza Humana do Elemento Ar
Paracelso atribuiu um espirito da natureza, específica para cada um dos elementos. Esses espíritos ou algo equivalente são mencionados em todas as mitologias e simbolizam, o modo de atuação do elemento. Segundo Paracelso podemos trabalhar com essas forças.
Deu o nome sílfides aos elementais do ar e ensinou que eles podem ser controlados pela constância. É evidente que uma abordagem decisiva e constante da vida é algo que as pessoas de “ar ” devem cultivar. Para os de “ar ” é difícil assumir um compromisso com uma determinada resolução, mas esse é um passo importante na evolução deles.
A tradição sobre os quatro elementos estão presentes em todas as culturas. No Tibete, por exemplo, aquelas contrações chamadas de "estupas" são gigantescos símbolos da estrutura da criação. A base da estupa é um grande cubo representando a terra, e sobre o qual repousa uma esfera que representa a água.
No alto da esfera há uma estrutura semelhante à uma espiral simbolizando o elementos fogo. Bem no topo há uma meia-lua representando o ar e sobre a qual existe uma pequena esfera indicando o éter, para os tibetanos é a força primária da qual emanam todas as outras.
A estupa representa o alicerce básico da cosmologia tibetana, portanto, os elementos eram considerados como as energias fundamentais do Cosmos.
Na cultura da Índia vamos encontrar uma concepção bem parecida para os elementos, como podem-se ver nas escrituras sagradas da Índia ( Bhagavad Gita ).
As bases filosóficas da medicina indiana, a Medicina Ayuvédica, assim como a chinesa, a Acupuntura, também são baseadas nos conceitos dos elementos.
As pessoas do elemento Ar são líderes natos, preferem dar ordens a cumprí-las. Estão a frente do tempo, são decididas, curiosas, apreciam a lidar com pesquisas. Famosos cientistas são deste elemento.
O ar é livre praticamente só está preso à força de gravidade. Ele muda rapidamente e desloca-se para lugares diferentes em rápida sucessão. Assim é a pessoa deste elemento.
São pessoas que não guardam rancor e, por estarem além do seu tempo, estão sempre distraídos, aéreos.
Via de regra se encontra no filho muito das características temperamentais dos pais e mesmo de outros ancestrais que ainda estão vivos. Neste caso como explicar que o temperamento é algo inerente ao espírito e não à matéria? - Vejamos isto; por exemplo, na realidade a capacidade de irritabilidade de uma pessoa está implícita no corpo de forma passiva e que pode ou não ser ativada, em maior ou em menor grau, pelo espirito[1]. Se o espírito for calmo ele não ativa a agressividade inerente ao corpo que possui, tal como um o piano, embora contendo uma determinada nota esta não soa se não for percutida pelo pianista. Cabe ao pianista num teclado repleto de notas extrair uma música utilizando-se das notas adequadas e evitando as inadequadas. No piano há a "predisposição" para o inverso e o comando é dado pelo pianista que tem que superar, que evitar percutir notas inadequadas e percutir notas adequadas. O aprendizado do tocar consiste, pois, no saber usar ou não usar na execução aquilo que for preciso para que a apresentação seja perfeita.
Na relação corpo/espírito é exatamente assim também. No corpo está inerente aquilo que este tem de evitar ou de utilizar. Nisto é que reside uma das necessidades do espirito receber um corpo para se desenvolver.
Na realidade é a matéria quem traz as características da pessoa registradas, mas que correspondem exatamente àquelas que o espirito precisa aprender a corrigir, condições a serem superadas, vencidas. Se as características fossem inerentes somente ao espirito, para que então a matéria, para que encarnar se ele tinha em si as possibilidade de execução? O corpo é "preparado" com barreiras que devem ser vencidas, superadas pelo espírito, e nisto reside o principio da transformação no desenvolvimento.
Pelo que dissemos pode-se sentir não ser conflitivo quando é dito que as características pessoais resultam de alguns fatores de natureza genética como afirma a ciência oficial, e dos elementais da natureza como afirmam alguns sistemas místicos, mas que dificultam o entendimento quando as religiões e sistemas místicos concomitantemente também dizem que é o espirito e não a matéria quem responde pela maneira de ser, pelas características de uma pessoa. Afirmamos sim, a matéria é o instrumento e o espirito o musicista e que cada musicista recebe o instrumento mais adequado para o exercício de sua arte.
(Baseado em texto de José L.do Egito-FRC)