sexta-feira, 29 de junho de 2018

Santo Antônio... de Lisboa, de Pádua ou de Pemba

Fernando de Bulhões, nasceu em Lisboa no ano de 1195. Mudou o seu nome para Antônio em 1220, quando ingressou para a Ordem Franciscana. Ele chegou a conhecer o próprio Francisco de Assis.
Antônio faleceu em 13 de junho de 1231, vítima de uma doença rara, na cidade de Pádua, Itália. Por isso em alguns lugares é conhecido como Santo Antônio de Lisboa, e em outros como Santo Antônio de Pádua.

A fama de casamenteiro vem de longe. Conta-se que certa vez, uma donzela portuguesa, desesperada por casar-se rogou à imagem de Santo Antônio por um noivo. Como seu pedido não foi atendido, a moça pegou a imagem do santo e atirou-a pela janela. A estátua do santo caiu sobre a cabeça de um cavalheiro que passava pela rua, e resolveu bater à porta da moça para devolver o objeto lançado. Ao abrir a porta a donzela e o cavalheiro trocaram olhares, se apaixonaram e se casaram, graças a Santo Antônio.

No Brasil, a devoção ao santo começou ainda nos tempos da colônia. Os escravos eram obrigados a erguer capelas dedicadas à Santo Antônio, e prestar devoção a ele. Surgia então um outro Santo Antônio – o de “pemba”, assim chamado porque os escravos utilizavam pembas para marcar o santo. Na Bahia, Santo Antônio é sincretizado com Ogum, e no Rio de Janeiro e nos outros estados, com a
imagem de Exu.

Mais uma vez afirmamos: EXU NÃO É O DIABO!!!
            
Antônio de Pádua era um grande estudioso, lecionou em várias universidades e foi considerado o primeiro doutor Franciscano da Igreja Católica. Apesar disso, vivia na humildade que a Ordem Franciscana pregava. Considerado por muitos como aquele que conhecia a ciência dos anjos, depois de canonizado pela Igreja, seus devotos passaram a reportar milagres cujas ligações eram dotadas de intensa sensibilidade humana, que Exu compreende muito bem. Daí vem a associação da imagem de Santo Antônio com a força de nossos amigos Exus.