segunda-feira, 6 de junho de 2022

LENDAS DE ESPELHOS Espelho, espelho meu...

 LENDAS DE ESPELHOS


Espelho, espelho meu...


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Espelho, espelho meu...

Quando eu era adolescente, na escola onde fiz o ensino médio certa vez apareceu uma moça fazendo divulgação de cursos e terapias holísticas, ela era professora de Feng Shui, eu como era muito ligado nessas coisas acabei fazendo algumas aulas com ela, não só eu mas também algumas garotas da escola.

Porem essa matéria não é sobre o feng Shui, mas sim sobre um fato curioso que uma vez ela relatou em sala. Ela nós disse uma vez para que nunca tivéssemos um espelho grande que refletisse a cama dentro do nosso quarto, pois segundo ela, nossa alma podia ficar presa dentro do espelho como acontecerá com uma colega sua a anos atrás.

Verídico ou não, só sei que fiquei impressionado e até hoje não tenho espelhos em meu quarto. Quem estuda magia, sabe que o espelho pode ser usado em varias delas, ele é uma porta para outro mundo, outra dimensão, e partindo do principio de que ele pode ser usado como porta para algo sair, porque não também para entrar?

No livro de São Cipriano, me recordo de um feitiço onde para se tornar invisível tem que ficar a frente do espelho com algumas velas acesas e ossos de um gato morto (não vou descrever em detalhes o feitiço porque não é minha intenção que saiam por ai matando gatinhos indefesos) e fazendo alguns rituais até seu reflexo sumir do espelho.

Antigamente, diziam que quebrar espelho dava sete anos de azar, porem já é sabido que isso vem desde a época da escravidão, e os senhores de escravos difundiam essa crença pois os espelhos na época eram muito caros e faziam com isso com que suas escravas que arrumavam a casa tivessem mais cuidado ao limpa-los.

Em certas culturas é costume, por exemplo, cobrir os espelhos da casa quando alguém morre. Em outras quando esta chovendo tem-se o hábito de cobri-los para que os mesmos não atraiam raios.Porem o mistério que ronda essa peça é propagada por gerações, tanto em livros, seriados e contos infantis... quem não conhece a tão falada frase” “...espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”- da bruxa má do conto de Branca de neve? Ou as lendas urbanas de Blood Mary por exemplo? Ou que podemos descobrir se uma pessoa é um vampiro por ele não ter um reflexo em um espelho?

São muitos os casos envolvendo espelhos, segue abaixo algumas historias interessantes:

A Lenda de Bloody Mary:

Em 1978, o especialista em folclores, Janet Langlois, publicou nos Estados Unidos uma lenda que até hoje aterroriza os jovens do mundo inteiro, principalmente da América. Trata-se e Bloody Mary, conhecida também como A Bruxa do Espelho, um espírito vingativo que surge quando uma jovem, envolta em seu cobertor, sussurra, à meia-noite, com a iluminação de velas, diante de um espelho, 13 vezes as palavras Bloody Mary.

Segundo a lenda, após a pronúncia da frase por 13 vezes, o espírito de uma mulher cadavérica surge refletido no espelho e mata de forma sangrenta e violenta as pessoas que estão no local. Á quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás devido à prática de magia negra, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa adolescente que, devido a um terrível acidente de automóvel, ficou com a face completamente desfigurada. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma ao diabo pela chance de se vingar dos jovens que cultivam a aparência.

Muitos confundem a lenda da bruxa do espelho com a história da Rainha Maria Tudor (Greenwich 1516 - Londres 1558), filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão.Tendo se tornado rainha em 1553, esforçou-se para restabelecer o catolicismo na Inglaterra.Suas perseguições contra os protestantes valeram-lhe o cognome "Maria, a Sanguinária" (Bloody Mary).

Em 1554, desposou Filipe II da Espanha. Essa união, que indignou a opinião pública inglesa, ocasionou uma guerra desastrosa com a França, que levou à perda de Calais (1558). Dizem que a Rainha, para manter a beleza, tomava banho com sangue de jovens garotas, mas é um fato não confirmado em sua biografia.

No princípio da década de 70, muitos jovens tentaram realizar o ritual pois era comum nas casas suburbanas a presença de longos espelhos nos banheiros sem janelas e com pouca iluminação. Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a "mórbida brincadeira", levou um empurrão (é o que os familiares dizem), quebrou o lavatório e foi encontrada em estado de coma.

A jovem ainda vive nos EUA, mas sua identidade não é divulgada para evitar o assédio de curiosos.Por que ainda hoje as crianças racionais continuam a chamar pela Bloody Mary, arriscando a vida diante de uma possível tragédia? O escritor Gail de Vos traz-nos uma explicação: "As crianças com idade entre 9 e 12 anos vivem numa fase que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson. Este é o período em que as crianças precisam satisfazer seus desejos por aventura, arriscando-se em rituais, jogos e em brincadeiras no escuro. Eles estão constantemente procurando um modo seguro de extrair prazer e desafiar seus medos. Seria "Bloody Mary" uma lenda, ou seria realidade?

Na dúvida, é melhor não invocá-la, pois ela poderá atender seu chamado, e as conseqüências poderão ser trágicas.

O Espelho Mágico:



A palavra espelho vem do latim SPECULUM, e deu nome à "especulação", que originalmente, significava observando as estrelas através do "espelho". E da palavra "estela" (SIDUS), vem consideração, que etimologicamente significa olhar o conjunto de estrelas. E essas duas palavras abstratas, que hoje representam operações intelectuais, nasceram do estudo dos astros refletidos no espelho. O que reflete o espelho? A verdade, a sinceridade, e o conteúdo do coração e da consciência.

No panteão indo-budista, o deus YAMA, senhor do reino dos mortos, que julga as almas através de seu espelho do Karma, pois não há como esconder nada do reflexo do espelho. Segundo as lendas contadas nos livros druidas, os espelhos mágicos são símbolos lunares e femininos, símbolo da realeza, e representa a união conjugal e o espelho partido a separação. Sendo o número oito sagrado para os druidas, usava-se um espelho octogonal nas casas para poder reconhecer e afastar o mal.