segunda-feira, 4 de junho de 2018
VEDAS
Para falar de Vedas é preciso falar do Hinduismo, que surgiu na Índia (1000 AC), sob impulso dos Rishis ou Brâmanes, que no início eram sacerdotes do vedismo, cuja tradição reconhece como religião dos primeiros arianos (Aryas).
As crenças hinduístas são uma perpetuação dos ritos védicos (5000 AC), que eram fundamentados no culto de Agni, Indra e Varuna (fogo, água e ar, ou ainda, justiça, morte e vida). Desses deuses principais dependiam numerosas divindades secundárias, por exemplo, Vayu, Rudra e Surya (respectivamente, espíritos do vento, lua e sol).
Os arianos eram descendentes dos atlantes e se instalaram na Pérsia cerca de 3000 AC e alguns emigraram para a India, no vale dos Indus, entre Himalaia e a cadeia de Vindhya, onde lançaram as bases da atual civilização indiana.
A língua atlante deu origem ao avéstico e ao sânscrito. A sociedade ariana dividia-se em 4 castas (varnas), cada qual ocupando uma classe social e religiosa e os que não eram reconhecidos como arianos formavam os Párias:
- os Brâmanes – guardiães dos Vedas
- os Kshatrriyas – guerreiros e príncipes -
- Vaishyas – comerciantes e agricultores
- Os Sudras – servidores e domésticos
Somente as três primeiras classes podiam usar o cordão sagrado e tomar parte dos rituais.
Zoroastro, nascido na Pérsia, descendia de uma família ariana, foi fundador do zoroastrismo, perpetuada em nossos dias pelos guebres e parsis, baseada no fato de que o mal é de existência tão real quanto o bem, sendo o mal inspirado por Ariman e o bem por Ahura Mazda e que por este motivo o homem é diariamente confrontado por estas divindades e deve saber escolher entre a luz ou as trevas. O zoroastrismo aplica os preceitos do Avesta, que contém conselhos e injunções que permitem livrar-se do mal e fazer o bem triunfar. Os vitoriosos conseguem o Paraíso e os que fracassam são condenados ao inferno.
VEDAS são textos sagrados da religião ariana e atualmente parte do hinduismo, de modo geral, de caráter mais mágico que teológico. Estão agrupados em quatro coletâneas principais:
Rigveda – composto por hinos e louvores dirigidos às divindades
Sâmaveda – os hinos em formamusical, salientando a importância dos mantras
Yajurveda –fórmulas sacrificiais e atos ritualísticos
Atharvaveda – fórmulas mágicas destinadas a expulsar demônios, curar, atrair prosperidade, comandar natureza, obter vida eterna, etc.
Podemos dizer que o vedismo era religião animista, baseada no culto das forças e agentes naturais, redigido por brâmanes iniciados, monoteístas, porém sabedores que o ovo não estava pronto para admitir um só deus, necessitando de um poder de abstração e de evolução de consciência, preferiram descrever as múltiplas manifestações desse Deus único e usaram a linguagem metafórica e simbólica, devendo para interpretá-los, estudá-los com enfoque místico, sem interpretá-los de maneira literal.
HINDUISMO – emanação do vedismo, tendo substituído os deuses vedas por Bahma (o Criador), Vishnu (o Conservador) e Shiva (o Destruidor), subordinadas à vontade de Purusha (o Homem Cósmico que Brahman criou no início dos tempos). Não é considerada uma religião revelada, pois não está ligado a nenhum messias, profeta ou sábio em particular. Considerado mais uma cultura e modo de pensamento e conduta pessoal.
Os Escritos Sagrados do hinduismo são conhecidos por Upanishads e consistem em centenas de textos, explicam a criação, relação entre Deus e homem, a existência humana, com caráter simbólico alegórico, compreendidos apenas pelos iniciados brâmanes e para o povo são essencialmente um conjunto de fábulas e histórias. Perpetuam, também, tradição oral formada pelos Mahâbhârata e o Râmâyana, que são narrativas e lendas, sendo a mais conhecida a do Bhagavad-Gitâ, a Bíblia dos hinduístas.