REUNIÃO DE TRATAMENTO
Finalidade: Cooperar com os irmãos enfermos, através de tratamento espiritual que será dispensado pela própria espiritualidade.
Equipe: Mais ou menos 15 pessoas, composta de dirigentes, médiuns ostensivos e médiuns de sustentação.
De caráter privativo, pode contar com a presença dos irmãos que serão assistidos na reunião, desde que o local ofereça acomodações adequadas aos mesmos.
Não devem ser tratados os casos de obsessão.
Limitar o número de enfermos em cada reunião (3 a 7, segundo a possibilidade do local, da equipe, etc.). Além dos presentes, poderão ser anotados outros nomes de enfermos na relação de preces para tratamento à distância.
Preparação e cuidados: Todas as recomendações feitas aos integrantes da reunião de desobsessão prevalecem para esta, ampliando-se neste caso, para uma semana os cuidados recomendados para o dia da reunião de desobsessão, particularmente quanto à alimentação, uma vez que, a Espiritualidade, na manipulação dos fluidos restauradores contará com os recursos hauridos dos participantes da reunião.
Dividida em duas partes, a primeira se destina a breves leituras de páginas doutrinárias (de preferência atinentes às curas, tratamentos, enfermos, etc.), e a exposição sucinta dos casos a serem atendidos na reunião, assim, como, ministração de passes aos irmãos em tratamento.
Na segunda parte os médiuns relatarão o que lhes for dado observar com relação ao tratamento dos enfermos, e descrevendo as recomendações sugeridas pela Espiritualidade.
A primeira parte será de aproximadamente 30 minutos e a segunda de mais ou menos 90 minutos. Normalmente cada enfermo participa de três reuniões consecutivas, salvo recomendação em contrário.
Não há necessariamente comunicação psicofônica nesta reunião a não ser quando seja preciso alguma orientação mais direta quanto a um determinado tratamento ou quanto à própria reunião.
REUNIÃO DE ORIENTAÇÃO
Finalidade: Orientação acerca de problemas cuja complexidade ultrapasse a capacidade de ajuda por parte da pessoa do grupo que foi solicitada a cooperar, ou seja, foi solicitado a um integrante do grupo orientar a alguém e este não se sente em condições de fazê-lo por transcender sua capacidade. O mesmo recorrerá então a uma orientação espiritual em favor da pessoa carente.
Normalmente são levados à reunião problemas referentes a enfermidades não diagnosticadas pela medicina, ou irreversíveis, problemas de natureza psíquica, de relacionamento familiar, etc. Nunca problemas de natureza material ou de interesses imediatistas que são da alçada da própria pessoa resolver.
Dividida em duas partes, na primeira, após a prece inicial será lida ligeira página doutrinária sem comentários. Em seguida serão lidos os nomes das pessoas que constam da relação de preces e logo após cada nome será exposto sucintamente o seu problema e a equipe intuitivamente oferecerá suas ponderações para serem transmitidas ao interessado.
Após a análise de todos os casos será iniciada a segunda parte, quando a Espiritualidade, através dos médiuns presentes se manifestará acerca das orientações, complementando o que for necessário, retificando o que não foi bem analisado e reforçando os pontos de mais necessidade, além de trazer a orientação para os casos que na primeira parte, a equipe não se sentiu em condições de fazê-lo.
O horário total será de duas horas, ficando a distribuição do tempo na dependência de um maior ou menor número de pedidos de orientação. Recomenda-se, no entanto, que para a parte prática seja reservado pelo menos 30 minutos, ainda que alguns pedidos sejam transferidos para a próxima reunião.
Desta reunião são indicados os nomes dos pacientes para a reunião de tratamento, desobsessão e outras.
ATIVIDADES MEDIÚNICO-DOUTRINÁRIAS COMPLEMENTARES
Preces
a. Proferir a prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias, facilitando-se desta forma, a ligação com os benfeitores da Vida Maior. A prece entrelaça os espíritos (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 26).
b. Controlar a modulação da voz nas preces públicas, para fugir à teatralidade e à convenção. O sentimento é tudo. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 26)
c. Prevenir-se contra a afetação e o exibicionismo ao proferir essa ou aquela prece, adotando concisão e espontaneidade em todas elas, para que não se façam veículo de intenções especiosas. Fervor d'alma, luz na prece. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 26).
d. Dispor com critério do recurso da prece durante as reuniões evitando que tal prática se transforme em súplicas vazias a todo instante.
e. Quanto possível, abandonar as formas decoradas e a leitura maquinal das "preces prontas", e viver preferentemente as expressões criadas de improviso, em plena emotividade, na exaltação da própria fé. Há diferença fundamental entre orar e declamar. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 26).
Água Fluidificada - Passes
a. Lembrar que a fluidificação das águas pode ser feita normalmente pelas entidades espirituais, independentemente do concurso do médium especializado.
b. Esclarecer sempre que grande parte do êxito obtido nas tarefas de irradiação em benefício de irmãos enfermos ausentes, está na dependência do esforço de cada um dos participantes da reunião, na formação de um ambiente vibratório adequado a essa modalidade de assistência espiritual.
c. Oferecer ou colocar à disposição de todos a água fluidificada, evitando, no entanto, que alguém dela venha a fazer uso constrangidamente.
d. Na fluidificação de águas, verificar se líquido, recipientes e copos estão perfeitamente em condições de utilização por parte dos assistentes ou enfermos necessitados desse recurso assistencial.
e. Interromper as manifestações mediúnicas no horário de transmissão do passe curativo. Disciplina é alma da eficiência. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28)
f. Lembrar-se de que na aplicação de passes não se faz preciso a gesticulação violenta, a respiração ofegante ou o bocejo de contínuo, e de que nem sempre há necessidade do toque direto no paciente. A transmissão do passe dispensa qualquer recurso espetacular. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28)
g. Proibir ruídos quaisquer, baforadas de fumo, vapores alcoólicos, tanto quanto ajuntamento de gente ou a presença de pessoas irreverentes e sarcásticas nos recintos para assistência e tratamento espiritual. Do ambiente poluído, nada de bom se pode esperar. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28).
h. Em nenhuma circunstância garantir a cura ou marcar prazo para o restabelecimento completo dos doentes, em particular dos obsidiados, sob pena de cair em leviandade. Antes de tudo, vigie a Vontade Sábia do Pai Excelso. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 22).
i. Quando aplicar passes e demais métodos de terapêutica espiritual, fugir à indagação sobre resultados e jamais temer a exaustão das forças magnéticas. O bem ajuda sem perguntar. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28)
j. Quando oportuno, adicionar o sopro curativo aos serviços do passe magnético, bem como o uso da água fluidificada, do auto-passe, ou da emissão de força socorrista, à distância, através da oração. O bem eterno é bênção de Deus à disposição de todos (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28)
k. Esclarecer os companheiros quanto a inconveniência da petição de passes todos os dias, sem necessidade real, para que esse gênero de auxílio não se transforme em mania. É falta de caridade abusar da bondade alheia. (Conduta Espírita - André Luiz - cap. 28)
l. Máximo cuidado devem merecer as tarefas mediúnicas que envolvam receituário. adotar horário especial e selecionar médiuns para tal fim, cercando estas atividades das vibrações da prece e do estudo imprescindíveis ao seu normal desenvolvimento.
m. No trabalho de assistência a enfermos não esquecer de que o homem ainda necessita do médico, orientando sempre no sentido de que sejam utilizados os recursos da medicina terrena.
n. Evitar que as reuniões de "receituário" ou de "orientação" se transformem em campo de petitórios descabidos, esclarecendo aos seus freqüentadores quanto às soluções e curas definitivas, cujas bases residem no aprendizado e na exemplificação evangélicos.