Lúcifer (em hebraico, heilel ben-shachar, em grego heosphoros), representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a estrela D’Alva, o planeta Vênus.
A palavra “Lúcifer” significa “o que leva a luz”, representando a estrela da manhã, o planeta vênus, que é visível antes do alvorecer. A designação descritiva de Isaias 14:4, 12, provém duma raiz que significa “brilhar” (Jó 29:3), e aplicava-se a uma metáfora aplicada aos excessos de um rei de Babilônia, filho do rei Shachar, não a uma entidade em si. Os usos desta palavra no Velho testamento e no Novo Testamento são COMPLETAMENTE DIFERENTES.
Basta ler a bíblia com atenção para perceber que Isaías não estava falando do “Diabo” mas usando imagens retiradas de um antigo mito cananeu, nos quais Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei babilônico (o pecado associado a Vênus é a Luxúria e o rei ambicioso deixou-se levar pela luxúria e caiu dos céus de onde estava).
Na religião romana, Lúcifer ou Lucifurgo tinha as mesmas atribuições de Prometeus. Responsável por ter trazido a Luz (inspiração) dos deuses para os humanos, estaria condenado a permanecer com eles, sendo visto apenas durante a manhã ou ao cair da noite (tal qual o planeta que representava).
“Portador da Luz”, “Estrela da manhã”, “Estrela da alva”, “Estrela Matutina” e todas estas denominações querem dizer “aquele que nos traz a Iluminação”. Lembrem-se que Vênus sempre esteve conectado ao AMOR (esfera 7 da Kabbalah, Netzach) e, através do Caminho 24 (Nun, o sacrifício pela Humanidade) podemos seguir os passos de Yeshua através da bondade, do amor e do sacrifício pela humanidade e chegar a Tiferet (esfera do SOL crístico, que representa os seres iluminados como Buda, Jesus, Krishna, etc).
É interessante que o Novo Testamento fale sobre a “estrela da alva” (2 Pedro 1:19) e a “estrela da manhã” (Apocalipse 2:28; 22:16).
Em todas estas passagens, fica bem claro que a estrela da manhã também não é “Satanás” ou qualquer outra criatura blasfema. Lendo com calma, fica muito fácil perceber de quem Pedro está falando: O próprio Jesus é a brilhante estrela da manhã que abençoa seus servos fiéis, conforme vocês mesmos podem ler no http://www.bibliaonline.com.br/acf/2pe/1.
Simples e direto, que poderá chocar alguns, até mesmo, mas é a realidade dos ensinamentos: Jesus é aquele que traz a luz, Jesus é aquele que traz a iluminação, Jesus é o “portador da luz divina” ou seja: JESUS e LÚCIFER podem ser interpretados como os mesmos. Eu sei que agora deve ter muita gente babando diante dos monitores, incrédulos, com os olhos arregalados e pensando “como assim!?!?”
Releiam todo o texto, respirem fundo… Esqueçam por um minuto a imagem falsa e o jogo de palavras que foi colocado na cabeça de vocês durante toda a sua vida. Pense historicamente e racionalmente. Siga as palavras de acordo com sua ORIGEM e o que elas realmente significavam.
Esqueçam historinhas de anjos e afins… existe toda uma metáfora para essa “Queda dos Anjos” (e ela envolve Capela, Algol, teosofia e outras coisas que são advanced e que explicarei no devido tempo). Por enquanto, vamos ficar no século IV quando Yeshua se torna o adversário do Jesus-Apolo da Igreja Romana.
Para haver uma unificação dos fiéis ao redor da Igreja de Roma, era necessário haver um “Nós contra Eles”. Para justificar o Cristo-Apolo de Constantino, eles precisavam de adversários (Shaitans) e, assim sendo, transformaram todos os deuses de todas as outras religiões em demônios.
Mas prestem atenção: isto não foi feito pela Igreja do dia para a noite… isto foi um processo que levou anos, décadas, séculos e muitos “adversários” (shaitanistas) queimando na fogueira…
E para quem acha que isso é algo medieval e que faz parte do passado, podemos citar o processo preconceituoso de demonização das religiões afro que ocorre nas Igrejas evangélicas nos dias de hoje. Continuaremos semana que vem com Maniqueístas, Luciferianos, Setitas, Cainitas, Bogomilos, Cátaros e as divisões do Cristianismo primitivo.
(Marcelo Del Debbio)