REFLEXÕES ACERCA DA PROSPERIDADE E DA ABUNDÂNCIA (parte IV)
Mudando ou não de profissão, nossas ações no presente devem ser aquelas que pertencem ao negócio em que estamos engajados agora. A chave é cultivar a cada momento a impressão de prosperidade.
Prosperidade é o que todos procuram. É o impulso do inconsciente por uma expressão mais plena. O desejo de prosperar é inerente em toda a natureza, é o impulso fundamental do Universo. Todas as atividades humanas são baseadas no desejo de prosperidade, no desejo de crescimento. Sabemos disto instintivamente, conseqüentemente sempre estamos procurando mais. É simplesmente o desejo para uma vida mais abundante. É aspiração.
E por ser instintivo, todas as pessoas são atraídas para aqueles que podem lhes dar mais meios na vida. Ao passar conscientemente esse sentimento para as pessoas com quem negociamos, nos tornamos um centro criativo. Através de nós a prosperidade será repassada para todos. Não importa quão pequena a transação for, podemos sempre transmitir a intenção de prosperidade, de fazer progredir todos os que lidam conosco. Mesmo as pessoas com quem nos encontramos socialmente, sem nenhuma intenção de negócio.
Para tanto, é importante manter a fé de que estamos no caminho da prosperidade. Deixar que essa fé inspire, preencha, e permeie toda ação. Não se trata de contar vantagens, se gabar ou ostentar. A fé verdadeira nunca é ostensiva. Uma pessoa ostensiva é na verdade duvidosa ou receosa. Basta cultivar a firme convicção. Simplesmente sentir...
Deixar que cada ação, tom e olhar, expressem a total garantia de que estamos prosperando - que já somos ricos. As palavras não são necessárias para comunicar este sentimento aos outros. Quem cultiva um contentamento honesto por seu trabalho ou negócio não se queixa da falta de clientes.
As pessoas irão aonde lhes for dada prosperidade. E o Universo, que deseja prosperidade a tudo e que sabe tudo, cuida do resto. Podemos assim fazer grandes sociedades, ter vantagens maiores e mais seguras e entrar numa profissão mais adequada.
Cabe aqui reforçar uma advertência: cuidado com a tentação insidiosa de exercer poder sobre as pessoas. O desejo de governar para a própria satisfação tem sido a maldição do mundo. Por incontáveis eras, reis e nobres encharcaram a terra com sangue em suas batalhas para estender seus domínios - não para procurar mais vida para tudo, mas para ter mais poder para si. Hoje, a principal motivação nos negócios e no mundo industrial é a mesma. Os homens lançam seus exércitos de dólares e desperdiçam as vidas e os corações de milhões na mesma confusão louca para ter poder sobre os outros. Os reis comerciais, assim como reis políticos, são inspirados pela cobiça do poder.
São grandes armadilhas do ego e estamos aqui falando de outra coisa. A expansão da consciência nos ajuda a perceber e evitar a tentação de procurar por autoridade, de nos tornarmos "mestres", de sermos considerados como alguém que está acima do rebanho comum, para impressionar com o esbanjamento e assim por diante. A mente que procura a autoridade sobre o outro é uma mente competitiva. E a mente competitiva não é criativa. O que queremos para nós, devemos querer para todos.
NÃO HÁ MOTIVO PARA A PRESSA
Para o sucesso, é necessário um estágio bem desenvolvido das habilidades requeridas para aquele negócio. Sem uma boa habilidade para a música ninguém pode progredir como professor de música, por exemplo. Sem diplomacia e habilidades comerciais, ninguém pode ser bem sucedido em transações mercantis. Mas apenas um estágio bem desenvolvido das habilidades requeridas em cada profissão particular não garante a prosperidade. Há músicos que têm um talento notável e, contudo, não prosperam.
As diferentes habilidades são ferramentas. É essencial ter boas ferramentas, mas é essencial que as ferramentas sejam usadas da forma correta e no momento certo. É preciso utilizar também as ferramentas mentais que foram apontadas nos artigos anteriores.
É claro que o sucesso vem mais facilmente se fizermos aquilo que realmente queremos fazer, se seguirmos o caminho do coração. Qualquer um pode fazer o que quiser e é nosso direito seguir o negócio ou profissão que nos sejam mais adequados e agradáveis. Ninguém é obrigado a fazer o que não gosta de fazer. E não deve fazê-lo, exceto quando for um meio de levá-lo a fazer o que realmente deseja. Podemos tornar isso agradável, sabendo que isto possibilitará a realização de nossos sonhos. Em geral, a melhor forma de mudar de negócio ou ambiente é pelo crescimento.
Uma mudança repentina e radical pode ser positiva caso a oportunidade apareça e você sinta, depois de uma reflexão cuidadosa, que é a oportunidade certa. Mas é melhor evitar mudanças radicais e impulsivas quando há dúvidas. Não existe pressa no plano criativo, e não existe falta de oportunidade. Quando deixamos de lado o pensamento competitivo compreendemos que não é preciso agir apressadamente. Se houver dúvidas, melhor esperar. Ampliar a fé, o propósito e a gratidão.
A prática do relaxamento e da meditação também são importantes, pois todas as repostas estão dentro de nós mesmos. A intuição acontece nos intervalos entre os pensamentos e a meditação nos coloca em união com o Universo. Os erros vêm ao agirmos precipitadamente, ao seguirmos os impulsos do ego, ao agirmos com medo ou dúvida. Ou no esquecimento do motivo certo, que é mais vida para todos e menos para ninguém.
Na medida em que cultivamos a conexão com a Mente Superior, fortalecemos a ponte entre nossos desejos e nosso propósito de alma. Aprendemos a fazer tudo sem pressa, sem ansiedade, preocupação ou medo. No momento em que começamos a nos apressar, deixamos de ser criadores e se nos transformamos em competidores. Retornamos ao velho plano, outra vez.
Sempre que perceber ansiedade ou pressa, vale parar, respirar fundo, relaxar, praticar as afirmações positivas. Fixar a atenção na imagem mental dos objetivos almejados e agradecer. O exercício da GRATIDÃO nunca falha em fortalecer nossa fé e renovar nosso propósito.
APAGAR AS PREOCUPAÇÕES
Não é necessário perder tempo planejando como vamos lidar com emergências possíveis no futuro, a não ser que as medidas necessárias possam afetar nossas ações hoje. Estamos comprometidos em fazer o trabalho HOJE de modo perfeito e bem sucedido, não com as emergências que podem surgir amanhã. Com um passo de cada vez, poderemos resolvê-las quando vierem.
Não é necessário nos preocuparmos, a menos que vejamos claramente que o curso dos problemas poderá ser alterado hoje, a fim de evitá-los. Os desafios são enfrentados e dissolvidos na medida em que nos aproximamos deles.
É importante estabelecer metas e estratégias, mas a ideia é apagar pensamentos ansiosos em relação aos possíveis desastres, obstáculos, pânicos, ou combinações de circunstâncias desfavoráveis. Há tempo bastante para se defrontar com tais coisas quando surgirem diante de nós no presente imediato e cada dificuldade carrega em si a possibilidade de ser superada.
É importante também controlar nosso discurso e nossas palavras. Nunca falar dos problemas, ou de qualquer outra coisa de modo desanimado ou desanimador. Nunca admitir a possibilidade de falha, ou falar de modo que pressuponha a falha como uma possibilidade. Nunca falar que os tempos estão difíceis ou das condições de negócio duvidosas. Os tempos podem ser difíceis e as negociações duvidosas para aqueles que estão no plano competitivo, mas não para quem vive no plano criativo.
Podemos criar o que quisermos e viver acima do medo. Quando os outros tiverem tempos difíceis e poucos negócios, teremos oportunidades maiores. Vamos nos acostumar com essa ideia. O mundo está mudando, está crescendo. Podemos considerar o que parece ruim como algo que ainda não está desenvolvido. Este é um convite: falemos sempre em termos de progresso. Agir de outro modo é negar nossa fé, e negar nossa fé é perdê-la.
PARA QUEM DIZ QUE NÃO CONSEGUE MEDITAR
Muitas pessoas se queixam, dizendo que não conseguem meditar, que têm dificuldade pra se concentrar, que ficar quieto num canto é difícil, etc.
Meditar não é coisa que se consegue da noite pro dia. É uma prática que demanda disciplina e perseverança. A não ser que tenhamos praticado em vidas passadas, é óbvio que teremos dificuldades para aquietar a mente. Nossa cultura, a cultura do EGO, é voltada para o mundo externo. Fomos criados em meio a estímulos constantes: televisão, luminosos, propagandas, sinais, rádio... uma infindável poluição sonora e visual.
A primeira coisa a fazer é pesquisar sobre os benefícios que a prática da meditação pode nos proporcionar, para fortalecer a decisão de criar este hábito. Já adianto que ao pesquisar, irá constatar que a meditação é fundamental pra quem quer progredir no caminho espiritual e ser feliz. É essencial, como comer e beber água. Estão comprovados e reconhecidos cientificamente seus benefícios para a saúde.
O próximo passo é escolher um momento do dia para praticar. Muitos também dizem que não têm tempo, que a casa está sempre cheia com crianças, família, que não conseguem um momento tranquilo. Meras desculpas! Sempre dá pra acordar um pouco mais cedo, ou praticar quando todos já foram dormir, ou até no banheiro antes de tomar banho.
Sente-se numa posição confortável. Não precisa ser necessariamente na posição de lótus, mas a coluna deve estar ereta. Feche os olhos, ou os deixe semicerrados. Respire pelo nariz e pela boca. Não force a respiração, deixe-a fluir livremente. Concentre-se nela. Desligue-se do passado e do futuro, traga a atenção para o momento presente. Pronto! Meditar é simplesmente isso. Tão simples... mas tão profundamente iluminador!
No começo é difícil mesmo, a todo momento a mente dispara pensamentos. Até aprender a não segui-los, a simplesmente deixá-los passar sem se identificar com eles, leva tempo. Mas um minutinho que seja, já é vantagem! Comece com um minuto, aumente para cinco, depois para dez... e assim por diante.
Compartilho um excelente documentário com noções básicas e introdutórias sobre meditação. Amanhã colocaremos aqui as conclusões finais. Sejamos felizes!