segunda-feira, 11 de julho de 2022

Música das Esferas e Leis de Kepler

 

Música das Esferas e Leis de Kepler

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A natureza aparente inanimada é viva, está sempre em movimento e vibração, sua beleza, perfeita e ordenação, está em comunhão com a música e sons da Criação. É um privilégio do homem interagir, ouvir, tocar e entrar com as sintonia do universo. ~Elciene Galindo.~

Andreas Cellarius, Harmonia Macrocósmica, Amsterdam, 1660. As fases da Lua explicadas de acordo com a sua posição em relação ao Sol e à Terra. 

Durante séculos, filósofos e artistas imaginaram o universo como um mecanismo perfeitamente organizado segundo regras que podiam ser apresentadas tanto matemática como musicalmente. As certezas da religião em relação a uma tal harmonia divina dificultaram a vida de pensadores como Galileu e Giordano Bruno. A procura de ligações entre as diversas áreas do pensamento atrasou muitas vezes o avanço da ciência, mas também foi o desejo de encontrar tais ligações que acabou por ser a base emocional que conduziu alguns cientistas a resultados importantes, como aconteceu com Kepler, ao tentar compreender a música das esferas a partir do movimento dos planetas.

A diversidade dos fenômenos da Natureza é tão vasta e os tesouros escondidos no Céu são tão ricos precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimentos. Mysterium Cosmographicum (1596), Kepler.

 

As observações de Tycho Brahe sobre o movimento aparente dos planetas, apesar de não apoiarem o seu “Mistério Cosmográfico“, permitiram a Kepler obter de modo empírico três leis gerais que descrevem o movimento dos planetas.
1ª Lei de Kepler
As órbitas dos planetas são elipses, ocupando o Sol um dos seus focos.

2ª Lei de Kepler (ou lei das áreas)
O raio vector que une o centro do Sol ao centro de cada planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

3ª Lei de Kepler
O quadrado do período de revolução T de cada planeta em torno do Sol é proporcional ao cubo do comprimento do semi-eixo maior a da respectiva órbita (ou seja, a3/T2 = constante).

A lei das áreas. Das 1ª e 2ª leis conclui-se que o movimento dos planetas não tem velocidade constante. Para que a área varrida seja proporcional ao tempo gasto a descrevê-la é necessário que a velocidade seja máxima no periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) e mínima no afélio (ponto da órbita mais afastado do Sol).
A partir das 1ª e 2ª leis, Kepler concluiu que o movimento dos planetas não tem velocidade constante. A velocidade mínima é atingida no afélio (ponto da órbita elíptica que está mais afastado do Sol) e a velocidade máxima é atingida no periélio (ponto da órbita elíptica que está mais próximo do Sol). Kepler podia agora aplicar estas novas conclusões à teoria musical das esferas. A primeira observação a fazer era a de que, tendo o planeta velocidade variável, não emitia uma nota única, sendo a nota mais aguda atingida no periélio e a mais grave no afélio. A partir da diferença entre as velocidades mínima e máxima, podia ainda calcular o intervalo musical definido pelas notas mais grave e mais aguda produzidas por cada planeta.
A música das esferas de Kepler. Kepler deduziu os intervalos musicais produzidos por cada planeta. Para ele, a melodia produzida por cada planeta não era uma sequência de notas distintas, mas sim um único som eterno, a variar continuamente entre o mais grave e o mais agudo, como o som produzido por um violinista deslocando continuamente o seu dedo, sem o levantar, sobre a corda do seu violino.
A partir da 3ª lei, podia relacionar os sons produzidos pelos diversos planetas. Concluindo que os planetas mais longínquos eram mais lentos, ele entendeu que os sons produzidos seriam mais graves à medida que a distância ao Sol aumentava.
Nesta teoria, os sons produzidos pelos diversos planetas são tanto mais graves quanto maior a distância ao Sol, o centro, ao contrário dos sistemas inspirados em Ptolomeu, nos quais o som se vai tornando mais agudo à medida que a distância ao centro do sistema, nesse caso a Terra, aumenta.
O modelo de Copérnico obrigava-o a estudar o cosmos como se fosse visto a partir do Sol. Kepler efetuou cálculos com o objectivo de calcular para cada planeta o “movimento diário aparente” (o comprimento de arco percorrido num período de 24 horas) no afélio e no periélio. Por exemplo, Kepler deduziu que Saturno percorre um arco de 135 segundos por dia quando está mais perto do Sol (arco esse visto do Sol) e um arco de 106 segundos por dia quando está mais afastado do Sol. A razão 135/106 está muito próxima de 5/4, a razão entre as frequências associadas ao intervalo de terceira maior em música. Usando este método para todos os planetas, ele descobriu que as razões periélio-afélio relacionadas com quaisquer dos seis planetas são todas muito semelhantes às razões associadas a intervalos musicais consonantes. Assim, para Júpiter a razão periélio-afélio seria aproximadamente 6/5 (uma terceira menor); para Marte seria 3/2, uma quinta perfeita; para a Terra, 16/15, um meio–tom; para Vénus, 25/24, um intervalo muito próximo da coma pitagórica; para Mercúrio, 12/5, uma décima menor.
Os movimentos dos céus não são mais que uma eterna polifonia. Harmonices Mundi (1619), Kepler.
Na sua obra Harmonices Mundi (1619), Kepler imaginou um coro no qual Mercúrio, a voz mais aguda, seria o Soprano, Vénus e Terra os Contraltos, Marte o Tenor, enquanto que Júpiter e Saturno, as vozes mais graves, seriam os Baixos. Nesta sua teoria da música celestial, ao planeta Terra correspondia um intervalo musical de meio-tom, que ele associou ao modo eclesiástico de mi (modo frígio), levando-o a concluir que a melodia entoada pela Terra era “mi – fá – mi”. Kepler fazia esta descoberta durante a Guerra dos Trinta Anos, o que o levou a pensar que a Terra produzia um lamento constante, em nome da misere e fami (miséria e fome) que reinavam na altura (nas palavras de Kepler, Tellus canit MI-FA–MI ut vel ex syllaba conjicias, in hoc nostro domicilio Miseriam et Famen obtinere).
O fim da música das esferas…
O Século XVII representa uma transição crítica na história do pensamento do homem, pois marca o momento da separação entre fé e dogma religioso por um lado, e a visão mecanicista da natureza por outro.
Fludd (1574-1637) e Kepler (1571-1630) parecem ter sido os últimos a propor uma relação real entre movimentos dos planetas e notas musicais específicas. Por outro lado, o mesmo Kepler que parecia estar a perder o seu tempo em busca da quimera da música das esferas, deve ter sido o primeiro a respeitar rigorosamente dados de observações, apesar de contradizerem uma sua primeira teoria. Afinal foi em busca dessa quimera que ele deduziu as suas três leis.
Algum tempo depois, Newton (1642-1727) mostrava ao mundo que leis matemáticas universais relativamente simples presidem a natureza, podendo mesmo deduzir a partir delas as leis que Kepler tinha encontrado empiricamente. Fonte
Era o nascimento do pensamento científico, tal como hoje o conhecemos.
Ainda sobre a Música das Esferas….
Um satélite da Nasa confirmou a antiga tradição sobre a musica das esferas, os corpos celestes emitem sons harmônicos, conceito de harmonia universal e da sua simetria. Foi descoberto que a atmosfera do Sol, emite ultra-sons e interpreta uma partitura composta de ondas aproximadamente 300 vezes maior do que o ouvido humano pode captar. 
A música das esferas sempre foi a paixão dos estudiosos do Universo. Para os pitagóricos, os sons emitidos pelos planetas dependia das proporções aritméticas de suas órbitas ao redor do Planeta Terra, da mesma forma que o comprimento das cordas de uma lira determina o tom. As áreas mais próximas produz sons que se intensificam com o aumento da distância. 
O mais extraordinário, segundo eles, os sons são sintonizados com os de outras áreas, produzindo um sincronizado particular a “música das esferas”
Para os pitagóricos, por conseguinte, manifesta-se as proporções do universo “justo”, tal como previsto pelos pelos ritmos e números, causando um canto harmonico. O cosmos, é portanto, um sistema que integra as sete notas musicais com os sete então conhecidos corpos celestes (Sol Lua, e cinco planetas visíveis). Há estes planetas foram adicionados três campos, chegou a 10, o número perfeito.
Todos já provaram a grande influência da música, que tanto pode ser sublime quanto diabólica. 
Ela também é tanto capaz de inspirar a paz ou a alegria quanto de deixar depressivo. A música de base caótica perturba a alma.
Em nós e ao nosso redor, o barulho não cessa, e sons de diferentes forças e alturas escapam à nossa consciência.
Nós estamos habituados a eles. O correr da água, o canto de um pássaro, sons de passos, o tilintar do vidro, o ranger de uma porta, o ronco dos motores, a voz humana, todos esses ruídos formam o pano de fundo de nossa vida diária. 
O silêncio também ressoa, mesmo que a vibração seja totalmente diferente.
O cosmo tem igualmente uma certa sonoridade; o universo inteiro emite um hino à alegria, mas nosso ouvido não está em condição de percebê-lo.
O cosmo está sujeito à lei da harmonia…
Conscientemente ou não, todas as criaturas sentem que há uma relação entre sua vida e a dos deuses.
Desde o remoto passado tudo mostra ao homem que romper a harmonia dessa troca entristece o céu e irrita os deuses. 
É por isso que as vibrações emitidas pelas criaturas devem corresponder às da criação.
Os sons, entre si, estão na mesma relação que as forças. 
O acorde harmonioso dos sons age de modo potente e positivo; as dissonâncias perturbam e destroem. 
Pitágoras considerava a Divindade, o Logos, como o centro da unidade e a fonte da harmonia. Por essa razão, esperava-se dos candidatos que estudassem aritmética, astronomia, geometria e música como preparação à sua admissão aos Mistérios. 
Os pitagóricos afirmavam que o mundo foi formado, a partir do caos, por sons ordenados segundo uma certa harmonia, segundo as leis das relações musicais, que os sete planetas evoluiriam em harmonia e que o valor dos intervalos entre os diferentes sons musicais, que determinam seu acorde, produz a harmonia perfeita, uma música na qual a sublimidade nos é inaudível pois nossos ouvidos não estão adaptados a ela.
Pitágoras considerava a música como sons em movimento, entrecortados ou ininterruptos. Esses sons se ajustam segundo o tom e o modo. Os intervalos estão em relação com o desenvolvimento espiritual dos seres humanos e com a harmonia do cosmo.
Para Pitágoras, a distância da Terra à Lua representa um tom…
Da Lua a Mercúrio e de Mercúrio a Vênus há um semitom; de Vênus ao Sol, um tom e meio; do Sol a Marte, um tom; de Marte a Júpiter e de Júpiter a Saturno, um semitom; e de Saturno ao Zodíaco, um tom e meio. Esses tons formam juntos uma oitava, base da harmonia universal.
Na Grécia antiga, a música e os deuses estavam em estreita ligação. Apolo trazia uma lira como símbolo de suavitória sobre o caos. Quando ele tocava, todas as criaturas ficavam ensimesmadas a ouvi-lo, todos os conflitos e mesmo as guerras eram interrompidos, Áries (Marte) cessava de fazer correr sangue. 
A música de Apolo elevava o espírito dos homens e lhes dava paz de alma. 
A alma que experimenta a harmonia contempla o cosmo (cosmo significa ordenação). 
Nos mistérios órficos aparece Dionísio, que leva o homem ao êxtase Dionísio é o terrível guardião do Espírito.
Quem estuda esse personagem pode afirmar, com grande seriedade, que ele encarna a atividade do Espírito Santo, o Espírito que, como um vento de tempestade, sopra sobre o mundo para acordar os seres humanos de todos os lugares.
Um dia, o sátiro Marsias, que simboliza a humanidade, metade animal, metade deus, encontrou uma flauta enviada por Atenas.
Ele começou a tocar e decidiu imediatamente que nada o impediria de se equiparar a Apolo.
Sua audácia foi duramente punida, pois ninguém pode sobrepujar Deus e sua música. Orfeu, que com sua melodia subjugava homens e animais, personificava o ser que compreende a harmonia divina. 
Seus poderes espirituais eram tão grandes que mesmo os espíritos infernais se calavam para ouvi-lo. Ele podia atravessar os infernos porque se fazia acompanhar de sonoridades divinas e estava destituído de medo.
Deus, imprimiu nos átomos materiais um movimento que emite um som. No Primeiro Livro de Pimandro (versos 9 a 10), Hermes Trismegisto declara: 
Pouco depois surgiu, numa parte dela, horrível e sombria escuridão, que se movia para baixo e girava em espirais tortuosas, tal como uma serpente, segundo me pareceu. Então, essa escuridão transformou-se numa natureza úmida e indizivelmente confusa, da qual se levantou uma fumaça como a que provém do fogo, ao passo que ela produzia um som como de um indescritível gemido. Então, da úmida natureza ressoou um grito, um chamado sem palavras, que comparei à voz do fogo, enquanto que da Luz se propagou sobre a natureza um santo Verbo, e um fogo puro ergueu-se fulgurando da natureza úmida, fogo sutil, impetuoso e poderoso.
Anteriormente comparamos o ser humano com um instrumento musical…
Ele não está consciente disso porque esse instrumento está em tão mau estado que não pode produzir a justa sonoridade da harmonia divina. 
E cada ser humano possui sua própria nota fundamental.
Se ele não pode soar de acordo com a harmonia divina, não pode fazer outra coisa senão se manifestar em dissonância e, para ele, uma vida superior está fora de questão. 
Entretanto, sua reminiscência lembra-o de que seu ser ressoava,antigamente, de acordo com a harmonia das esferas. 
Podemos considerar a música em geral como uma reação a essa reminiscência. Pitágoras começava o dia com música Porfírio, o biógrafo de Pitágoras, conta que este último começava seus cursos tocando a lira e cantando antigas melodias, a fim de fazer esquecer as mágoas, acalmar a irritação e apaziguar as paixões, e também para reverencias aos deuses. 
As sonoridades harmoniosas agem direta e positivamente, concorrendo para o justo acorde das sete notas do sistema de cada indivíduo e atraindo as forças correspondentes. 
Encontramos as mesmas práticas nas religiões de todos os povos, há séculos.
Como as condições são específicas para cada raça, os instrumentos e formas musicais são diferentes.
Em certas regiões domina o ritmo, em outras, a melodia. 
Cada povo tem sua própria música, mas isso não quer dizer que ela esteja de acordo com a harmonia divina e que tenha efeitos positivos.
É possível retornar à harmonia original?
A vida divina está sempre minimamente presente no ser humano como centelha original.Podemos reanimar e inflamar novamente essa centelha se, como um instrumento musical, nos ajustamos à harmonia divina. 
Então voltamos a nos ligar à força de Cristo, cuja nota fundamental é o amor divino. Podemos visualizar isso como uma corda que vibra continuamente, embora, evidentemente, no início esse ainda
não seja o caso. Esse processo de vibração em acorde perfeito acompanha a transmutação de todo o ser a fim de que surja uma nova consciência, uma consciência gnóstica. 
Então poderá ser dito que o homem voltou a se tornar um instrumento musical que participa da harmonia original das esferas. É então que o homem hermético encontra Pimandro. E dessa estrutura de linhas de força que assim se formou flui uma vibração para o interior do homem hermético.
Esta vibração tem um som e uma cor, os quais estão em perfeita harmonia com o propósito do homem hermético de elevar-se. E, deste modo, esta manifestação, este encontro, adquire uma característica muito especial. Só deste modo é que Deus fala ao homem. Este é o encontrar e ouvir o Nome Inefável.
A Matemática e a Música…
Desde Platão (427-347 a. C.) até à Idade Média, o conhecimento dividia-se em duas grandes áreas: o Trivium (constituído por gramática, dialéctica e retórica), e o Quadrivium, constituído pela música (disciplina da relação do número com o som), pela aritmética (disciplina das quantidades absolutas numeráveis), pela geometria (disciplina da magnitude imóvel das formas) e pela astronomia (disciplina do curso do movimento dos corpos celestes). Era assim natural relacionar a música com a astronomia ou a matemática, olhando para a escala de sete sons como um problema cósmico, ou para a astronomia como uma teoria da música celeste.
Pitágoras (c. 572- c. 497 a. C.) distinguia entre três tipos de música, que se mantiveram durante toda a Idade Média. Eram a musica instrumentalis, a música produzida por instrumentos musicais (a música cantada fazia parte desta classe, sendo as cordas vocais consideradas um instrumento musical); a musica humana, a música inaudível produzida por cada ser humano, indicativa da ressonância entre corpo e alma, e ainda a musica mundana, a música produzida pelo cosmos, mais tarde conhecida por música das esferas.
Atribui-se a Pitágoras a descoberta da base aritmética dos intervalos musicais, ou seja, a relação entre a frequência das vibrações e a altura dos sons. Aplicando esse conhecimento ao movimento dos astros e relacionando as distâncias entre as esferas celestes com os intervalos musicais, os gregos atribuíam notas musicais aos astros, tentando identificar a melodia associada à musica mundana.
Para explicar porque razão não conseguimos ouvir a musica mundana, Aristóteles argumentava dizendo que a ouvimos desde o momento do nascimento, nunca deixando de a ouvir, e que por esta razão não temos a capacidade de distinguir este som do seu oposto, o silêncio.
O Divino Monocórdio, de Robert Fludd. No Divino Monocórdio de Fludd (1574-1637), filósofo inglês, a nota correspondente a cada planeta é associada a uma divisão da corda do monocórdio. Tal como na descrição de Cícero, também neste modelo o som associado a cada planeta é tanto mais agudo quanto maior for a distância do planeta à Terra. 
Que som é este, tão prodigioso e doce, que me enche os ouvidos? É o som que, ligado a espaços desiguais mas racionalmente divididos numa proporção específica, é produzido pela vibração e pelo movimento das próprias esferas, e, combinando notas agudas e graves, gera diversas harmonias; com efeito, movimentos tão prodigiosos não podem ser impulsionados no silêncio. Assim, a órbita mais alta do céu, que contém a esfera estrelada, cuja rotação é mais rápida, move-se com um som agudo e agitado, enquanto a da Lua e a dos corpos inferiores se move com um som mais grave. Porque a Terra, a nona das esferas, estática, permanece fixa num lugar, no centro do universo. Cícero (Séc. I a.C.) Fonte

Harmonia das Esferas e o Princípio da Vibração…

Sir Isaac Newton, R+C,
4 de janeiro de 1643 – 31 de março de 1727.

A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta.~Sir Isaac Newton.~

A ideia inicial era publicar a trindade dos quatro elementos que formam os doze signos. Mas por sua e importância, preferi tratar sobre a Harmonia das Esferas, que é um assunto fundamental para fugirmos de qualquer dogma dentro do ocultismo e do hermetismo.

Esse é o primeiro texto que daremos nosso primeiros passos dentro dos assuntos mais complexos, portanto é um texto extenso, para quem não conhece muito de ocultismo, então qualquer duvida deixem nos comentários. Eu particularmente considero o entendimento desse assunto importante para não acharmos que “os planetas exercem a gravidade sobre o homem, por isso o influenciam” ou por qualquer outro motivo sem sentido.

Portanto aqui começaremos a entender que o Universo é um lugar cujos níveis de vibrações são infinitos, e nem todos eles o homem tem acesso através dos seus simples sentidos físicos. Veremos sobre contatos espirituais, métodos de curas holísticos, geometria, e como tudo isso está entrelaçado. Dessa maneira daremos mais um passo para entender (como fizemos aqui com o exemplo da acupuntura) como os planetas atuam na astrologia, que são através de vibrações em diversos níveis.

O que é Harmonia das Esferas?
 

“Harmonia das Esferas” é um termo para expressar a beleza harmônica da trajetória dos planetas do Sistema Solar. Foi ensinado ao mundo através de Pitágoras, que é o próprio criador do termo filosofia (Φιλοσοφία, “amor a sabedoria”) e visto também como o próprio “inventor” da filosofia Ocidental por ter dado um novo rumo a todas as ciências após ter descoberto que qualidades podem ser descritas através de quantidades. Pitágoras descobriu que as qualidades da natureza podem ser descritas através dos números, que é um objetivo primordial da ciência ainda hoje.Diz a mitologia que Pitágoras era capaz de escutar a Música emanada pelos planetas através das suas órbitas pelos doze signos do Zodíaco em diferentes escalas. Assim criou a matemática musical, que são as notas musicais utilizadas até hoje: sete tons principais que se compõe em doze sons musicais. Sendo os sons qualidades da natureza e o número um valor quantitativo. É início a ciência através do número.

De Pitágoras a cientistas como Newton, o estudo astronômico se desenvolveu em conjunto com o astrológico, se tornando uma das mais belas ciências dentro do hermetismo. E ainda hoje existem cientistas que estudam a maneira que Pitágoras conseguiu “misticamente” escutar a Música das Esferas que toca  através de sua própria Harmonia emanada através do espaço.

Aqui veremos do que se trata essa harmonia e como alguns cientistas estudaram e nos transmitiram a Harmonia das Esferas como mais um conhecimento do campo científico e astrológico, que os estudantes devem conhecer para reforçar seus conhecimentos de maneira que a Fé e a Razão não estejam em desarmonia. Começaremos também a entender a importância da música ritualística utilizada desde os primeiros rituais xamãs e como a arte da construção e arquitetura na antiguidade faziam parte das mais altas ciências, e seus obreiros eram os mais altos sacerdotes religiosos.
A geometria e música dos pitagóricos

Pitágoras sintetizou o conhecimento dos mistérios do Egito e da Babilônia, por onde viajou muitos anos antes de retornar a Grécia e iniciar a Escola Pitagórica. Os Pitagóricos consideravam o céu, as estrelas e o movimento dos planetas, como um instrumento perfeitamente afinado. Era uma escola dedicada a observação dos padrões da natureza, do universo e do comportamento humano.

Uma das grandes descobertas dos pitagóricos está relacionado ao estudo da música. Nessas observações Pitágoras descobriu que as cordas percutidas em um instrumento soavam em harmonia quando as suas extensões estavam relacionadas a uma outra por determinados números inteiros. Quando duas cordas vibram sob a mesma condição, sendo uma metade do tamanho da outra, a afinação da corda menor está uma oitava acima. E a mesma constatação foi feita para os outros acidentes musicais, sendo o total de cinco acidentes. Ou seja, através da constatação de os tons musicais seguirem proporções de números inteiros, Pitágoras percebeu que tons musicais (qualidades) podem ser medidos e proporcionais a termos de espaço (quantidade). Isso quer dizer que formas geométricas podem ter valores análogos a tons musicais. Pitágoras descobriu que o número de sólidos que podem ser construídos através de figuras geométricas regulares é igual a cinco (assim como os acidentes musicais), esses são os sólidos pitagóricos conhecidos comumente como “sólidos platônicos”.

Cariátide, exemplo de escultura harmonicamente esculpida…
A escola de Pitágoras não era uma escola de arquitetura, e isso não pode ser confundido. Foram os estudos da escola pitagórica que influenciaram a arquitetura e filosofia grega, tomando assim um novo rumo. A partir de então a arquitetura e a música se tornaram irmãs siamesas, aplicando o princípio de que “assim em cima, como em baixo” na música, geometria e astronomia. A arquitetura é a música esculpida, e a música é a geometria traduzida em som. A grande harmonia de toda construção de um templo ou de uma escultura é uma integração racional e proposital de todas as proporções e detalhes de maneira que todas as partes tenham formas e tamanhos fixos, de maneira que nada pode ser acrescentado ou removido sem que a harmonia do todo seja rompida. Os construtores de templos precisavam ser os mais altos sacerdotes instruídos nas artes para que coordenassem essas obras seguindo a Harmonia das Esferas que contêm a Divina Proporção.Outra constatação feita pelos pitagóricos é a Seção Dourada (o famoso Φ, “fi”, que vale 1,61803…) que é conhecido como Proporção Divina encontrado no Pentagrama, utilizado como símbolo da escola de Pitágoras, e em formas geométricas como o retângulo ou o corpo humano. “O homem é a metida de todas as coisas”, segundo Protágoras de Abdera em seus estudos dentro das escolas de mistérios. E dessas constatações a arquitetura grega teve seu rumo “sagrado” traçado, retomando os mesmos princípios da geometria egípcia.

Aristóteles em sua obra Sobre o Céu descreve sua visão de como os objetos celestes são coordenados por um princípio perfeito, e cita os pitagóricos quando descreve o “astro Rei”, o Sol, como centro desses objetos: “No centro, eles [os pitagóricos] dizem, há fogo, e a Terra é uma das estrelas, criando noite e dia pelo seu movimento circular em torno do centro“, apesar dele próprio negar essa ideia. Cerca de dois mil anos depois, o modelo heliocêntrico e da Harmonia das Esferas de Pitágoras influenciou diversos cientistas da Revolução Científica, principalmente a Johannes Kepler que traçou o rumo da astronomia moderna pelo estudo da Harmonia das Esferas.

Johannes Kepler e o Mistério Cósmico…

Figura chave da revolução científica no século XVII. Nascido em 27 de janeiro de 1571 em Weil der Stadt na Alemanha, teve uma infância com boa educação e desde cedo provou ser um excelente matemático e também muito religioso, chegando a entrar na faculdade de Teologia mas que abandonou para se tornar professor de matemática e astronomia em 1594. Se interessava pela teoria heliocêntrica de Copérnico que para ele possuía um conceito místico tendo o Sol no centro e os planetas girando ao seu redor.

Na época de Kepler a astronomia e astrologia não eram ciências totalmente separadas. Ele mesmo foi o autor de um almanaque astrológico e ganhou reputação de profeta após os acontecimentos escritos acontecerem.

Ao lado Kepler, abaixo sua aplicação astronômica dos sólidos pitagóricos.

Em 19 de julho de 1597 na preparação para uma aula de geometria Kepler desenhou num quadro negro a figura de um triângulo equilátero inserido dentro de um circulo, e dentro desse triângulo um outro circulo e um quadrado (como mostra a imagem ao lado), e nesse momento obteve uma “revelação” que mudou seu curso de vida. Ele percebeu que a relação entre os dois círculos reproduzia a relação entra a órbita de Saturno e Júpiter. Então tentou encaixar todas as órbitas planetárias com figuras geométricas ao redor do Sol, da mesma maneira que tinha feito com Júpiter e Saturno ao receber essa “revelação”. Ele achou que tinha encontrado a resposta do Universo através da geometria.

 

Após frustrações em utilizar figuras geométricas, Kepler experimentou formas tridimensionais. Recorreu aos cinco sólidos pitagóricos, e com eles encontrou padrões para organização desses sólidos na ordem octaedro, icosaedro, dodecaedro, tetraedro, dentro de esferas, resultando num total de seis camadas correspondentes respectivamente aos planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno. Essa organização fez Kepler descobrir a distância entre os planetas, que sua distância varia de acordo com sua órbita, e até mesmo o diâmetro de cada um dos planetas, simplesmente usando os sólidos pitagóricos. Publicou suas descobertas em seu livro Mysterium Cosmographicum. Porém esse modelo através dos sólidos pitagóricos ainda não estava perfeito para Kepler.Muitos anos depois, após Kepler muitas vezes ter pensado entrar “na mente do Criador” através da geometria e da matemática aplicada na astronomia, falhou com seus modelos e cálculos. Começou então o estudo astronômico da Música das Esferas, utilizando novamente o legado de Pitágoras. E obtêm sucesso.

Kepler foi o decodificador da “matemática astrofísica”. Descobriu o templo de translação de todos os planetas e que essa órbita era elíptica e não circular ao redor do Sol. Hoje através de observações pelo Universo com toda tecnologia, descobrimos que todo o Universo segue as três leis de Kepler. Suas duas primeiras leis são: “Um planeta move-se em elipse com o Sol num de seus focos“, “Um planeta vagueia áreas iguais em tempos iguais“. Depois descobriu que a velocidade com que os planetas se movem ao redor do Sol está relacionado à distância deste, descreveu sua terceira lei. Tempos depois Newton decifrou a terceira lei de Kepler como “gravidade exercida pelo Sol nos planetas”.

Kepler adentrou um pouco nos mistérios da criação, mostrando a nós a perfeição dos mundos. Graças a sua intuição durante sua aula de geometria, definiu suas Leis e nos forneceu os meios de chegarmos à Lua e termos satélites.

Kepler sempre se questionou em suas diversas falhas sobre o modelo astronômico, o porquê do Pai Celestial não ter criado um Universo de funcionamento mais simples, e após ter feito suas descobertas escreveu: “Um Universo mais simples teria produzido uma música mais monótona, o Criador produziu uma composição sutil e complexa que poderá ser tocada para sempre sem repetição”, “o Criador promoveu o modelo de todas as coisas existentes através da geometria“.

Em seu livro Harmonices Mundi, publicado em 1619, escreveu a música tocada por cada um dos planetas em suas órbitas através do zodiaco e desafiou os músicos a comporem tais melodias. Porém Kepler morreu sem escutar a Música das Esferas decifrada matematicamente por ele. Nessa obra também descreveu os diversos aspectos astrológicos utilizados ainda hoje.

Morreu em 15 de novembro de 1630, a grandeza da sua obra, que já comentamos, consiste em sua incansável tentativa de descobrir Deus através da ciência, que significa descobrir como o Universo funciona e como seus mecanismos influenciam o homem. Foi ele quem incentivou o hermetismo como uma das principais causas da Revolução Científica.
O Princípio da Vibração, os Cinco Sentidos e as Oitavas planetárias….

Quando falamos de música, falamos de vibrações que vêm através do ar, chegam até nossos ouvidos, e essa vibração é convertida em eletricidade pelo tímpano que vai até o cérebro e acontece o incrível fenômeno da audição. A conversão desses estados de energia acontece pela mudança do nível de vibração do ar para outro nível diferente, o elétrico. Esse é um princípio básico de conversão de um estado de energia para outro diferente, mas mantendo a mesma quantidade de energia. “Nada de cria, nada de perde, tudo se transforma”, lembram da física e química do ensino médio? Pois esse é um princípio alquímico desde os egípcios.

O Ser Humano é um complexo de matéria-energia em diversos níveis de densidades diferentes, e sabemos hoje que a matéria é composta por átomos cujas partículas atômicas estão em constante vibração, e que esse é o único motivo pelo qual a energia existe de maneira que torna possível os átomos se unirem para que a matéria possa existir, para que o som exista e que todo o Universo exista. Pelo fato de tudo ser vibração em níveis diferentes e sobrepostos, acontece esse estágio tridimensional de energia  que é nosso mundo mais denso, perceptível pelos cinco sentidos. Algo que a tradição oriental hindu já tinha observado a 7 mil anos atrás e que a ciência vem recuperando.

Complicada essa história de níveis de vibrações diferentes se sobrepondo e criando nossa realidade? Então vamos a um exemplo para entender esse conceito de melhor. Imaginem uma simples maçã vermelha em sua mão. Agora vamos analisa-la para entender esse complexo de matéria-energia composta por vários níveis de vibrações diferentes, que a tornam o que ela é (ou aparenta ser): uma simples maçã.

Podemos sentir seu formato através do tato pois as ondas de vibrações formadas pela maça acontecem no plano tridimensional que nossa realidade está inserida, fazendo seus átomos vibrarem de maneira que eles fiquem unidos, dando à maçã seu formato. Sua cor é interpretada pelo nosso cérebro devido a vibração emitida ter a onda de frequência correspondente ao que faz nosso cérebro interpretar o que chamamos de “vermelho”. Pois o vermelho em si não existe. E o mesmo vale para os outros três sentidos, quando sentimos seu cheiro nas narinas, seu paladar adocicado, e o som crocante e estimulante que produz quando a mordemos e mastigamos. A todo momento existe energia em níveis de vibrações e densidades diferentes que formam a nossa realidade individual.

Digo individual, pois se você gosta de maça, leu o texto e viu a imagem, provavelmente terá até relembrado seu sabor. Mas se você não gosta, provavelmente ignorou. Se tem repulsa, sentiu um embrulho no estômago. Isso acontece porque cada pessoa teu seu próprio universo pessoal, cada pessoa tem sua maneira de interpretar e aprender com os acontecimentos da vida e de sentir sensações e desejos diferentes. Nada é real, assim como mostra o filme Matrix. O que é bom para um pode não ser para o outro. Pelo exemplo da maça podemos ver que tudo depende da interpretação elétrica e bioquímica que acontecerá no SEU cérebro. Nem todos enxergam o mesmo tom de vermelho, assim como nem todos sentem o sabor, o cheiro ou o acham agradável. 

Xamã siberiano com suas vestes e tambor de cura espiritual no final do sec. XIX.

Nosso cérebro funciona como um filtro que canaliza somente os cinco sentidos, mas existem maneiras de amplificar esse filtro fazendo com que tenhamos experiências… transcendentais. Os métodos para essa transcendência são diversos. Um exemplo seria um pagé indígena ou um xamã siberiano entrando em estado alterado de consciência para contato espiritual com seus antepassados através das vibrações sonoras de tambores em busca de orientação espiritual para cura de uma doença de sua tribo, ou um médium que recebe um Preto Velho para dar uma passe ou realizar um reza de cura num centro de Umbanda.

Todo esse complicado processo de reconhecimento dos diversos níveis de vibração acontecem através do órgãos físicos e são transmitidos ao cérebro para sua interpretação. Se a onda vibratória é de cor, a visão funciona, se a vibração é de som, a audição é ativada. Esse entendimento é importante pois nós somos limitados nos níveis de vibrações que interpretamos, mas sabemos que existem cores que não vemos, sons que não escutamos. Quando uma pessoa entra em um sonho, está em outro nível de vibração e não tendo alucinações, e o mesmo acontece com aqueles que tem mediunidade e conseguem escutar ou ver coisas de outros níveis de vibrações.

Dando início ao nosso estudo de Kabbalah, o que sentimos está em Malkulth e a maneira pelo qual interpretaremos os sentidos está nas esferas acima, Hod, Yesod e Netzach. São as esferas pouco alcançadas pelo estudo da acadêmico da psicologia.  Digo pouco pois a psicologia não explica os estados alterados de consciência em que acontecem as projeções astrais e contatos espirituais, somente explica os estados comuns de consciência que vivemos no nosso dia a dia. Caso você não conheça Kabbalah não se preocupe pois explicaremos mais para frente, mas tente procurar por si mesmo até lá.

Esferas da psique humana na Árvore da Vida.

Como dissemos nesse texto, Pitágoras descobriu que duas cordas do mesmo tom, porém uma com a metade do tamanho da outra, irá emitir o som uma oitava acima. Por exemplo o Dó vibra a 256hz, e sua oitava superior será 512hz e assim por diante. São o mesmo som em níveis de vibrações diferentes. O mesmo vale para um desejo de ajudar o próximo através de uma mão amiga ou dar um lanche a um desabrigado, e o desejo obter muitas coisas para si mesmo sem repartir com ninguém, são a MESMA energia, porém uma em nível de vibrações diferentes.Entendido vibração? Então vamos voltar as vibrações sonoras para entender as vibrações planetárias.

Nossos pensamentos, sentimentos e ações também são caracterizados por seu nível de vibração. Na astrologia existem as oitavas superiores e inferiores dos planetas que são definidas por nossas atitudes. São elas virtuosas ou defeituosas? O exemplo que dei acima é do planeta Júpiter cuja oitava superior é o desejo da caridade, e o inferior de acúmulo, da gula.

O nome é “oitava” para comparar com a oitava musical, pois o princípio das duas é o mesmo.
Conclusão

Como está escrito no livro O Caibalion: “o conhecimento desse Princípio, com as fórmulas apropriadas, permite ao estudante hermetista conhecer as suas vibrações mentais”. Através do estudo do mapa astral conseguimos conhecer nossas virações sentimentais, mentais e assim transmutar as energias dos defeitos em virtudes, pois nada se cria e nada se perde, tudo se transforma. A lei da troca equivalente da alquimia.Tudo que existe no Universo atua no homem através de vibrações em infinitos níveis ao mesmo tempo.

Matemática, música, astrologia, geometria, são todos assuntos que se cruzam e se completam. E em especial a Harmonia das Esferas nos fará perceber que os mistérios de Deus na Natureza, no Homem e no Universo tem uma ligação perfeita, uma harmonia, um objetivo, um sentido. Nada no ocultismo é aleatório ou não tem uma explicação. Desconfie de tudo que for dogmático e imposto por esse motivo. Procure o motivo e a razão para esse dogma, só quando encontrada, aceite-o.Os sete chackras que são diferentes níveis de vibrações que mantêm o corpo vivo.

Cada uma das sete cores é correspondente a uma nota musical, a uma esfera da Árvore da Vida, a uma figura geometria, a um número, a um odor, um objeto, uma pedra, uma planta, um chakra, e assim por diante. Com esse conhecimento se desenvolveu as terapias de cura como a musicoterapia, aromaterapia, cromoterapia, florais, homeopatia, por exemplo. Todas essas terapias consistem em alterar um nível de vibração negativo em um positivo.

Todas essas práticas se efetuadas de maneira eficiente e responsável funcionam e auxiliam a medicina. E isso só é possível por um motivo: a harmonia do universo. Tudo que existe no corpo existe correspondente na Natureza, em um nível de vibração diferente, que quando utilizado de maneira correta nos trás benefícios, e se maneira incorreta, a doença.

Papus escreveu muito sabiamente que tudo no Universo e no Homem é análogo. Espero que com esse post fique entendido o porquê existe essa analogia, que é porque existe uma Harmonia no Universo. O grande “mistério cósmico” que Kepler estudou durante toda sua vida. Essa Harmonia que estudamos no ocultismo de maneira que transcendamos cada vez mais a consciência comum, transmutando nossos defeitos em virtudes e adquirindo mais conhecimento.

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