Cabocla Jandira e sua história
Durante a invasão e conquista dos Europeus sobre a América, ela trabalhava como Pajé (curandeira) em sua Tribo. Todos eram encaminhados a ela para tratamento e solução de seus problemas.
Ela atendia os doentes, aconselhava os confusos, preparava os curumins, fazia unguentos e poções com ervas medicinais, instruía e apaziguava a Tribo, entre outras funções.
Como estava muito velha, segundo ela, com mais de cem anos, decidiu passar o cargo a um aprendiz... Conforme determinava a tradição.
Esse aprendiz ignorou sua missão, cortando seus cabelos e enterrando-os na mata, junto ao pé de uma árvore, como forma de renegar sua ancestralidade.
(Esse era o costume da época: ao cortar os cabelos, o escolhido se negava assumir o cargo.)
Sem tempo de preparar outra pessoa e prevendo uma invasão, a Cabocla-pajé tentou salvar sua Tribo migrando para uma região mais ao Norte. Mas, foram surpreendidos pelos conquistadores e dizimados...
O aprendiz sobreviveu, porém, não cumpriu sua missão de curandeiro. Ele preferiu trabalhar junto aos brancos. Assim, também, renegou sua raça.
A Pajé sentiu-se responsável por todos os filhos dessa Tribo e resolveu dedicar-se ao resgate deles no Plano Espiritual.
Como "Cabocla Jandira" e Socorrista Espiritual, a Índia-pajé, conseguiu localizar todos os antigos filhos e arrebanhá-los novamente.
Atualmente, alguns também atuam como Caboclos no Reino de Jurema e outros estão encarnados, cumprindo missão como médiuns ou apenas vivendo uma vida normal no Plano Terreno.
A Cabocla Jandira atua na Linha das Águas, promovendo a cura e a limpeza da aura daqueles a quem atende, sempre com bons conselhos e boas lições.
O aprendiz que renegou sua missão de pajé, trabalha na Seara Umbandista como médium. Hoje em dia, sua função é a de resgatar sua dívida acumulada junto aos seus antepassados indígenas.