terça-feira, 16 de novembro de 2021

Marinheiros na Umbanda!

 

 Marinheiros na Umbanda!


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🎶- Marinheiro, da falange de Ogum,
quando vem de aruanda, ele vence demanda, ele vem navegando,
É de congô, é de congô, é de congô aruê
É de congô, é de congô, é de congô aruá. 🎶

Os Guias Marinheiros na Umbanda, surgem para levarem ao mar tudo que causa dor, aflição e sofrimento ajudando aqueles que os procuram. Eles auxiliam os desencarnados e os encarnados, sendo assim suas vibrações provindas do mar levam embora tudo que estagna a paz das pessoas. Presentes na Linha do Trono da Geração, os Orixás que os regem são Iemanjá e Omulú, cada qual influencia de uma maneira diferente a forma que essas entidades da Umbanda exercem seus trabalhos na vida das pessoas, podendo ser através da calunga grande ou da calunga pequena.
Um Marinheiro que se entrega à vida de Guia, procura encontrar a harmonia que não pode praticar enquanto vivo. Ele representa um tipo de pessoa que teve várias adversidades durante a vida e que a maior parte dela foi em devoção aos mares. Portanto, espere por boas vibrações, que são na maioria das vezes tranquilas e que te invadirão de paz, uma sensação de verdadeira limpeza do espírito.

Quem é o Marinheiro? Responsável pelos Mistérios Aquáticos ele é um ser singular na Umbanda, sendo o tipo de Guia que mais trabalha a favor do Orixá regente. Essa entidade foi em sua última vida alguém que realmente trabalhava no mar, como: capitão, marinheiro, marujo, navegador, pessoa de população ribeirinha, pescador, canoeiro, pirata, entre outros.
Sua principal singularidade é a energia que utiliza para levar as pessoas à harmonia espiritual, retirando assim todo tipo de bloqueio que elas sofram, – o levando para o fundo do mar – e que as impedem de concluírem objetivos na vida e até mesmo de serem plenamente felizes.
Entenda a grandiosidade desse trabalho ao se deparar com os principais males da humanidade sendo gerados por falta de autoconfiança, autoconhecimento e amor-próprio. E isso não se trata de uma filosofia, e sim de problemas de saúde que começam a serem gerados no psicológico quando há abalos emocionais.
É importante apontar que para esse Guia chegar a exercer suas atividades, ele precisa de muito preparo pois no mar ele tem que aprender a lidar com a energia de praticamente todos os Orixás para encontrarem estabilidade, ou seja, são as forças naturais presentes naquele ambiente que devem ser respeitadas para o alcance de equilíbrio, estão dentre elas: os tufões de Iansã, as correntes marinhas de Ogum, os raios de Xangô, os bancos de areia de Omulu e a calmaria de Oxalá por exemplo.
É muito fácil receber um passe e aconselhamento dos Marinheiros, eles são muito acolhedores e atendem com um espírito repleto de alegria, essa sensação transborda deles e envolve completamente quem os conhecem. Suas linguagens são simples e possuem grande apego e simbologias referentes à suas vidas nos mares. É muito comum também notar Marinheiros com sotaques de outros países, pois grande número deles são pessoas que viveram na Europa por exemplo, principalmente em Portugal.
A vibração que eles trazem ao terreiro é de grande comemoração e alegria. Costumam ser muito agitados e brincalhões e têm uma característica bem interessante: assim que chegam ficam cambaleando, como se estivessem bêbados. Essa situação confunde muito as pessoas que não conhecem seus “trejeitos”, pois esse desiquilíbrio não possui relação alguma com bebida, e sim com o balanço do mar. Eles entram para o trabalho totalmente envoltos nas ondas da energia de Iemanjá e é por isso que ocorre a tontura e desiquilíbrio inicial.
Esses movimentos também liberam energias ondulares que por sua simples presença já começam a limpeza de tudo que é negativo no local, são das águas que a vida surge, ela é carregada de emoção e sentimentos de aconchego e motivação. Portanto, a limpeza espiritual em uma Gira de Marinheiro parte justamente das emoções das pessoas que ali estão, ela age diretamente na essência do que causa a dor e angústia.

Foto - Tenda De Umbanda Pai Benedito De Aruanda & Boiadeiro Zé Do Laço