E a VIDA CONTINUA - CHICO XAVIER PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
Julgamento e Amor
-Senhor dispõe de recursos para avaliar-nos consideradamente, porque, em verdade, ser-nos-á possível tão-somente examinar a nós próprios.
O que tenhamos sido no imo do sentimento, enquanto na existência do corpo terrestre, somos aqui.Neste pouso de luz que o Senhor nos faculta por moradia temporária, percebemos, sem qualquer constrangimento de ordem exterior, que todos os petrechos mantenedores das aparências que nos disfarçavam no mundo, para o desempenho do papel que nos cabia na ribalta humana, nos foram retirados, a fim de que sejamos aqui, na esfera da realidade espiritual, quem nos propusemos ser, com tudo o que tenhamos ajuntado em nós de bem ou de mal, durante o estágio na escola física!...
Muitos de vós outros carregais ainda hábitos e enganos da experiência carnal que, gradativamente, perdereis por não encontrarem neste meio qualquer significação...
Vossos palácios ou casebres, títulos convencionais ou qualificações pejorativas, privilégios ou cativeiros, honras familiares ou desconsiderações públicas, vantagens ou prejuízos de superfície, todos os condicionamentos mentais que vos centralizavam na ideia de direitos supostos ou imaginárias reclamações, com o abandono dos deveres naturais de aperfeiçoamento espiritual para a vida eterna, desapareceram no dia em que os homens, por força da desencarnação, vos impuseram ao nome um atestado de óbito no
Planeta, senhoreando-vos os patrimônios e analisando-vos os atos, para, ao depois, muitos deles, varrer-vos do pensamento, com a falsa convicção de que vos podem desterrar da memória para sempre!
Quantos de vós viestes escutar aqui as vozes da verdade para as quais tantas vezes selastes os ouvidos do corpo terreno?
A Divina Providência não pergunta o que fostes, porque nos conhece a cada um em qualquer tempo...Entretanto, é justo investigue sobre o que fizestes dos tesouros do tempo, concedido a nós todos em parcelas iguais...
Sábios, em que aplicastes os dotes do conhecimento superior? Ignorantes, onde colocáveis o talento das horas? Ricos, em que trabalho dignificastes o dinheiro? Irmãos destituídos de reservas douradas, mas tanta vez detentores de bênçãos maiores, que realizastes com as oportunidades de paciência e serviço, compreensão e humildade na esfera da obediência? Jovens, que operastes com a força? Companheiros encanecidos na marcha do cotidiano, em que boas obras convertestes o clarão de vosso entendimento?
Não vos iludais!
Qual ocorreu a nós outros, os que habitamos atualmente o Plano Espiritual desde longas décadas, trouxestes para cá o que efetuastes de vós mesmos...
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