sábado, 11 de setembro de 2021

Anjo da Guarda na Umbanda

 

 Anjo da Guarda na Umbanda


Pode ser uma imagem de 1 pessoa e comida(E um texto grande mas e de suma importancia)

Muito se fala sobre o assunto mas poucas pessoas realmente entendem a importância do Anjo da Guarda, inclusive para nós, umbandistas.

Pensando nisso é que hoje eu gostaria de falar um pouquinho sobre este Espírito Celestial que nos acompanha. Vamos lá!

Na Umbanda o Anjo da Guarda não é considerado um Guia ou Orixá, é um Espírito Celestial, iluminado, de essência pura e de energia poderosíssima.

Pertence à dimensão celestial, dimensão esta de grande pureza e de grande atuação em todas as outras dimensões subsequentes. Portanto, a essência e a energia dos Anjos atingem a todos independente de religião, doutrina ou crença.

Para os médiuns, os Anjos da Guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades, pois são eles que os protegem no momento da incorporação ou desincorporação.

Momento esse que acontece em segundos de desacoplamento do corpo astral e que, por um mínimo descuido, podem sofrer um ataque do baixo astral com a entrada de seres inferiores na corrente mediúnica do médium.

Saiba que quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o Anjo da Guarda fica ao lado, no entanto, no momento da desincorporação ou incorporação o Anjo da Guarda se aproxima mais ativamente ajudando a manter o equilíbrio do médium.

Vale salientar que a resistência no momento da desincorporação, vicios adquiridos em que o médium fica socando demorando desencorporar é altamente prejudicial para o próprio médium que, logicamente, perde essa proteção celestial.

É comum inclusive, quando o médium ainda fica em um sutil estado de transe após a desincorporação, colocarmos a mão sobre o coração do médium e dizer “fulano, seu anjo da guarda te chama!”, coisa que muitos Zeladores deixaram de fazer que e muito iimportante, e um movimento esse que ajuda o médium no processo de desincorporação tranquilizando-o rapidamente.

Além disso, chamar os mediuns quando estao desencorporando e dizer que seu Anjos de guarda te chama auxiliam no equilíbrio essencial do médium e os mantêm envolvidos por uma energia pura e divina.

Coisa que vem perdendo importância nos terreiros

Os Anjos de Guarda nos protegem e nos acompanham a cada dia, por isso voce que e medium é aconselhável manter sempre acesa uma vela de 7 dias branca ao lado de um copo d’água e em local alto para fazer nossas orações.

Quando acendemos uma vela estamos ligando-nos espiritualmente ao Divino, a entidade, anjo da guarda ou até aos orixás do médium

Este espírito irá utilizar o elemento fogo para purificar nossos 7 campos e 7 corpos espirituais, conectando e fortalecendo nosso elo com as Hostes Celestes.

Quando colocamos o copo de água junto a vela do anjo da guarda estamos compondo mais um elemento, do qual este Espírito Superior irá utilizar para nosso maior benefício.

A água é elemento purificador e fonte de vida, sendo assim, ao possibilitarmos o elemento para o trabalho da entidade, anjo da guarda etc., estamos deixando fonte elemental para ser utilizado a nosso benefício.

A água é um elemento poderosíssimo, tanto materialmente, pois nenhum ser vivo existe sem a presença dela, quanto espiritualmente, pois, modifica uma energia pesada.

As águas são e devem ser ainda mais utilizadas dentro dos rituais de umbanda, proporcionando uma energia equilibrado dentro do tempo e podem ser usada conforme sua atuação e resposta espiritual.

Ela é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no altar, nas entradas do Templo.

A água e.um elemento de grade importância no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

Para nós Umbandistas, tudo está por se fazer, tudo está por se conhecer, definir e atuar.

Em muitos Templos ensina se também acen­der uma vela bran­­ca de sete dias ao Anjo da Guar­da, ofere­cen­do água e mel.

Evocação quando acendemos a vela ao nosso Anjo da Guarda

Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:

Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!

Evoco meu Anjo da Guarda ofe­reço a vós esta vela e peço que a iman­te, cruze e consagre em vosso po­der se fazendo presente por meio dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente!

Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcan­çan­do o infinito, no alto onde se en­contra seu anjo da guarda com o Altís­simo.

A luz sobe como um facho e quan­do alcança o anjo a luz Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo.

De dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça.

Após feito isso se certifique que a vela está em local seguro, tomando o cuidado para não quei­­mar cortinas nem tapetes e evi­tando estar ao lado de gás ou acessível a crianças e/ou animais domésticos.

Esta Vela pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de acender e evocar, neste momento, a vela esta­va acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro.

Depois de acender e fazer a evocação da vela
coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.

Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações doces, benéficas e revitalizantes. Me inspire bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM.

Caso ache necessário faça outros pedidos.

Se Você é médium de Umbanda, tenha em seu Anjo da Guarda, uma das mais simples e poderosas proteções que um médium pode ter, a mantenha acesa com vela de sete dias ininterruptamente e reze diariamente a seu Anjo da Guarda, no mínimo, antes de dormir e ao acordar.

ORAÇÃO PARA O ANJO DA GUARDA

Anjo de Luz,
Guardião da minha vida.
A Ti fui confiado pela Misericórdia de Deus.
Ilumina meu espírito,
Guarda-me da maldade,
Orienta a minha inspiração,
Fortalece a minha
sintonia com a Espiritualidade Superior e torna-me forte diante
das tempestades que venham a afligir meu intimo.
Lembre-me todos os dias
de não julgar nem ferir.
Banhe a minha mente de
Amor e Harmonia, para
que eu possa tornar o
mundo melhor para aqueles que convivem comigo.
Quero assim me tornar digno de sua proteção e amor.

E se falando da vela do Anjo de guarda.

Percebo que muitos ainda encontram na utilização da vela nos rituais, uma forma de dizer que quem ainda utiliza as vela é menos “evoluído”.

E que o uso da mesma se faz desnecessário, alegando não ser necessário iluminar quem já tem luz, no caso aqui me referindo ao Anjo de Guarda.

Será??!!

Quando acendemos uma vela para nosso Anjo de Guarda, estamos fortalecendo a vibração existente entre nós e ele.

Entendo não estamos DANDO LUZ AO ANJO DE GUARDA!

A energia ígnea da vela é utilizada por ele em nosso beneficio.

Tudo a nossa volta é energia e a do fogo é purificadora.

Lembro que, não basta acender uma vela de qualquer jeito, é preciso respeito e concentração antes mesmo de acender tem que ter a intenção e já ir falando pra quem será aquela vela para que durante o ritual alcance seu objetivo.

Quando acendemos uma vela estamos direcionando nosso pensamento e intenção para um determinado ponto, facilitando assim a atuação da espiritualidade a nosso favor.

Geramos com isso um campo energético mais favorável, para que energias sutis cheguem até nós pelo pensamento de elevação que foi criado durante o ato de acender e orar, pela proteção e amparo para aquele que nos acompanha dia-a-dia torcendo para que consigamos ser vitoriosos em nossa encarnação.

Umbanda trabalha com magia, então deixo vou fala de um texto do livro Umbanda Pé no Chão De Norberto Peixoto, que achei muito bom compartilhar com vocês.

No Livro ele fala de Magia de Umbanda, as dimensões física, etérica e Astral, e a importância de cada elemento utilizado dentro dos terreiros.

Mostrando assim como se processa a nível espiritual o uso de velas e outros elementos.

Vamos lá

“Magia é movimentação de energia pela aplicação da vontade e da força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção, repulsão).

Atraímos energias quando riscamos um ponto com essa finalidade e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação.

Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de exu (local onde é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à entrada e aos fundos do terreiro), nos defendemos pedindo proteção e segurança.

Da mesma forma, alguns atos magísticos podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por exemplo:

ao acendermos uma vela para um determinado orixá no local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.

Temos de liberar o ato magístico da conotação de misticismo fantástico, de mistério fenomênico, de algo sobrenatural.

Toda ação de magia se baseia em leis da natureza e delas não se consegue prescindir.

Umbanda é essencialmente magística e toda a sua magia tem por finalidade o bem do próximo.

É importante deixar bem claro que todo ato de magia deve visar ao bem dentro da máxima evangélica de que “devemos fazer ao nosso semelhante aquilo que desejamos a nós mesmos”.

A aplicação prática da magia se dá por meio de invocações, evocações, esconjuros, consagrações, contagens, cânticos, mantras e outros recursos utilizados para facilitar a concentração mental.

Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a magia, mais coeso e força terá o ato magístico, embora um mago adestrado consiga interferir em campos de energia somente pela sua mente disciplinada.

Quando falamos em energia, tratando-se de magia, temos de contemplar as dimensões vibratórias mais próximas que nos cercam, ou seja, a física, a etérica e a astral.

O pensamento tem poder criador e o que emitimos se movimenta nessas três dimensões.

A partir dessa realidade, nos conscientizamos de quão responsáveis somos pelo que pensamos.

Detalhando melhor: a dimensão física é formada de energia condensada (matéria); a dimensão etérica tangencia e é contígua à física e se sustenta pela constante emanação fluídica desta.

E fazendo parte dela; e finalmente temos a dimensão astral, da qual a dimensão material (em que nos encontramos encarnados) é consequência, como se fôssemos um gigantesco mata-borrão.

Salientamos que a verdadeira morada planetária é o mundo astral, onde passamos a maior parte de nossa existência como desencarnados.

Na umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se dá pela via mediúnica, não bastando “apenas” ser um mago sacerdote.

São os guias do “lado de lá” quem conduzem todos os trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior para determinar a amplitude das tarefas realizadas.

Por esse motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes atualmente, e com a rapidez com que são formados.

Somos de opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos e paramentos bonitos.

Todo o cuidado é pouco quando tratamos com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois “aquele que não tem patuá que não se meta com mandinga”, diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.

É preciso comentar que todo médium da umbanda é, em maior ou menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na umbanda é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem nenhuma mediunidade, na frente de um congá.

Nada temos contra a ênfase mágica sacerdotal e iniciática de outros cultos, que até podem ser confundidos com a umbanda, em vários aspectos ritualísticos, pelos olhos leigos da sociedade.

Ocorre que não somos “meros” repetidores de ritual, qual cenógrafos de teatro. Não sabemos exatamente o que se está fazendo por aí, mas com certeza esse grande comércio de magia que está virando indústria não é umbanda, aquela umbanda simples e de pujança mediúnica instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.

A ênfase iniciática e mágica, meramente pelo efeito ritual externo, vistoso, decorre da vaidade humana e é um reducionismo da nossa religião, da sua humildade, simplicidade, e principalmente do mediunismo com as suas entidades, verdadeiras mantenedoras da força e do axé de nossos congás por este Brasil afora.

A importância dos elementos e dos condensadores energéticos: ar, terra, fogo e água, álcool, ervas, fumaça, som; as guias; os pontos riscados; a pólvora; as oferendas; a água

Os elementos materiais não são indispensáveis e não devem se tornar bengala psicológica.

As vibrações dos orixás respondem à invocação pela força mental. Obviamente essa resposta varia de indivíduo para indivíduo.

Experiências sacerdotais de vidas passadas utilizando essas energias fazem parte do inconsciente dos médiuns magistas da atualidade.

Temos de considerar que a aparelhagem fisiológica do médium, quando vibrada junto com os guias por meio da incorporação, fornece abundantes fluidos que serão movimentados para a caridade.

Por outro lado, sabemos que os elementos materiais são importantes condensadores energéticos.

Na prática do terreiro, aprendemos que, em determinados atendimentos, se utilizássemos só a força mental, os trabalhos ficaram por demais prolongados e muito cansativos.

Outro fato que reforça essa opinião é que somos naturalmente desconcentrados, ainda mais depois de duas a três horas de extenuantes passes e consultas, em que nos defrontamos com as mais inimagináveis mazelas humanas.

Elencaremos a seguir alguns condensadores energéticos e sua utilização no terreiro:

álcool/fogo: transmutação, assepsia e desintegração de trabalhos de feitiçaria que estão vibrando no Astral.

Ervas: maceradas liberam prana (axé vegetal) pelo sumo das plantas; queimadas (fumo, defumação) dispersam seus princípios químicos no ambiente astro-etéreo-físico.

som: atração, concentração ou repulsão de certas energias.

guias: imantação da vibração do orixá para proteção e descarga do médium.
pontos riscados: campos de força magnéticos de atração, retenção e dispersão, usados junto com os pontos cantados.

pólvora: deslocamento do éter (ar) para desintegração de campos de forças muito densos.

oferendas: agradecimento e reposição de axé (na umbanda não fazemos oferendas para trocar).

água: imantação de uma maneira geral; descarga fluídica; meio condutor de fluidos que se quer fixar.

Devemos usar os elementos materiais com parcimônia e sabedoria, pois quando bem utilizados são valiosas ferramentas de apoio liberadoras de energias para os trabalhos de caridade, preservando o corpo mediúnico de maiores desgastes.”

Alguns sempre perguntam qual a forma correta de acender uma vela para o Anjo de guarda.

Qual tipo de vela? Qual a cor da vela?

A vela para anjo da guarda preferencialmente deve ser a VELA DE SETE DIAS, para que você mantenha essa força vibrando por longo período.

Sempre acender vela BRANCA, que é a união de todas as cores, e você estará ativando todas as energias a seu favor.

Muitos creem que por ser ela a ligação a um ser superior ela deve ficar queimando em local mais alto que a nossa cabeça.

Eu particularmente não creio e não faço dessa forma.

Deixo abaixo a forma que procedo ao acender minha firmeza de anjo da guarda.

Coloco a vela em um suporte para velas ou em um pires branco.

Acendo, e elevo-a até o alto de minha cabeça, ativando ali a força que preciso.

Faço minha prece e direciono ao meu ANJO DE GUARDA aquela força.

Posterior a isso em ato de reverência abaixo minha cabeça e faço meus pedidos de proteção e amparo.

Não ajoelho porque aonde eu a coloco para a queima fica na altura de meu peito.

Mas caso queira pode fazer seus pedidos de joelhos.

Acho importante o ato de reverência durante o ritual, demonstra respeito a força que nos protege.

Junto a vela deixo sempre um copo com água, que no dia seguinte é descartada em água corrente, ou ao pé de uma árvore caso possua um jardim(no meu caso não tenho).

É importante lembrar que essa energia deve ser mantida pelas suas preces diárias.

Não adianta muito acender a vela que durará sete dias e esquecer que ela existe.

Vá todo dia até ela, faça uma prece, troque a água, isso o manterá sintonizado ao seu Anjo Guardião.