quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

OS PRIMEIROS HOMENS NA TERRA (Os Exilados)

 

OS PRIMEIROS HOMENS NA TERRA (Os Exilados)


Primeiras Encarnações

Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.

As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.

As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores. 

Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz de Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa Misericórdia.

(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel, A Caminho da Luz, 38ª edição, 4ª reimpressão, Federação Espírita Brasileira, Brasília/DF – 2016, p. 28/29)


A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.

Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa (…) e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.

Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída.

Na realidade, a ciência ignora a data e o local do aparecimento do verdadeiro tipo humano, como também ignora qual o primeiro ser que pode ser considerado como tal.

O elo, portanto, entre o tipo animal mais evoluído e o homem primitivo, se perde entre o Pitecantropo, que era bestial, e o Homo Sapiens que veio 400 mil anos mais tarde.

Em resumo, eis a evolução do tipo humano:

  • Símios ou primatas;
  • Tipo evoluído de primata – Procônsul – 25 milhões de anos;
  • Homo Erectus – Pitecantropo e Sinantropo – 500 mil anos;
  • Homo Sapiens – Solo, Rodésia, Florisbad, Neandertal – 150 mil anos;
  • Homo Sapiens sapiens – Swanscombe, Kanjera, Fontéchevade, Cro-Magnon e Chancelade – 35 mil anos.

É bem de ver que se houvesse existido esse tipo intermediário, inúmeros documentos fósseis dessa espécie existiriam, como existem de todos os outros seres vivos, e, assim, como houve e ainda há inúmeros símios, representantes do ponto mais alto da evolução dessa classe de seres, também haveria os tipos correspondentes, intermediários entre uns e outros.

Se a ciência, até hoje, não descobriu esses tipos intermediários é porque eles realmente não existiram na Terra: foram plasmados em outros planos de vida, onde os Prepostos do Senhor realizaram a sublime operação de acrescentar ao tipo animal mais perfeito e evoluído de sua classe os atributos humanos que, por si sós – conquanto aparentemente e inicialmente invisíveis – dariam ao animal condições de vida enormemente diferentes e possibilidades evolutivas impossíveis de existirem no reino animal, cujos tipos se restringem e se limitam em si mesmos. 

Assim, sabemos agora que esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente, através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da Inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os “primatas” foram o tipo anterior mais bem definido; e outra categoria, composta de seres mais evoluídos e dominantes, que constituíram as levas exiladas da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, além dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal.

Esses milhões de ádvenas para aqui transferidos (…) eram detentores de conhecimentos mais amplos e de entendimentos mais dilatados, em relação aos habitantes da Terra, e foram o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para a prática da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora.

Mestres, condutores, líderes, que então se tornaram das tribos humanas primitivas, foram eles, os Exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito.

Aliás, essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter seletivo (…).

Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes da Capela que (…) deviam dali ser expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe.

Foram as cortes de Lúcifer que, avassaladas pelo orgulho e pela maldade, se precipitaram dos céus à terra, que daí por diante passou a ser-lhes a morada purgatorial por tempo indefinido.

E após a queda, conduzidos por entidades amorosas, auxiliares do Divino Pastor, foram os degredados reunidos no etéreo terrestre e agasalhados em uma colônia espiritual, acima da crosta, onde, durante algum tempo, permaneceriam em trabalhos de preparação e de adaptação para a futura vida a iniciar-se no novo ambiente planetário.

Logo, após, os primeiros contatos que se deram com os seres primitivos e, reencarnados os capelinos nos tipos selecionados já referidos, verificou-se de pronto tamanha dessemelhança e contraste, material e intelectual, entre essas duas espécies de homens, que sentiram aqueles imediatamente a evidente e assombrosa superioridade dos ádvenas, que passaram logo a ser considerados super-homens, semideuses, Filhos de Deus, como diz a gênese mosaica, e, como é natural, a dominar e dirigir os terrícolas.

De trogloditas habitantes de cavernas e de tribos selvagens aglomeradas em palafitas, passaram, então, os homens, sob o impulso da nova direção, a construir cidades nos lugares altos, mais defensáveis e mais secos, em torno das quais as multidões aumentavam dia a dia.

Tribos nômades se reuniam aqui e ali, formando povos e nações, com territórios já agora mais ou menos delimitados (…).

(…) Os degredados – aqui mencionados como Filhos de Deus – encarnando no seio de habitantes selvagens do planeta, não levaram em conta as melhores possibilidades que possuíam, como conhecedores de uma vida mais perfeita e, ao desposarem as mulheres primitivas, adotaram seus costumes desregrados e deixaram-se dominar pelos impulsos inferiores que lhes eram naturais.

Chegaram numa época em que as raças primitivas viviam mergulhadas nos instintos animalizados da carne e, sem se guardarem, afundaram na impureza, não resistindo ao império das leis naturais que se cumpriam irrevogavelmente como sempre sucede.

Assim, pois, a experiência punitiva dos capelinos, do ponto de vista moral, malograra, porque eles, ao invés de sanear o ambiente planetário, elevando-o a níveis mais altos, de acordo com o maior entendimento espiritual que possuíam, ao contrário, correram para generalizar as paixões inferiores, saturando o mundo de maldade e com a agravante de arrastarem na corrupção os infelizes habitantes primitivos, ingênuos e ignorantes, cuja tutela e aperfeiçoamento lhes couberam como tarefa redentora.

(Edgard Armond, Os Exilados da Capela, 5ª edição 2011, 1ª reimpressão 2016, Editora Aliança, São Paulo/SP, p. 17/18, 36/38, 60/63, 68/69, 93/94, 97)


Agora, podemos apresentar um esboço das cinco raças que viveram no mundo, antes e depois da chegada dos capelinos. São as seguintes:

1ª) A raça formada por espíritos que viveram no astral terreno, que não possuíam corpos materiais, e, por isso, não encarnaram na Terra. Característica fundamental: “astralidade”.

2ª) A raça formada por espíritos já encarnados, que desenvolveram forma, corpo e vida própria, conquanto pouco consistentes. Característica fundamental: “semi-astralidade”.

3ª) Raça Lemuriana – Estabilização de corpo, forma e vida, e acentuada eliminação dos restos da “astralidade inferior”. Com essa raça começaram a descer os capelinos. Não se conhecem as sub-raças.

4ª) Raça Atlante – Predomínio da materialidade inferior. Poderio material. Grupos étnicos: romahals, travlatis, semitas, acádios, mongóis, turanianos e toltecas.

5ª) Raça Ariana – Predomínio intelectual. Evoluiu até o quinto grupo étnico, na seguinte ordem: indo-ariana > acadiana > caldaica > egípcia > européia.

Apesar de pertencermos à Quinta Raça ainda existem na crosta planetária povos representantes das raças anteriores (terceira e quarta) em vias de desaparecimento, nos próximos cataclismos evolutivos.

(Edgard Armond, Os Exilados da Capela, 5ª edição 2011, 1ª reimpressão 2016, Editora Aliança, São Paulo/SP, p. 123/125)


Todos esses processos experimentais primeiros, até o estabelecimento definitivo da via para o Ser Espiritual que iria encarnar no planeta Terra constituindo a sua primeira humanidade, ficaram patenteados na então chamada RAÇA PRÉ-ADÂMICA.

Então, nessa Raça Pré-Adâmica, temos os mais diversos experimentos, tendo a face terrena observado verdadeiro “laboratório genético”, inclusive com formas descomunais e com morfologias aberrantes, com suas desproporções estaturo-ponderaisTivemos nessa época verdadeiros gigantes, tão bem retratados na mitologia, já que todo mito, no fundo, vela uma verdade. 

A forma se estabeleceu mais ajustada na Raça que sucedeu a Pré-Adâmica, isto é, na RAÇA ADÂMICA.

Com a forma mais aperfeiçoada, na Raça Adâmica, começaram, juntamente com os Filhos da Terra, a encarnar os primeiros estrangeiros, a priori de planetas mais evoluídos que o nosso de nossa própria galáxia.

Alguns vieram de Marte, já que Marte era paragem obrigatória de todos os Seres Espirituais desgarrados de nossa galáxia quando impulsionados a encarnar no planeta Terra. Era como uma “passagem vibratória obrigatória”, e após esse reajuste vibratório encarnavam no planeta Terra.

Eram todos de pele vermelha, provavelmente estando aí o porquê de dizer-se que o homem foi feito de barro, o qual tem essa cor. Os próprios Filhos da Terra, com suas tribos, eram de cor vermelha, e os estrangeiros vieram a encarnar nessas tribos primitivas, mesmo fazendo uso de vestimentas físicas ainda não totalmente aperfeiçoadas.

Não importando a forma física, logo foram lançando seus ensinamentos e, como só poderia ser, tornaram-se condutores tribais, sendo seus líderes ou CHEFES. Eram seus Pais Maiores, eram seus Condutores.

Ensinaram-lhe a LÍNGUA BOA, polissilábica e eufônica, a qual tinha relação com certos fenômenos da própria Natureza e suas Leis Regulativas.  Essa primeira língua polifonética e polieufônica, obedecendo a um metro sonoro divino e sendo chamada de ABANHEENGA – aba (homem), nheenga (língua sagrada) -, foi a base para todas as demais línguas que seriam faladas na Terra. Esse fenômeno da primeira “língua raiz” teve início no Brasil, através do Tronco Tupy, sendo seus Condutores chamados de tabuguaçus, em verdade tu babá guaçu – (nosso Pai-Condutor – nosso Patriarca). 

Estávamos na 2ª Raça-Raiz, a Raça Adâmica, lembrando que a 1ª foi a Pré-Adâmica. Após 7 sub-raças, a Raça Adâmica cede vez a outra Raça, a 3ª Raça-Raiz, a RAÇA LEMURIANA.

Essa Raça se caracteriza pelo início dos processos de conscientização e aplicação das LEIS DIVINAS (…).

Estamos já no meio da 4ª Sub-Raça Lemuriana, com quase todo o planeta ocupado pela humanidade, quando surgiram no planeta estrangeiros de outra galáxia, os quais, em tempos passados, tinham orientado outros planetas de nossa galáxia, muito principalmente os mais evoluídos, tais como Saturno, Júpiter, etc.

Assim, num dos mundos de uma galáxia distante, sua coletividade afim tinha alcançado níveis evolutivos inimagináveis, tinham banido o “Caim” definitivamente de seus egos. Quando digo que tinham banido, digo a grande maioria, pois uma minoria retardatária ainda não o havia feito. Haviam tido as mesmas oportunidades que os outros, as mesmas condições, mas não tinham conseguido o nível dos demais.

Como a evolução não cessa, aqueles que evoluíram continuavam a evoluir, não sendo do direito e da justiça que esperassem até uma equiparação integral de todos.

Assim, desceram para o planeta Terra. Entendamos que os estrangeiros dessas Pátrias distantes já estavam presentes na Raça Adâmica, e na Lemuriana apenas vieram em maior número, e de várias galáxias.

Assim, esses Seres Espirituais, em plena Raça Lemuriana, ficariam em contato com os simples, pois perto deles, a humanidade terrestre, em sua grande maioria, eram bem simples. Digo em sua grande maiorira, pois os Filhos da Terra sempre foram em maior número em termos de contingentes de Seres Espirituais.

Muitos daqueles Seres elevados, que havíamos chamado de Tubaguaçus, já de há muito  não reencarnavam no planeta Terra; uns já tinham voltado a seus planetas de nossa própria galáxia, outros aos seus “mundos distantes” em galáxias que não a nossa. Alguns tinham ficado no plano astral do planeta Terra e, em conjunto com a Hierarquia Crística, ajudavam na evolução do planeta, ou melhor, de sua humanidade.

Assim, entendemos que muitas arestas tinham sido aparadas na Raça Lemuriana, e que é no final dessa Raça que surgem os grandes MAGOS, que eram conhecedores profundos das Leis que regem a mecânica do Micro e do Macrocosmo, e sobre eles podiam interagir.

Mantinham contato direto com seus superiores. Eles mesmos tinham poderes que,em relação aos demais, eram supranormais.

Assim, extinguia-se a Raça Lemuriana, abrindo passagem para a RAÇA ATLANTE, a qual seria poderosa por sua sabedoria e grandes feitos cósmicos.

Mas, por motivos vários, dentre os quais citaremos a interferência de Seres Espirituais de baixa estirpe, foram os atlantes se perdendo em mesquinhos e comezinhos desejos, o egoísmo, a inveja, o autoritarismo e muito principalmente o magismo como Força Negra para atacar e subjugar seus iguais em condições de menor poder.

Houve verdadeiras GUERRAS NEGRAS, em que o ódio e o sangue varriam templos que possuíam um passado glorioso e sagrado.

As reações não se fizeram demorar, sob a forma de grandes catástrofes, hecatombes sem fim. Era a própria Terra que, como força de reação, tentava expulsar seus “marginais”, já que eles haviam trazido um clima de ódio e vingança, e ativado “marginais cósmicos” de todas as partes.

Tinham também manipulado de forma agressiva e inferior os vários reinos da Natureza, e com eles os Seres Espirituais que estagiavam nos sítios da Natureza, acarretando-lhes um karma pesado e negro, fazendo-os encarnar já com pesados débitos, devido a grandes delitos em que foram veículos de seus manipuladores.

  

Assim, o planeta viu cair por terra a portentosa Raça Atlantea qual não soube manter-se acima dos desejos inferiores e belicosos de outros seres que faziam parte também de nossa humanidade.

Foi uma Era onde o egoísmo e o personalismo substituíram a cooperação e a fraternidade.

No caso da Raça Atlante, arrasada pelos próprios atos desmesurados, surge a RAÇA ARIANA, como a possível restauradora da Tradição Oculta que se esvaíra.

É grande no Astral a expectativa por essa 5ª Raça Raiz, a expectativa de reaver à humanidade a dignidade perdida.

Surgem as raças de epiderme clara. Temos nessa época os vermelhos em menos número, os negros em decadência quase completa e os amarelos, que seriam o equilíbrio, parecendo amedrontados, reagindo sempre agressivamente.

Mas no Egito, na Índia, na própria Europa e na América surgem os Grandes Patriarcas; não nos esqueçamos que Prepostos de Jesus fixaram seus Fundamentos, como RAMA, como KRISHNA, como PITÁGORAS, como JETRO, como MOISÉS, como DANIEL, todos eles preparando, como realmente prepararam, o advento do próprio MESTRE JESUS, o Qual, com Seu sangue, viria redimir essa humanidade ingrata.

(F. Rivas Neto/Yamunisiddha Arhapiagha, Umbanda, a Proto-síntese cósmica, 1ª edição 2002, 9ª reimpressão 2016, Pensamento Editora, São Paulo/SP – 2016, p. 53/57)