O Mistério das Esfinges, O Mistério da Serpente, O Mistério dos Querubins e O Mistério de Lúcifer!
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Podemos comparar o corpo humano a uma esfinge, Egípcia ou dos Assírios. A esfinge Assíria Khorsabad, chamada de Kerub, de onde advém o nome querubim, da classe de anjos judaicos.
A esfinge é composta de quatro partes. Corpo de boi, tórax de leão, asas de águia, cabeça de homem. Que representa: Boi – abdome, vida instintiva e vegetativa. Leão – tórax, vida emocional. Águia – cabeça, vida mental (intelectual e espiritual). Homem – conjunto, consciência e domínio dos três inconscientes anteriores.
Se olharmos atentamente as inúmeras esfinges antigas, percebemos em muitas a representação de uma animal a mais. É a SERPENTE.
Aparentemente insignificante, como um adorno na cabeça, isso pode ter sido intencional por parte dos antigos sacerdotes, por não quererem atrair a atenção, talvez desrespeitosa, dos fiéis para a SERPENTE URAEUS, que representa a maior força do universo: a ENERGIA! A esfinge retratada na imagem desse artigo trata-se de uma esfinge hitita – um povo da Ásia Menor, desaparecido a milênios.
Vemos a Serpente também nas representações sagradas mitológicas dos hindus.
Vemos representações artísticas do Deus hindu Vishnu reclinado sobre a cobra Ananta e acompanhado de sua esposa Lakshmi. Assim como vemos o domínio da serpente no Deus hindu Shiva, em que uma serpente se encontra enrolada em seu pescoço.
Uma outra questão a ser levantada, é a demonização da serpente no ocidente cristão. Mas se pegarmos os primórdios do cristianismo, o gnosticismo cristão, sem essa histeria pagã, podemos analisar melhor a passagem:
Lemos no evangelho de Lucas capítulo 10 e versículos 17 à 21:
“17 E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.
18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
19 Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.
20 Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.
21 Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.”
Se analisarmos simbolicamente o trecho: ‘pisará as serpentes’, temos aí a simbologia do controle da serpente ao nosso favor. Como exemplo, ‘até os demônios se nos sujeitam’. Ou seja, não é para destruir os demônios (as forças) ou como Freud dizia: as pulsões. Mas um indivíduo saudável saberá usar essas forças ao seu benefício.
Chayot Ha Kadesh, os Quatro Seres Viventes Sagrados: O Leão Alado, o Touro Alado, a Águia e o Ser Humano Alado.
A iconografia de um querubim como amplamente divulgado nas artes sacras, um anjo com rosto e corpo de criança, não tem nada a ver com a verdadeira forma de um querubim.
Andando estes, andavam para os quatro lados deles; não se viravam quando andavam, mas para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse seguiam; não se viravam quando andavam.
E todo o seu corpo, as suas costas, as suas mãos, as suas asas e as rodas, as rodas que os quatro tinham, estavam cheias de olhos ao redor.
E, quanto às rodas, ouvindo eu, se lhes gritava: Roda!
E cada um tinha quatro rostos; o rosto do primeiro era rosto de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e do terceiro era rosto de leão, e do quarto, rosto de águia.
E os querubins se elevaram ao alto; estes são os mesmos seres viventes que vi junto ao rio Quebar.
Ezequiel 10:11-15
"Que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus." (Ezequiel: 1:1)
E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.
E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.
E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre,
Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.
Apocalipse 4:5-11
Os hebreus construíram no seu imaginário a imagem alada de anjos tanto no cativeiro da babilônia, quanto na sua suposta escravidão no Egito. Digo suposta, porque a primeira menção histórica desse povo se dá no cativeiro da babilônia por volta de 500 anos antes da era atual. O cativeiro no Egito teria ocorrido bem antes, mas não há uma só menção desse povo nos ricos registros históricos deixados pelos egípcios.
Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.
Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.
Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.
Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.
Ezequiel 28:14-19
A essa passagem muitos atribuem Lúcifer sendo um querubim na hierarquia celestial e não um serafim.
Autor: Eosphorus Pluto Eleutherios
Blog: Bruxaria Sem Dogmas
Referências:
1- The Complete Golden Dawn System of Magic - Israel Regardie.
2- Esfinge, Estrutura e Mistério do Homem - Pierre Weil.
3- Bíblia.