A face ‘mulher’ da Deusa e a relação do feminino com os ciclos da Lua
Assim como a natureza, a mulher é movida por ciclos. Detentora da capacidade de gerar, tem no ventre o seu poder criativo. A fase “mulher” ou “mãe” é representada pela Lua cheia: remete a poder, a proteção e ao carinho maternal. É o momento de celebração, onde as flores e frutos estão no apogeu.
Na coluna anterior eu trouxe a ancestralidade como uma das faces da deusa que é construída por cada mulher ao longo da vida. Nesta jornada de descobertas e transformações, a fase “mulher” ou “mãe” é marcante e fundamental e para entendermos mais sobre o Sagrado Feminino, esse tema é o nosso assunto de hoje.
Os ritos reforçam a semelhança da mulher com a mãe natureza e seus ciclos e são cruciais na construção de nossa deusa interior, que passa por três fases: Jovem ou Donzela, Mulher ou Mãe, Sábia ou Anciã.
A fase “mulher” é o auge da magia que acontece diariamente dentro do corpo da mulher, muito semelhante aos ciclos na natureza. Pela natureza a mulher se guia e a natureza passeia pela orgânica da mulher. É possível traçar referências com a lua, com os trânsitos astrológicos ou com o funcionamento biológico.
A mulher é sagrada pelo simples fato de ser mulher e detentora da capacidade de gerar, tem no ventre o seu poder criativo. A mulher gera filhos, ou gera grandes projetos. Gera a cura, gera energia. A mulher pode gerar o que desejar. Pode escolher o caminho e desenvolver a capacidade intuitiva feminina. E a intuição é muito importante, é poder ouvir o sussurro da sua voz interior. É o sopro da deusa no seu ouvido.
Quando se observa seu ciclo, é possível definir um padrão de sentimentos, comportamentos, atitudes e ânimos e definir uma possível repetição e em que épocas acontecem, ou seja, verificar as fases da lua e a interferência no dia a dia, por exemplo.
A fase Mulher ou Mãe é tempo de Lua cheia: representa o poder, a proteção e o carinho maternal. É o momento de celebração, onde as flores e frutos estão no apogeu. Momento criativo onde o máximo da cor e da beleza se manifestam.
A fase “Mulher” tem um papel diferente para cada mulher. Mesmo com vivências semelhantes, cada uma tem a sua experiência e o seu aprendizado.
Na era religiosa matriarcal, a Grande Deusa Mãe como Mãe-Lua, Mãe-Terra ou Mãe-Natureza, era o poder generativo, seu útero e seios eram venerados. Era a Deusa Criadora, mãe de tudo o que existe. O universo era visto como uma mulher dando à luz a todas as formas de vida. Na imagem da Deusa-Mãe, mulheres de tempos antigos encontravam o reflexo de sua natureza mais profunda.
Obviamente que não. Toda dor, todo desafio, obstáculo a ser superado deve ser encarado como aprendizado, deve ser uma lição para evolução espiritual e não uma prisão para se viver em sofrimento. O Sagrado está além do corpo físico.
O foco deve estar sempre na solução e não no problema. Quando a mulher toma consciência desse padrão de pensamento, aos poucos supera e entende como aquele aspecto, inicialmente negativo, pode ser um instrumento de crescimento e pode fazer esta mulher especial e vencedora.
Você pode ver muitas mulheres com histórias semelhantes às suas, mas muitas vezes não tem entendimento porque encontraram soluções diferentes para problemas semelhantes. O entendimento só vem a partir da empatia e do não julgamento. Se colocar no lugar da outra antes de julgar qualquer comportamento é um grande aprendizado e, com certeza, leva ao crescimento, já que é um desafio.
Refletir sempre e filtrar emoções pode nos deixar mais relaxadas e capazes de construir opiniões verdadeiras a respeito de nós mesmas, a partir de outras mulheres. Empatia sempre.
✏Tânia Jeferson